30.7.05

......


De que adianta posar de pragmática se o que eu sou mesmo é uma romântica incurável?

Quarto do Pânico

Vocês não vão acreditar. Meu super hiper mega plus já deu pau! Geral! Claro que foi vírus, claro que veio junto com algum download de jogo que meu filho fez.

"Mãe, deixa eu explicar..."
"Fica quieto, que eu não quero escutar nada!"
"Mas, mãe..."
"Quieto! Não fala comigo que eu estou irritada! Deixa eu tentar arrumar."

Eu consegui. Dei conta. Achei o safado do vírus e matei o desgraçado (porque a merda do anti-vírus não pegou ele antes de travar tudo?).
Pelo amor de deus, não sou nenhuma especialista, mas será que não dá para inventar alguma coisa prá evitar isso?
Tá, os experts vão dizer, quando você faz um download você abre uma porta para o vírus entrar. Mas será que a gente precisa escancarar a casa inteira logo de cara? Não dá prá criar um quartinho fechado, com fossos, lava incandescente e sei lá mais o quê, para segurar o bicho?

Boas Palavras

Acabei de ler isso no blog do Léo Jaime (já sei colocar links!) e achei um comentário perfeito para o post anterior:

"A gente pensa palavras. Se não conhece muitas, não fica fácil ter boas ou elaboradas idéias. Palavras são o grande tesouro. E amigos."

O que é isso?


Uma anta bem remunerada escreveu esse texto.
E outra aprovou essa campanha.
Prazerosificado? Tenha paciência!
Vou mudar para o Virtua.

In love

Foi ótimo ter saído de casa ontem. Música, vinho, amigos, amor, risadas.
Tem dias que a noite é perfeita.

29.7.05

A CASA - 2º capítulo

Não, ainda não tenho novidades. Por isso minha ansiedade hoje está no grau máximo. Entrei na paranóia e fico achando que o tal do administrador dos imóveis não vai mandar aquele e-mail ridículo para o dono d'A CASA, importantão. Por isso, tratei de descobrir o nome completo dele (google, google, google) e descobri também que ele á arquiteto e se inscreveu numa dessas maratonas (achei até a filha dele na lista da faculdade de psicologia!). Mas não consigo achar nenhum e-mail do maldito prá eu poder escrever direto para ele. Mas estou na busca. Consegui achar um cara que faz as maquetes eletrônicas dele e passei um e-mail pedindo por favor, por favor, por favor prá ele me arrumar o e-mail do escritório de arquitetura d'ELE.
Agora, me vou. Que hoje é sexta e ninguém é de ferro. Preciso correr prá manicure, senão perco meu horário e eu estou um horror!
Meu super amigo empresário das embalagens e dublê de guitarrista e cantor (ou será o contrário?) toca hoje num barzinho e me ligou dizendo que comprou uns vinho purtugês prá nóis bebê. Lá vamos nós...
Aguardem a continuação da saga...

Especial para Belinha

Trata de deixar um comments aí, né! Se nem a minha própria irmã colabora, fica difícil...
Porque que a gente precisa morar tão longe uma da outra?
Saudades

Assistindo TV


Na MTV:
Cruzes! Que susto! Acabei de ver a Rory Gilmore na chamada do Sin City.

No Saia Justa:
Teste psicológico realizado pela Luana Piovani - Ela disse que não sei quem disse que dá para saber tudo sobre uma pessoa perguntando a ela como reage diante de três coisas: um dia de chuva, uma bagagem perdida e uma árvore de Natal cintilante. Será que as pessoas são tão simples assim?

Na Oprah:
Um fulano, ator de comédia, disse que faz rodízio das roupas e sapatos, porque ele tem pena das coisas que não usa muito. Então ele faz uma fila e pega a primeira coisa que estiver lá (o que, segundo a mulher dele, às vezes resulta em camisa de smoking, bermudas e sapato social). E eu achei que eu é que era louca.

Admito sem a menor culpa: eu sou viciada em TV.

28.7.05

A CASA

Eu fiz. Acabei de mandar um e-mail, mais do que pessoal, emocional e desesperado para uma corretora de imóveis encaminhar para um administrador de imóveis encaminhar para o proprietário d' A CASA. Gente, ela é linda. É tudo.Três quartos enoooormes. Um jardim fofo na frente e atrás, canil, churrasqueira e até lareira!! Eu quero!!
Tá bom. Eu adoro o meu apê. E mais do que tudo, eu adoro o meu bairro, onde eu vivi, cresci e conheço tudo. Mas aquelas bandas de lá ficaram muito "in" já não é de hoje e espaço lá custa muito caro.
Lógico que o que eu gostaria mesmo é que um tornado tipo o da Dorothy, levasse a casa e a despencasse lá na minha rua com estrada de tijolos amarelos e tudo, mas como isso não vai acontecer, eu não posso deixar de aproveitar essa oportunidade.
Portanto, eu fiz. Um fulano vai receber um e-mail de uma louca apaixonada, declarando amores à casa dele e pedindo encarecida e delicadamente prá ele reduzir o aluguel em 1/3. Cara de pau? E daí?
Que eu saiba (e eu tenho minhas fontes) ele é milionário, tem trezenas de imóveis, e o projeto desta casa específica é do avô dele (disse a corretora que ele tem muito carinho por ela). Pois é, eu também tenho. Pela casa e pelo avô dele que é o arquiteto modernista Gregory Warchavchic (gente, imagina A CASA).
Eu deixei tudo muito bem claro prá ele... prometi de joelhos tomar conta da casa direitinho sem acabar com a arquitetura e pelo menos ele pode ter certeza de que não vou colocar janelas "lindas" de alumínio nem azulejo na fachada e VOU cuidar do jardim.
Não conto onde é, nem pro meu melhor amigo, aliás estou pensando seriamente em passar lá à noite e arrancar a porcaria daquela placa de aluga-se. Se eu fizer isso todo dia, quem sabe?
Aguardo notícias do ilustre proprietário, torçam por mim.
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Escrevi isso aí ontem no fim da tarde e não postei.
Agora de manhã, estou tendo um clássico anxiety attack. E se rolar? Será que eu quero mesmo mudar? Ai, meu deus, como eu sou louca...
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Crianças, hoje eu tenho dentista. E não desmarquei. Palmas prá mim. Vou começar a trocar todas as minhas obturações velhas, cinzas e horríveis, por brancas. Preparem-se para um sorriso Colgate.

São Paulo tem cada uma...

Quando eu saí do metrô, ontem, na minha volta para casa, dei de cara com uma figura que eu tenho que descrever. Alto, de barba grisalha, olhos azuis (eu acho - posso ter adicionado esse item), vestia um gorro azul marinho desses de lã, um casacão acolchoado escuro , as calças - não lembro. E ele carregava um cajado! Não, não era uma bengala. Eu juro por Deus que era um cajado. Parecia um explorador de montanhas, sabe esses dinamarqueses que a gente vê nas fotos? - Lars van Knussen em sua última expedição ao Tibet setentrional.
Que coisa... É por isso que eu amo esta cidade.

Essa letra está pequena?

Pessoas, por favor me digam se o tamanho da letra dos posts está pequena demais. Lá na minha casa está OK, mas aqui no Criptelier fica minúscula (a gente trabalha com uma definição de monitor alta). Como está aí para vocês, querem que eu aumente?
Vou sair para comprar cigarros (ai, ai), em compensação também vou levar dois sapatos ao sapateiro (estou procrastinando há semanas). Volto já.

Lista

Acabei os painéis malignos com os modelitos fim de ano (Amém!) que estavam me deixando descabelada nestes últimos três dias.
Tô com vontade de fazer lista. Eu adoro lista (contanto que não seja de supermercado).
Lá vai:

Eu não quero mais:

  • Dizer sim, quando quero dizer não
  • Ficar mais de um mês sem dançar (na sala de casa não vale)
  • Ficar chateada quando meus amigos estão de mau-humor e descontam em mim
  • Fumar mais de um maço de cigarros por dia (que a ansiedade me mate!)
  • Dormir de moletton, me sentindo uma horrorosa (o frio podia passar logo)
  • Deixar a minha bolsa virar um depósito de lixo
  • Procrastinar
  • Desmarcar o horário no dentista
  • Reclamar da vida
  • Perder a paciência com o meu filho só porque estou cansada
  • Levar um susto toda vez que chega a fatura do cartão de crédito
  • Comprar parcelado e no mês seguinte achar que tenho dinheiro
  • Ficar com pena de mim mesma todo dia de chuva
  • Guardar o bilhete de 10 do metrô de qualquer jeito (entendeu a linha de cima?)
  • Ficar de mau-humor quando a empregada troca tudo de lugar (sempre)
  • Achar uma desculpa boa para cortar o cabelo no Mauro Freire (não preciso de desculpas - preciso é de dinheiro!)
  • Combinar baladas que nunca rolam
  • Ficar cansada demais para ler, ir ao cinema, conversar e outras cositas mais
Por enquanto é só.

27.7.05

Divisão de tarefas

Divisão de tarefas é um porre! Primeiro porque é impossível uma divisão justa (Salomão não está disponível) e depois porque os talentos e temperamentos das pessoas são muito diferentes. Um gosta de passear o cachorro mas engasga quando chega perto do lixo do banheiro; o outro arruma um armário com perfeição mas não sabe fritar um ovo.
Ficar comparando e medindo o que cada um fez, faz ou deve fazer, piorou. Ninguém vem com taxímetro acoplado para poder registrar os feitos e os não feitos (no fim de semana é bandeira 2?).
Mas a gente tenta, ah, se tenta! Vive somando na calculadorazinha mental e somos especialistas em cobrar quando a soma das duas colunas não batem.
Por isso, que cada um faça o que sabe fazer bem e com prazer e quando não tiver outro jeito e for aquela obrigação chata, faça, mas desligue a calculadora.

Esse post foi escrito para o meu amigo Marcelo, depois de uma conversa que escutei entre ele e a Marcia, hoje.

Porque prá chamar uma pizza, tem Credicard.
Prá ir ao restaurante, tem Credicard.
Mas um homem que vai prá cozinha, como você, não tem preço!!

PS - Para ser totalmente justa, devo dizer que quando cheguei em casa hoje, o Zé tinha feito pastéizinhos prá mim.

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"Gô..."
"hummm..."
"Depois eu preciso de ajuda prá guardar o resto dos pastéis que sobraram, que os plásticos tão todos grudados"
"Tá... só me dá um minutinho que eu tô terminando de escrever um negócio aqui no blog e já vou"

10 minutos depois, ele assistindo filme

"Pronto, gô. Cê quer guardar agora ou eu vou tomar banho e depois a gente guarda?"
"Tá lá, gô. É só guardar."

E lá vou eu... :) (sem calculadora, é claro)

Desabafo

Romeu tem que morrer e levar o Bill Gates e o inventor do Corel Draw junto.

Direto do Catacumbelier

Tem dias que eu queria ser um cruzamento de polvo com a Hidra de Lerna.
Hoje é um.

Ai, que frio!!!!


Nesta temperatura o atellier-escritório se transforma em cripta-catacumba.
Como é que se desenha com a mão congelada?

26.7.05

Missing you all...


Que saco absoluto essas férias de verão americanas. Precisava tanto de um seriadinho hoje...

Frases de Música

Apesar de vocês nunca deixarem comentários (sniff,sniff) sei que tem gente lendo isso aqui, porque o contador de visitas anda (devagar quase parando, mas anda). Portanto estou propondo uma brincadeira: Tem umas frases numas músicas que PUTA QUE PARIU!, são perfeitas! (Chico Buarque é campeão). Como é que o cara conseguiu botar ali tudo que eu estava sentindo com tanta precisão e poesia? Então, resolvi fazer uma coletânea de frases de música. Vou botar umas três para começar a coisa, mas espero contribuições.

"Entre por essa porta agora
e diga que me adora
voce tem meia hora
prá mudar a minha vida"
(Adriana Calcanhoto - Vambora)

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"
(Caetano Veloso - Dom de Iludir)

"Esqueço que amar é quase uma dor ... "
(Djavan - Oceano)

"Como, se na desordem do armário embutido
meu paletó enlaça o teu vestido
e o teu sapato ainda pisa no meu"
(Chico Buarque - Eu te Amo)

Só por hoje

Ai, meu Deus, tem dia que é tão difícil! Duas pessoas, cada uma dentro da sua bolha... como coordenar sonhos, projetos, aspirações? Quando as vontades divergem, o que que a gente faz? Porque há muitas coisas em que a gente pode ceder (a maioria delas, acho) mas também tem algumas em que é impossível... Tem coisas que são você, que te definem. Tem coisas que fazem parte do seu esqueleto de sustentação e nessas, se você cede, quando percebe já não é mais você mesma, o prédio desaba. Tenho que admitir, este pecado eu já cometi, várias vezes. Mas se a idade traz alguma coisa de bom, é isso, a gente se conhece. Ou ao menos (estou roubando esta frase de algúem, não lembro quem) já deu para fazer uma planta baixa de si mesmo e conhecer nossos limites. Só assim é possível se relacionar profundamente com alguém - sabendo onde aperta o nosso calo. Mas a idade traz também a consciência de que muitas coisas não podem ser mudadas, não por você, pelo menos. E que, ou você aceita as coisas do jeito que são (compra o pacote todo) ou vai se ferrar, de novo.
Não, não é eu não acredite que as pessoas possam mudar, elas podem. Se elas quiserem, quando quiserem e principalmente, se for bom para elas.
Portanto, acho bom eu ficar quietinha no meu canto e não desembrulhar esse pacote, só por hoje. Amanhã a gente vê.

Em busca da bolsa perfeita


Faz tempo que venho procurando uma bolsa nova, meses...
Não sei vocês, mas desenvolvo casos de amor com as minhas bolsas, que duram mais ou menos um ano. Quando encontro alguma que eu gosto e que se encaixa perfeitamente comigo e aquele meu momento, eu me apaixono. E me acho o máximo com aquela bolsa nova. Engraçado isso, logo no começo eu não preciso de mais nada - basta a minha bolsa nova e eu posso até sair pelada na rua que eu me sinto perfeita.
Depois de um tempo, o efeito bolsa-nova passa, eu me acostumo com ela e somos apenas isso: eu e a minha bolsa legal. Mais um tempo e preciso desesperadamente de uma bolsa nova.

Como andei pensando neste assunto, me lembrei de um micro-conto da Marina Colasanti que eu adoro:


Tentando se segurar numa alça lilás

Entrou no elevador.
A um canto, outra mulher segurava firme debaixo do braço uma enorme bolsa de couro lilás.
"Que ousadia, uma bolsa lilás - sorriu ela.
"Acabei de dizer a um homem que o amo - respondeu a outra. "Então entrei numa loja e, entre todas, escolhi essa bolsa. Eu precisava sentir nas mãos a minha audácia.
Não sorriu. Agarrou-se náufraga na alça.

Me pergunto então, se talvez eu tivesse guardado minhas antigas bolsas, eu poderia, através delas, recontar toda a minha história (em um momento, ousada, noutro refinada, querendo desaparecer na multidão ou ser o centro das atenções).
E também que tendo procurado por algum tempo, sem encontrar, a minha nova paixão, se sei, ao certo, o que ando com vontade de declarar para o mundo.

25.7.05

Desculpas aos fãs

Devo desculpas aos meus três leitores. O meu computador estava uma bosta e não conectava de jeito nenhum. Acabei de ganhar um novo, mega power, master hiper plus (do meu super pai 2), que está funcionando maravilhosamente bem (tirando o teclado que vou trocar AMANHÃ e o monitor - o meu pifou faz um mês durante a revolta dos eletrodomésticos, juntamente com a geladeira e a máquina de lavar roupa). Portanto, agora, está tudo funcionando. Do escritório não estou conseguindo postar nem bilhete... trabalho, trabalho, trabalho e produção devolvida por defeito para completar o dia, já tão calminho...

23.7.05

Filho pródigo

Saindo para buscar o filhote que volta do acampamento, deixo uma frase em sua homenagem:

"Não confina teu filho a teus próprios ensinamentos,
ele nasceu em outra época."

Talmude

Novos Olhos

Ontem a minha amiga chegou e veio aqui em casa pela primeira vez. Não, não faz pouco tempo que eu mudei (faz três anos e meio que eu estou neste apartamento) mas ela é daquelas que mora no interior e vem à São Paulo com a mesma frequência do Halley. Ela me conhece como ninguém e meus móveis também são velhos conhecidos dela (aliás, ela me ajudou a escolher a maioria). Bom, eles continuam por aqui. De novo (prá ela) só tem meu lustrezinho branco de cristal (meu maior orgulho e extravagância), uns enfeites com cara oriental e a mesa da sala de jantar. E ela achou lindo! Tudo! Conseguiu inclusive ignorar os meus banheiros com suas pias e etceteras marrons (credo!). O apartamento é bom mesmo, grandinho, iluminado e com um aluguel razoável, mas eu já estava tão de saco cheio das minhas coisas... Eu tenho esse problema, sabe... de tempos em tempos eu me boto a odiar tudo e tenho vontade de tocar fogo nas minhas coisas e comprar tudo novo. Como eu nunca tenho dinheiro prá isso (Graças a Deus!), fica tudo como está.
A minha vontade de mudança bate com muito mais frequencia do que seria saudável. Eu estou sempre com milhões de idéias e vontades para a minha casa (sou canceriana, né?) que eu nunca consigo concretizar. Eu começo e quando chego no meio, já quero mudar tudo de novo.
Então, amiga, obrigada. Porque hoje pela manhã, quando acordei, olhei para tudo com os seus olhos cheios de carinho por mim e pelos meus e estou achando tudo lindo de novo!!

22.7.05

Hoje é sexta-feira!!!!!!!!!!!

Acabei as meleca das ficha!!!! Portanto agora estou suuuuuper feliz. Não por causa das fichas, que vou daqui a pouco despachar via Sedex para o Rio, mas porque hoje mais amigos chegam de longe. OBA! Aliás já devem estar chegando, por isso lá vou eu para o correio, aproveitando para deixar um bilhetinho de boas vindas para os amigos na portaria do flat. Fim de semana maravilhoso pela frente com direito a passeios com amigos e filho voltando do acampamento (já estou roxa de saudades)

Fichas técnicas....arrrrrgh!

Hoje estou trabalhando de casa. A moqueca estava uma delícia e prá quem conhece a Luzia, sabe que rendeu muitas risadas e "historinhas" (preciso de um tempo para escrever mas ainda conto como foi a viagem dela - hilária!!).
Mas não é disso que eu quero falar agora não. Hoje eu tenho "milhones" (influência da Luzia, por influência da Marilu - nossa amiga argentina) de fichas técnicas para fazer. Fichas Técnicas são O porre!! Nesta altura do campeonato, não era para eu ter uma assistente-estagiária-escravinha para fazer isso? Desde que a Juju foi embora (não é a Juju do post Viracopos - é a Juju de cabelos cor de laranja com seus seis piercings - Saudades, Juju!) nós não temos uma assistonta. Gente, a grana não tem dado para pagar ninguém e até as estagiárias tem que comer. Pois é, então, desde há muito, temos tido que fazer todo o trabalho sujo, o atellier-escritório vive uma zona e não temos tempo prá respirar. Estamos mergulhadas no mar do follow-up, pós-venda, burocracia, aviamentos e tudo que vem junto com a "coleção". Portanto, meu pedido de hoje para o gênio da lâmpada (batendo até o meu clássico: "Eliminar todos os pelos supérfluos do meu corpo forévis") é: Uma assistente, já!!! (acho que preciso elaborar mais este pedido, porque nos filmes sempre dá tudo errado se você não explica pro gênio tudo bem direitinho).
Vou indo que as fichas me esperam e eu nem comecei....

21.7.05

Programa de hoje - Viracopos


Luzia liga do aeroporto de Cumbica toooda feliz, dizendo que já chegou e já está mais que festiva (ela descolou uma executiva e veio tomando um vinhozinho pelo caminho, que ninguém é de ferro). Minutos depois liga Juju (filha dela) perguntando se a Luzia não ia chegar porque eles já estavam esperando no aeroporto de Campinas.
Campinas? diz a Marcia, mas a Luzia está em CUMBICA! Podem sair já daí que ela está esperando vocês em Guarulhos. E aí, você vai dizer - a moqueca fodeu! Não crianças, ainda tem mais... Marcia liga para Bruno que está com a Juju no aeroporto para esclarecer que a Luzia vai esperar porque a tralha é grande, as malas são muitas e ela pode muito bem ir tomando uma cervejinha enquanto isso. É quando o Bruno diz que já estão de saída para Congonhas. Congonhas? diz a Marcia, mas a Luzia está em CUMBICA!! Então o Bruno diz: Mas nós estamos em Cumbica! Resumo da ópera - tá todo mundo em Cumbica, só falta eles se acharem. Portanto, a moqueca está de pé e hoje é dia de ver os amigos e desopilar o fígado.

Tô Podre...

Hoje foi punk e estou um bagaço. Mas para animar, temos a Luzia chegando de Fortaleza com camarões ( a descongelar no trajeto) para uma moqueca, hoje à noite. Como sempre já chega a "milhon" e prepara aquela festinha rápida em dois minutos. Ainda bem que tem gente como ela prá tirar a gente de casa.

20.7.05

Bancando a bonitona

Mulher tem mesmo um monte de papéis e as trocas de guarda roupa às vezes tem que ser instantâneas. Profissional, mãe, dona de casa... mas uma roupa que a gente costuma esquecer de vestir é a de "bonitona". Esquecemos de ser a mulher sexy, divertida e interessante que fomos muitas vezes no passado (I really used to be fun). Frequentemente estamos muito cansadas até para perceber que estamos umas chatas. E, realmente, mulher quando quer ser chata, é muito chata.
Tem uma lição que devíamos tentar aprender com os homens. Enquanto a gente faz um milkshake das emoções e põe tudo no mesmo saco, eles separam melhor os departamentos.
Não é fácil, não. Invocar a bonitona é um exercício. Acabei descobrindo que é que nem musculação, no começo dá a maior preguiça e mesmo depois de seis meses ainda precisamos de auto-sugestão para levantar da cama mais cedo naquele puta frio, mas os músculos acostumam e os resultados começam a aparecer quase que imediatamente.
Acho que eu estou escrevendo isso porque faz três meses que não apareço na academia e os vestidos da bonitona estão cheirando a mofo.

Sem saída

Se o Lula sabia ele é desonesto,
Se não sabia é uma anta.

Perdoem-me os que acreditam em Papai Noel.

Quem é esse cara?

Li isso no blog do Alexandre Soares Silva (Tá aí do lado para quem quiser visitar - não sei colocar links no meio do texto - gente, desculpem - comecei ONTEM) e achei perfeito. Estou sempre ouvindo dos meus amigos que eu preciso ser mais simpática, que eu faço cara feia quando conheço as pessoas, que quem não me conhece acha que eu sou uma metida, bom, já deu para captar. Mas não é verdade, não mesmo. Eu só não consigo estabelecer intimidade com a velocidade que esperam de mim. Eu vou lá sair abraçando um ser humano que eu acabei de conhecer? Chamando de querida, quem não é querida, coisa nenhuma? Simplesmente não consigo. Só sei conhecer as pessoas aos poucos.

"Me parece haver algo de moralmente errado, eu escrevi, vixe, dois anos e dois meses atrás, nessas pessoas que vão ao supermercado e fazem amizades no corredor de laticínios. São pessoas simpáticas que não colocam cercas no próprio espírito; e a qualquer momento você encontra um jardineiro, uma manicure e dois borracheiros dormindo na cozinha de sua psique. Ser simpático é bom, mas respeitar o próprio mistério é melhor ainda. Cada pessoa devia ser reservada e misteriosa como uma mulher de véu. Era para isso que o véu existia: uma lembrança de que as pessoas devem ser sociedades secretas, e não clubes de bingo.
No paisagismo (li não sei onde) se busca um elemento de surpresa: que depois de um caminho despretensioso de cascalho, ao virar uma curva se veja, de repente, um lago. O charme perfeito devia ser assim: você conhece uma mulher, e ela é fria; semanas depois, ela é gentil, mas ainda fria; e meses depois ela sorri quando você se aproxima, e só quando você se aproxima. O contraste entre a frieza com que ela trata os outros e a alegria que ela reserva para você é o charme mais intenso que existe. "

19.7.05

Mania de Perfeição

"Eu posso controlar as pequenas coisas. O resto é problema dos outros."

Sandra Bullock - num filme velho que acabou de passar na TV.

Preguiça

Estou no escritório e enquanto a minha sócia, amiga, companheira de toda a sorte de alegrias e aflições não chega do dentista, aproveito para postar. Temos um milhão de coisas para fazer e eu ando com tanta preguiiiiiiça.... Fim de coleção é um saco! Você já fez de tudo e ainda tem que inventar mais trezenas de modelitos legais para o fim de ano, que vendam milhões e que custem barato, baratíssimo, baratérrimo. Haja criatividade! Não vejo a hora do inverno chegar para me empolgar de novo. Não, não estou louca. É que nós que temos a (in)felicidade (varia, de acordo com o dia) de trabalhar com moda (arrrgh, parece muito chique mas é um ralo do caralh*), vivemos num mundo onde a estação está sempre seis meses adiantada.
Acho que vou enrolar mais um pouco até a hora do almoço, aí a gente tem uma reunião fora, então fica tudo prá amanhã. E viva a procrastinação!!!

Incentivo

Já que eu sei que você vai dar uma passada por aqui e provavelmente vai ser a única (como é bom ter amigos), aproveito para insistir que vc. publique o seu, as soon as possible, não está doendo tanto e além disso deveria ser uma atividade divertida, portanto sem pretensões de ser muito inteligente, bem escrita, ou qualquer coisa que o valha. Além do mais, os seus planos para um diário de uma paulista convicta exilada no Rio de Janeiro, podem render textos bem bons. Vc. escreve bem., amiga! Aproveita para deixar um comentário, para eu ver se esta porcaria está funcionando direito.

Enquanto a água ferve...

O café ainda não ficou pronto então não me responsabilizo pelos meus pensamentos. O Zé (esse é o marido) vendeu um celular velho lá prá um cara do escritório e como o cara estava duro e como a mulher dele vende uns cremes, recebeu em cremes. Já viu isso? Ele chegou aqui em casa com uma sacola LOTADA de cremes. Bom, sendo assim, dividimos os cremes e agora possuímos (os dois): loção de limpeza, loção tônica, hidratante com vitamina C, creme para os olhos, etc, etc. Isso já faz uma semana, mais ou menos. Acontece que ontem estávamos no elevador pela manhã e o nosso elevador tem uma luz de interrogatório policial somada a um espelho de camarim de pop-star. Ele olhou no espelho e disse: "Os cremes já estão fazendo efeito". Você acredita? Isso é que eu chamo de "wishfull thinking". Gostaria muuuito de saber como é que os homens conseguem ter esse olhar suave sobre si mesmos e porque raios nós somos tão críticas? Também gostaria de ter um pouco mais de disciplina neste negócio de cremes... quem sabe os meus funcionavam também?
Ferveu - vou fazer o café.

18.7.05

Ai meu Deus, comecei...

Que medo!! Será que isso vai dar certo? Tantos amigos insistindo para eu ter um blog. Tá bom. Alguns amigos. Tá bom . Dois amigos. Não, amigas. Pronto. Tenho duas grande amigas que acham que eu tenho o que dizer.
Tenham um pouco de paciência comigo, há de sair alguma coisa que presta daqui.
Tinha o maior receio de arrumar mais uma coisa para fazer, como se eu já não fosse ocupada o suficiente com trabalho, filho, marido, casa, empregada, etc. etc.
Mas já que minha vida já é multi-task, porque não?
E como NINGUÉM vai ler isto por enquanto, me sinto livre, leve e solta para escrever qualquer coisa e ir amaciando o sapato novo.

13.7.05

Desarmamento

Aprenda a chamar a polícia...

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
- Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro de escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

12.7.05

Hay que buscarse un Amante

(Dr. Jorge Bucay - PSICÓLOGO - tradução do original "Hay que buscarse un Amante")

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.
Geralmente são essas últimas as que vêem ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: "Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento. Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE!É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!
"Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte: AMANTE é "aquilo que nos apaixona". É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando".
E o que é "ir levando"? Ir levando é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.
Por favor, não se contente com "ir levando"; procure um amante, seja também um amante e um protagonista da SUA VIDA...
Acredite: o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver; por isso, e sem mais delongas, procure um amante...
A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:

"PARA SE ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA".

A Velhinha de Taubaté

Velhinha de Taubaté (1915-2005)

Morreu no último dia 19, aos 90 anos de idade, de causa ignorada, a paulista conhecida como "a Velhinha de Taubaté!", que se tornou uma celebridade nacional há alguns anos por ser a última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo. O fenômeno, que veio a público durante o governo Figueiredo, o último do ciclo dos generais, levou multidões a Taubaté e transformou a Velhinha numa das maiores atrações turísticas do estado. Além de estandes de tiro ao alvo e de venda de estatuetas da Velhinha e de uma roda-gigante, ergueram-se tendas para vender caldo de cana e pamonha em volta da pequena casa de madeira onde a Velhinha morava sozinha com seu gato, e não era raro a própria Velhinha sair de casa e oferecer seus bolinhos de polvilho a curiosos que chegavam em ônibus de excursão para serem fotografados com ela e pedirem seu autógrafo. A Velhinha sempre acompanhou a política e acreditou em todos os governos desde o de Getúlio Vargas, inclusive em todos os colaboradores dos governos militares, "até", como costumavam dizer muitos na época, com espanto, "no Delfim Netto!" O presidente Sarney telefonava freqüentemente para Taubaté para saber se a Velhinha, pelo menos, ainda acreditava nele, e Collor foi visitá-la mais de uma vez para pedir que ela não o deixasse só.
As circunstâncias da morte da Velhinha de Taubaté ainda não estão esclarecidas. Sua sobrinha Suzette, que tem uma agência de acompanhantes de congressistas em Brasília embora a Velhinha acreditasse que ela fazia trabalho social com religiosas, informou que a Velhinha já tivera um pequeno acidente vascular ao saber da compra de votos para a reeleição do Fernando Henrique Cardoso, em quem ela acreditava muito, mas ficara satisfeita com as explicações e se recuperara. Segundo Suzette, ela estava acompanhando as CPIs, comentara a sinceridade e o espírito público de todos os componentes das comissões, nenhum dos quais estava fazendo política, e de todos os depoentes, e acreditava que como todos estavam dizendo a verdade a crise acabaria logo, mas ultimamente começara a dar sinais de desânimo e, para grande surpresa da sobrinha, descrença. A Velhinha acreditara em Lula desde o começo e até rebatizara o seu gato, que agora se chamava Zé. Acreditava principalmente no Palocci. Ela morreu na frente da televisão, talvez com o choque de alguma notícia. Mas a polícia mandou os restos do chá que a Velhinha estava tomando com bolinhos de polvilho para exame de laboratório. Pode ter sido suicídio.
O ambiente no parque de diversão em torno da casa da Velhinha de Taubaté é de grande consternação.