30.12.05

Ueba! Ainda bem que eles não são de nada!

Previsão do tempo para hoje: Nublado com trovoadas esparsas (com direito a desenho de furacão com rainho)
Realidade - Sol do Senegal, nuvens nenhumas.
Vamos a la playa.

Mais Canela



Ó que desenhos lindos essa menina faz!


29.12.05

Bela Acordadíssima

Problemas com o sono? Não, que eu durmo muito bem, obrigada. Mas, vou contar. Já estou acordada há exatamente DUAS HORAS E MEIA e todo o povo desta casa dorme. As tsé-tsés, provavelmente não gostam do meu sangue. Sei lá.
E o sol brilha lá fora. Nuvens esparsas dizia a previsão. Nuvens nenhumas. Acho que vou caminhar na praia.

Horroroscópio

Em um dia, provavelmente sem muito o que fazer, assinei o Personare. O Personare é um site de astrologia gratuito e eles ficam mandando os trânsitos astrológicos por e-mail. Não acredito muuuito em astrologia, mas acho divertido. Sou daquelas que lê o horóscopo se ele estiver ali, na frente. Se estiver bom, ótimo. Se não estiver, não funciona mesmo, né? Pois então. Desde que cheguei aqui, meus trânsitos astrológicos tem pedido recolhimento e reflexão. E dito muito claramente que eu preciso eliminar da minha vida o que me incomoda e fazer as mudanças necessárias que, segundo eles, eu sei quais são. Hummm. Dia após dia, tem chegado e-mails, dizendo quase a mesma coisa. Já disse ontem que estou vivendo no modelo AA - só por hoje. Aliás, nem isso. Só pela próxima meia hora seria um mote mais apropriado. Não estou nem um pouco a fim de analisar nada, mudar nada, eliminar porra nenhuma e não tenho a menor idéia do que esses maledetos desses trânsitos estão querendo.
Veja só:

"...um transbordamento de emoções e problemas que você tem tentado evitar nos últimos dias, Daniela. A Lua Nova neste momento pede que você não faça de conta que não existem coisas que lhe incomodam e que dê atenção a estes pontos."

e ainda:

"A presença do Sol no oitavo setor astral ilumina as questões problemáticas que você deseja resolver definitivamente, e a Lua transitando pela sétima casa lhe permite um aprofundamento emocional nas questões pendentes que você precisa trabalhar e resolver a fim de depurar seus relacionamentos."

e mais esse:

"...permitindo a você uma consciência mais crítica acerca das coisas que estão em sua vida, mas que não servem mais. Este é um momento de depuração muito forte, em que o joio é separado do trigo e, deste modo, você pode renovar sua vida, jogando fora o lixo (físico e mental)."

Tão ou não tão pegando no meu pé, esses putos?
Três trânsitos astrológicos seguidos e nenhum diz: Ótima fase para se divertir. Se entregue aos prazeres terrenos e esqueça os problemas. Céu azul e mar sem ondas para você, querido canceriano. Se liberte dos pensamentos analíticos, tudo vai bem na sua vida e você merece descansar e relaxar. Deixe para depois o que não tem vontade de fazer hoje. Jogue na Megasena acumulada. Beije muito. Sossegue o seu coração. Saia para dançar. Etcetera, etcetera.

Ou qualquer outra coisa do tipo. Mas não. Não, senhora. Pense aí nos seus pobrema, Daniela. Que nem o raio do horóscopo quer te dar férias!

28.12.05

Ao sabor do vento

Preciso escrever alguma coisa. Sei disso. As poucas pessoas que ainda passam por aqui devem estar achando que eu morri. Afogada no Natal Let it be. Morri não. O Natal acabou sendo na casa da minha irmã mesmo, muito petit comitê, muito bom.
Não tenho estado por aqui porque, sinceramente, não tenho pensado. Desliguei esse botão. Não me pergunte como, porque eu não tenho a menor idéia, mas tá desligado. Por hora. Sobrevivo somente com o sistema límbico*. Necessidade e satisfação. Fome - comida, sono - dormir, tesão - sexo, preguiça - rede. E assim por diante.
Não costumo fazer balanços de fim de ano e menos ainda promessas de Ano Novo nessa época. Não tenho saco, nem vontade. Então fico lendo as de vocês, tão lindas, profundas, pensadas. E me admiro. Porque a determinação me falta.
Porque eu penso o ano inteiro. Sem parar. Porque eu meço e remeço à mim mesma, minha vida, meu trabalho, meus amores. O sacro santo tempo todo.
Então quando as férias chegam, me dou folga, sabe? Prá não enlouquecer de vez. Porque esse negócio de auto-análise pode ser de uma chatice sem fim. Sem contar a prepotência. Sei que ainda preciso mexer nuns baús e que nunca temos os porões completamente desimpedidos mas, por enquanto, deixa lá. Que desembrulhar, nessa época, só presente.
A única certeza que eu tenho é que preciso voltar para a musculação. Que essa certeza você adquire aqui. Muito rapidamente. Morar numa cidade onde se passa a maior parte do tempo seminua não deve ser fácil. Ou não. Sei lá. O tal sistema não permite elaborações muito complexas. Ele é uma mistura de Caetano Veloso com Zeca Pagodinho.
Deixa a vida me levar.
Ou não.

* sei lá se esse é o nome certo, foi o que me ocorreu. Pesquisas no Google são impossíveis neste estado de espírito.

24.12.05

HO HO HO


Feliz Natal

23.12.05

Natal Relax



Sem planos. Sem presentes (ou com poucos - só mesmo para as crianças), talvez até sem ceia. Só um ranguinho mais caprichado que (benção dos deuses da imprevisibilidade) ainda nem decidimos qual vai ser. Pensando em ir para a praia da Guarda. Natal hippie paz e amor. Todos de sunga e biquini naquela praia que é o paraíso. Pode ser uma boa idéia. Mas ainda não decidimos.
É o nosso primeiro Natal nesse mode let it be. Não posso dizer que não esteja achando bom. Gosto de Natal tradicional. Mas este ano, estava precisando mesmo era disso. Ausência de planos, ausência de preparativos, ausência de compromissos.
Let it be.

21.12.05

Tem gente que eu vou te contar!

Ó, a porcaria do blogger se recusa a colocar a imagem, mas lá vai:
Vocês são uns caras de pau!
Acabei de passar na Fal e descobri que 40% (QUARENTA!!!) das pessoas que disseram que queriam o livro, ainda não pagaram. Escutem, ó antas, ela fez a pré-venda para saber se dava para rodar o livro e quantos realmente interessados haviam. Dá pra mandar o seu rico dinheirinho, já que vocês se comprometeram? Realizem, pessoas! Vocês estão atrasando o livro e sacaneando a Fal.

20.12.05

Questã existenciarrr

Toda vez que eu venho prá cá é a mesma coisa. Passam dois ou três dias e me pego a pensar o que raios estou fazendo da minha vida. Que porra de vida é essa que eu levo e etcetera e tal. A beleza desse lugar me provoca isso. E me dou conta de como sinto falta de mar, de sol, de tranquilidade. E vejo, com meus próprios olhinhos, meu filho correr pela praia, corado de sol, molhado de mar, feliz da vidinha dele, carregando uma prancha.
E vale a pena trabalhar tanto, e ganhar dinheiros, e morar em apartamento mesmo sendo na melhor localização do planeta, e ter tanta responsabilidade, e talecoisa e coisaetal.
Depois eu me lembro que já saí fora uma vez. Não prá praia, mas pros interiores. E morei numa chácara. E pintei muito. E fiz tortas de morango. E jardinagem. E estava ficando absolutamente ensandecida com a falta do que fazer e com a mediocridade das pessoas, não necessariamente nessa ordem.
E que lá não tinha nem uma livraria sequer. Muitas árvores, nenhum livro. Muito sol, nenhum cinema. Muita paz, ninguém que tivesse lido mais do que o Pequeno Príncipe.
E que quando eu finalmente decidi voltar prá São Paulo, não parava de suspirar de puro êxtase. E que quando voltei a trabalhar estava feito pinto no lixo, contenta da minha vidinha. E principalmente que, sou feliz assim, rodeada dos meus amigos. Que pensam.
Pois então. Serumano quer ter tudo. Quer. Quer. Quer. Quer.
Ser humano quer ter dinheiros prá poder passear mais e continuar morando lá, no centro do universo. E quem sabe uma casinha de vila, lá mesmo onde eu moro (para isso será necessária a Megasena, bem entendido).
Acabo de me lembrar também que quando voltei, cheguei a uma sábia conclusão. Lembro de dizer para mim mesma: TODA a natureza que eu preciso está contida no Parque do Ibirapuera. Preciso repetir isso mais vezes para voltar a me convencer que aquela cidade sem horizontes é o meu lar. Que eu amo. Amo. Amo.
Pensando bem, o Rio de Janeiro existe e supostamente deveria unir o melhor de todos os mundos. Pena que lá anda meio difícil, né? Helê, que tal? Meu filho, que nasceu com alma de surfista anfíbio (não sei daonde, jurpordeus, mas nasceu) ia agradecer. Quem sabe?

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E continuo acordando cedo. O ser humano é mesmo uma criatura de hábitos.
E a praia de ontem estava, por falta de palavra melhor, ESPETACULAR.
Linda, vazia, céu de brigadeiro. E estamos torrados. Literalmente. Com protetor 30 e tudo.

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E minha irmã reclama e pede uma errata. Diz que daqui não se enxerga o Morro da Lagoa. Que é o Morro da Pedrita. Eu digo que sei, sim senhora, que não sou burra, mas é que fica mais inteligível assim, que ninguém sabe onde é o Morro da Pedrita e que os morros são todos grudados mesmo, que é liberdade literária e coisa e tal. Não tem jeito. Ela diz que vão pensar que ela mora no centrinho da Lagoa (ó, que horror!). Então corrijo.
Daqui se vê o morro da Pedrita e ela mora bem no finalzinho da Joaquina, começo do Campeche. Rio Tavares, para ser mais precisa. Tá bom assim, Isabelinha?

19.12.05

Jardinagem



Absolute true.
Portanto, trate de regar a sua grama, que da minha cuido eu.
Post Secret.

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E hoje aqui promete. Condições climáticas senegalesas.

18.12.05

Boletim Extraordinário

O ser humano acostuma com qualquer coisa. Apesar de ter ido dormir às três da manhã, já estou de pé. É sempre assim nos meus primeiros dias aqui. Demoro muito prá dormir por causa do silêncio e acordo cedo por causa dos inúmeros pássaros. Meu cérebro sente falta do ruído constante dos carros, da cidade. E até ele entender que eu estou de férias e que ele pode relaxar, demora um pouco. E como vocês podem perceber, aqui na casa da minha irmã tem internet. Banda larga. Porque a pessoa mora a metros da praia, enxerga o morro da Lagoa da janela e ainda por cima é conectada. Boba ela, não?
E já que todos dormem (o cérebro do Mateus é jovem, bem mais adaptável e menos estúpido que o meu e o Zé só chega na quarta), vim aqui dar um alô.
Vou fazer o café.

17.12.05

Indoooooooo.... (a voz vai sumindo na distância)

Embarco hoje. Prá vocês que ficam, meu cordial boa noite.

Andam me perguntando se o PPC vai tirar férias também. Não sei. Acho que não. Não de todo. Só um pouco. Sei lá.

16.12.05

Último dia

Tem uma igreja, né. Não sei que lá das quantas dos santos dos últimos dias. Pois agora entendo. Há que se rezar muito para chegar lá.
Nas férias, bem entendido.
Estou no meu terceiro café e o cérebro ainda dá solavancos.
A reunião da tarde foi cancelada. Amém jisuis. Damos graças ao senhor.
Se bem que foi remarcada para a semana que vem e Sir Artur Galahad Carioca, dono da fábrica no Rio vai ter que apresentar o projeto "Gordinhas fofas que são jovens e querem se vestir feito um ser humano normal" sozinho. O que não é de todo bom. Veja bem. Porque ele não entende patavina de moda jovem e só está preocupado com modelitos fáceis de fabricar e com boa margem. De lucro. E a compradora, piorou. É careta que só ela. Então vai ficar difícil. Porque o nosso projetinho precisava da gente lá, o defendendo com unhas, dentes, bandeiras e banda de música. Porque as fofas merecem. E precisam. E tem dinheiro prá gastar, claro, que eu também não vivo de caridade. Seja o que deus quiser. Amém jisuis.

Agora pela manhã temos uma loooonga reunião, veja você, pessoa que tem um trabalho normal, que não consiste de futurologia. Sobre o Verão 2007/2008. Dois mil e oito! *
Às vezes me sinto mais uma cigana que uma designer. Porque haja poder de adivinhação.

* Errata - na verdade não sei o que me deu na cabeça quando escrevi isso. É verão 2006/2007, o que não deixa de ser adiantado, pero no tanto.

15.12.05

Meu anjo, Tião

Não sei bem porque, hoje eu me lembrei do Tião. E senti saudades. Veja bem, Tião foi meu motorista. Eu não dirigia, não dirijo e provavelmente nunca vou dirigir. Não gosto. Tinha 25 anos e fiquei grávida. O Zé, que na época estava galgando muchos degraus da corporate ladder, não queria que eu ficasse sassaricando por aí, barriguda, dentro de um taxi. Então contratou o Tião. Se bem que ele pagou o primeiro salário e depois passou a bola prá mim. Whatever. Eu também ganhava muitos dinheiros nessa época. Pois bem. O Tião era meu anjo da guarda. O Tião cuidava de mim. Ele me acompanhou durante toda a gravidez. Exames, consultas, trabalho, trabalho, trabalho. Ele fazia por mim todas as coisas chatas e insuportáveis que um ser humano fêmea proprietária de uma casa tem que fazer: banco (não tinha internet, né?), supermercado, feira, tudo mesmo. E quando o Mateus nasceu, prematuro de quase sete meses e teve que passar quarenta e oito longos dias no hospital, era o Tião que me levava todo santo dia de manhã bem cedo para a primeira ordenha (eles botavam a gente numa máquina para tirar o leite). E era o Tião que estava lá até a hora da última, às nove da noite. Porque vejam bem, o Zé estava galgando os degraus da fucking corporate ladder.
Foi uma das épocas mais sofridas em toda a minha vida e sem ele, não sei se eu teria conseguido.
Só de lembrar, já fico emocionada. Lá vou eu, derramar lágrimas sobre o teclado.
Pois é. Hoje, lembrei do meu amigo Tião. E senti saudades. E muita falta de alguém que cuide de mim. E meus olhos estão embaçados e não consigo enxergar mais a tela.
Tive que dispensar o Tião quando o Mateus estava com três ou quatro meses. Meu ritmo de trabalho diminuiu muito e os dinheiros já não eram tantos. Me doeu muito abrir mão do Tião.
Perdi o contato com ele, nos anos que passei fora de São Paulo. A última vez que ele me ligou, disse que estava trabalhando como motorista da Enterpa, dirigindo o caminhão de lixo das quatro da tarde às dez da noite e que se eu precisasse dele para qualquer coisa, ele poderia dirigir para mim, de manhã.
Nunca mais o vi. E hoje, de repente, senti muitas saudades do meu anjo, Tião.
E chega. Porque vou para uma reunião e vou chegar lá toda inchada, de tanto chorar. Ainda bem que estou com gripe e dá prá botar a culpa nela.

13.12.05

Ê povinho sem loção*!!!!

Dia desses a Helê deixou um comentário no post do séquiço bissexto.
Citou Pessoa, "nunca conheci quem tivesse levado porrada...".
Não tem com o que eu concorde mais. Tenho um grau de intolerância elevadíssimo com "gentes perfeitas".
Porque é uma farsa, né? Tem que ser. Ninguém é tão feliz, ou tão lindo, ou tão culto, ou tão qualquer coisa.
Me irrita sobremaneira (sobremaneira não é lindo?).
Tenho a sensação que são como caixas de M. A embalagem é bonita, tudo cobertinho com papel de seda e laços de fita. Mas tá lá. Feito cada um de nós. E como não deixam os vapores tóxicos escaparem, nem usam como adubo prá crescer, uma hora enche. E explode.
Tem uns aí espalhados pela blogolândia.
Gente, vocês me perdoem mas gosto de ruído. Caos, fissuras, imperfeições. Porque são justamente estas que definem a beleza e que nos tornam humanos.

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E prá quem achou que essa semana ia passar num átimo (átimo é ainda melhor!), estou com dor de cabeça, dor de garganta, dores generalizadas.
E uma das compradoras com as quais trabalhamos disse que quer uma coleção de paletós bordados para sexta. Rá! Então tá. E marcou a reunião para sexta à tarde, quarenta e cinco do segundo tempo. E a empresa que ela trabalha fica naquele bairro metido à chique lá perto de Barueri e que tem nome tirado de livro de ficção científica. Me desculpem se vocês moram lá, mas aquilo lá além de não ser São Paulo, é tãaao perfeitinho que vocês já sabem, detesto.
Portanto lá vamos nós, no nosso último dia de trabalho antes das férias... tã nã... trabalhar!
Puta que o pariu! Será que essa fulana faltou nessa aula? Último dia serve para dar um passadex no escritório, pagar umas contas, atender uns telefones com cara de séria, fazer pé e mão, comprar alguma coisa de última hora e beber muito com as amigas.
Tem gente que não tem LOÇÃO*!!

* Essa expressão tem copyright da minha grande amiga Sheila, que eu adoro e que, graças ao bom deus, de perfeita não tem nada!

10.12.05

Good to see

É claro que a gente sabe que as fotos das revistas todas são photoshopadas. Mas que é bom ver o antes e o depois, ah, isso é! Vai !
Pensando bem, devia ter contratado esse fulano para dar um jeito nas fotos que eu mandei prá Cyn.


9.12.05

Para minha querida irmã

Isabela (olha que nome lindo ela tem!),

Este post se destina única e exclusivamente a derramar loas infinitas sobre a sua pessoa.
Meus parabéns, minha irmã.
Sei que não posso estar aí neste fim de semana e que você gostaria muito que alguém da família estivesse presente na sua formatura. Alguém que tem tanta admiração e carinho por você quanto eu.
Porque você é um ser humano de primeiríssima qualidade. Inteligente, linda, generosa e amiga.
E você merece ser elogiada neste dia. Muito.
Então parabéns, parabéns, parabéns.
E até sábado que vem.

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E pode parar de se estressar com a roupa, você vai ser a mais bonita das formandas, tenho certeza.
E é a mais inteligente, ou não teria terminado o MBA em (escutem, pessoas!) PRIMEIRO LUGAR, with honors, suma cum laude, ou sei lá que raio eles chamam isso.

Easy Riders

O Zé acabou de me ligar. Ele viajou ontem mas já tá voltando hoje. Foi buscar uma moto emprestada em Ribeirão Preto. Prá levar prá Florianópolis (às vezes dá vontade de dizer Floripa - mas é tãaaao bestinha, né não?). Pois então. Ele tem um amigo que tem uma chopper - não sei que raio de marca é porque carros e motos não são o meu forte. Mas é tipo assim, uma Harley (o estilo, pelo menos). Eu adoro motos. ADORO. Sempre digo pro Mateus que na formatura dele, vamos chegar, eu e o Zé, de couro preto, botas e quetais, eu de bandana e com uma trança grisalha enoooorme e o Zé com aquele chapéu de chifrinho cobrindo a careca. Ele quer morrer. O Mateus, claro. Mas que seria divertido, seria.

Sex and the City

As atividades sobre os lençóis neste lar andam meio devegar nessa última semana. Temos estado tão cansados que parece uma competição prá ver quem consegue dormir mais rápido. Claro que quem aguenta mais uns dois ou três minutos ganha, porque depois pode botar a culpa no outro. De repente, tive uma visão. Eu e o Zé, pijamas de flanela, conversando:

"Gô..."
"Hummm"
"Lembra que a gente costumava se divertir à noite? O que era mesmo que a gente fazia?"
"Não lembro, Gô. Mas era bom, né? Engraçado, tenho essa lembrança boa mas não consigo me lembrar direito o que era."
"Quantos anos faz mesmo?"
"Hummm, não sei. Uns trinta?"
"É, acho que é mais ou menos isso."
"Será que eram as palavras cruzadas? Lembra? A gente costumava fazer palavras cruzadas."
"Não, não é isso não. Isso faz uns dezoito anos, eu acho. Era outra coisa"
"É, tem razão. Agora fica quieta que o Jornal Nacional já acabou e eu já tô morrendo de sono"

Fazer? Nada!

Ontem não fui trabalhar de manhã. Só ia dar tempo de bater o pique no escritório e sair correndo para o teatro do Mateus, então nem fui. Tinha uma reunião às 14:00. A Marcia ficou de passar para me pegar. Então, entre a escola e a reunião sobraram uns quarenta e cinco minutos e eu vim prá casa. Deitei na sala, me enrosquei numa manta e liguei a TV no jornal.
A Carmelita, minha super empregada, passa, me olha, e diz:
"Tá passando mal?"
PUTA QUE O PARIU!
Será que eu trabalho tanto assim?
Não posso parar nem três instantes que neguinho já acha que eu tô doente?
Preciso mudar. Preciso mudar. Tenho que mudar.
Primeira decisão de ano novo: Bundar mais. Muito mais.

8.12.05

Super Hackers

Não sei se vocês já viram, mas a Oprah está numa cruzada pessoal contra os pedófilos. Tem feito uma série de programas sobre o assunto. Não tem faceta do ser humano que me deixe mais revoltada do que essa. Normalmente, consigo entender as fraquezas humanas. Posso não concordar mas consigo ver o que leva as pessoas a atos insanos. Mas isso? Não desce de jeito nenhum. Não consigo. Não entendo. Não aceito.
Ontem mesmo, ela disse no programa que só nos Estados Unidos estima-se que haja 200.000 crianças servindo como escravas sexuais. Duzentas mil? Puta que o pariu!
Tenho uma idéia meio bobinha, mas que vem rondando a minha cabeça há algum tempo.
Tem esses meninos geniozinhos, não tem? Esses hackers todos, que se divertem provando a sua inteligência, invadindo computadores de governos e empresas e inventando vírus para torrar o saco dos pobres mortais.
Eles podiam ajudar. Formar uma "sala de justiça" virtual e caçar essa gente na internet. E depois passar as informações para a polícia. Podiam ser anônimos, se quisessem. Ou ter nomes como Vingador Cibernético, ou qualquer coisa parecida. Acho que eles iam gostar. São todos adolescentes. E iam poder fazer alguma coisa de útil, para variar.
O que vocês acham?
Acho que vou passar um e-mail prá Oprah.

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Hoje tem teatro na escola do Mateus. Encerramento do ano letivo. Dia de mãe chorar. Daqui a pouco, lá vou eu, assistir à Megera Domada, interpretada por alunos da quarta-série. Ai, ai.
Não passar rímel.
Levar lencinhos de papel.

7.12.05

brrrrrrrr

São Paulo. Sete de dezembro de dois mil e cinco. Oito horas da manhã. Dezesseis graus?
Que frio da muléstia é esse, por deus?

Crescer

Os últimos dentes de leite do Mateus estão caindo feito castelo de cartas. Cada vez que ele me pede prá lavar o cabelo dele, encontro pêlos em lugares onde antes só havia uma pele lisinha de bebê. Meu filho tá crescendo, crescendo, crescendo. Que medo, que medo, que medo.

Porque crescer é duro. Porque a vida não é nada fácil. Porque amar é quase uma dor, como já disse alguém muito mais hábil com as palavras do que eu.

Minha última troca de pele foi há uns quatro anos e eu tive que arrancar na unha, deixando a carne viva. Já está mais grossa agora e resistente às intempéries, mas doeu muito durante um bom tempo. Porque eu tive que enfrentar sol e chuva com aquela pele cor de rosa e delicada.
E me pego pensando no Mateus e quantas trocas de pele ele vai ter que enfrentar daqui prá frente. Muitas. Inúmeras. E que não temos escolha. Porque dói ainda mais tentar se ajustar àquela que não serve mais. Ou se fingir de morto.

Ai, ai, como é duro ser mãe, às vezes.

6.12.05

Missa de Sétimo Dia

Olha, eu vou dizer uma coisa:
Estou me sentindo meio órfã com a partida de alguns blogs desta para a melhor.
Como é que eu vou ficar sabendo de tudo que acontece sem o Marcelo Batalha? Vou ter que ler o jornal agora, é Marcelo? Não tenho mais paciência, não. Fiquei muito mal acostumada.
E o Fudido & Meio? Como é que dá prá viver sem aqueles links tão absolutamente inúteis e tão divinamente deliciosos?
Definitivamente, garotos, vocês me deixaram na mão!

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Estou muito, muito cansada por esses dias. Estamos tendo que adiantar uma porrada de coisas lá no escripitório para poder viajar. E as condições de temperatura e pressão por lá andam a léguas das ideais. Tenho a vaga impressão de que esses serão os doze dias mais longos da história.
Hang on, que falta pouco.

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Ando num bode infinito com compras. Não tenho tido vontade de comprar nada. So weird. Porque normalmente, gosto de Natal. Adooouro comprar presentes e nessa época sempre rola um biquininho novo e uma ou outra sandália. Vou deixar tudo prá Florianópolis. Desta vez, já decidi, até shampoo, eu compro lá. A mala, pelo menos, vai mais leve.

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E vou indo, porque temos reunião com o nosso maior cliente daqui a pouco. Reunião para descascamento de pepinos, abacaxis e outras coisas, indigestas e de casca bem dura.

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Deviam botar Prozac na água da Sabesp.

4.12.05

Reunion II

Reli o meu post e me achei de um mau humor insuportável. E eu estava mesmo. De ressaca e de mau humor. O encontro, na verdade, foi muito divertido. Impossível não existir carinho entre essas pessoas que cresceram juntas. O que me deixou de mau humor, que nem era bem um mau humor propriamente dito, mas uma certa depressão, foi encontrar comigo mesma. Porque, entendam, eu não via aquelas pessoas há vinte e três anos e vice-versa. A Daniela que elas conhecem não sou eu, era outra. E num instante eu fui catapultada para a minha adolescência. Não foi nostalgia não. Deus me livre! Que eu não sou mesmo dessas pessoas que acham que a melhor época da vida é a juventude.
Foi mais como um acerto de contas. Porque a Daniela, aquela, era só possibilidade. Sonhos, desejos, vontades. Tudo por fazer, tudo possível. E a imagem que eles tinham de mim, meu deus, era tão impressionante! E o que foi que eu fiz disso tudo? Dessa inteligência toda, que eles e até eu mesma, achava que tinha?
Foi isso. Foi esse sentimento que me tomou na sexta-feira de manhã.
E ainda tenho que mastigar melhor isso tudo.

2.12.05

Diferente Diverso Discordante Outro

Eu já lia esse blog há algum tempo. Não muito. Hoje eu tenho dentista e fiquei fazendo hora aqui em casa. Entrei lá e li o blog praticamente INTEIRO. Ri muito. Ela é o máximo.

Reunion

Num dia perdido da minha juventude, achei que eu ia crescer. E que com, digamos assim, mais de trinta anos, o ser humano ia ter certezas nessa vida.
Então tá.

Tô falando isso porque ontem eu fui num treco que eu não tinha contado aqui porque não tinha certeza se ia. Acabei indo.
Encontro da minha turma de formatura de ginásio de, pasmem, 1982, era pré - cambriana.
Foi divertido. E esclarecedor. E ao mesmo tempo terrível.

Saí de lá com pelo menos algumas certezas:

Homens ficam carecas.
Mulheres engordam.
Homem ficam carecas e engordam.
O ser humano não resiste ao impulso da procriação.
Não posso mais beber em véspera de dia útil.
Ainda temos 14 anos.

1.12.05

Pombagira

Ontem fizemos um plano de saúde coletivo lá no escritório. Pela empresa, prá ficar mais barato para as nossas duas famílias. A fulana do plano que foi lá pediu a minha carteira de trabalho. Eu disse que não tinha, nem nunca tinha tido. Ela abriu uns olhos de susto. Como? Uma mulher de 37 anos sem carteira de trabalho? Eu disse a ela que trabalho e muito desde os dezenove mas fui estagiária em dois lugares durante uns dois anos (sem carteira assinada, claro) e aos vinte e um, antes mesmo de terminar a faculdade, abri meu próprio escritório e aos vinte e dois já tinha também uma loja.
Me escuto falar e percebo que desconheço essa pessoa que fez isso. Tão corajosa, tão independente, tão segura de si mesma, desde tão cedo. Percebo que isso é o que as pessoas de fora vêem. Essa mulher. Não sou eu não, gente. Ela toma conta do meu corpo e vai assim, tomando atitudes e decisões. Quando eu dou por mim, tá feito. E eu, insegurança que só, tenho que arcar com as consequências.