25.12.06

As pastorinhas, prá consolo da lua

vão cantando na rua
Lindos versos de amor

Acordo cedo como sempre. Mesmo depois de toda a trabalheira e champagne de ontem. Meu corpo dói. Os Natais por aqui são produções hollywoodianas e nos últimos três anos, passamos o Natal na casa da minha irmã em Florianópolis, muito mais descontraído. Não que eu esteja reclamando, decoração de festas é uma das oitocentas e vinte e três coisas que eu já fiz profissionalmente nesta vida e eu gosto. Mas, putz. Haja pernas.

Acordo para a notícia da morte do Braguinha. Gente, eu amo esse homem. As músicas dele permearam a minha infância (os disquinhos infantis todos, tocando naquela vitrolinha portátil laranja), meu avô cantando As Pastorinhas, as marchinhas de carnaval. Muito da felicidade daqueles tempos está conectada a essa trilha sonora.

Hoje tem festa no céu. Baile de carnaval.

Chiquita Bacana, lá da Martinica
Se veste com uma casca de banana nanica.

22.12.06

Tudo bem por aqui

mas só chove, chove, ouuu, chove, chove...

20.12.06

Até que enfim

Estou de férias! Portanto me perdoem se os posts sumirem de vez.

18.12.06

Não fui

Estou aqui ainda, trabalhando.
Mas hoje é o último dia.
Prometo.

16.12.06

Tem dia que sei lá

Que dia, ontem. Doze horas quase que ininterruptas trabalhando numa embalagem de páscoa. Acreditem. Doze horas com aqueles malditos coelhos! (sorry, hunny) Pessoas começam a embalar ovos de páscoa em janeiro e por isso eu sofro.

E para completar esse dia tão feliz, minha querida sócia surtou ontem. Total (eu já devia estar acostumada porque ela surta de quando em quando, mas esse último ano foi tranquilo, salve a farmacologia - mas eu sempre me surpreendo e fico magoada, toda santa vez).

Primeiro brigou com o dono da fábrica no Rio (que em seguida ligou prá mim e soltou o canil todo). Depois comigo. E disse que não queria mais aquilo tudo, que ia procurar emprego, que esse nosso processo de trabalho está acabando com o gênio criativo dela e blá e blá e blá (tudo isso gritando e chorando ao mesmo tempo). Hum-rum. Tá. E saiu pisando duro e batendo portas.

E eu lá, coscoelhos.

Ela me liga no fim da tarde, bem etilicamente alterada, para dizer que me ama e pedir desculpas. Eufórica. Muito. E ligou prus clientes todos nesse estado, deusmeproteja.
E depois de ter dito que não queria trabalhar mais lá, resolveu ligar o ISO 9010 e disse que vai trabalhar a semana que vem toda (estaríamos de férias a partir de terça) para aparar os rabos que sobraram (muitos, muitos). E que volta uma semana depois de mim.
Fuck. Ou bem eu saio correndo prás minhas férias hoje ou vou na reunião de segunda e fico com 4 dias de férias a menos. Dilema, dilema.

E ainda teve a volta dela pro escritório, lá pelas seis. E me abraçou e me beijou e te amo te amo te amo e só eu te abraço desse jeito e te digo que te amo e falei com o cliente e ele disse que o nosso trabalho é maravilhoso e que a nossa coleção de inverno é espetacular e somos as deusas do olimpo e me enforcava (juro) enquanto eu tentava dar jeito nos coelhos problemáticos.

E eu só: vai prá casa, por favor. Me deixa trabalhar. Nós temos que entregar isso hoje, pelamor de dadá (copyright da Cris).

E ela foi. O santo namorado dela veio buscar. Amém.

E eu passei mais QUATRO HORAS coscoelho.
Bem, gente, quer saber?
Acho que eu vou mesmo. Amanhã.

15.12.06

Sem título

Exaustão. Essa é a palavra. Teoricamente, não poderíamos parar de trabalhar nesse momento. Mas a maior vantagem de não se ter patrão (e 13º, e férias pagas, e plano de saúde e etc etc) é justamente essa. Mandar um f*da-se bem grande. E miliuma cousas a fazer antes de viajar e Sir Artur (dono da fábrica do Rio, lembra?) marca uma reunião com cliente novo. E tomamos um chá de cadeira de três horas. Perdi a manhã toda. Ninguém merece. Ninguém. Ninguém. A única graça foi ver, justamente Sir Artur, O FINO, esperar esse tempo todo. Maldosa, eu? Nã, jeinenhum.
E a última reunião, marcada para amanhã, passou para segunda e eu perdi o fim de semana. Lindo, né? Mas terça, eu vou. Juro. Nem que venha o apocalipse.

E eu gosto de Natal. Eu sei, eu sei, é muito demodé gostar de Natal. Mas eu gosto. Dar presentes está no meu top ten.

13.12.06

Quem vai querer, põe o dedo aqui!


Há tempos venho procurando a bolsa do poder. Eu tenho essa coisa com bolsas, vocês bem sabem. Profissionalmente, uma bolsa do poder ajuda. Muito.
Quando o cliente precisa achar que você é mutcho bem sucedida, e você precisa precisa precisa aumentar os seus honorários que além de não quererem mais crescer, estão ficando corcundas, você bota a bolsa do poder em cima da mesa e cobra. Não testei ainda (os honorários, até hoje, não permitiram, mas tenho plena convicção de que vai funcionar).
Além disso, serve também para ser bem tratada naquelas lojas metidérrimas ou enfrentar qualquer situação onde a insegurança impera. Para mim funciona assim, me agarro na alça da bolsa e não me afogo - sou louca, eu sei.
Jurei que não ia contar prá ninguém - de que vale se todo mundo sabe que é falsa?
Mas, so what?
É um site (tem muitos, mas até hoje não tinha achado nenhum que prestasse), ships worldwide, não são baratas, mas tem tudo. TUDO. TODAS as marcas impressiona-trouxa. Últimos modelos. À vista só nas revistas de moda importadas. Que todo mundo desse mundinho besta fashion, lê. E de primeiríssima qualidade, ou assim me parece (vou comprar essa aí da foto de presente de Natal prá migo mesma- depois que virar meu cartão - veremos).
Eu sei que parece a coisa mais besta e fútil del mondo, mas no meu, funciona. Né mole, não, questo mundinho da moda.
Não vou colocar aqui o endereço (sei lá, né, vai que...) mas se alguém quiser, manda um email prá danidemenezesarrobagmailpontocom.
E deixa eu correr, temos reunião mega importantérrima daqui a pouco. Sem bolsa do poder prá botar na mesa, resta o trabalho, né?

9.12.06

Estou me arrastando

e faço coro para o "acaba 2006!".
Nem de longe terminei todas as minhas tarefas mas que elas andaram, andaram (obrigada pelas preces na entrega do trabalho das floricuturas - terminado e devidamente entregue, amém jisuis).

Mateus, agora, que nem o Lost, novos episódios, só em Fevereiro (as aulas acabaram, crianças!).

E a pessoa que vos fala capotou antes do globoreportis, está de pé há uma hora e vai trabalhar. Hoje e amanhã.

5.12.06

Isso aqui já está virando

o blog do Mateus e se ele descobrir, me pendura de cabeça prá baixo, esfola e joga sal. Mas vamos lá. Para quem perguntou nos comentários: gente, não sei de nada! Provavelmente não aconteceu nada no mundo das coisas físicas mas para ele aconteceu tudo, tenho certeza.
Acabei de encontrar um caderninho*, aqui em cima da mesa com uns rabiscos, umas frases e vários, vários "te amo".

"Eu te amo muito, não consigo expressar isso mas te amo" e " Eu queria poder te falar que te amo. A vergonha não permite".

Doze anos. O primeiro amor. Que os anjos te protejam, meu filho.

E hoje, vou apresentar o projeto visual lá das tais floriculturas. Fiz uns muitos estudos. Torçam, pray for me please, porque eles tem que gostar de alguma coisa para eu poder finalizar logo e entregar porque senão... não vejo mesmo a possibilidade de sair de férias no dia 16.
E eu preciso. Ou morrerei.
Porque ainda falta mais da metade da coleção de Babydoll, uma pequena coleção de masculino e todas aquelas de inverno que eu já havia mencionado antes que já estão desenhadas mas estão sendo pilotadas (piloto é a primeira peça) e dá muito, muito xabu nessa fase - provas de roupa, remontagem, eteceteras e tales.

*Shame on me, por ler as coisinhas dele. Mas não resisti.

3.12.06

Mateus apaixonado - parte II

Há três ou quatro semanas, ele vem tentando ajeitar uma ida ao cinema no shopping. Com "ela". E mais uma galera da escola para diluir o constrangimento e não deixar tudo assim, tão óbvio. Os meninos nunca querem ir. Todo fim de semana mela. Hoje ele foi. Escutei ele ligar para vários amigos. Insistir, insistir, insistir. Pelo que pude deduzir (continuo não sabendo de nada diretamente - tudo isso que estou contando resulta da união de pequenos fragmentos de conversa), ninguém topou*. Ele foi assim mesmo.
Camiseta nova, meu tênis emprestado (sim, calçamos o mesmo número), até me pediu prá passar um jeans. Ele estava cantando. Literalmente.
Uns quinze minutos depois que ele saiu, liga uma garota e pergunta por ele (essa é uma primeira vez, nunca aconteceu, pelo menos não que eu tenha atendido, mas não posso ter certeza, normalmente ele atende o telefone aqui em casa). Eu digo que ele foi ao shopping (sei que é ela, meu coração de mãe sabe) e que levou meu celular. Pergunto se ela quer o número, escuto ela pedir uma caneta para a mãe - elas estão no carro, espero que indo pro maldito shopping, porque o meu filho já está lá esperando. Por ELA. Com o coraçãozinho ansioso e cheio de expectativa. Ela anota o telefone. Espero que elas já estejam perto. Vai menina, vai.

Ai, meu deus, mãe sofre.

* No final, foram umas seis crianças.

1.12.06

Não tenho mais idade para...

Daqui, dali e d'acolá.

1) Ser boazinha
2) Perder tempo com gente melodramática e masoquista
3) Fumar desse tanto
4) Esquecer o dia do anticoncepcional
5) Mudar o rumo da minha profissão (ou tenho?)
6) Sofrer com as críticas e olhares enviesados da minha mãe
7) Usar mini-saia
8) Permitir que me tratem mal
9) Ser alvo de ciúmes irracionais
10) Justificar as minhas escolhas
11) Me acabar no carnaval
12) Deixar de ir à academia (10 months and counting...)
13) Não tirar férias
14) Ser obrigada a concordar com uma fulana com 15 anos a menos de experiência do que eu , só porque ela é o cliente
15) Carregar o piano sozinha
16) Descolar um casamento por conveniência, aka, golpe do baú
17) Deixar de ler por absoluto cansaço mental
18) Gostar de ficção científica (adoro)
18) Ter cabelos compridos (mas tenho)
19) Cobrar barato (estava pensando em trabalho mas acho que vale para tudo)
20) Adiar minhas vontades fúteis
21) Não poupar para a velhice
22) Achar que eu tenho 20 anos
23) Insistir numa idéia falida
24) Aprender a dirigir (eu também, né Suzana?)
25) Não possuir a tal da casa própria
26) Achar que um dia meu pai vai mudar
27) Procrastinar muito tudo que se refere à saúde, médicos, exames, etc.
28) Trabalhar na sexta-feira
29) Virar a noite e/ou beber seis doses de uísque
30) Comprar por impulso
31) Me sentir culpada por comprar por impulso (p*orra, eu trabalho prá quê?)
32) Ter vergonha do que quer que seja
33) Ser insegura em relação à minha capacidade profissional
34) Não me achar bonita o suficiente
35) Ficar esperando the bigger plans for me that god must have e que não vão acontecer nunca se eu não movimentar o meu rabinho
36) Ter outro filho (exceto, como meus amigos bem sabem, se for com o Antônio Ermíri*o de Mora*es)
37) Ficar com raiva e não dizer nada
38) Fazer essas listinhas, principalmente quando o número de itens tiver que ser igual à idade.

* Eu sei que essa listinha já rolou há tempos mas a minha ficou esquecida no rascunho .