Desde sábado eu estava namorando um sapato. Não comprei prá ver se a vontade passava. Não passou. Não era caro, mas caro é muito relativo (é caro hoje que eu estou lisa, será barato em setembro, quando a gente vai receber sobre um trabalho grande). Os sapatos chegaram na loja sábado, eu sei porque a mardita está no meu caminho. Anteontem levei a Marcia lá prá ver e gostar junto comigo - é preciso companhia prá dar o empurrãozinho pro pecado. Ela amou.
Só restavam 3 pares na loja. Segundo a vendedora, uma americana desvairada passou lá e levou 10 pares (prá vender, lógico - porque ela não vai fazer compras lá no raio do país dela?) E não, não vão chegar mais, porque é uma ponta de estoque de exportação. Era agora ou nunca. Mandamos reservar dois (prá mim e prá ela) e não compramos - porque essa é a tática da Marcia - reservar 24 hs para o arrependimento. Não voltamos para buscar no dia seguinte - quem sabe alguém compra e me impede de esburacar mais a minha conta bancária?
Hoje, estou trabalhando em casa - tínhamos um compromisso pros lados de cá que, eventualmente foi desmarcado, então fiquei por aqui. Perto da loja do sapato. Perto demais da loja do sapato.
Então fui na farmácia. Os desodorantes dessa família acabaram todos há dois dias e está fazendo calor, né?
A farmácia fica a uma quadra da loja do sapato.
Fui lá e comprei.
A culpa me atacou antes mesmo de assinar o papelzinho amarelo do cartão.
Alguém assistiu aquele filme do Percy Adlon (1990) "Rosalie vai às compras"? Ela compra, compra, compra, depois vai na igreja, confessa e começa tudo de novo.
Como eu não costumo ir à igreja (já carrego culpas demais que eu mesma crio - prá que acrescentar outras?) estou usando o blog para a necessária expiação.
Espero que dê certo.
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