31.8.05

Não é ele!

Como sempre, aquele que sabe tudo de tudo tem as informações fresquinhas sobre o suposto blog do Marcos Valério. Ele não tem blog, por enquanto.

Preferências

Tive que descrever minhas preferências para participar da troca de presentes. Escrevi porca e miseralvelmente umas três ou quatro linhas. Tenho uma certa dificuldade em me descrever. Mas como o meu amigo secreto vai dar um pulo aqui, vou tentar.

Plagiando não lembro quem, sou quase sempre mulher, às vezes mulherão, quase nunca mulherzinha.
Com 37 anos, já sei o que eu quero (mais ou menos).
Tenho um filho de dez anos e um marido há dezesseis.
Canto no chuveiro, danço e não sapateio.
Leio muito, até bula de remédio, mas tendo para a ficção.
Livros de arte e referência (Flores Vitorianas, Tatoos através dos Séculos, Elementos do Design Indiano, etc.) - amo!
Gosto muito de cinema e TV. Sou junkie mesmo, assisto muito.
Tenho o olho voltado para tudo que é bonito. Beleza, para mim, é fundamental.
Gosto de bichos. Já tive cachorro, gato, papagaio, tartaruga, hamster. Hoje não tenho nenhum porque moro em apartamento e não gosto de bicho preso (também não gosto de casa suja).
Sendo canceriana, com a lua em peixes, vênus em câncer e ascendente em touro, minha casa é o meu castelo - gosto dela confortável e agradável aos olhos. Lençóis muito brancos, muitas flores, cheiro bom.
Gosto de música e sou eclética nesse departamento. Música boa é música boa, seja qual for o estilo.
Adoro bijouterias e, como a Chanel, para mim o que importa não são os quilates mas o efeito.
Que mais? Arte, fotografia, Provence, antiguidades.
Ah! Adoro papelarias e tudo o que tem lá dentro: cadernos, blocos, caixas, canetas. Estou mais para Gato Félix do que para Hello Kitty. Sou feminina mas não girlie. Mais cool do que cute.
Gosto de cozinhar (como hobbie, se for obrigação, eu odeio) e, claro, coisas bonitas para a cozinha também.
Bom humor é importante - ironia e sarcasmo sim, pastelão nunca (detesto assistir à desgraça alheia, não acho graça de jeito nenhum).
Digo mais sim do que não e às vezes sofro com isso.
Tendo a tomar conta das pessoas e me preocupar com elas. Meio mãezona. Deve ser por isso que não tenho milhares de amigos. Meus poucos e bons já me dão um trabalhão!
Sou maníaca por sapatos e camisetas brancas.
Gosto também de camisetas com silk - sou da época em que as pessoas se manifestavam através delas.

Bom, acho que é isso. Amigos, me ajudem! Vocês me conhecem melhor do que eu mesma. Está faltando alguma coisa?

Só faltava essa!

Não se sabe se é ele mesmo ou alguém se fazendo passar por ele. De qualquer forma, esse foi o assunto de ontem por aí: o blog do Marcos Valério. O Marcelo, a Fal e a Rosana Hermann já falaram sobre isso.
E eu concordo com a Rosana, vai ter uma audiência enorme.

Amigo Secreto

Sempre tive arrepios com amigo secreto. Deve ser trauma de infância. Tínhamos uns na escola e eu sempre tive um azar danado. Era sempre tirada por alguém bem foda-se. Me lembro de dois. Num deles dei um disco, não me lembro qual, mas lembro da alegria do presenteado. Ganhei um par de meias que a pessoa não se dignou nem a embrulhar, vieram num saquinho de papel verde da Sears (lembram da Sears?) com a beirada amassada prá meia não cair. Lindo, né? Noutro, resolvemos fazer os presentes com as próprias mãos. Comprei um caderno brochura de capa dura, revesti com espuma e encapei com tecido de florzinhas, coloquei também um marcador de páginas feito de fita. E o que foi que eu ganhei? Uma caixa de sapato, toda picotada, que o cidadão insistia ser uma casa de bonecas. Ah, tá.
Dia desses, passeando por aí, dei de cara com a troca de presentes do Epinion. Quando eu descobri, já não dava mais para participar, mas deu vontade. Nem sei bem explicar porque, já que não costumo participar desse tipo de coisas. Meu espírito tem cercas altas (citando o Soares Silva) e costumo ser uma pessoa muito reservada. Acho que faz parte das novas experiências começadas com o blog.
Tinha deixado um comentário lá no Epinion, que a Paula fez questão de agradecer. Deve ter sido via Paula que chegaram a mim. Recebi um e-mail ontem, sobre uma nova troca de presentes.
Entrei. Vamos ver no que é que dá.
O prazo termina hoje, qualquer um pode participar, não precisa ter blog. É só entrar aqui. Sheila, que tal? É a sua cara!
Vale dizer que a brincadeira inclui o pessoal de além-mar e que o valor é 15 euros.
Gente, estou um tanto ansiosa com esse negócio. Eu adoro comprar presentes, sou especialista. Mas comprar presente prá algúem que eu nunca vi mais gordo? Sei lá...

30.8.05

Lolitas e Balzacas

Vou reproduzir aqui, ipsis literis, sem link nem nada, porque, gente, de vez em quando é tãaaao bom ler (ouvir) coisas assim. Xico Sá, eu te amo!

De Xico Sá.

Desde a "Lolita" de Nabokov, livro lindamente filmado por Kubrick, que o encontro de um homem maduro com uma gazela em flor rende bons dramas, teatro, cinema, novelas... além de riscar, num bater de cílios, o fósforo do desejo no cocoruto de mocinhas, senhores grisalhos ou "cafas" propriamente ditos.
Reparem no caso do tio-mauricinho (Edson Celulari) e a viçosa Lurdinha (Cleo Pires), no folhetim de Gloria Perez. Lurdinha é boa porque não é simplesmente uma ninfeta, é mesmo uma lolita. Para ser ninfeta, basta ter pouca idade e frescor; para ser uma lolita é preciso ser uma menina má, impiedosa, de modo a ferver a testosterona no juízo alheio, como no modelo clássico e nabokoviniano.
Uma ninfeta pode ser tão-somente uma menina chata, cri-cri, cheia de nove-horas e catchup até na alma. Raramente uma ninfeta se torna uma lolita, são poucas, embora muitas acreditem que estão sendo o máximo.
Jamais vale a pena trocar uma linda afilhada de Balzac, com seu ritmo e o seu luxo de existência, por duas de 17,18, 20...
Muitos homens caem nesse conto óbvio da pouca idade, largam precipitadamente as suas mulheres, enfiam-se debaixo dessa arapuca amadora do desejo como um pássaro faminto. Seria o inconsciente incendiado pela invenção do incesto?
Nada mais irritante do que a pressa de viver e o sexo fast-food das ninfetas.
A menos que seja à vera uma lolita, cuja sabedoria precoce e a maldade inata superam o cheiro do leite dos poucos aniversários. N´outras palavras: "Por esse jeito de menina/E esse gosto de mulher", como traduz a lírica brega e genial de "mon amour meu bem ma femme", na voz sábia de Reginaldo Rossi.
Ah, chega de lengalengas e nove horas, troque agora mesmo as suas ninfetas ou lolitas por uma linda mademoiselle acima dos trinta.

Xico Sá é cronista do Blônicas nas segundas-feiras.

Colorida

Hoje resolvi me envolver de cores vivas. Me vesti, não para combinar com o meu estado de espírito, mas para protegê-lo. É como se eu dissesse: Estou de bom humor, não estrague. Parece que funcionou.

Vocação

Toda vez que eu me sinto cansada, quando estou trabalhando demais e sem dinheiro, fico questionando as minhas escolhas profissionais e tentando listar as minhas qualidades prá ver se eu conseguiria fazer outra coisa qualquer em que eu ganhasse mais dinheiro ou levasse uma vida mais sossegada.
Pois então, de tanto queimar a cachola, eu descobri pro que é que eu sirvo, de verdade. Vejam se vocês concordam comigo.
Eu daria a mais perfeita mulher de embaixador.
Não, embaixatriz, não. Mulher de embaixador.
O Zé que me desculpe, mas eu nasci prá isso.
Veja você:
Falo inglês com sotaque britânico (sem problemas de comunicação).
Entendo muito de flores e arranjos florais (a embaixada não ia ficar linda?).
Gosto de arte, música, literatura, cinema (que adequado!).
Sei organizar uma festa como ninguém (as festas da embaixada iam ser de um fino só e iam ter mais coisas prá comer além de uma pirâmide de Ferrero Rocher).
Sei me vestir adequadamente. (Não ia combinar vestido-sapato-bolsa feito a Rosane Collor)
Sério, gente, eu daria uma mulher de embaixador finerrezérrima!
Alguém sabe prá onde eu tenho que mandar o curriculum?

29.8.05

Exercício de Paciência

"Deus, conceda-me serenidade
para aceitar as coisasque não posso modificar,
coragem para modificar aquelas que posso,
e sabedoria para reconhecera diferença entre uma e outra."

Ai. meu Jesus Cristim, dai-me tudo isso aí em cima já. Que eu estou precisando muito.

Liberal Libertário Libertino

Desde que eu comecei a passear pela blogosfera, tenho lido o Alex. Não tinha colocado o link dele aqui ainda, porque ele estava postando pouco ultimamente, estava de mudança. Para New Orleans, onde conseguiu uma bolsa na Universidade de Tulane. Pois é. New Orleans. Não faz nem um mês que ele foi e já está tendo que enfrentar um furacão. A cidade foi evacuada e ele teve que deixar o Oliver preso em casa com água e comida. Prá quem não conhece, Oliver é o cachorro que ele levou daqui.
A blogosfera toda torce pelo Oliver. E pelo Alex, claro.

Liberdade II

Gente, tive que voltar. Vocês não vão acreditar. A pessoa está tão in love com as panelas que foi lá lavar a louça. Toda.
Deus existe.

Liberdade


Hoje fomos até a Liberdade. Há tempos o Zé vem insistindo em comprar uma panela de Sukiaky. Costumávamos ir ao japonês todo domingo, durante anos. Era um restaurante bom e com preço justo. O dono já conhecia a gente, éramos fregueses. Lembro do Mateus, ainda bebê, sentado no cadeirão e tentando mastigar, quase sem dentes, um tempurá de camarão (deve ser por isso que hoje, com dez anos, é tarado por comida japonesa).
Um dia chegamos lá e o dono não estava. Estranhamos. O garçom disse que ele tinha morrido.
Hoje quem toca o restaurante é o filho, que deu uma bela repaginada nos preços. Muito de vez em quando, ainda vamos lá, mas em tempo de vacas magras e contas altas, fica difícil.
Pois então, principalmente em função do regime das vacas, estávamos protelando a compra da panela. É cara, a mardita.
Compramos. Não só a panela elétrica de Sukiaky, mas também uma panela de fazer arroz, hashis lindos e potinhos de cerâmica. E saquê. E um vidro enorme de shoyu. E Udon. Cartão de crédito serve prá quê?
Acabei de levantar da mesa e estava tudo ótimo, ótimo, ótimo.
E o melhor de tudo: liberdade. O Zé fez tudo e eu não tive que cozinhar.

28.8.05

Dr. House


"Look at her shoes" Did you see her shoes?"
"Yeah. They're nice and pointy"
"No. They're not. They are the kind of shoes that inflict pain, only an insecure woman would choose that instead of more sensible, confortable shoes."

Shit. I live in high heels.

26.8.05

Há esperança

Foi só eu falar dos meus dilemas criativos que encontro um povo fazendo um treco sensacional.
www.camiseteria.com
Qualquer um pode fazer uma arte para camiseta e se submeter à votação, os desenhos mais votados viram camisetas e o autor recebe 150 pratas (como diz o meu amigo Artur) mais porcentagem das vendas.
Taí: liberdade criativa e uma forma justa de distribuir os lucros. Gostei.
Dica do Biajoni.

E agora?

Gente, a Velhinha de Taubaté morreu ontem.
O que será de nós?

Vendendo a alma

Vi, há um tempo, a entrevista de um ator na TV dizendo que hoje, ele tem que ser mais do que um ator se ele quiser trabalhar. Tem que administrar e vender o seu trabalho, porque não existe mais a figura do "manager".
Essa semana, jantei com um amigo designer e falamos sobre isso. Sobre como ao longo do tempo, fomos nos transformando em vendedores e administradores. O tempo que realmente dedicamos a "artistar" hoje, é mínimo. Porque passamos a maior parte do tempo envolvidos na burocracia e na venda do nosso trabalho.
Não costumava ser assim. Lembramos com nostalgia de um escritório onde trabalhamos juntos. Tínhamos mais tempo prá pensar num trabalho, criávamos conceitos, achávamos, realmente, que estávamos fazendo alguma coisa especial. Não sei se estávamos ou não. Éramos jovens, prepotentes e idealistas. Mas a gente se divertia muito.
Hoje, nos concentramos em fazer barato e comercial. E temos que sair por aí, com o trabalho debaixo do braço, mascateando. É duro. Porque demanda um tipo de estado mental completamente oposto ao da criação. Vender é adrenalina pura. Criação é concentração. E aprender a alternar esses estados de espírito é complicado. Pelo menos, prá mim.
Mas a gente tem que pagar a conta do supermercado, né?

Polindo ou Teimoso feito uma mula

A Marcia disse que eu preciso contar essa. Bom, como o Zé não lê o blog, acho que eu posso contar. Por favor, não mencionem o assunto perto dele, seria a minha morte.
Certo dia, estávamos fazendo compras no Extra. O Extra, você sabe como é, aquele negócio imenso, cheio das coisas prá comprar além de comida e material de limpeza. Fomos passear na ala dos CDs, passamos pela informática e eletrônicos. Chegamos nas ferramentas. Não sei o que deu nele. Acho que ligou as duas coisas. CDs - ferramentas. Ferramentas - CDs. Resolveu que precisava polir todos os CDs. Tinham risquinhos, sabem. Alguns não estavam tocando perfeitamente, outros pulavam, etc. e tal.
Comprou uma politriz e uma pasta cinza que ele disse, ia ser perfeita para o polimento.
"Gô, tem certeza? Você vai estragar tudo."
"Não. De jeito nenhum. Vai ficar ótimo. Você vai ver"
Quero que vocês entendam que quando ele diz todos, ele quer dizer todos os CDs dele, que ficavam na disqueteira do carro mais muitos dos meus que ele afanava de vez em quando (mais ou menos uns 120 Cds!).
Bom. Chegamos em casa. Primeiro ele lavou todos muito cuidadosamente e espalhou para secar pela sala toda. Tinha CD prá todo lado. No sofá, no tapete, na mesa de jantar.
Durante todo o tempo, eu não parei de tentar fazer ele desistir da empreitada, ou pelo menos testar primeiro em algum piorzinho. (Gente, levou uma vida e muitas promoções prá juntar esses CDs!).
Não teve jeito. Quando o bicho resolve parece um rolo compressor. Sai de baixo.
Passou o raio da pasta em todos os Cds. Todinhos.
Não deixei ele tocar nos meus que ainda estavam na estante. Não mesmo.
Pegou aquela máquina e começou. Um por um. Polindo com todo o esmero. Poliu, poliu, poliu.
Durou a tarde toda, aquele barulho infernal da politriz.
Em nenhum momento, ele sequer pensou em parar para testar unzinho que fosse. Claro que vai dar certo. Ele não é o Mr. Sabe Absolutamente Tudo?
No fim, não deu nem prá rir. Porque foi triste, gente. Muito triste.
Em uma tarde, o Zé destruiu 120 CDs, sem exceção.
Ai, meus dois Queens da capa branca e da capa preta.
Ai, meu Genesis antológico.
Ai, meu Paralamas da capa laranja.
E o Credence, e os Beatles, ai, ai, ai.
Bom, foram muitos ais.
Mas o que é que se vai fazer? Sorte eu ter conseguido salvar os da estante.
Até hoje, não conseguimos refazer a nossa coleção.
Essa história já tem um tempo e depois disso ele já tomou mais umas tantas cacetadas pela teimosia. Tá aprendendo.
Devagaaar, mas tá.

25.8.05

A boina do Che


Ninguém acredita, mas é verdade. Meu tio Wilsinho (que morreu aos 36 anos) me deu uma boina da guerrilha do Che. Legítima. Ele era um maluco beleza daqueles que não se fabricam mais, um homem lindo, inteligente, interessante. Tinha namorado uma boliviana, que por sua vez, tinha participado da guerrilha. Homem sedutor que era, saiu dessa carregando como troféu, a boina do Che. E anos depois, me deu. Vocês não tem idéia do sucesso que eu fiz com essa boina na minha adolescência. Só eu, euzinha, tinha uma boina idêntica à do Che. Bom. Tinha. Porque num fatídico carnaval, emprestei pro meu irmão. Com todas as recomendações possíveis e imagináveis. E ele perdeu. Claro.
Olha, eu adoro o meu irmão. Êta pessoa inteligente e talentosa. Tudo o que ele faz, faz direito. Mas perder a boina do Che, essa eu não perdôo, nunca.

24.8.05

Operadoras

Recebo a conta do celular. Abro. Tá lá:
Conta - x reais
Parcelamento de aparelho - 15.000 reais (1/6!!!)
Quase tenho um ataque cardíaco.
Ligo lá.
Depois de discar 2, 7, 9, 4, sei lá quantos números e falar com três atendentes (vamos estar transferindo sua ligação, etc e tal), digo para a fulana:
Minha conta está errada, veio um parcelamento de aparelho de quinze mil!
Vamos estar verificando para a senhora para poder estar alterando a conta.
Verificando o quê? Eu não comprei um satélite, minha filha, comprei um celular!

Gerontocracia

Vejo no SPTV que a taxa de desemprego em São Paulo, na faixa etária de 15 a 17 anos dobrou nos últimos vinte anos, chegando a quase 55%.
Há pouco tempo li "Holy Fire" do Bruce Sterling (1996), que se passa num futuro não muito distante, onde o poder e a riqueza estão concentrados nas mãos de cidadãos chamados seniors. Com acesso às últimas tecnologias de prolongamento da vida e manutenção da juventude, essas pessoas são de uma geração que cresceu durante a explosão da genética e biotecnologia.
Ganham idade mas continuam saudáveis e jovens, não abandonam o mercado de trabalho e vão acumulando cada vez mais dinheiro e poder, formando uma elite que o autor chama de gerontocratas.
Nesse cenário, os verdadeiramente jovens vivem à margem da sociedade porque não conseguem ter acesso à riqueza ou aos empregos formais.
Gente, não sei não, mas será que já não estamos nesse caminho?

23.8.05

Rapidinhas

Live Strong
Confirmado o doping de Lance Armstrong. Leia mais aqui.
Eu não queria dizer que eu disse, mas eu disse; ontem.

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MADA
Se você quiser receber as frases diárias para meditação do MADA, por favor deixe seu e-mail na caixa de comentários

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Poder de Atração
Hoje, no caminho casa-caminhada-metrô-caminhada-escritório recebi duas cantadas diretas e algumas encaradas. Hoje, que eu não lavei o cabelo e estou vestindo jeans e uma camiseta do Zé Colméia. Vai entender.

Para Lou Salomé

Eu tinha dezoito anos quando um professor de cursinho leu um texto do Affonso Romano de Santana na aula. Se chamava A Mulher Madura. Me lembro perfeitamente de ter gostado muito e ter pensado imediatamente na Teresa, que na época, devia ter uns trinta e seis anos.
Comprei o livro, li, e depois mandei prá ela de presente. Ela era, para mim, a pura tradução da linda mulher madura. Hoje, dou esse texto de presente para Lou Salomé.

A Mulher Madura

Affonso Romano de Sant'Anna

O rosto da mulher madura entrou na moldura de meus olhos.
De repente, a surpreendo num banco olhando de soslaio, aguardando sua vez no balcão. Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs. Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria. A mulher madura, com seu rosto denso esculpido como o de uma atriz grega, tem qualquer coisa de Melina Mercouri ou de Anouke Aimé.
Há uma serenidade nos seus gestos, longe dos desperdícios da adolescência, quando se esbanjam pernas, braços e bocas ruidosamente. A adolescente não sabe ainda os limites de seu corpo e vai florescendo estabanada. É como um nadador principiante, faz muito barulho, joga muita água para os lados. Enfim, desborda.
A mulher madura nada no tempo e flui com a serenidade de um peixe. O silêncio em torno de seus gestos tem algo do repouso da garça sobre o lago. Seu olhar sobre os objetos não é de gula ou de concupiscência. Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente. Sabem a distância entre seu corpo e o mundo.
A mulher madura é assim: tem algo de orquídea que brota exclusiva de um tronco, inteira. Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.
A adolescente, com o brilho de seus cabelos, com essa irradiação que vem dos dentes e dos olhos, nos extasia. Mas a mulher madura tem um som de adágio em suas formas. E até no gozo ela soa com a profundidade de um violoncelo e a sutileza de um oboé sobre a campina do leito.
A boca da mulher madura tem uma indizível sabedoria. Ela chorou na madrugada e abriu-se em opaco espanto. Ela conheceu a traição e ela mesma saiu sozinha para se deixar invadir pela dimensão de outros corpos. Por isto as suas mãos são líricas no drama e repõem no seu corpo um aprendizado da macia paina de setembro e abril.
O corpo da mulher madura é um corpo que já tem história. Inscrições se fizeram em sua superfície. Seu corpo não é como na adolescência uma pura e agreste possibilidade. Ela conhece seus mecanismos, apalpa suas mensagens, decodifica as ameaças numa intimidade respeitosa.
Sei que falo de uma certa mulher madura localizada numa classe social, e os mais politizados têm que ter condescendência e me entender. A maturidade também vem à mulher pobre, mas vem com tal violência que o verde se perverte e sobre os casebres e corpos tudo se reveste de uma marrom tristeza.
Na verdade, talvez a mulher madura não se saiba assim inteira ante seu olho interior. Talvez a sua aura se inscreva melhor no olho exterior, que a maturidade é também algo que o outro nos confere, complementarmente. Maturidade é essa coisa dupla: um jogo de espelhos revelador.
Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo apenas como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo.
A mulher madura está pronta para algo definitivo.
Merece, por exemplo, sentar-se naquela praça de Siena à tarde acompanhando com o complacente olhar o vôo das andorinhas e as crianças a brincar. A mulher madura tem esse ar de que, enfim, está pronta para ir à Grécia. Descolou-se da superfície das coisas. Merece profundidades. Por isto, pode-se dizer que a mulher madura não ostenta jóias. As jóias brotaram de seu tronco, incorporaram-se naturalmente ao seu rosto, como se fossem prendas do tempo.
A mulher madura é um ser luminoso é repousante às quatro horas da tarde, quando as sereias se banham e saem discretamente perfumadas com seus filhos pelos parques do dia. Pena que seu marido não note, perdido que está nos escritórios e mesquinhas ações nos múltiplos mercados dos gestos. Ele não sabe, mas deveria voltar para casa tão maduro quanto Yves Montand e Paul Newman, quando nos seus filmes.
Sobretudo, o primeiro namorado ou o primeiro marido não sabem o que perderam em não esperá-la madurar. Ali está uma mulher madura, mais que nunca pronta para quem a souber amar.
(15.9.85)

Cinzas de Batalha

Se você quiser saber tudo sobre tudo o que está acontecendo leia o Marcelo Batalha. Como ele consegue, eu não sei. E ainda com todas as fontes e links.

Meu filho

Vou enterrar esse post aqui como se fosse uma cápsula do tempo. Quem sabe um dia, o Mateus desenterra.

Meu filho,
Ser mãe frequentemente é muito chato.
Porque é chato ficar o tempo todo dando ordens e falando: faça isso, faça aquilo, a lição, o banho, vai dormir porque amanhã tem aula.
Principalmente prá você. Porque eu te amo, meu filho. E acho você um ser humano maravilhoso. Inteligente, generoso, simpático. E seria muito bom se eu pudesse ser só sua amiga, sem as atribuições chatas da maternidade.
Mas eu não posso, infelizmente.
Esse é o meu papel, essas são as minhas obrigações.
Ser chata é parte intrínseca da profissão de mãe.
Eu queria muito que você me achasse legal, da mesma forma que eu te acho e consigo enxergar, além do meu filho, a pessoa interessante que você é.
Quem sabe, um dia, quando você crescer.
Até lá, filho, vamos tocando o barco, como o tempo e as marés permitirem.

22.8.05

Linda

Perco a carona com o Zé, porque ele levantou cedo e entrou no banheiro antes de mim. E também porque quero lavar e secar meu cabelo direito. E porque hoje estou com vontade de ficar linda. Assisti há muito tempo, uma entrevista do Luiz Fernando Guimarães em que pediram que ele contasse um sonho de consumo. Ele disse: ser lindo.
Tem dias que é assim, a gente só quer ser lindo, mais nada.
Então, visto uma blusa nova, escolho pulseiras que combinam com a cor do esmalte e capricho no make-up (faço um olhinho diferente, além do meu usual rímel, blush, batom cor de boca).
Pronto. Estou linda. Então resolvo que vou de taxi hoje, porque o processo levou tempo demais e já é tarde e também porque uma pessoa lindona assim só pode andar de metrô em Paris.
Ai, meu deus, tô tão besta hoje!

Pick one

Meu tio Luís costumava fazer uma brincadeira com as mulheres:
Ele mandava a gente escolher um de três homens e depois explicar porquê. Se eu me lembro bem, as escolhas eram: Olacyr de Moraes, Jô Soares e Alexandre Frota.
Quase que invariavelmente, as mulheres escolhiam o Jô.
Fico pensando nos homens.
Vamos lá: Marlene Mattos, Ruth Cardoso e Marinara.
Quem vocês acham que teria a maioria dos votos?

Mens sana in corpore sano?

Assisti ontem à noite um documentário no GNT sobre a seleção brasileira de ginástica olímpica feminina. Triste. No rosto das meninas, o tempo todo, sofrimento. Dor física e emocional. Você não vê nenhum sorriso, só lágrimas. Desde há muito, o esporte deixou de ser saudável.
Saudável para a vida e para o corpo. Mens sana in corpore sano? Já era.
Saudáveis, hoje, somos nós, os esportistas de fim de semana, que caminhamos, andamos de bicicleta ou frequentamos a academia duas ou três vezes por semana. É uma pena.
Onde esses atletas profissionais vão parar, eu não sei. Talvez, com a evolução da genética, se transformem em verdadeiros super-homens.
O Barão de Coubertin deve estar revirando no túmulo.

21.8.05

Mentiras brancas


Você já contou a sua hoje?
Imagem do Post Secret.

Maquiavel IV

"Jogar pelas suas próprias regras pode ser perigoso, porque a vida e os seus muitos jogos não foram feitos para você vencer.
Ninguém quer que você tenha sucesso. Muito menos você mesma.
Uma mulher destrói seu triunfo por sentir-se culpada pela vitória"

Ai, ai, ai, preciso prestar muita atenção nessa frase. It really rings a bell.

Sábado à noite

6 - Canal Justiça - Julgamentos Históricos
9 - Dois fulanos de óculos falando - não tem som
10 - Um cara tocando gaita
11 - Entrevista com Flávio Gikovate
13 - Mesa Redonda - Sonegação no comércio
15 - Shop Tour
16 - Viola, minha Viola
17 - Novela do SBT - não sei o nome
18 - Zorra Total
19 - Filme de guerra começado
20 - Amaury Jr.
21 - Shop Tour com outro nome
22 - Passeata contra a corrupção
23 - Shop Time
24 - Competição de Mr. Músculos
25 - Clip de heavy metal
26 - Propaganda do estado do Paraná
27 - Programa de entrevistas em espanhol - parece a Hebe
28 - Programa evangélico
30 - Documentário sobre energia nuclear em francês
31 - Mais um Shop Tour
32 - Filme dos anos 70 dublado
33 - Segunda Guerra Mundial - documentário
34 - Tubarão - Spielberg
35 - Leilão de vacas
36 - Futebol em italiano
37 - Guia de canais
38 - Jogo de tênis
39 - Futebol
40 - Jornal repetido
41 - GNT Fashion velho
42 - South Park
43 - Bruce Willis naquele filme de ficção científica (não lembro o nome)
44 - Desenho animado
45 - Desenho animado
46 - Desenho animado
47 - Filminho chato de TV começado (Codinome Wolverine???)
48 - Pearl Harbor
49 - Saturday Night Live
50 - Outro filme que eu já vi
51 - Uma betoneira despencando concreto num molde
52 - Filmeco dublado
53 - CNN - aniversário de 93 anos de um jornalista americano

Sábado à noite é de doer!
43 canais e absolutamente nada prá ver.
Vou começar o novo do Arthur C. Clarke com o Stephen Baxter: Time's Eye. Está na minha mesinha de cabeceira há tempos.

20.8.05

Auto-estima




Vocês lembram do post dos cremes? (prá quem não leu, está aqui) . Roubei, literalmente, o desenho aí de cima do blog da Leila. Não preciso dizer mais nada, ele diz tudo.

19.8.05

Que saco!

Com é que a gente bloqueia esses spans dos comentários?
Alguém pode me ajudar?

Lubrificando

Dinheiro não traz felicidade, eu sei.
Mas é uma bela de uma graxa.
Lubrifica e suaviza as asperezas.
Hoje, a metade de um casal que vos fala, gostaria muito mesmo de fazer um programão à dois com muito uísque escocês e música ao vivo da boa prá podermos dançar. E namorar.
Estamos precisando mesmo.
Poder, não podemos.
Mas de repente, a gente manda um foda-se e bota no cartão.
Mês que vem ainda não veio mesmo.

Teoria barata

Fiquei pensando sobre a história do livro "A Princesa" e sobre os homens serem ligados no geral e as mulheres nos detalhes.
Acho que é por isso que somos tão prolixas (o Zé vive dizendo que eu não paro de falar)* .
Aqui no blog tento controlar a minha prolixidade-prolixismo- prolixia? (credo! prolixia parece coisa de dentista), e sempre corto mais da metade do que eu escrevo.
Se enxergamos uma montanha de detalhes, quando vamos contar alguma coisa, precisamos de uma montanha de palavras. Senão não fica bem descrito, né?
Também deve vir daí nossa necessidade de adjetivar e abusar das exclamações, porque a gente não quer relatar os fatos, a gente quer que você sinta o que a gente sentiu.

*Errata - todo mundo diz que eu dou uma matraca destrambelhada.

...

Passo bem pertinho dele, bem devagarinho, prá ver se ele me abraça.
Não abraça.
Acho que eu vou pedir, fica mais fácil.
Mas não tem a mesma graça.

18.8.05

Eu adoro SciFi

Pode parecer estranho.
Mulher, mais prá 40 do que prá 30, ficção científica. Não orrrrrna, né?

Quando eu tinha uns quinze ou dezesseis anos, estava lendo na aula de literatura com o livro escondido dentro do livro do colégio. De repente, o professor deu um grito:
"Daniela! venha já aqui e traga esse livro!"
(Ai, meu deus, fudeu, ele vai me matar, um livro de ficção científica, bem na aula de literatura)
Fui lá na mesa dele e ele disse:
"Pode prestar atenção na aula que esse assunto é importante. Deixa eu ver esse livro!"
Dei o livro. Ele pegou. Olhou pro livro, olhou prá mim e disse baixinho, com um sorrisinho cúmplice:
"Eu também adoro a Trilogia da Fundação"

Quem nunca leu (e pasme - muita gente!) não consegue entender essa paixão, mas eu tenho os argumentos mais lindos e metidos a besta prá convencê-los. Quer ver?
Ficção científica é filosofia.
Você estabelece premissas, cria um mundo baseado nessas premissas e depois explora as possibilidades e consequências desse mundo.
Por exemplo, no "Time enough for love" do Robert Heinlein (parece nome de livro da Barbara Cartland - mas eu juro que não é), tem um personagem que vive mais de mil anos.
Que tipo de consequências isso pode trazer? Com que grau de ceticismo uma pessoa assim encarara a vida e as pessoas? Como estabelecer relações de afeto e amor sabendo que todas as pessoas que você ama vão morrer enquanto você continua lá? (o Highlander tinha que ter saído de algum lugar - mas essa história é muuuuito mais interessante). Quais vantagens ele teria em relação aos outros? E por aí vai.
Lógico que tem SciFi porcaria, como em tudo nessa vida, mas um bom livro de ficção científica faz a gente pensar muito sobre infinitos assuntos.
Filosofia pura.
Mas como não é só de filosofar que vive um ser humano, agora eu vou dizer a verdade: ficção científica é muito divertido!!!
E o que pode ser melhor do que se divertir, viajando com esses caras e ainda aprendendo no caminho?

Olha o passarinho!!

Eu odeio foto. Não passei na fila da fotogenia nenhuma vez. As minhas fotos só saem razoáveis quando eu não sei que estão me fotografando ou me pegam de surpresa.
Foto para documento então, nem se fala.
Pois é. Lá vou eu, tirar foto para renovar o passaporte (a Marcia vem me enchendo o saco há meses, desde que venceu, prá eu tirar outro e renovar também o meu visto americano - nós temos um amigo que trabalha em uma companhia aérea, muito vip, e, de vez em quando ele descola umas passagens baratérrimas. Mas é sempre em cima da hora e se você não está com tudo em cima, fudeu).
Tirar foto para o passaporte significa uns 40 minutos para deixar o cabelo mais ou menos (cabelo cacheado é um porre! - quando ele resolve, ninguém dá jeito), uma maquiagenzinha para não parecer uma Mortícia e lá vamos nós.
A mocinha simpática põe você naquele banquinho que regula a altura. E gruda aquela data de presidiário na sua roupa.
"Levanta um pouco a cabeça"
"Vira o rosto um pouquinho mais prá lá"
"Não. Foi muito. Um pouco prá cá"
"Vou tirar. Não pisca"
É só falar não pisca que a gente pisca, já reparou? Ainda bem que hoje as máquinas são digitais, dá para ver o estrago na hora e fazer de novo.
Na terceira tentativa sai uma coisa mais ou menos horrorosa.
Como eu estou de saco cheio e sei que não vai melhorar muito, deixo assim mesmo.
As fotos estão na minha bolsa, amanhã vou lá na polícia federal.
O visto já é outra novela e depois do September Eleven, ninguém sabe.
Eu, que não sou legalmente casada e não tenho hollerith (é assim que se escreve?), não tenho lá muita certeza de que o meu visto vai sair. Já me deram outros antes, mas nunca se sabe... Se eles acharem que eu tenho cara de quem quer lavar pratos nos Estados Unidos nessa altura da vida, o que é que eu posso fazer?
Meu sobrinho tentou a semana passada e não deram. Tem 19 anos, está na faculdade e só queria passar as férias de fim de ano lá. Mais um prá odiar os Estados Unidos, ele ficou puto. E eles ainda perguntam porque é que o mundo todo tem tanta implicância com eles.
Depois eu conto a novela da entrevista.

Maquiavel III

Mais uma do livro:

"Os homens vêem o mundo como ao luar, que mostra os contornos de cada objeto mas não seus detalhes"

e ainda...

"As mulheres notam os detalhes, o que é típico da natureza delas, mas são engolidas por eles e não agem."

Entendi. Os homens tem grande angular e nós temos tele-objetiva.
Concordo.
Mas se é assim, não deveríamos estar somando esses pontos de vista para conseguir enxergar melhor?

17.8.05

Hay que buscarse un Amante

Minha tia Yara, que muito mais que uma tia, é uma amiga e uma das pessoas mais interessantes e divertidas que eu conheço me mandou um texto, especialmente para o blog. Como o texto é grande estou colocando um link. Se você quiser ler, clique aqui.

Indecisão

Eu tenho a capacidade de mudar a maneira com que eu me sinto em relação às coisas umas três vezes por dia.
Incrível como meu estado de espírito tem a capacidade de influenciar minhas decisões.
Queria tanto ser uma pessoa mais objetiva!
Não consigo. Simplesmente não consigo.
Eu consigo ficar rica e pobre no mesmo dia, sem alteração do meu saldo bancário ou das minhas dívidas.

Isso me lembra uma historinha da minha irmã:
No ano passado, quando fomos passar uns dias com ela (ela mora na praia e a família toda sempre despenca lá, no verão), o marido dela estava para começar um novo trabalho que dependia da assinatura de um funcionário público. Era um negócio grande, que podia render um monte de dinheiro e ele estava na maior expectativa. Ele saía de manhã prá trabalhar e dependendo do dia, ele voltava animado ou desapontado (tenham em mente que não estava nada assinado ainda - eram só perspectivas).
Era só ele entrar pela porta e minha irmã dizia:

"E aí? Tâmo rico ou tâmo pobre?"
E ele:
"Rico"
Ela:
"Oba! Já posso comprar o poodle"
Ou então:
"Pobre"
E ela:
"Que saco, não tem poodle prá passear no shopping"

E isso durante os vinte dias que passamos lá. Prá quem é curioso, eles não tão rico não, e minha irmã não comprou o poodle.
E eu, continuo aqui, com decisões importantes para tomar e mudando de opinião e vontade a cada meia hora.

Ascenção

Quando eu morrer vou subir aos céus feito um foguete.
Porque, povo, eu sou uma SANTA!

Consumindo...

Gente, hoje o dia tá meio complicado, então vou aproveitar para postar uma lista que eu vinha guardando para um dia como hoje. Não terminei ainda, mas lá vai, se eu lembrar de mais alguma coisa depois eu completo.

Eu adoro comprar:
Sapatos
Livros
Flores
Presentes para o meu filho
Presentes para o resto da humanidade
Qualquer coisa bonita para minha casa
Jeans (quando eu consigo achar de cara um que eu gosto e que me sirva)
Casacos, jaquetas, paletós
Bijouterias
Biquinis (depois de 10 dias na praia)
Camisetas brancas
Passagem de avião
Óculos de camelô
Lençóis brancos e lindos

Eu odeio comprar:
Detergente, sabão em pó ou qualquer coisa que sirva para limpar outra coisa qualquer
Jeans (tenho que provar 312, até achar um que eu goste e que me sirva)
Frios (a fila da padaria é sempre imensa)
Biquinis (no começo do verão, quando eu estou parecendo um bicho de goiaba)
Coisas que eu preciso (bom é comprar o que a gente quer mas não precisa)

Tem um montão de coisas que não cheiram nem fedem, mas essas não interessam.

16.8.05

Boa noite

Estamos aqui a desenhar uma coleção de pijamas para uma amiga nossa que tem uma malharia lá em Blumenau.
Na verdade, não são bem pijamas, são roupas para dormir.
Esse departamento do vestuário sempre me intrigou. Dá uma olhada por aí. O povo que faz pijamas acha que queremos parecer adolescentes retardadas ou putas. Ainda se fossem putas da antiga, com aquelas lingeries maravilhosas tipo Pretty Baby, bordel anos 20, vá lá. Mas não são. São umas camisolinhas sem-vergonha de trilobal (vc. sabe o que é trilobal? É aquele tecido sintético vagabundo de shorts de futebol antigo) ou cetim de poliéster, invariavelmente vermelhas, com umas rendas feias de doer. Ou então camisetões de malha com ursinhos (sempre ursinhos - eu sei que eles hibernam, mas e daí?).
Vamos fazer um pouco de psicologismo barato: As mulheres querem parecer adolescentes inocentes ou vacas taradas.
Eu não. E tenho certeza que você também não.

Velho paga metrô ou quem é velho?

Estava na fila, agora há pouco, para comprar bilhete e ouvi o seguinte diálogo:

(Senhor de terno)
"Velho paga metrô?"
(Bilheteiro)
Acima de 60 anos, não, senhor.
(Senhor de terno}
"Então como é que faz?"
(Bilheteiro)
"O senhor tem que ir até ali e mostrar a identidade"
(Senhor de terno)
"Ah, então deixa, me dá um duplo, vai demorar muito"
(Arquiteto - atrás do Sr. de terno na fila - tenho certeza que era arquiteto - tinha toda a pinta)
"O benefício o senhor tem, mas tem que pagar o mico de mostrar a identidade"

Porque mico?
O senhor de terno disse ter 70 mas, graças ao Grecin 2000 e uma pele fantástica, juro, não parecia mais de uns cinquenta e muitos.
Nesses dias de extreme makeovers, como é que a gente sabe quantos anos uma pessoa tem?
Eu não sei. Não tenho a menor idéia.
Só sei que escuto o tempo todo que fulana faz isso, aquilo e mais não sei o quê, duas vezes por dia, sete dias por semana ou três vezes por ano, prá ficar com a pele linda, o corpo em cima,os cabelos sedosos.
Eu que não tenho tempo e muito menos dinheiro para tudo isso, panico.
Ai, meu deus, eu nem sabia que um treco existia e tem um fulano na TV dizendo que é imprescindível que se faça uma vez por mês. Tô f...
Onde é que eu vou parar?
Onde é que isso tudo vai parar?

Maquiavel II

Comecei a ler, mas é muito cedo para emitir qualquer opinião.
Transcrevo por enquanto, uma frase do Mandela (discurso de posse em 1994), que achei interessante.

Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão que mais nos amedronta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?...
Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você.
E, a medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.

Acho que às vezes a gente se faz de coitado para não assustar os outros, mas na maior parte do tempo o que a gente quer mesmo é provocar empatia e principalmente, não correr riscos.
A mediocridade é um terreno bem mais plano, ou não?

Egotrip

Esse negócio de blog é complicado. Começa meio na brincadeira. Mas se você está escrevendo, é porque quer que leiam. E gostem.
Aí passa para meia dúzia de amigos de verdade, porque precisa de olhos condescendentes. E elogios. Êh, carência do inferno!
Então você começa a pensar em historinhas divertidas e espirituosas prá por no blog prá todo mundo gostar. E eles gostam. E aplaudem. E o seu ego infla (tá escutando ele encher?).
Mas eles passam o link prá mais um punhado de gente. Aí você panica e fica insegura. E acha que está muito pessoal - quem vai se interessar se eu gosto ou não gosto disso ou daquilo? Será que eu devia começar a escrever mais sobre política, direitos humanos, bolsa de valores? Sei lá, tem uns blogs por aí tão metidos a sérios e respeitáveis...
Aí você se lembra que até gosta de alguns desses blogs do povo sério, mas se diverte mesmo com os menos formais.
E que está aqui prá se divertir.

15.8.05

Branca de Neve II ou Como vai a sua auto estima?

Essa história de maçã me lembrou dos disquinhos da Disney que eu escutava quando criança numa vitrolinha cor de laranja.

A Madrasta (maravilhosa!!) diz:

"Espelho, espelho meu
Surge do espaço profundo
E vem dizer se há no mundo
Mulher mais bela do que eu"

e uma voz cavernosa diz:

"Branca de Neve ainda vive!"

e a Madrasta fala:

"Maldita! Eu me vingarei!!!"

Eu adoro esse texto!

Branca de Neve

Agora, a Marcia me deu uma maçã.
Também funciona, né?

Bela Adormecida

Acabei de furar o dedo num alfinete - podia ser a roca do castelo e me fazer dormir mil anos.

Blues

Sabe depressão pós-parto? É assim que eu me sinto hoje.
Precisava tirar férias. Ficar torrando na areia e medir o tempo pelo tempo que leva para o sol secar o meu corpo depois de um mergulho no mar.
Mergulho, sol de costas, mergulho, sol de frente, mergulho, sol de costas...
O fim de semana passou e eu continuo exausta, acho que fim de semana não cura saco na lua.
A adrenalina da correria se foi e só sobraram cinzas de mim.
Ai, gente, desculpa - acho que amanhã passa.

13.8.05

Do tabuleiro da baiana

Estou postando da casa da minha tia, onde estamos celebrando hoje, o dia dos pais antecipado.
No intervalo do cozimento do bobó de camarão, aproveito para dar um oi.
Tenho estado muito cansada e dormido pouco. Privação de sono que provoca privação de sentidos, estou feito zumbi. Se eu deitasse acho que dormia uns três dias direto.

12.8.05

Trabalho duro

Essa semana foi muito boa mesmo. Trabalhamos muito para conseguir terminar as coleções de fim de ano mas ontem, quando fomos a um grande cliente (novo) e ele adorou tudo e hoje quando fomos ao nosso maior cliente e ele também adorou tudo - deu vontade de gritar. De cansaço, de alívio, de satisfação. Sabe, essas roupas são os nossos bebês e quando o cliente torce o nariz prá elas, a gente fica triste, triste. É lógico que é bobagem, é lógico que nem sempre a gente acerta (às vezes a gente acerta e o cliente não consegue enxergar), é lógico que nem sempre vão gostar do que a gente faz. Tudo isso é lógico. Mas a gente sofre assim mesmo. Vai entender.
De qualquer maneira, todos gostaram, foi um sucesso e a gente merece se sentir orgulhosa.
............................................................
Paranóia total esse negócio de criação.
Trabalho novo. Pânico. Será que eu vou conseguir? Vou ter alguma idéia que preste?
Aí você começa meio no piloto automático, baseada na experiência. E vai tateando o espaço, à busca de soluções. Então ela vem. A inspiração. E as idéias vem tantas e tão rápidas que você não dá conta de passar para o papel. E se sente tão orgulhosa. Eu sou um gênio! E trabalha, trabalha, trabalha. E olha para aquilo tudo e se sente satisfeita. A satisfação dura mais ou menos dois dias, às vezes dois minutos.
Aí você começa a enjoar, achar que está tudo uma porcaria, e a vontade é começar tudo de novo. Mas não dá tempo. Você tem que entregar o trabalho. Ai, meu deus! Eles vão perceber que eu sou uma fraude. Enganei todo mundo até agora, mas dessa vez eles vão perceber. Então você vai para o cliente com o trabalho e o coração na mão. Aí eles gostam, elogiam e por um tempo você se permite sentir novamente o orgulho e a satisfação do bom trabalho realizado.
Por uns dias....
Até começar o próximo.

Maquiavel

Ganhei, da minha amiga Sheila, enquanto estava no Rio: A Princesa - Maquiavel para Mulheres.
Prometo ler atentamente e deixar aqui minhas impressões.
Aproveito para desejar toda a sorte a ela que está de mudança para uma nova casa, na segunda feira.
E como ela está vindo passar o fim de semana aqui na terra natal - vamos lá no bar do Sérgio, hoje?

Fabrício Carpinejar

Sorry again. Alguém me avisou que o link do Fabrício não estava funcionando, e não estava mesmo, porque a anta que vos fala esqueceu de colocar o "ponto br".
Portanto, agora, vão e leiam o post: A beleza dormindo - vale a pena, mesmo.

11.8.05

Carência

Passei dois míseros dias no Rio (trabalhando feito uma camela) e a carência aqui em casa está no grau máximo. De todos os lados. Filho, marido, todo mundo me olhando com cara de cachorro sem dono e pedindo prá eu fazer alguma coisa prá eles. É aquele velho teste: Vamos ver se ela me dá atenção.
Eu parei aqui no computador dois minutos prá escrever alguma coisa no blog e estão os dois sentados atrás de mim.

"Mãe, tô com fome!"
"Já vai filho, só um minutinho."
"Gô, quer um amendoim?( o approach do Zé é mais sutil...)"
"Tô indo..."

Engraçado isso. Quando a gente trabalha muito, e tem sido o meu caso nos últimos tempos, a insegurança começa a crescer aqui em casa. Parece que eles estão querendo medir a importância que cada coisa tem na minha vida. E precisam de provas do meu amor o tempo todo.
Pois lá vai: EU AMO VOCÊS DOIS!!!! MUITO!! MUITO MESMO!!
Mas tem dias que eu estou cansada, tem dias que eu estou de mau-humor e tem dias que eu simplesmente preciso ficar um pouco sozinha com os meus pensamentos.
Mas hoje não é um dia assim (eu estou mesmo cansada), mas hoje eu vou dar toda a atenção do mundo para vocês dois.
Portanto, tchau pessoal, que agora as coisas mais importantes da minha vida me chamam.

Ponte aérea Rio - SP

Voltando para casa (sem propaganda de Listerine - Graças a Deus!).
Não dá para deixar de pensar que o Rio é, mesmo, uma cidade maravilhosa. Mas bom mesmo é enxergar pela janelinha do avião, essa São Paulo toda cinzinha, nublada e com um frio daqueles (o piloto disse 14 graus).
Eu AMO essa cidade.
Podem dizer que é feia.
Podem dizer que é suja.
Podem dizer que é fria.
Podem dizer qualquer coisa.
Aqui é a minha casa.

Brad Pitt

Alguém me conta que viu (ou ouviu - não tenho certeza) uma entrevista da Angelina Jolie dizendo que o relacionamento dela com o Brad Pitt é aberto e que ela tem dois amigos com os quais ela transa.
Não sei se é verdade e posso estar enganada, mas o Brad Pitt não tem cara de quem curte esse tipo de relação (se gostasse de modernidade não teria ficado tanto tempo casado com a Jeniffer Aniston).
Eu gostei.
Posso parecer maquiavélica, mas não é isso não.
Dá um certo alívio saber que até o Brad Pitt tem que engolir os seus sapos, quando está apaixonado.
Somos, sim, todos humanos.

Franka, que honra!

Estou muuuito orgulhosa por ter recebido um comments da Franka no meu blog. Até agora só pessoas que me conheciam pessoalmente estavam lendo isso aqui. E essa turma dos blogueiros profissas me parecia, à primeira vista, um clubinho bem fechado. Estava me sentindo meio patinho feio num lago de cisnes.
Obrigada, Franka!

Prosperidade

Terça à noite fomos ao Porcão de Ipanema, patrocinadas pelo patrão. Eu, Marcia e Sheila. Ele disse que queria nos convidar prá jantar mas não podia ir junto. Sugeriu um monte de restautantes finérrimos, mas a Má estava morrendo de sono e preferiu o Porcão porque é rápido. Comemos, bebemos e gastamos um monte de dinheiro que não era nosso. Delícia, delícia. Muito bom mesmo dar uma de magnata com a grana alheia.
Se bem que quando a conta chegou, não deu prá evitar uma acelerada no batimento cardíaco. Mas passou rápido. É tão fácil se acostumar com coisa boa.... e se sentir próspero, para variar.

9.8.05

Outra da ponte área

Estou meio que a cochilar quando escuto pelos alto falantes do avião:
"Prezados clientes, não basta escovar os dentes nem passar fio dental, Listerine Citrus ..." e por aí afora.
Propaganda no avião!!
E como se não bastasse, continua:
"Agora vamos proceder ao nosso sorteio de um vidro de Listerine!! E o ganhador é... a poltrona 24 D!!"
Dá prá acreditar? Foi insólito.
Sei lá, acho que sou do tempo que viajar de avião era uma coisa fina.
Daqui a pouco as comissárias vão estar dançando nos corredores e cantando: Na Fininvest, dá!

Hoje cedo, na ponte aérea SP - Rio

De vez em quando dá vontade de ficar assim:
Acima das nuvens, onde o céu é sempre azul.

8.8.05

Links

As porcarias dos links não estavam funcionando. Agora estão. Testei todos.
Desculpem a nossa falha.

7.8.05

Mais um da Marina Colasanti

Eu sei mas não devia
por Marina Colassanti


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma a acender cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que gasta de tanto se acostumar, e se perde de si mesma.

............................................................
Ai, ai, que mais eu posso dizer?

6.8.05

Aline

Eu costumo ir a um cabelereiro bem pequenininho, fazer as unhas, todo fim de semana.
Pois então, estava lá agora há pouco, e vi um drama se desenrolar. Uma moça chegou, morena, e disse que queria o cabelo igual ao da Aline. Aline é amiga dela, Aline é dona do salão, Aline clareia os cabelos, Aline é gaúcha e loira.
Então ela disse: Não tão branco como o da Aline, mas igual ao dela (difícil, né?).
A cabelereira tentou. Descoloriu, fez os reflexos, cortou. Ficou bem bom. A moça se olhou, se olhou, se despediu e foi embora.
Depois de cinco minutos, ela voltou. Chamou a cabelereira lá prum cantinho e reclamou que não tinha ficado exatamente igual ao da Aline, a franja estava diferente, etc. e tal.
Enquanto isso a manicure me conta que essa moça está sempre na cola da Aline (sabe "Mulher solteira procura"?).
E eu me pego pensando: o que é que dá nas pessoas para quererem se transformar em outras?
Como a falta de auto estima somada à admiração vai se transformando nessa inveja negra e tão dolorida?
Porque ela não quer ficar parecida com a Aline, ela quer ser Aline. E isso, meu bem, só nascendo de novo.

5.8.05

MIB

Meus heróis preferidos são o Batman e o Zorro.
Os dois vestem preto.
Os dois tem capa.
Os dois usam máscara.
Os dois são ricos. E chiquérrimos.
Freud deve explicar, mas eu não quero nem saber.

Sexta - Feira, uffffffffa...

Dia duro hoje... e acabou só agora.
"Miles" detalhezinhos para resolver e uma "coleção" prá tirar até sexta-feira que vem.
Cansaaaada...
Ontem fui dormir muito tarde - lendo Divine Secrets - que conseguiu me emocionar muito, de novo.

....

"Mãe, posso falar uma coisa?"
"hummm"
"Acho que eu tô virando um ninja"
"Ninja? Como assim?"
"Ó, mãe. Antes eu não conseguia, mas agora eu consigo colocar a perna aqui, ó"
"Legal, filho. Você não acha que é a yoga que tá tendo lá na escola?"
"Não, mãe. Que yoga nada, eu tô virando um ninja mesmo"
"Tá, ninja. Então deixa a mãe ler sossegada."

Mais uma dica

Para acompanhar a novela da CPI - Drops da Fal - hilário!

Só para mulheres

Garotas, passem neste blog e leiam o texto "A beleza dormindo" - estou apaixonada por esse tal de Fabrício.

4.8.05

Genial!


Topei com esse blog hoje. É absolutamente genial! As pessoas criam cartões postais anônimos contando seus segredos mais íntimos, enviam pelo correio e o cara coloca no blog.
Fiquei passada! Tem muita coisa linda (visualmente falando) e muita coisa impressionante (emocionalmente falando). Vai lá que vale a pena.
Traduzi mais ou menos, aí em baixo, a proposta do blog. Tem também o endereço para enviar os postais. Tem um segredinho aí?
Adriana, passa pro Keko - ele vai gostar, tenho certeza.

"Coloque seus segredos no correio hoje.
Você está convidado a contribuir anonimamente com seus segredos para o PostSecret.

O segredo pode ser um arrependimento, uma esperança, uma experiência engraçada, uma caridade secreta, uma fantasia, um credo, um medo, uma traição, um desejo erótico, um sentimento, uma confissão, ou humilhação vivida na infância.
Revele qualquer coisa - contanto que seja verdadeira e você nunca tenha contado para ninguém.
Crie seu próprio cartão postal com qualquer material que possa ser enviado pelo correio. Mas por favor, apenas um segredo por cartão. Se você quiser partilhar mais de um segredo, por favor, envie vários cartões postais. (Não mande seu segredo por e-mail)
Ponha seu segredo e a imagem juntos, de um mesmo lado do cartão.
Dicas:
Seja breve - quanto menos palavras, melhor.
Seja legível - use letras grandes e claras.
Seja criativo - deixe o cartão ser a sua tela em branco.
Envie seus segredos para:

PostSecret
13345 Copper Ridge Rd
Germantown, MarylandUSA 20874-3454"

e-mails


Não sei se vocês repararam, mas eu coloquei um envelopinho igual a esse aí em baixo, do lado dos comments para vocês poderem enviar os posts por e-mail. Chique, né?

Confissão

Desde sábado eu estava namorando um sapato. Não comprei prá ver se a vontade passava. Não passou. Não era caro, mas caro é muito relativo (é caro hoje que eu estou lisa, será barato em setembro, quando a gente vai receber sobre um trabalho grande). Os sapatos chegaram na loja sábado, eu sei porque a mardita está no meu caminho. Anteontem levei a Marcia lá prá ver e gostar junto comigo - é preciso companhia prá dar o empurrãozinho pro pecado. Ela amou.
Só restavam 3 pares na loja. Segundo a vendedora, uma americana desvairada passou lá e levou 10 pares (prá vender, lógico - porque ela não vai fazer compras lá no raio do país dela?) E não, não vão chegar mais, porque é uma ponta de estoque de exportação. Era agora ou nunca. Mandamos reservar dois (prá mim e prá ela) e não compramos - porque essa é a tática da Marcia - reservar 24 hs para o arrependimento. Não voltamos para buscar no dia seguinte - quem sabe alguém compra e me impede de esburacar mais a minha conta bancária?
Hoje, estou trabalhando em casa - tínhamos um compromisso pros lados de cá que, eventualmente foi desmarcado, então fiquei por aqui. Perto da loja do sapato. Perto demais da loja do sapato.
Então fui na farmácia. Os desodorantes dessa família acabaram todos há dois dias e está fazendo calor, né?
A farmácia fica a uma quadra da loja do sapato.
Fui lá e comprei.
A culpa me atacou antes mesmo de assinar o papelzinho amarelo do cartão.
Alguém assistiu aquele filme do Percy Adlon (1990) "Rosalie vai às compras"? Ela compra, compra, compra, depois vai na igreja, confessa e começa tudo de novo.
Como eu não costumo ir à igreja (já carrego culpas demais que eu mesma crio - prá que acrescentar outras?) estou usando o blog para a necessária expiação.
Espero que dê certo.

Daniela na cova dos Leões

Começou agosto. Mês dos leões. E vai ter leão assim nessa família! Amanhã é aniversário do meu pai, dia 11 da minha mãe, dia 13 da minha avó (que já se foi) e da minha prima, dia 16 do meu irmão.
Como é que uma canceriana pode suportar? São muitos egos dourados e brilhantes e muitas jubas para alisar nessa família!
Para ser justa devo dizer que minha irmã, outra canceriana de carteirinha, divide o chicote e a cadeira comigo.

Viagens


create your own visited countries map

Preciso (viajar) ganhar mais! Urgente!
Passei no blog do Ricardo Freire e tem um link para uma brincadeira. Você clica em todos os países que já visitou e aparece um mapa colorido com as suas viagens. Ai, que inveja do mapa dele! O meu ficou tão pobrinho...

E antes que vc. pergunte - não, eu não fui pro Alaska nem pro Havaí (infelizmente) - mas quando a gente clica nos Estados Unidos - pinta tudo.
O que eu descobri foi que tenho um mundão prá conhecer.

PS. Êta mapinha feio do inferno!

3.8.05

Nem Luma de Oliveira, nem Ruth Cardoso


Tem umas mulheres que estão sempre com tudo de fora. Decotes no umbigo, saias de 30 centímetros, fendas prá todo lado. Não é meu estilo, mas eu respeito. Cada um usa as armas que quer.
Fui numa taróloga há muito tempo atrás que disse que eu lutava usando meu Imperador e suas armas de homem (força e intelecto) e que dessa guerra eu só iria sair cansada e derrotada. Me recomendou a usar as forças da Imperatriz e suas armas femininas (a sedução, a doçura, o carinho).
Não acho que ela estivesse errada, mas não sei também se estava certa.
Acho muito complicado estabelecer uma relação de respeito e admiração mútuos, baseada na sedução.
Simplesmente, tenho dificuldade em respeitar a inteligência de uma pessoa que cai nesse truque tão antigo.
Mas que funciona, funciona. E de vez em quando, dá uma vontade de apelar...
É tão mais fácil convencer usando os atalhos da carência, do sexo, do estômago...
Tá bom, admito que, de vez em quando, uso um trucão e boto as perninhas de fora. Só não consigo evitar a sensação de estar manipulando as fraquezas alheias. Mas, porque raios tenho que me sentir desse jeito, se foram essas as armas que me deram? A Má diz que preciso ler " Princesa - Maquiavel para mulheres" e deixar de ser besta. Pode ser...
Mas no fim, o que eu quero mesmo é não precisar de truque nenhum, depor as armas e parar de jogar.
Quero é me sentir à vontade na minha pele, prá ser Luma num momento e Ruth no seguinte, sem deixar de ser Daniela.

Tia coruja...


Último post antes de partir para o L'atelier (nóis é muito fina - eu e a minha sócia).
Só para exibir meu novo sobrinho (dia 17 ele faz dois meses).

PS. Esse meu bom humor é um perigo, dá uma vontade de comprar um sapato novo...

Bom humor


Pronto. Já tomei meu suco de uvas verdes, já tomei banho, a probabilidade de chuva para hoje é 0% e apesar do dia de ontem e do e-mail d'O CARA, estou de ótimo humor, por isso Hardies da vida - VADE RETRO - que hoje eu estou, literalmente, Walking on Sunshine.
PS. Alguém sabe se tem um jeito de colocar links de música nesse treco sem ter que criar um audioblog paralelo?
Preciso escrever um post decente sobre mau-humor - convivi com um especialista durante anos ( o especialista está aqui ainda, o mau humor passou, graças a deus!).

A Saga, último capítulo

"Prezada Daniela,

Agradeço seu interesse em alugar minha casa e o seu apreço por ela. Seria ótimo se todos reconhecessem o valor arquitetônico dos imóveis, não?
Infelizmente, não tenho como diminuir muito esse pedido de aluguel. Escutaremos sempre contrapropostas, mas a sua parece estar ainda muito longe da nossa pedida.
Tratativas comerciais deverão ser sempre através do Sr das quantas.
Também gosto muito da casa, (sou arquiteto), e realmente não pretendo vendê-la, já recusei muitas propostas.

Atenciosamente, Fulano de Tal"


Acabei de abrir meus e-mails e achei esse.
É, acho que não vai dar mesmo prá mim, infelizmente.
É óbvio que ele espera que eu aumente a proposta de aluguel (vide highligths), mas não dá, não vou fazer loucura por causa de uma casa.
Pelo menos o importantão foi simpático.
Acho melhor tratar de fazer uvas verdes desse assunto e tocar prá frente.
Quem manda seguir conselho de horóscopo?
Aproveito para me desculpar pelos meus posts telegráficos, essa semana estou atolada de trabalho e sono (começaram as aulas e mãe acorda cedo - vide horário desse post)

2.8.05

Hoje já foi um maço...

1. Prova de roupa às 8:30 da manhã - tudo um lixo!
2. Esporro do cliente - problemas de qualidade
3. Caixinha-surpresa da fábrica com amostras dos modelos novos - eca!eca!eca!
4. Passar correções para fábrica - tudo beeeeem explicadinho - saco!
5. Achei! Achei o e-mail do cara! (se o administrador não passou - passei eu; melhor não ignorar os astros)
Ansiedade total.

Sinal dos astros

Se você não se sente confortável para ligar, envie um e-mail para a tal pessoa ter uma noção de que você está interessado. Até sinais de fumaça resolvem o problema. Você quer que ela saiba que está pensando nela, certo? Não precisa ser nada complicado, só o bastante para pôr a bola em jogo... Quem sabe dá um bom pingue-pongue?

Ai, meu deus, olha o meu horóscopo. Vou ligar prá corretora.

PS. Só se for com sinais de fumaça mesmo. Não consigo o e-mail d'O CARA em lugar nenhum.
Juliana, e a sua amiga do CREA - nenhum sinal?

....

Hoje, dois episódios de Lost seguidos de um CSI.
E cama.

1.8.05

Citação

"It's life. You don't figure it out. You just climb up on the beast and ride"

Rebecca Wells - Divine Secrets of the Ya-Ya Sisterhood.

Me devolveram esse livro após uns quatro anos de empréstimo. Estou relendo. E relembrando porque foi que eu gostei tanto.
Desculpem-me pelo inglês, mas algumas coisas são intransleitáveis" - só o Millôr consegue.

Batcaverna

Tenho uma profunda necessidade de solidão. De vez em quando, fujo pro meu quarto e fico lá por horas, lendo, vendo TV, dormindo, pensando. Não tenho vontade de conversar com ningúem. Para as pessoas que não são assim, é difícil entender. Tem gente que é gregária ao extremo e não tolera a própria companhia.
Normalmente, quando eu chego do trabalho, preciso de pelo menos meia hora sozinha prá baixar a adrenalina e desligar o dia.
O Zé, depois de tantos anos, aprendeu a reconhecer esses meus momentos e desistiu de tentar me tirar da toca. Na maioria das vezes, pelo menos. Ou enquanto o tédio dele não superar a minha vontade de solidão.
Ontem foi um dia assim.
Batcaverna total.