24.2.10

For your eyes, only


Eu sempre gostei de me vestir. Roupas e tal. Desde pequenininha. A escolha da profissão parece óbvia. Embora não tenha sido tão simples assim prá mim.
Quase todos os dias, pela manhã, eu penso sobre o que eu vou vestir e isso me dá prazer. Crio um look, um personagem, uma brincadeira. Me visto para mim mesma, para impressionar clientes, para provocar determinadas reações.
Gosto de coisas femininas. Vestidos, sandálias, roupas bonitinhas para dormir.

Porque isso hoje?
Porque hoje, justamente, uma vontade de me vestir para alguém especial?
Um desejo de um olhar específico. Olhar para mim mesma no espelho grande do quarto e sorrir, pensando na apreciação e no desejo nos olhos desse alguém.
Sim, eu sou. Independente, quase sempre segura, equilibrada, feliz. Mesmo sozinha. Principalmente sozinha.

Mas hoje o que eu queria mesmo, era me vestir, for your eyes, only.

11.2.10

Ave Internet

Tá bom... tá bom... admito.

Que me tornei craque nesse negócio de conhecer pessoas pela internet. E que cuspi prá cima e caiu no meio da minha testa. Porque é uma forma legítima mesmo. E funciona surpreendemente bem. Incluo na minha experiência os sites dedicados e os chats. Sendo que o tipo de interação é um pouco diferente, mas nem tanto. Falam por aí que o Twitter funciona as well as... mas sobre isso eu não posso opinar, ainda não testei.

De qualquer forma, o que mais me surpreende é a efetividade da minha conversa escrita. Não que eu esteja negando que seja inteligente, não cometa erros crassos de português, tenha um senso de humor razoável e coloque o ponto exato de pimenta nas conversas (que, aliás, é variável). Mas acho que a principal arma é mesmo, (pasmem nesse ponto) a educação. Pelo que tenho notado é um hábito em desuso. Infelizmente. Me dizem sempre que sou doce e encantadora e eu, sinceramente, acho que o que eu pratico são as regras da boa educação, somente.

Claro que eu sei que oitenta e sete vígula dezoito por cento é xaveco barato mais que básico (nada contra, hein... tudo depende dos objetivos de cada interação mesmo e é absolutamente perceptível para qualquer um com mais de dois neurônios e um pouco de maturidade) mas sobra aí um percentual de pessoas. E, há umas três semanas, recebi até flores*. O que eu estou querendo dizer é que: querendo e tendo-se um pouco de paciência, acha-se o que quiser. Para todas as intenções, estilos, preferências.

Tenho um amigo que diz que virou uma roda viva, que as pessoas tendem a achar que sempre vão encontrar alguma coisa melhor, que não param, que vicia, coisa e tal. Tudo verdade. Mas não para todo mundo, não o tempo todo.

Outro que diz que é cheio de gente doida. Desse, eu discordo. Mesma proporção de doidos que em qualquer outro lugar. Eles apenas se expõe mais, o que, eu acredito, é uma vantagem.

Rogério, um outro amigo, que... aliás, conheci há tempos na internet e virou, primeiro, um muito breve casinho (isso porque ele é um vagabundo (no bom sentido) sem tamanho), depois, o melhor dos amigos, diz que a conversa boa é importante mas uma carinha bonita ajuda muito... e que ele, muito frequentemente escolhe as burrinhas, de propósito. Está sendo, claro, Rogério ele mesmo, com o cinismo, o humor impagável e tudo que o transforma no melhor dos amigos para falar sobre qualquer assunto, de preferência sentado em uma mesa de bar com uma dose de whisky. E ouvindo música boa, claro.

Concordo e discordo.

Estou aqui hoje para fazer apologia mesmo. Abriu portas para uma série de pessoas com características específicas e que não funcionam muito bem em ambientes com música eletrônica e vodka com energético. Estando eu, aí incluída. Sendo que adoro sair mas sou o fracasso da balada no sentido pegação clássica, já que... um pouco tímida, alta demais, bem além da idade média dos locais e segundo, novamente Rogério, com cara de mulher séria (não sei realmente que cara é essa). Além disso, saio com meus amigos para me divertir, dançar, dar risada, ouvir boa música e conhecer alguém, sinceramente, está bem lá embaixo da minha lista de prioridades nessas ocasiões.

Facilitou muito também para os homens. Segundo a maioria, não temos idéia do quanto é difícil atravessar um bar lotado e dizer oi para aquela mulher que ele acha (não, nunca tem certeza) estava sorrindo prá ele de um jeito especial.

Minhas amigas dizem que eu tenho que escrever um livro, normatizar técnicas, ajudar as pessoas. Já fiz isso com várias. Funcionando em graus diferentes, dependendo da aplicação dos pupilos e de suas capacidades pseudo-literárias. Podia, talvez, oferecer meus serviços de Cyrano de Bergerac internética. Cobrar por lauda, talvez? rs

O negócio hoje aqui é agradecer a existência do veículo. Para quem sabe usar, uma ferramenta muitíssimo útil. Proporciona grandes amizades, alisamento de egos, satisfação das necessidades físicas básicas, o que quer que você queira, necessite, deseje. Dizem que até amor... mas na minha humilde opinião, dependemos aí, da nossa senhora da boa fortuna mesmo. Seja na fila do supermercado, na livraria ou eletronicamente.

Temos historinhas... sempre temos historinhas... mas fica prá outro dia. Isso aqui já passou da extensão regulamentar faz tempo.


* Impulse total, se um homem que você nunca viu antes etcetera e tal... e palmas para a engenhosidade da pessoa, hein. Já que eu não tinha dado meu endereço (não, não sou doida, né), somente disse que morava nas proximidades de... e ele tinha meu celular. Passou na floricultura, comprou e pediu que eles me ligassem. Virou um jantar, porque, né... a educação de novo... e foi só isso.

5.2.10

Eu não sei de vocês

mas eu, hoje à noite, irei dançar e balançar o meu corpinho ao som do sensacional Casuarina, no Studio SP. Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. Se você é um bom sujeito, aproveite. Os garotos cariocas não passeiam muito por essas paragens, não.

E ontem, duas horas e meia para voltar do cliente prá casa. Viramos Recife, definitivamente. Antes ou depois da chuva?

Contando os milissegundos para a minha semana no Rio. Carnaval, claro. Apartamento em Ipanema alugado, as melhores amigas como companhia, biquinis e sandálias de sambar.

Como diz Caetano...

Lapa
Veio a salvação
Lapa
Falta o mundo ver...

Bóra prá Lapa.

4.2.10

PQP! Mais do mesmo

Só porque eu fui comer uma pizza com um amigo anteontem e essa bendita questão surgiu de novo. E ele ainda teve a coragem de dizer que 30 dias (trinta dias é uma vida pelamordedeus), é o tempo ideal. Quando eu, mais que prontamente citei meus exemplos de que isso é uma bobagem sem tamanho, ele usou a frase mais clichê de todas de que para toda regra existe uma exceção.

Seguem as frases do Alex que, coincidentemente, relatou uma conversa similar com uma amiga. Porque eu, juro, já esgotei a minha paciência com esse assunto faz tempo. E acho que essa é a colocação primordial mesmo:

"Por que você se rebaixaria a transar com um homem que perderia o respeito por você... por transar com ele?!

Se perderia o respeito de um homem por transar com ele antes de um mês, então é porque ele é tão babaca que não deveria transar com ele nunca!"


Então tá. Existem os que preferem sem manipulados. Que preferem não conhecer o desejo que provocam. Que preferem ser enganados. Preferem a relação calculada, onde todo gesto é medido pela probabilidade da reação. Foda-se a espontaneidade, foda-se o desejo, foda-se o prazer. Prá que aquele telefonema no meio do dia para dizer que hoje, tudo o que você consegue pensar é nas mãos dele? Melhor ligar na semana que vem. Porque o que ele quer mesmo é ser tratado feito um idiota.

1.2.10

Passada relâmpago por aqui

só para desabafar mesmo.
E dividir a dúvida. Algumas coisas acontecem na vida da gente para sacudir convicções e são testes. Só pode ser isso. Universo sacode a cenourinha na sua frente. Sei lá se devoro logo de uma vez ou se digo não. Risky business, guys.