7.8.14

Água morro abaixo, fogo morro acima e homem quando quer...

E tem essa do irlandês que conheceu a menina no vôo. E se apaixonou.
Se perderam um do outro no desembarque e ele, para achar a garota, twittou as hashtags #findkatie e #loveatfirstsight. Nesses tempos de propagação em progressão geométrica da informação, achou  a menina em dois tempos.

É o que eu sempre digo: homem quando quer, atravessa o oceano a nado. Se não ligou, não mandou mensagem, não apareceu... é porque não quis.

Nos tempos analógicos, eu conheci um fulano em um baile de carnaval. Sim, baile. Daquele das antigas. Clube do interior, piso de madeira, escadaria de mármore. Confetes, serpentinas e marchinhas do Braguinha. Essas coisas lindas que não se fazem mais.
Conversamos, dançamos, trocamos uns beijos. Ele sabia que eu estava na fazenda da minha avó. Sabia nome e sobrenome da minha avó porque sobre a mesa do clube tinha uma daquelas plaquinhas de reserva com o nome dela.
Só que o telefone da fazenda estava no nome do meu avô. E esse, ele não sabia.
Na tarde seguinte, depois de ligar para todos os Lima da lista telefônica e descobrir o endereço, apareceu, sem avisar, lá em casa. Eu deveria omitir a parte em que conto que estava vestindo uma camiseta de campanha política, um shorts velho e tinha amarrado os cabelos com um cadarço de tênis? Ahh, não importa... quando se tem dezessete anos, pode-se vestir qualquer coisa. Pena que a gente só saiba disso vinte anos mais tarde.

Portanto, queridas, desculpe pela sinceridade mas se ele não ligou ainda é porque não está lá muuuito interessado (não que os médio interessados não tenham lá a sua utilidade, mas isso é conversa prá outra hora).

Não tem trabalho, imprevisto, funeral de tia ou final de Libertadores que seja capaz de impedir uma criatura do sexo masculino. E, olha, do mesmo jeito que houve um que vasculhou a lista telefônica toda, alguns vários não se deram ao trabalho de olhar prá trás.

C'est la vie. E essa é a graça da coisa.

7.11.11

Essa eu tinha que contar


Conversando com uma criatura pela internet. Primeira vez. Ele reclamando que está sozinho porque não encontra mulheres interessantes e inteligentes. Mulheres que saibam escrever. Mulheres que leiam mais de um livro por ano, segundo ele.
Eu digo que leio bem mais que um livro por ano.
Ele diz: Eu amo Paulo Coelho.
Eu: cri.. cri... cri...

Oh, god... a coisa tá feia mesmo.


22.6.11


Depois de 15 dias sassaricando pelo mundo à trabalho, estou de volta. Cada vez mais convencida de que Hong Kong é o lugar. O centro do mundo mesmo. Uma Nova Iorque com climão de Rio de Janeiro e, claro, misturada com a cultura chinesa. Love it.

E o que são aquelas filas imensas na porta da Chanel, da Louis Vuitton, da Cartier? Insólito.

Tanto quanto os negros tocando tambores africanos no meio da rua de madrugada, enquanto uma chinesa de turbante dançava e rebolava... uma africana que nasceu no lugar errado, com certeza. Gente do mundo todo... a verdadeira ONU, na prática.

E as coisas fofas:
No hotel em Hong Kong, toda noite, deixavam um pequeno Buda com sachês cheirosos, dois docinhos e um cartão escrito à mão, pela sua concierge particular, com a previsão do tempo do dia seguinte e a frase: Happy Journey into the world of Dreams!

No hotel em Quanzhou (China mesmo): saio para trabalhar e na volta encontro um bilhete do housekeepper:
Notei que você gosta de ler, então estou deixando marcadores de livro com os sites turísticos da cidade. Qualquer coisa que você necessite, por favor ligue para John, ramal tal e tal... essa é a China...

Não peça absolutamente nada para um chinês, eles vão mover mundos e fundos para te atender... mesmo que você diga que não precisa, não há necessidade, se for complicado deixa prá lá...

Nem cheguei e já estou com saudades...

24.5.11

Ando quase um folhetim

"... e eu te farei as vontades, te direi as verdades,
sempre à meia-luz
e te farei vaidoso, supor que és o maior
e que me possuis
mas na manhã seguinte, não conta até vinte,
te afasta de mim
pois já não vales nada, és página virada,
descartada do meu folhetim..."

...sábio Chico Buaruqe...

12.5.11

Frutas Variadas

"... E é por isso que insisto: invista no seu gatinho. Na verdade você deve ser um presente maravilhoso para ele - de repente pinta uma mulher ardente & experiente & inteligente & gostosissima. Só se ele for idiota e deixar passar. OU Irma. OU - porra, os homens ditos do sexo masculino são tão peras, não? É curioso que só os gays compreendam as mulheres mais especiais e é terrível que estas mulheres especiais estejam condenadas a esses machos peras - e os gays às suas impossibilidades..."

Caio Fernando Abreu em carta à amiga Paula Dip, do livro "Para sempre teu, Caio F. - cartas, conversas, memórias de Caio Fernando Abreu"

Novidades?

Eu preciso me apaixonar. Por um homem, por um trabalho novo, por um livro, por uma nova banda. Qualquer coisa serve. Qualquer coisa para colocar um pouco de adrenalina nesse tédio sem fim.

12.4.11

...

Some things hurt so much that all you are left to do is put on a brave face. Because if you dare to voice it, or even to look at it more closely, you may fail to survive.
So you pretend. And by pretending, you start to believe.

11.4.11

thankyoumoreplease

Assisti a um filme com esse título, há umas semanas. Em uma das cenas do filme, uma das protagonistas pega um taxi com um motorista indiano. Ele diz que ela está destinada a grandes coisas mas que precisa agradecer mais. Agradecer o universo. Dizer: Thank you. More, please, sempre que algo bom estiver acontecendo. Porque além de agradecer, deve-se pedir mais do negócio bom.
Pois então.
Fim de semana na casa nova do amigo mais querido, em Holambra, comemorando o aniversário dele, rodeada de gente boa, talentosa, alegre.

THANK YOU!! MUCH MORE, PLEASE!!!!

Em letras garrafais que é para não haver dúvidas.