29.8.05

Liberdade


Hoje fomos até a Liberdade. Há tempos o Zé vem insistindo em comprar uma panela de Sukiaky. Costumávamos ir ao japonês todo domingo, durante anos. Era um restaurante bom e com preço justo. O dono já conhecia a gente, éramos fregueses. Lembro do Mateus, ainda bebê, sentado no cadeirão e tentando mastigar, quase sem dentes, um tempurá de camarão (deve ser por isso que hoje, com dez anos, é tarado por comida japonesa).
Um dia chegamos lá e o dono não estava. Estranhamos. O garçom disse que ele tinha morrido.
Hoje quem toca o restaurante é o filho, que deu uma bela repaginada nos preços. Muito de vez em quando, ainda vamos lá, mas em tempo de vacas magras e contas altas, fica difícil.
Pois então, principalmente em função do regime das vacas, estávamos protelando a compra da panela. É cara, a mardita.
Compramos. Não só a panela elétrica de Sukiaky, mas também uma panela de fazer arroz, hashis lindos e potinhos de cerâmica. E saquê. E um vidro enorme de shoyu. E Udon. Cartão de crédito serve prá quê?
Acabei de levantar da mesa e estava tudo ótimo, ótimo, ótimo.
E o melhor de tudo: liberdade. O Zé fez tudo e eu não tive que cozinhar.

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