Li de uma sentada (literalmente) o livrinho que a Ju deu de presente pro Mateus (PS Beijei da Adriana Falcão). No fim, chorei. Choro com e por qualquer coisa e livro infantil não seria exceção. Mas chorei mesmo de saudades da minha avó. E percebi que nunca falei dela aqui. Talvez porque não é fácil falar ou descrever essa pessoa que foi tão importante na minha vida.
Vocês conhecem uma mulher moderna, apaixonada, completamente à frente do seu tempo? Não conhecem não. Porque não a conheceram. E quando leio no livrinho que a vó da protagonista ajuda as meninas com os respectivos namorados, me lembro dela, Maria Antonieta, me buscando na rodoviária na sexta-feira às onze e meia da noite, botando uma música alta no toca fitas do carro (vermelho e com teto solar) e me levando primeiro prá dar um rolê na cidade e ver o movimento (os garotos, of course) e depois prá casa prá tomar banho, secar cabelos, trocar de roupa, acompanhando toda a produção e palpitando o tempo todo. "Põe uma saia mais curta que o que é bonito a gente tem que mostrar", ela dizia.
E muitas, muitas madrugadas conversando, fumando, cantando e dançando na varanda, vestidas de babydoll.
Ah, minha vó! Como eu queria que você estivesse aqui hoje! Que você tivesse conhecido o Mateus, que eu pudesse escutar a sua voz rouca e a sua gargalhada. Quanta saudade.
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E não, não são cinco horas da manhã, mas o reloginho do Blogger sumiu e eu não consigo acertar a hora dos posts. São sete horas. Que eu acordo cedo, mas nem tanto.
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