Qualquer um que já tenha frequentado as salas dos grupos de anônimos sabe que é das melhores terapias que existe. Qualquer sala. E olha que hoje, existem muitas. Ainda não é como nos Estados Unidos que tem uma para cada doidice* e particularidade existente, mas tem muitas.
E funcionam. Porque eu estou hoje aqui falando isso? Não sei. Deu vontade. Deu vontade de contar que já participei de algumas e no começo, detestei. Ia porque sabia que precisava. E detestava. Não gostava porque tinha uma maldita superioridade intelectual e me aborrecia profundamente com algumas partilhas, com gente que não sabia verbalizar ou elaborar intelectualmente suas mazelas ou então nem se dava conta dos processos pelos quais estavam passando. Lá aprendi humildade e comecei a aprender a escutar (que definitivamente não é das minhas principais faculdades, falo demais). E ouvir. E quando consegui ouvir, aprendi muito.
Porque através das histórias dos outros, fui capaz de olhar para mim mesma com um pouco mais de generosidade, de compaixão. E fui me perdoando e exigindo ao mesmo tempo (se é que dá para entender) menos e mais de mim.
* no bom sentido, claro
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4 comentários:
Eu acho que eu ando precisando desesperadamente de uma dessas salas de anonimato. Recomendações?
Que belo post, Dani. Beijo grande.
Minha mãe frequenta há mais de 32 anos (minha idade) uma dessas salas, a dos Neuróticos. Olha, minha mãe é foda. Tem um entendimento maravilhoso da vida. A invejo quase sempre. Qualquer dia todo coragem e vou. Afinal, neuroses não se curam, a gente as administra... E é exatamente ouvindo que se aprende...
Só pra constar: amo seu blog. E o amor do Matheus, como anda?
Clube da luta?
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