Eu tenho passado a extensão completa dos meus dias andando nesse calor com duas serezumanas, funcionárias da rede de lojas de Manaus. O projeto que pegamos.
Esta é a maravilhosa inquipe de compras, que o cara falou que tinha.
Temos que comprar (atentem para o número nesse ponto) cinco mil peças para a mudança de conceito na maior loja dele, a primeira da rede de oito que vamos mexer.
Nosso trabalho é orientar a compra, fazer a coordenação de moda, melhorar o visual merchandising (só essa frase já é um puta elogio - o VM lá, inexiste), treinar o pessoal para tocar a loja.
Gente, não é preconceito. Eu comecei a via sacra com a maior paciência deste mundo. Juro. Modelo Buda-Zen, Elba Ramalho perde.
Mas, olha, tem dó. Se eu soubesse que seria assim, tinha que ter cobrado pelo menos o dobro. O triplo. Adicional insalubridade, com certeza.
Moda, prá essas duas fulanas é uma palavra alienígena. O que elas estavam comprando até hoje eu não sei, ou melhor, eu sei, porque o cara tem dois milhões de estoque encalhado e está com dívidas até o pescoço. Funcionando é que não estava, não é óbvio, caro telespectador?
E elas se acham. E peitam, hein? E discordam. E duvidam. E não entendem uma palavra do que falamos.
E EU NÃO AGUENTO MAIS!! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO!
Decote bateau? Balenciaga? Referências dos anos 80? Cartela de cores? Segmentação por estilo de vida? A pessoa gorda não é velha, pelamordedios? Elas olham prá mim com aquela cara de dãaa. E o fulano dono da birosca não me fica doente e some da face do planeta quando ele é mais que necessário para calar a boca das duas e estalar o chicote?
Como diz a sábia Fal, devo ter picado salsinha na tábua dos dez mandamentos, só pode ser.
A saga continua. Hoje. Vamos comprar o jeans, valha-me meu bom jesus de Praga. 400 peças. Orem por mim.
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