26.9.07
Sem título
E esse negócio da pulseirinha para parar de reclamar, hein? Com*plaint Free World.
Tá. Tá bom. Vi na Op*rah.
Mas essa história de parar de reclamar touched a nerve. 21 dias sem reclamar de nada? Nadinha?
Assim, olha, parece quase impossível. E eu não sou das piores. Então segue abaixo:
Lá vou eu prás Minasgerais de novo hoje. E olha, essa vida de caixeira viajante tá mole não. Justo eu, que quando escolhi a profissão, um dos pontos que levei em consideração foi que eu podia ficar quieta, no meu canto, trabalhando no computador. Vai vendo.
E algum de vocês aí já pensou na impossibilidade da existência simultânea da disposição criadora e da disposição vendedora? Porque um estado depende de concentração e o outro de adrenalina.
Eu comecei a ter este problema há tempos. Esse negócio de visitar cliente, fazer xaveco de vendas, conversinha mole, sorrisinhos, coisa e tal, acaba me deixando incapacitada de fazer meu trabalho de verdade que deveria ser sentar a bunda e desenhar. No mesmo dia, é impossível. No dia seguinte, talvez. Preciso de um tempo para me concentrar e desligar do resto.
Como eu sempre trabalhei sozinha, era mais fácil. Agora, com um escritório relativamente movimentado, com uma sócia e o exorbitante número de DUAS funcionárias somadas a um telefone que não para, não para, não para, tá quase impossível.
E dei uma passada d'olhos em uma pasta de portfolio que eu montei há uns dez anos atrás (quando o pen*drive ainda estava para ser inventado) e estava perdida na casa da minha mãe e putz! eu tinha um saco de jó. E um cuidado com as coisas que era de impressionar. E lá só tinha trabalho de design puro (embalagens, logos, etc) que eu praticamente não faço mais.
F*deu. Virei empresária. Vendo serviço, pago contas, corro atrás de dinheiro para sustentar o escritório, planejo estratégias, faço malabarismo com os clientes e nos intervalos, tento desenhar alguma coisa pelo menos ligeiramente razoável.
E voltando na pulseirinha, falaram lá no programa que o cérebro leva 21 dias para formar um hábito. Pois é. Esses últimos sete anos me transformaram em outra pessoa. Que eu não tenho muita certeza se eu gosto, não.
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