27.5.09

Saturday Night Fever


Então fomos, sábado, numa dessas boates, ops, casa noturna, com pessoas assim, de idade mais elevada, como é justamente o meu caso e das minhas três amigas (Eu sou a mais velha, mind you. Eu sou sempre a mais velha. O que eu não sei bem o que significa mas deve significar alguma coisa não muito boa, melhor não pensar muito nesse assunto, hein, tia). Era aniversário atrasado de uma delas e eu vi por bem comparecer, já que no dia do aniversário real, tive uma reunião até tarde e falhei miseravelmente.

Gripe. Total. Absoluta. Inalação, Nal*decon Dia, pinga remedinho no nariz. Lava o cabelo. Vai Daniela. Bora.

Fila de quarenta minutos. Prestem atenção: qua ren ta mi nu tos. OK. All right. Everything is gonna be all right. Tenha fé na humanidade.

Tenho mais, não. Porque medo, hein. Medo do desespero absoluto nos olhos das pessoas. Toda uma vibração socorroprecisopegaralguémnessemomentoagora.

O que, uia que perigo, me faz pensar. Porque né? Solitárias, as pessoas. Muito. Muito, muito, muito. Eu sei. Somos. OK. Todo mundo sabe disso, Daniela (ou deveria). Mas o desespero do encontro, o desejo do encontro. Meu deus, hein. Me assusta.

E não tem história engraçadinha nesse post, porque nada engraçadinho aconteceu. Excetuando, claro, o fulano que dançava como se não houvesse amanhã, todo um ritmo próprio, passos especialmente desenvolvidos mas esse, só vendo mesmo. Ver para crer. E dançamos nós também porque as musiquinhas agradaram (old times are back again). E gastamos muitos dinheiros, dinheiros estes que eu, particularmente não poderia ter gasto, não, senhores.

E só para constar, estou de férias das aventuras séquiço and the etcetera porque, sei lá. Todo um bode. Uma preguiça. Considerando seriamente a possibilidade de me estabelecer definitivamente como uma senhoura sozinha, abstêmia das atividades mundanas todas. Teria lá suas vantagens. Porque pintar o cabelo, hein? Que saco.

Ou então, não. Talvez o que eu precise seja de um velho e bom, old times are back again, namorado. Um certo medo dessa palavra também. Só para constar.

2 comentários:

Menina Eva disse...

Que descrição incrível da fila. Eu descobri que era ISSO que eu sentia nos barzinhos, e não sabia dizer.

Tata disse...

"Excetuando, claro, o fulano que dançava como se não houvesse amanhã, todo um ritmo próprio, passos especialmente desenvolvidos mas esse, só vendo mesmo". Outro dia fui num lugar com cena parecida. E concordo contigo: medo.