22.6.09

Ecletismo religioso?

Eu sei que parece que eu só faço isso na minha vida. Travar contato com seres humanos do sexo masculino. Mas não é, não. É o que eu conto aqui porque é o que é divertido, né? Um pouco, pelo menos. De qualquer forma, apesar de parecer, não tive nenhuma interação verdadeiramente interativa com esses seres em dois meses. A caminho da beatificação.
Mas essa eu tenho tenho tenho que contar, porque né? De novo, só comigo.

Pessoa me manda e-mail (negocinho da internétis, claro). Conversamos muito pelo eme-esse-ene. Toda uma identificação. Crescemos a quatro quadras um do outro, frequentamos todos os mesmos lugares na infância e na adolescência. Rimos, rimos, rimos (huahuahuahua, claro). Nada ao vivo. Não sei como nunca nos encontramos naquela época. Deve ser a diferença de quatro anos na nossa idade, que significam décadas quando temos 13 ou 14 anos. Pessoa é judia. Ok, nenhum problema. Sempre tive muitos amigos judeus, muitos mesmo. Duas melhores amigas, inclusive.

E a pessoa não quer me encontrar para um café nunca. Diz que está apaixonado e que tem medo da rejeição (certo, a loucura começa aqui). Além de pedir para eu dizer (escrever) que o amo, todo santo dia. Diz ele que a palavra escrita tem poder e que se eu escrever suficientes vezes, se torna verdade. Ã-hã. Mas não é isso que eu vim contar, não. Na sexta, shabat, ele diz que vai à sinagoga (como sempre, aliás). E que vai perguntar para o rabino.

O que é que você vai perguntar para o rabino, pelamor?

Vou dizer que eu gosto de você e que você não é judia.

Ai, ai. Só comigo, só comigo, sóoooo comigo. Dizem que tá na novela, né? Não sei. Não assisto. Esta é a minha vida. Roteiro de novela. Blah.

2 comentários:

Menina Dedê disse...

De repente, né?, tá surgindo uma oportunidade pra você usar uma peruquinha.

Gisele Moura disse...

Olha só... Corra dese que tem cara de ser congelada, se ele vai perguntar ao rabino, imagine como não deve ser a "mama ídiche"?