14.10.10

De volta...

Sigam a flecha para encontrar a felicidade.

Dezesseis dias e dezesseis noite e não sou a Sherazade. Dos quais, apenas 4 noites dormidas na minha cama e apenas uma... a de ontem, com mais de seis horas de sono.

O mais engraçado é que o cansaço absoluto só bateu hoje mesmo. Cheguei quinta passada da maratona Hong Kong e Frankfurt (Londres miou devido à minha completa idiotice, uma corrida de obstáculos para obter um passaporte de urgência*) e no sábado de manhã fui para o Rio passar o feriado com os meus queridos e melhores amigos (e saí TODAS as noites).

Olha gente... o que é que eu posso dizer...

Total e completamente apaixonada por Hong Kong. Se alguém souber de um empreguinho lá... tô topando. E falo sério.
Foi uma viagem de 9 dias, 6 aeroportos, três dias e meio em HK e dois em Frankfurt mas valeu a pena. Quando cheguei no hotel, faziam exatamente 49 horas do momento em que eu saí da minha cama mas juro que deixei a mala no hotel e fui andar.

É uma metrópole (SP, NY e tals) mas é chinesa e é praia. Imagine, portanto, uma cidade saída do Blade Runner, misturada à uma baía linda, o mar, o sol, muito calor. Gente do mundo todo. E é a China. Lanternas, incensos, templos, andaimes de bambu. Não dá para explicar direito. Tem que estar lá para sentir.

Tudo que existe nesse mundo de meu deus tem lá. TUDO. Prepare o seu coração, a sua carteira, os seus cartões de crédito. Tudo por menos da metade do preço, muitas vezes, um terço. É para matar a pessoa. Principalmente de ódio desse país em que vivemos onde tanto imposto deixa tudo tão mais caro (Europa incluída nessa observação). Acabei me rendendo mesmo aos eletrônicos e aproveitando a nova política de podemos-trazer-celulares-e-computadores-para-uso-pessoal-amém (Blackberry e Vaio lindinhos, lindinhos). Mas tem coisas fabulosas de design (um tapete para o banheiro do Mateus por (atentem!) 30 reais, que é, simplesmente, bárbaro). E 6 metros de seda pura porque... né? Como não? (Aguardem os vestidos novos para o verão). E outras tantas coisas mais... Morrerei quando a fatura do cartão chegar e ainda me arrependo do que o bom senso (e a falta de numerário) me impediu de comprar. O nosso hotel ficava na rua dos antiquários e galerias de arte... dá para imaginar o que é isso?

Mas chega de compras. Enjoei. Não quero mais. Tem mais alguma coisa para fazer em HK?
Well, mocinhas solteiras, separadas, corações solitários... Um lindo a cada 5 segundos tá de bom tamanho? De todas as nacionalidades possíveis? Todos aglomerados e reunidos no bairro ocidental onde tem um bar ao lado do outro e a festa corre solta sete dias da semana?

Ahhh, meninos, não fiquem tristes, não... o mesmo se aplica às mocinhas, com a vantagem das chinesas serem espetacularmente lindas (que pele é aquela meu deus! Parecem todas saídas de um filme) o que lhes dá um caminhão de vantagem, já que a delicada beleza chinesa funciona muito melhor para mulheres que para homens (o contrário ocorre em Frankfurt, onde a beleza é mais dura e funciona à perfeição para os homens).

Cansou de novo? Pertinho da Tailândia, da Índia, de Bali, do Japão. Phuket, mais barato que ir para Salvador. Que tal um fim de semana relaxando nas praias exóticas?

Mas o que me encantou mesmo foi o caos. Gente do mundo todo fazendo de tudo, tudo acontecendo ao mesmo tempo agora. Profissionalmente, milhares de oportunidades. Muita, muita informação.
Gente, sério mesmo... adoraria passar um ou dois anos lá. Aprenderia horrores e me divertiria outro tanto.

* a anta que atende por Daniela não olhou seu passaporte. Chega toda linda e loura no aeroporto, pronta para embarcar para os 4 dias em Londres que seriam o início e o passeio dessa viagem. Tã-nã!! Passaporte vencido há 20 dias. Sócia embarca, Daniela fica. Era sexta-feira. Polícia Federal? Só segunda. Daniela passa o fim de semana roendo as unhas e se remoendo de ódio. Segunda... PF sem sistema. Nada acontece. Terça, Daniela acorda às 5:30 da manhã e 6:30 já está na porta da PF. SEM SISTEMA. Após 12 horas de chá de cadeira e alguma humilhação (vou te contar, hein?), resolvem me dar um passaporte verdinho (porque é bem assim: resolvem. Apesar de estar no site que essa situação existe e que devidamente justificada pela empresa demanda que você receba um passaporte em, no máximo, 24 horas), praticamente colado com cuspe, que saiu em duas horas (ou seja, poderia ter saído na segunda-feira de manhã), custa o dobro do normal e é válido por uma só viagem*. Saio da PF às 7, vôo marcado para às 10 (em Guarulhos). Passo em casa, jogo uma água no corpo, pego a mala e corro para o aeroporto, direto para Frankfurt para encontrar minha sócia. E de lá, para HK. Com cinco horas de chá de aeroporto no meio.

* eu sei que eu devia contar essa história direito, com todos os detalhes sórdidos mas esse post já está muito maior que deveria. Além disso, ainda tenho que passar no cartório eleitoral porque eu estava fora no dia de eleição e pegar o devido papelzinho, pagar a devida multa, terei que voltar na PF para fazer outro passaporte, com os devidos documentos tudinovo e pagar novamente, oficórsi.

Um comentário:

Anônimo disse...

Queremos os detalhes sórdidos Dani!!!
Estou aguardando, rsrsrs
Que bom que você curtiu a viagem.