2.9.05

Dia branco em São Paulo

Choveu muito essa noite e amanheceu um dia branco. As nuvens deixam passar a luz, mas não o sol. Nesse dia branco, uma luz fria e dura ressalta contornos e imperfeições. Sombras desaparecem. Meios-tons não existem. Uma luz que emudece as pessoas e destrói as sutilezas. Ninguém olha nos olhos, ninguém sorri. A cidade está muda de humanidade. Cabeças baixas e olhares perdidos.
Eu, definitivamente, não gosto de dias brancos.

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