Vi um documentário há algum tempo na TV Cultura que dizia que nós, seres humanos, delimitamos um espaço imaginário em torno de nossos corpos. Quando outro ser humano com o qual não temos intimidade penetra essa bolha nos sentimos extremamente desconfortáveis. Não me lembro exatamente qual o tamanho (por volta de 80 cms, acho eu), mas não interessa.
Minha bolha foi extremamente invadida por um perfume horroroso, dia desses no metrô.
Gente, eu adoro perfume. Uso todo santo sacro dia. Até prá dormir. Mas há que saber dosar.
A área de propagação do cheiro deveria estar limitada a esses 80 cms. Menos ainda. Perfume é prá sentir quando a gente se aproxima. Muito. Abraça, beija, chega perto.
Perfume é coisa íntima.
Não é prá sair espalhando prá todo lado. Detesto. Detesto. Detesto.
E que me desculpem as usuárias, mas aquele perfume, na moda nos anos 80, tinha o nome certo. Porque aquilo não era perfume, gente. Era veneno.
2 comentários:
Nunca vi nome mais perfeito. Esse perfume ra o favorito da minha mãe e eu nunca suportei. E mesmo hoje, que ela não está mais aqui, e as vezes eu preciso dar uma cheiradinha nos frascos pra aplacar um pouco as saudades, não consigo chegar perto desse. Blarght.
Acho que cada pessoa tem uma (ou mais) história de trauma com perfume, e aqui vai a minha: lá pelos idos de 1990 eu fazia cusrsinho no Objetivo da Paulista no período da manhã, ou seja, estava lá toda sacrossanto dia às 7 horas della matina. Eis que no segundo semestre minha maravilhosa amiga Maria Cristina (a pessoa mais bem humorada e engraçada que já cruzou meu caminho)ganhou do namorado que havia acabado de chegar dos States (ele tinha um paint ball - vixe, lembram disso? - e tinha ido comprar equipments) um frasco do recentíssimamente lançado Eternity. E lá estava ela, todo dia, às 7 da manhã fedendo a Eternity. Pra mim, que tenho até hoje o péssimo hábito de não tomar café da manhã, aquilo era uma bomba!!! Hoje a Cris mora em Cuomo, mas pra matar as saudades eu definitivamente JAMAIS vou cheirar este bendito profumo.
Postar um comentário