19.4.08

A minha história com o Chico Buarque

Depois de ler o post dela sobre o Chico, fiquei pensando na minha paixão por ele e claro, na paixão de quase todas as mulheres por ele. Eu vivo chamando o Chico de Príncipe das Madas, porque, gente, concordemos, o cara é um problema ambulante, beberrão, mulherengo mas aqueles olhos azuis, aquela cara de bonzinhomepõenocoloplease, ninguém resiste. Mas claro, o principal são as letras. Porque a gente acha que se ele entende tanto de mulheres assim, putz, tem que ser o cara. E imagina? Uma música com o meu nome? Nossinhora, a glória.

A minha história com ele vem desde a infância. Das fitas K7 ouvidas durante as longas viagens para o interior, de carro, família toda, férias. Eu e a minha irmã, cantando em coro: Mulheres de Atenas e O Meu Amor e a minha avó paterna dizendo que isso não era música prá crianças, não era não, de jeito nenhum e vamos colocar a fita da Vila Sésamo, já, imediatamente.

Quando tinha uns quinze anos, fui ao Rio com a minha mãe e o Adalberto, meu amado pai-padrasto. Ela tinha qualquer coisa de trabalho para fazer por lá, então fomos a tiracolo, passar o feriado.
E, compramos ingressos para o show do Tom Jobim no Canecão. Estávamos na fila, lá fora, e a minha mãe diz: olha, é a Marieta Severo! Bom crianças, olhei prá trás e meu coração parou. Porque atrás de mim, na fila, colado em mim, a meio metro, os malditos olhos azuis.
Pronto, daí em diante, o que era paixonite virou amor eterno. Forever and beyond.

O show foi maravilhoso e o Tom pediu que ele subisse ao palco para cantar Anos Dourados. Ele esqueceu a letra, claro. E fez aquela carinha de coitadinhomeadotamepeganocoloagora. E o sorriso tímido, o sorriso tímido não podia faltar. Derreteu todas as mulheres e homens presentes.

Chico, eu também te amo.

E como para todas as épocas da vida, existe a música do Chico perfeita: Samba do Grande Amor. Eu e o meu coração de fiador.

PS- upideite - o cara (aquele mesmo que eu nunca vi, nunca comi, só ouço falar) me deu um banho de filosofia, depois disse (crianças presentes fechem os olhos aqui e coloquem a fita da Vila Sésamo) que quer me comer de todos os jeitos possíveis e depois, (claro, né Mary?) deu uma bela mijada demarcatória me pedindo para "esperar" ele vir me ver. Não sei se era para eu achar bonitinho essa história de ciuminho mas eu não achei, não.

Um comentário:

Mariah disse...

homens inteligentes...caídos pro intelectual...também sempre me desencaminharam. ainda bem que foram bem poucos...infelizmente.
maraih