24.5.08

Sorry, prometo. Nunca mais um post tão longo.

Então, a história é longa. Eu (retardada, como sempre) não estava percebendo o padrão ou então não há padrão, vai saber, sei lá.
O pobrema é a gestalt. Que resolveu se instalar na minha vida assim, de uma forma, digamos, muitíssimo estridente.

Começou com o tal do DVD que meu amigo me emprestou. Um café filosófico. Tema: A paixão nos tempos modernos. Mas na verdade falava de Don Juan e Casanova e os estilos de seduzir, eteceteras e tal. Prestei muita atenção, não. Até dormi num bom pedaço. Mas.

Depois foi o rato. Que eu sinceramente desconfiava que fosse um DJ clássico (Don Juan, né, não aquela pessoa que coloca musiquinhas).

E conheci outro cara na internet, que ficou deveras meu amiguinho e está fazendo doutorado em filosofia e virou meu conselheiro-mor para assuntos aleatórios-paquerísticos-virtuais. E ele me contou que conviveu por um ano com um DJ típico. Não um natural. Um construído mesmo. Com as mais perfeitas e maquiavélicas técnicas de como fazer amigos e claro, influenciar muitas pessoas e comer muitas mulheres. Todas. E dominar-lhes a alma (o que segundo o meu amigo é o objetivo dessas pessoas, só sexo não basta, não, qualé a graça?). Ele foi confidente do cara, que contou a vida para ele. Acho que estava em crise. Segundo ele, o cara é um gênio. Mestrado, doutorado, Phd (de verdade) em história, ciências políticas, filosofia. E é uma figura pública que há muito, seduz as massas. E quem será, hein? Tenho meus palpites.

Aí viagem. Minas. Livraria. Preciso de livrinho leve e divertido para a viagem. Exposto lá na livraria: O Jogo - A Bíblia da Sedução e a Sociedade Secreta dos Mestres da Conquista. Uia. Coincidência? Sei lá. Comprei. Bem mal escritinho ou mal traduzidinho; conta a história de um jornalista do NYT, nerd total, fracasso sociar e sexuar, que conheceu um desses mestres, que foi com a cara dele e resolveu ensinar. E o cara começou um ano sabático (rá) , andando atrás dos mestres da sedução e aprendendo tudo o que havia para aprender e mais um pouco. Ele cita alguma literatura no livro. Então.

Trigésimo nono capítulo (me desculpem pelo tamanho deste post-livro mas isso está acontecendo há algum tempo, eu é que não tinha juntado as pecinhas): Vou almoçar na casa de um amigo. Que é um especialista na arte mas eu nunca tinha observado direito para notar que ele usa as famigeradas técnicas. E em cima da mesa, um livro. Não era novo. Bem lidinho até. E, pasmem. Era um dos livros indicados pelo nerd lá do NYT. A Arte da Sedução do Robert Greene. Emprestei, né? Lógico; o Universo conspira e etcetera, porque ne c'est pas possible.

Bom, gentes. Impressive. Really. Ri muito lendo o tal do livro. Porque o rato usou todas as técnicas que estão descritas lá, à perfeição. Só que eu não respondi a contento. Inclusive, sem querer, eu mesma usei várias e acho que f*di com tudo. Pobre da pessoa. Porque o nosso xadrez foi de mestre, posso agora notar. E, só para concluir de vez a experiência, ele era ao mesmo tempo um DJ clássico e está, classicamente, apavorado. Fiz um último teste, com a ajuda inestimável do meu amiguinho e o rato pulou certinho com o choquinho ( na verdade, foi um queijinho e ele não pulou). Assustador viu, crianças? Esse negócio não é para pessoas de estômago fraco, não.

Coisa é o seguinte: deuses querem que eu aprenda alguma coisa sobre esse negócio. Só pode ser. E eu, quando resolvo aprender alguma coisa, sai da frente. Amazon Books, pode se preparar, darling.

Mas o resumo da ópera (enfim, podem pular de alegria) é o seguinte: como diz o cara da bíblia: I see the Matrix. Completely. O que será de mim agora? Vou usar essas tequiniques, não, hein, medo. Fiz uns testinhos ridículos que resultaram em cinco números de telefone de seres humanos do sexo masculino, só nesta semana. Vejam vocês.

Minha amiga Sheila diz que eu tenho que escrever um livro e contar a experiência do rato e decodificar as minhas leituras e etecetera e tal, mas livro? Sei não. Talvez um outro blog. Pensarei no assunto. Pena, pena, pena que eu não salvei as conversas/lab reports porque daria uma bela edição comentada.

6 comentários:

Maysa disse...

Olha, no te preocupes que o post foi long - está realmente muuuuito interessante. rs

Juro que fiquei morrendo de curiosidade sobre as técnicas D.J.anas... E mesmo sem sabê-las, sou solidária ao seu não-sabe-o-que-fazer pós realizar o Matrix.

E por fim, adoro seu blog - está entre os meus favoritados

Liv disse...

Acho que acabei de "me livrar" de um DJ clássico. Esses manuais de sedução funcionam mesmo? Nunca levei fé neles não hein... vai ver tô subestimando os leitores e nem sei. hehe

Maysa disse...

Me again! rs

Acabei de saber de algo que me fez suspeitar que o paquera é DJ clássico.
Pena não nos conhecermos - um papo com você seria ótemo.

Anônimo disse...

Só de pensar que a vida emocional de alguém pode se reduzir a jogos ensinados didáticamente num livro me dá calafrios. Acabou o romantismo, a descoberta.

Maysa disse...

Dani, você foi realmente uma fofa!

Adicionei aquele mail no eme-esse-ene e ainda não te vi online ... pena. Eu espero que a gente se fale aí na sequência.

Thanx pela atenção, bj e hasta!

Anônimo disse...

noossa. compartilha aí. (eu tao PESSIMA na tal da arte de seduzir)