30.11.09

Mania dos pés


Não sei o que aconteceu, juro. A gente sabe que existe. Sempre houve. Temos até aquele nosso amigo famoso, uma delícia de ler (e sim, claro, eu já li Mulher de um Homem Só, você não?), que vive declarando publicamente seu amor pelos pés femininos. Mas... sei lá. De uns tempos prá cá, parece que virou moda ( e tudo que é moda fica assim meio... chato). Porque se eu bem me lembro, no passado (e por passado entendam os famosos anos 80), a gente podia sair de casa desavisada, despreocupada, usando as nossas sandalinhas favoritas que não iríamos causar tanta comoção.

Agora, putz... uma febre praticamente.

Como diz a minha amiga Sheila, pés bonitos são quase uma impossibilidade física. Há. Ela mesma, os tem. Talvez por isso, seja tão crítica. Mas gente, pelamor, né? O que será que está acontecendo?

Tá bom, tá bom. Os meus. Não são feios. Razoáveis, eu diria. Pés de quem usa salto alto diariamente. O Alex já explicou isso bem melhor do que eu jamais conseguiria (e não achei link do texto, sorry). Mas olha, me constrange deveras. Beijar meus pés? Well, well. Ok. Mas não precisamos exagerar, né?

25.11.09

Príncipe ou Ogro? Nenhum dos dois, anta


Gustavo Gitti.

As mulheres buscam o homem sensível ou o machão?

Gitti - Elas não buscam nenhum dos dois. Elas se confundem ora pensando que desejam um homem sensível, ora pensando desejar um machão, mas elas sempre quiseram um homem presente, profundo e livre. Elas desejam uma energia masculina que libere sua energia feminina. Cada uma delas deseja um homem que a faça mulher.


... "Um dos grandes erros que os homens cometem é não conduzir uma relação. Em vez de levá-la para jantar, ele pergunta se ela quer jantar, qual restaurante quer, oferece mil opções, tenta uma certa democracia medrosa em vez de oferecer um presente: “Ei, fique linda hoje à noite. Nós vamos em um lugar maravilhoso”. Toda mulher adora simplesmente ser mulher, ser rendida, ficar entregue e ser conduzida. Não ter de se preocupar com nada além de brilhar, dançar, sorrir e se abrir."

Principalmente, se você for realmente independente, tiver o controle da sua vida e não tiver medo de se deixar conduzir ou receio de estar perdendo o poder. Não está, não.

E ontem, mandei esse texto, durante uma conversa com um ser humano, porque, porra, para de falar que eu fico fugindo e que nunca dá certo, que nunca nos encontramos e me diz dia, hora e local, please.

20.11.09

Domingo passado

foi aniversário do Mateus. Quinze anos. Hoje estou indo para o sítio do namorado da minha mãe (que lógico, diferentemente de mim, possui um namorado). A molecada foi ontem com eles (Mateus e 4 amigos). Consciência negra será pois, passada no sítio, comemorando o debut. Até domingo, dears.

14.11.09

Ai meu deus do céu, que saco!

Porque as coisas não mudam, hein. Não mudam mesmo. Século vinte e um, quase chegando ao teletransporte e à colonização da lua, a água do planeta acabando e as pessoas ainda preocupadas com dou ou não dou no primeiro encontro, será que ele vai me achar uma vagabunda*, meudeus. Li por aí. Meio bravinha hoje, sei lá porquê. E também conversei longamente com dois amigos homens. Maduros. Ambos com quarenta e vários**. Esse assunto está na mesma categoria da polaridade lady X puta e todos esses chavões que, sério, me cansam, me cansam, me cansam demais.

Tudo que eu digo aqui nesse blog é verdade, mas é brincadeira. Se é que dá para entender. Escrevo para divertir-me e, com sorte, divertir os outros. Uma certa liberdade literária prevalece. A graça da coisa predomina.

Flávio Gikovate, meu guru, é que tem razão. Uma minoria bem restrita de pessoas conseguiu sair desta para melhor e não quero dizer morrer, não. Evoluir como seres humanos, se preocupar com assuntos que realmente tem relevância e colocar o sexo no devido lugar dele.
É bom, é saudável, é natural. Menos, vai. Aqui, nesse departamento, às vezes menos é mais. Sensacional com amor mas pode também ser muito bom sem ele. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Ambas existem. OK. Está dito. Espero que não tenha sido tão decepcionante como a descoberta da inexistência do Papai Noel. There, there, eu sei... perder as ilusões, às vezes dói. Suck it up, é a vida, pessoal.

E, o fato de vir a ser uma coisa primeiro não impede que se torne a outra não, senhoras***. Não tem regra, não tem regra, não tem regra. Repita na frente do espelho, se precisar. Pode ser na primeira noite ou na trigésima. Não é isso que importa pelamordedeus. Pessoas importam. Pessoas inteligentes, interessantes, maduras, (seja qual for a idade), senso de humor importa. Viver importa (incluindo aqui, sofrer, né?).

Queridas, sério mesmo, não se procupem com isso, please. Se ele se preocupa, não vale um segundo de sinapse dos seus neurônios.

* Vagabunda é um termo amplo, né? Significando várias coisas simultaneamente. Sei bem o que querem dizer, os queridos do outro sexo, quando mencionam a palavra neste contexto. Pena. Porque, para mim, só pode ser insegurança. Porque pensam primeiro que você age dessa maneira com qualquer um (so what?) ao invés de pensar que eles é que são um tesão mesmo? Tsc tsc. Seriam mais felizes.

** Opiniões divergentes, só para constar. Um deles, meu melhor amigo (e agradeço aos céus por ele fazer parte da minha vida) diz que prefere a espontaneidade e que está totalmente de saco cheio de joguinhos. O outro.... sei lá, ainda não entendi direito onde se coloca mas, sinto um certo ranço de antiguidade ali.

*** Fui pedida em casamento duas vezes nesta vida. Por enquanto pelo menos, rs. Os dois deles... bem... eram tesões mesmo. Amém.

13.11.09

Eu já escrevi isso aqui antes mas...

de novo me parece absolutamente adequado ao que vem me acontecendo. Então.... sorry. Repeat.


"O correr da vida embrulha tudo.

A vida é assim: Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,
Sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

(Guimarães Rosa)

12.11.09

Desde os primórdios, até hoje em dia


Olha aí o Darwin de novo. Não dá para fugir dele, não dá mesmo. Principalmente em se tratando de seres do sexo masculino. Inacreditável como a programação funciona.

E você fica sei lá quanto tempo quieta no seu canto. Todo mundo quieto lá no canto deles também, tocando a vida como bem lhes cabe.

Aí chega um dia que você resolve aceitar um convite para um café, porque, crédito seja dado, a pessoa é insistente e vem convidando há exatos três meses. Não, não estava cozinhando a criatura nem me fazendo de difícil, só meio enrolada mesmo com todo o trabalho, Mateus tocando o terror, ex-marido instalado aqui em casa. Problemas, problemas, problemas. Saco cheio e zero paciência.

Aí pessoa liga e diz que vai sair mais cedo do hospital (coisa rara) e convida para um café.
OK, bora.

Bom, só tenho a dizer que ocorre um apagão de proporções continentais durante o café. E que, talvez a escuridão e o inusitado da situação, contribuam. Então rola toda uma descontração (copyright da minha amiga Luzia para este termo). E, olha, beeem divertido. Foi mesmo. Deveria ter tomado esse café antes.

De qualquer forma, não é isso que interessa, nem o que eu vim falar. Mesmo porque, não é nada que tenha assim, uma importância tão grande no rumo da humanidade ou da minha vida, btw.

No dia seguinte, todos os homens dessa vida demeudeus resolvem aparecer. Novos, antigos, prospects, aqueles que você achava que eram amigos, uns que você nem nunca encontrou na vida real. E perguntam como você está e você diz. Não com todas as letras mas dá a entender. Muito bem, obrigada. (Apagãozinho bom, né). É o que basta. Todos com os primatas aflorados, disputando território. Mesmo aqueles para quem você não disse absolutamente nada. Eu diria que era o meu tom de voz, se a maioria das conversas não tivesse sido pelo eme-esse-ene. Ou o cheiro, ou outra coisa qualquer visível ao instinto. Mas nada disso é possível, então.. sei lá. Coincidência? Duvido. Um até me disse que eu tirei ele do meu caderninho e perguntou porque eu fiz isso. Você não me acha legal? Por acaso eu tenho p* pequeno? (juro). Sendo que no decorrer deste período (que pode ser contado em séculos, praticamente) em que ocorreu a retirada do nome, a criatura se casou. Prá você ver.

Darwin, my friend, you rule the world.

10.11.09

E eu tenho uma historinha boa...

para contar, a piada me ocorreu assim, com perfeição mas... acho que não posso. Ainda não, pelo menos.

Acho que posso contar a primeira parte. A segunda, aquela que se relaciona comigo e o paralelo que eu fiz com minha própria vida, não dá. De qualquer forma, o protagonista da primeira parte, ontem, tratou de me dar, de presente, um outro final. Não tão bom... mas um final.

No feriado, no Rio, conhecemos um amigo de uma amiga. Médico homeopata, um tanto mais velho, algo de sabededoria cética, ex-esposas e tals. Fomos beber com a turma. Boteco das Garrafa. Assim mesmo, faltando o esse. Lá pelas tantas... e pela décima quinta garrafa de cerveja (tomamos dezoito e juro que eu não sei como fomos parar nesse número tão rápido em quatro pessoas), ele diz:

Toda mulher tem uma puta escondida. *
Às vezes mais óbvia, às vezes menos.
Quando eu não consigo enxergar a puta, fico sempre me perguntando... cadê a puta dessa mulher, cadê, cadê? Cadê a puta dessa mulher?

É muito menos engraçado sem todo o gestual e a cerveja que acompanhou mas... acho que deu para captar.

Bom, me aconteceu uma coisa no sábado que me lembrou disso mas... não dá.

De qualquer forma, ontem minha amiga me disse que ele perguntou por mim especificamente (juro que não senti nenhuma vibe desse tipo).

Vai ver enxergou a minha... rs.

* essa história de lady aqui, puta acolá me irrita deveras. Eu até entendo o que eles querem dizer mas essa divisão é absolutamente desnecessária. Mulher já não está bom?

6.11.09

Solidão

Não sou eu, não. Pelo menos, não especificamente. Acho que somos todos. Mas aí é filosofia, Nietzsche e tal. Não é disso que eu quero falar.

Eu tenho várias amigas. Mulheres muito especiais. Bonitas, independentes, divertidas, inteligentes. Estão sozinhas. Todas na casa dos trinta e uns. E quando conversamos, é sempre a mesma história. Todas, sem exceção adorariam se apaixonar, namorar alguém legal (e nem, estou falando de casamento aqui, hein? Porque a maioria nem quer isso). Querem (queremos) é um relacionamento legal mesmo.
Alguém interessante, inteligente, bem-humorado, independente (e hábil, claro...). Difícil. Muito. E acredito ser difícil para eles também, porque ouço a mesma coisa de alguns amigos homens.

Acredito que foi para o bem, mas esse novo hábito de casar mais tarde, de tratar da independência primeiro e, (em alguns casos) de amadurecer e aprender quem somos, tornou a possibilidade do encontro mais difícil.
Exigentes, somos. E acho que devemos mesmo ser. Um tanto egoístas também. Temos nossa casa, nossos hábitos e manias, a solidão pode ser muito prazerosa. E dividir esse espaço com alguém a quem temos de fazer várias concessões, fica bem menos tentador. A troca parece não valer a pena, na maior parte das vezes.

Não sei. Não sei. Acredito mesmo que estando cada vez mais confortáveis e felizes com a nossa solidão é que nos tornamos capazes de nos relacionar melhor. Sem dependência, sem posse, sem insegurança.

Tudo isso porque conversei com uma delas ontem, que me contou dois recentes casos. Eram impossibilidades de saída. Pessoas indisponíveis. Por variados motivos. Ela já sabia. Porque a tristeza, então? O desânimo? Se tem coisa que eu não consigo fazer é isso: idealizar pessoas, fantasiar situações.

E digo a ela que precisa relaxar. Se divertir. Ser feliz. Essas coisas são assim mesmo. Não se procura. Aparecem quando tem que aparecer.

Acho que estou dizendo a mim mesma.

3.11.09

Cidade Maravilhosa

Então eu fui passar o feriado no Rio. Não sei se devia, já que as finanças andam meio complicadas e eu vou sentir o after taste desses dias quando a fatura do cartão chegar mas... toda santa vez que eu vou para lá, fico me perguntando porque é que eu fiquei tanto tempo sem ir. Eu sou a mais paulistana das pessoas. Amo amo amo SP , o que não me impede, em nenhum momento, de amar o Rio de Janeiro também. Delícia de feriado.