Tenho tanto a dizer sobre isso mas... no fundo nada que você já não tenha dito. Vou refletir um pouco sobre o assunto para ver se tenho algo a acrescentar.
PdH - Gustavo Gitti
O homem meia-bomba e a mulher meia-boca
“Ela é areia demais para meu caminhão”. Se o homem não consegue aguentar meia hora de um boquete perfeito, não tem a menor chance com sua mulher na vida em geral, especialmente se ela for independente, solta, livre, inteligente. E não estamos falando em alguma forma de disputa, mas em receber o que o outro nos oferece, em ter espaço para que ele não ofereça menos, não seja menos do que pode e quer ser conosco.
Muitas vezes o homem que não aguenta acaba buscando uma mulher menos exigente, menos livre, menos solta. Por não saber lidar com tanta energia, prefere menos. Troca um boquete perfeito por um meia-boca. Mais seguro, mais garantido, mais confortável. Ele usa o controle para enfrentar sua ansiedade, sem saber que está reprimindo e cortando sua própria energia, ou melhor, a energia da relação como um todo, incluindo a potência feminina, o desejo, a boca, a língua de sua mulher.
Do mesmo modo, uma mulher sem tanto brilho, sem tantos movimentos em sua dança, acaba escolhendo um parceiro mais facilmente perturbável, não tão imóvel assim, sem tanto vigor. Um pau meia-bomba. Ou um pau de menino, duro e frágil, no limite da ejaculação.
Se ainda não ficou claro, estamos falando da cabeça de cima, da mente mesmo. Assim como é mais fácil para um homem segurar um boquete rápido e mal feito, é mais confortável fazer um cara gozar (se apaixonar?) com pouco, sem precisar explorar, dançar, pirar, se expressar tanto.
Ambos perdem quando quem conduz a relação é a ansiedade, o controle, a ausência, o medo, o pé atrás, a hesitação.
3 comentários:
Sem contar que meia-bomba é o fim da picada (perdoem o trocadilho, não resisti). pior que isso só mulher que fica indecisa quando a solução tá gritando na cara dela.
E adoro teu blog, Dani!
adorei esse post!
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