22.10.10

United Nations ou meus amigos internacionais...

Meu amigo Márcio morou dois anos e meio na Europa e voltou há alguns meses. Lá, ele morou em algumas casas coletivas. Pessoas morando juntas e dividindo espaço e despesas... meio que como uma república, só que com gente que há muito saiu da faculdade.
Chegando aqui, ele resolveu fazer o mesmo... já que não queria morar sozinho e chegou à conclusão que moraria muito melhor se dividisse despesas.
Alugou uma casa enorme, quatro quartos, em uma vilinha nos jardins e botou anúncio nos sites estrangeiros, já que, segundo ele, brasileiros tem preconceito contra esse tipo de esquema.
Hoje, a casa dele é praticamente a ONU. No momento, um espanhol, um alemão e um canadense.
Tem fila para morar lá.

Tudo isso prá dizer que domingo passado fui almoçar lá, já que a empregada dos moços faz uma feijoada sensacional que ela deixa pronta todo sábado.
E aproveitei para perguntar uma coisa que há muito me intriga...

Nós sabemos, mulheres brasileiras, que fazemos parte do imaginário dos homens de praticamente todas as nacionalidades. Nessa última viagem, encontrei profissionalmente com diversos e era só dizer que era brasileira para ver as estrelinhas nos olhos deles. "O" estereótipo.

Com os caras lá da casa do Márcio, tenho mais intimidade, então perguntei:

"Escuta, que tipo de fantasia vocês tem sobre as brasileiras, que basta falar que nasceu nesse país para vocês fazerem essa cara de peixe morto? Que nós somos vagabundas?" (desculpem pelo termo, não acho aque isso realmente exista mas era para ficar claro para seres do sexo
masculino, entendam...)

"Não, não." Eles disseram. "A gente acha que vocês dançam, são sensuais... (boas de cama implicito nessa observação).

Bom, isso é o que eles imaginavam. Perguntei então, o que realmente encontraram... já que os três estão namorando brasileiras, claro...

Carinhosas (boas de cama implícito nessa observação e também uma certa dose de subserviência), bem-cuidadas (a tal da manicure semanal e, principalmente, a depilação - precisavam ver a cara de nojinho do espanhol quando falou da quantidade de pelos por lá...), ciumentas (isso, segundo eles, em função do hábito compulsivo do brasileiro de trair (homens e mulheres)), nunca transam no primeiro encontro (segundo ou terceiro, normalmente (disseram que as mulheres por lá são muito mais seguras de sua sexualidade, no sentido de expressarem o desejo e de tomarem a iniciativa)).

Acho que é isso. Nenhum julgamento de valor, nada disso. Só para constar mesmo. Informação nunca é demais. E saber como somos vistos por aí... ajuda a pensar em como realmente somos.

Ahhh... a quem interessar possa: alemães são absolutamente fiéis.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi amiga, voltei. Valeu pelo apoio lá no blog.
Legal saber o que esse pessoal pensa da gente!