Acham que eu ando apaixonada. São os posts que eu andei escrevendo. Não, não, não. Longe disso. Bem ao contrário. Faz uns dois meses que eu não me apaixono. E é justamente nessas horas que eu preciso e gosto de lembrar que eu já estive. Como eu disse ontem prá ela, fiz pós graduação em Estocolmo, mestrado em Zurique, doutorado em Praga em crises conjugais. E após 18 anos ao lado desse cidadão, sei que a paixão volta, qualquer dia desses.
Costumo comparar a paixão com um lugar. Feito casa nova de praia. No começo a gente vai lá toda hora, cheeeia de empolgação. Depois o entusiasmo passa e as visitas vão rareando, rareando. Não é que você não goste mais da casa, não é isso. Só não sente a mesma necessidade de ir lá a toda hora.
E aí, de repente, meio sem explicação, a vontade volta e lá estamos, apaixonados de novo.
Comigo funciona assim.
E quando não estamos apaixonados, o quê fazer? Nada. Conviver com educação e gentileza, tentar controlar o mau humor (nosso, claro, que é o único sobre o qual temos ligeiro domínio).
E quando estiver impossível, usar a sabedoria de traseira de caminhão: MANTER DISTÂNCIA. Passa gente, posso garantir. Não vale vender a casa no primeiro tédio ou chuveiro queimado.
E um dia você acorda, olha pro lado e vê aquele homem lá dormindo, suspira e pensa: Ai, ai, acho que eu estou apaixonada...
.........................................................
PS. Claro que eu estou subentendendo que há amor, afinidade, admiração. Senão, sou a primeira a gritar: Homem ao Mar!! Pula logo desse barco!
E escrevi esse treco aqui prá deixar bem claro que o meu casamento não é perfeito de maneira nenhuma. É. Simplesmente. Bom, péssimo, maravilhoso, mais ou menos. Como o de todo mundo.
E como diz a nossa amiga Luzia, vamos tocando o barco.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Ou essa mulher quer me desacreditar ou é meio lelé. Como digo sempre: mulher é um bicho de um todo esquisito!
Peeeeerfeito ! Acho que casamento "bem-sucedido" é sempre assim. A feliz união do amor com a paciência, com marés de paixão de vez em quando. No resto do tempo, amizade, afinidade e admiração, que são coisas boas demais também. ;o)
Lindo seu post, Dani!
Também adorei esse texto. Até me inspirou a escrever uma coisas que ando "matutando na cachola" sobre convivência... Dia desses eu escrevo! Bjs
Boa analogia. Muito boa.
David
Dani, tá ficando meio repetitivo, eu seu, mas o que é que eu posso fazer? Elogiar, ora bolas! Genial o texto; vou inclusive repassar. Inclusive pra pessoa marido. E o "mantenha distância" de pára-choque é um dos conselhos mais sábios que eu já escutei sobre casamento!
Beijo!
Postar um comentário