Na semana passada tivemos uma reunião com um amigo que não víamos há tempos. Muito fino, muito chic, cheio das posses, ele. A Marcia perguntou onde ele ia passar o Carnaval e ele disse que ia prá Trancoso. Sabe, né? Trancoso virou o reduto-mor dos paulistanos endinheirados. Patrícias e Maurícios uni-vos, que Trancoso é a filial da Vila Olímpia com praia. Não, nada contra Trancoso. Já fui e é lindo. A Marcia disse: Ai, que vontade! Eu é que queria estar indo prá Trancoso!
Cumé qui é?
Eu: "Que mané Trancoso que nada! A gente tem ingressos pro Carnaval! Camarote!"
Ela: "Eu preferia ir prá Trancoso... Você não?"
Eu: "Não. Trancoso tá lá e não vai sair do lugar. Se fosse uma viagem pro Tahiti, quem sabe. Eu ia, talvez, pensar no assunto."
Ela: "Sério? Mesmo?"
Eu: "Ai, meu deus!"
Então essa é a diferença. E é por isso que eu queria muito que a minha amiga Cláudia estivesse aqui e pudesse ir comigo. Porque ela entende.
E eu vou contar um segredinho só para vocês: vou trabalhar hoje, não. Vou fazer meu pé e mão, tirar dinheiros do caixa eletrônico, comprar uma base nova que ninguém é de ferro. Ou porcelana, melhor dizendo. E voltar prá casa e almoçar e dormir. Se eu conseguir, claro. Dominar a ansiedade. Porque todos esses dias eu consegui manter meu coração na rédea curta mas, hoje, não sei se consigo mais segurar o galope.
E já chorei de manhã, assistindo ao jornal local. Só de ver os carros alegóricos lá, paradinhos. Não tenho cura, não. Porque se fosse daquelas moléstias tipo quando casar sara, eu já estaria sã faz tempo.
E a minha sábia avó, carnavalesca-mor, dizia: Uma mulher que se preze tem que ter duas sandálias de carnaval. Beeem altas mas, confortáveis. Uma dourada e uma prateada. Já tive. Não tenho mais. F*deu.
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2 comentários:
Meu deus, onde é que eu acho uma sandália de salto beeeeeeeeeem alto, mas confortável??? Por favor, me conta. Eu preciso DE VERDADE.
Dandan, bom carnaval! Enfim, ele chegou...
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