28.8.09

Eu JURO que é verdade, eu não inventaria isso

Sóoooooooooo comigo devia ser o nome de todos os post desse blog. Sério.

Tudo bem que eu perco meu tempo na internet mas o tempo é meu, né? E, de qualquer forma, tenho vivido a vida real muito bem, obrigada.
Mas de vez em quando a vida real complica e esta que vos fala precisa de diversão. Bajulação. Elogios. Risadas. OK, vocês não precisam me falar. Eu sei que é tudo chaveco mais que barato mas diverte, assim mesmo. Última coisa que eu sou, hoje, é tonta. A vida se encarregou de me levar toda a tontice.

Pessoa me procura na internet. MSN? OK. Why not? Depois deleta-se tudo mesmo.
Pessoa diz que é mordomo (?) de um cirurgião plástico. E que está fazendo uma seleção para o patrão. Eu rio. Ele me pergunta porque estou rindo. Diz que é um trabalho como qualquer outro, que é como um personal assistant, um secretário particular, que não é como um mordomo de novela (eu tinha rido porque achava que era piada, claro. Mas a pessoa respondeu tão seriamente que sei lá..., decidi remar para ver onde ia parar esse barco insólito). Remendei dizendo que a hipótese é que era engraçada. A hipótese de ser verdade que ele estivesse escolhendo para outra pessoa. Todo educado, disse que não, não era bem assim, não estava escolhendo propriamente, só fazendo uma primeira seleção. Hã-rã.

E a senhora me permite fazer algumas perguntas? Claro, pode fazer (que raios? rs).

Depois de algumas perguntas sobre o meu temperamento (se eu era mandona, se ficava de mau humor) desatou a perguntar sobre como eu gostava da casa, quais as minhas maiores exigências, se já tinha tido um mordomo, como gostava de receber, como gostaria que meus sapatos fossem cuidados. JURO. Por todos os deuses do panteão grego. E egípcio. E romano.
Como a senhora gosta dos uniformes dos serviçais? Juro gente. Hilário. Insólito. Sei lá o que foi isso.
Quando me perguntou se eu tinha Manolos ou Louboutins, quase desmaiei de rir. Manolos? Quem me dera, rs.

A senhora sabe, se o meu patrão gostar da senhora, a senhora vai ser a minha patroa. Rá. OK. Tudo certinho. Eu caso com o seu patrão e você cuida dos meus sapatos. Tudo dentro da mais total normalidade. A vida como ela é. Mordomos e Manolos.

Ai, ai. E tem gente que ainda diz que não vale a pena.


Marina W

Eu gosto deles. Eu adoro eles. A vida sem eles é tédio. Mas como os homens andam decepcionantes.
Dela.


Também gosto. Adoro também. Já disse isso aqui, inclusive. Gosto da conversa, da energia que vibra grave, do humor, da objetividade. Interessantímas, essas criaturas.
E não sei se eles são decepcionantes. Eles são o que são. Algo previsíveis, talvez. Sigo esperando por um que me surpreenda.

Em cárcere privado

Queridos, sei que desapareço. Mas foi por uma boa causa dessa vez. Mateus me dando um trabalhão adolescente clássico. Pedi ajuda para o pai, inclusive. Que, por sua vez, me pediu para passar uns dias aqui com ele. Aceitei, né. Não tinha como dizer não. É importante. Mas...

Devo dizer que a civilidade reina absoluta, parecemos uma família de ingleses, praticamente.
Mas tenho que admitir também que já estou cansada. Sem liberdade dentro da minha própria casa.

E tenho evitado sair. Não é por nada, não. Mas acho que Mateus precisava dessa força-tarefa mesmo. E, também, não custa , né? Melhor não complicar. São só alguns dias.

E eu que estava em nova fase de recrutamento e seleção, porque desde o primeiro semestre não tenho assim, como podemos dizer, um ser humano do sexo masculino transformado em amigo colorido. (Ai, vocês vão pensar que eu estou abandonada às traças desde então. Não é bem assim, não. Quis dizer o clássico PA mesmo. Que eu obtive a façanha de conseguir realizar e não contei nada aqui porque a criatura é por demais sabidinha e achou este humilde blog em dois segundos e meio).

O que aconteceu com ele? Vocês vão perguntar, claro. Tá lá, ótimo, transformado em amigo, para variar. Outra descoberta feita, aliás. Essas situações não duram muito, não. São equilíbrios instáveis, sujeitos à auto-destruição. Acho que é a natureza da coisa mesmo. E, acrescento, homem diz que gosta disso, que quer, que é um sonho dourado e tal mas, na verdade, não é bem assim. Uma certa tendência à possessividade, têm as criaturas.

E li, na net, blog de pessoa muito ousada e amante de exercícios realizados em dupla, que um só não funciona. Que há de se ter uma equipe. Equipe essa, que ela chamou de equipe de manutenção... Muito espirituosa a menina, lá. E descreveu a equipe ideal, dizendo que na dela, sempre tem um casado. Que casados são excelentes. Não dão trabalho. Não tendem a transformar a natureza da coisa. OK. Entendi. Muito bem entendidinho. Meio óbvio até, né?

E de posse dessa informação, resolvi responder a um deles. Não, não me joguem pedras. Ainda não, pelo menos.

continua....

17.8.09

Doente

Eu. Eu mesma. Uma gripe, vou te contar. Que descambou para uma sinusite que não sai de mim, não sai. E hoje tentei ir ao hospital para tirar uma chapa dos seios da face (plano de sáude bom, hospital particular). Rá! Vocês não tem idéia.
O caos instalado. Quatro horas de espera para ser atendido em pré-consulta. Pessoas, pessoas, pessoas. Máscaras, máscaras, máscaras. Cena de filme catástrofe.
Abandonei. Claro. E fiz o que não devia mas comprei lá o antibiótico e bora. Ninguém merece. Eu ia ter que ficar lá umas seis horas, pelo menos. Aí é que eu ia pegar a tal da gripe mesmo. No meio daquela gente toda e estando doente como eu estou.
Um amigo médico havia me dito. Não acreditei. Disse que o PS estava uma loucura, que as pessoas davam um espirro e corriam para o hospital, que eles não estavam conseguindo dar conta dos doentes de verdade.
Pois então. É isso. Nem ouse quebrar um pé numa hora dessas. E se quebrar, melhor fazer uma tala com a colher de pau da cozinha.

13.8.09

Eu te disse, eu te disse

Eu vivo dizendo que minha vida é novela, ou roteiro filmeco B. Pois então, acabei de receber esse e-mail lá no negocinho da internétis. Me fala se eu não tenho razão.

"me 40 anos, homem indiano,vivo em Portugal, gostaria muito de conhcer voce, se é possivel,por favor manda seu email ou escreva para:kutuji(resto constroi *** ok?-facil de construir e adicionar meu email.
um abraço-voce tem um nariz muito lindo-sabia???" (sic)

Nariz? Essa é nova, rs.

E vou registrar aqui muito rapidamente, porque, juro, saco absolutamente cheio dessa lei e dos argumentos dos chatinhos. A profanação da Chanel, não admito. NÃO ADMITO. É uma figura histórica. Fumava feito uma chaminé. Todo mundo sabe. Em todas as fotos existentes da pessoa, está com o cigarro na mão. É censura e ponto final. Ridículo. Passa de todos os limites do razoável. Me dá medo, até. Sem brincadeira.

10.8.09

Interrogatório

Internet. Nick da pessoa: Homem Culto. Bom, digamos que é raro. Na internet e fora dela. Pessoa conversa com Daniela. Pessoa pergunta se pode fazer umas perguntas. Shoot.
Um filme. É a primeira. Aimeudeus, e dá para escolher? E isso lá é pergunta que se faça? Shit. Pergunto se pode ser o último que eu gostei. Pode. Tá. Respondo. Pessoa diz que adorou esse também. E assim, por diante. Um livro, uma cidade, um país, uma música, um restaurante e sei lá mais o quê.
Perguntas impossíveis para mim, chego à conclusão. Porque escolher significa eliminar todas as outras opções e dói, dói, dói. Louca, eu sei.
Pergunto tudo de volta. Bom gosto a pessoa tem. Foto? Não. Tem um cachorrinho, lá na janelinha do eme-esse-ene. Digo que ele é lindo. Não estou mentindo, né?
Pessoa pede o número do celular. Agora quer ouvir a voz. Eita pessoa exigente, essa. Eu dou. Sozinha em casa, careless mood. Pessoa liga. Diz que tenho uma voz bonita. Eu digo: é, grave. Ele diz: Não, sexy. Hum. Sei. Pessoa conversa por uns cinco minutos. Cidades da Europa e restaurantes dominam a temática. Bom gosto, mesmo. Pessoa diz que está cansada, reunião bem cedo hoje, que me liga para tomarmos um café. É quando eu percebo que nem ao menos sei o nome da criatura. Sem nome, sem cara. Pessoa diz: amanhã te falo. Hã-rã. OK.
Só eu mesma.

9.8.09

Fora da lei


Bom, de novo. O cigarro. Ontem não saí. Preguiça absoluta. Internet, então. Enquanto esperava Mateus chegar da rua. Filho na balada é um tormento, amigos.
E uma pergunta que não rolava nunca, antes da lei. Você fuma? Sim, fumo.
Achando que devia ser daqueles seres humanos que abominam cigarros e acham que as mulheres que fumam deviam ser exterminadas da face da terra. Junto com aquelas que tem o despudor de mostrar os tornozelos.
Não. O oposto. Ai, que bom, ele disse. Só rindo. Porque o que o ser humano queria era achar um lugar onde pudéssemos tomar um vinho e fumar. Até morrer se bem nos apetecesse.
Então é isso. O que está acontecendo é que essa lei está favorecendo a aproximação entre fumantes. Solidários, se encontram nas calçadas, se sentindo os párias máximos. Se acham na internet. Se buscam. Engraçado.
Devo sair hoje. Um lugar que, segundo e-mail que recebi, preparou um jardinzinho para os fumantes. Vou conhecer um monte de gente. Quer apostar? A lei está é favorecendo o encontro dos agora, foras da lei.

7.8.09

A p*rra da lei e essa discussão toda

Eu fumo, né? Obviously. Olha o nome desse blog, por favor. Leia de novo. Ok. Fumante.

Eu também saio bastante. Eu gosto de música. Juntando essas três coisas, o resultado são lugares hermeticamente fechados para o som não sair, sem cigarro. Hum.

Concordo? Não. Acho que devemos respeitar o direito dos que não fumam mas acho que deveriam permitir os fumódromos adequados. Ventilação, cadeiras para sentarmos, umas plantinhas também cairiam bem (não precisa ser um depósito de viciados). Não pode ter teto? Ahhh, vai se f*der, de verdade. Qual a diferença, meudeus, se o lugar for bem ventilado? E, atentem, não haverá nenhum fumante lá para se incomodar com a fumaça, não?

E lugares exclusivos para fumantes. Faço questão. AQUI SE FUMA, em letras garrafais. Quem quiser entra, quem não quiser, não entra. At your own risk. Porque isso é liberdade. No meu entendimento. Bares de fumantes. Pronto.

E, sinceramente (já fui dona de bar, vocês sabem), como é que vão controlar a conta das pessoas, a saída? Vai ser muito muito complicado para os que não tiverem condições para fazer um jardim interno, por exemplo.

Como sempre, nunca se sabe o que vai acontecer. Veremos. Mas como diz meu pai (que não fuma, by the way, mas é um defensor da liberdade). Bando de gente chata essa dupla Serr*/K*ssab. Primeiro, fecharam todos os puteiros (não pode mais tr*par), depois, a lei seca (não pode mais beber), agora essa? PQP. O que faremos, pois?
Orar, é o que nos resta.

5.8.09

O Poder?

Então dizem. Que aos 40, a mulher tem o poder. Que é a melhor idade. Blá blá blá. Concordo. Não tenho como discordar. É a mais pura verdade. E eu me transformei na rainha do first date, praticamente. Ok, ok, às vezes second. Mas não passa daí. Admito que eu sou a responsável pela maior parte desses finais antecipados mas também sou esnobada às vezes. Normal. Se tem uma coisa que eu não sou é iludida. Nunca fui. Sei exatamente onde eu estou pisando, o que às vezes é uma pena. Porque até dava uma vontadinha de fingir e pintar tudo de cor de rosa mas... não consigo. O ceticismo que a idade traz.

E escuto que sou linda e encantadora e suave e doce e delícia e sei lá mais o quê. Acredito? Mais ou menos. E vou acumulando primeiros e segundos encontros sei lá com que propósito. Essa maldita decisão de "vamos conhecer pessoas". Poderia escrever um livro. O nerd, o casado, o tântrico, o performático, o tímido, o novinho, o certinho, o puto e assim por diante.
Blog anônimo, talvez. Garanto que vocês iam se divertir muito. Minhas amigas se divertem. Cheguei ao ponto de começar a fornecer eme-esse-enes para a galera feminina, fazendo os matchs, inclusive. Olha, esse aqui, não é para mim, não, mas acho que você ia adorar.

Não sei, não sei, não sei.
O que está acontecendo comigo. Fico pensando se perdi minha capacidade de encantamento. Se esse encantamento depende de uma certa dose de cegueira. Porque eu enxergo as pessoas. Ahhh, tãaao bem. E gosto delas. Gosto, sim. Como seres humanos. Mas paixão que é bom, acho que foi exterminada da minha vida para sempre.

E hoje, mais um café. Amanhã, outro. E assim, vamos caminhando e cantando e seguindo a canção. Somos mesmo todos iguais? Acho que não somos, não. E ao mesmo tempo, acho que somos.

Um amigo, ex first date (porque, né, já falei sobre isso, transformo todo mundo em amigo) me disse que esse é o mal da internet. Uma sucessão de pessoas, nós sempre achando que o melhor está por vir. No meu caso, não concordo. Não é esse o ponto.

A idade maturidade é assim: ficamos muito mais tolerantes e ao mesmo tempo, muito mais exigentes. Se é que dá para entender.