30.11.05

Menos é mais

Ontem um amigo que mora em Miami me ligou dizendo que tem uma proposta de trabalho para se mudar para Londres. E quis saber o que eu achava. Minhas experiências londrinas já tem quase vinte anos de idade e eu sou suspeita. Porque lá eu fui muito feliz. Disse isso a ele. Ele mora muito do bem em Miami, tem um empregão, as crianças já estão adaptadas, eteceteras e tales.
Mas Europa amigos, é outra história. Não me canso de admirar e invejar a relação deles com o trabalho. Nos Estados Unidos você tem sempre que ser o primeiro, o mais rico, o que trabalha mais, o mega super hiper plus. Lá, não. Lá o "nine to five" é prá valer. Enough is enough. Eles trabalham. São super concentrados, não tem conversa mole nem cafezinho durante o dia mas quando são cinco horas nos ponteiros do Big Ben, chega! Vamos prá casa, vamos pro pub, vamos viver. E as férias são sagradas.
Além disso, não faz tanta diferença assim se você é garçom ou médico, os salários são muito nivelados, então o ser humano pode, de verdade, escolher o que quer fazer. Porque é possível viver com dignidade sendo jardineiro, por exemplo.
Só vão para a faculdade os alunos excelentes, porque é caro e/ou dificílimo de entrar. Todo o resto dos mortais faz curso técnico e se dá por satisfeito (se bem que os cursos técnicos por lá são de primeiríssima qualidade - melhores que muitas das nossas so called universidades).
As casas são todas quase idênticas, construídas no final do século 19. Só tem um banheiro. Pequeno. Lembro que o sonho de consumo do casal com quem eu morava era um bidê. Porque a coisa mais fina do mundo era ter um banheiro onde coubesse um bidê. Quando eu disse prá eles que na casa da minha mãe tínhamos 3 banheiros, todos com bidê, eles acharam que ela era milionária.
Eles compram coisas, claro. Mas não feito a gente. Não há esse desespero pelo último modelo de seja lá o que for. Pelo menos, não havia. Não sei como está hoje. Não tem shopping, nem mega farmácias e os supermercados grandões ficam bem longe da cidade. São lojinhas. Açougue, verdureiro, a farmácia da esquina. Por lá, os pequenos negócios não foram dizimados pelas grandes redes.
Eles compram comida quase todo dia. O que estamos com vontade de comer hoje? É isso que vamos comprar. O de hoje. Amanhã a gente vê.
Eu invejo tanto isso! Claro que eu sei que aqui é impossível. Aqui temos que ganhar trocentos dinheiros para poder morar bem ou passar quatro horas dentro de um ônibus. Pagar uma boa escola ou estar sujeito à péssima qualidade da escola pública. Ser assaltado pelo plano de saúde ou morrer na fila do SUS.
Gente, já falei demais. É que às vezes me dá isso, sabe? Um desejo gigantesco de que a minha vida fosse um pouco mais simples. E mais leve.

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E onde foi parar o raio do reloginho do blogger? O de vocês também sumiu?

29.11.05

Não quero que me vejam

Eu não sou cega, muito menos pop star. Mas tem dias que pode estar anoitecendo ou até chovendo que eu preciso dos meus enormes óculos escuros. Não quero ninguém olhando dentro dos meus olhos.

Quanta saudade!

Li de uma sentada (literalmente) o livrinho que a Ju deu de presente pro Mateus (PS Beijei da Adriana Falcão). No fim, chorei. Choro com e por qualquer coisa e livro infantil não seria exceção. Mas chorei mesmo de saudades da minha avó. E percebi que nunca falei dela aqui. Talvez porque não é fácil falar ou descrever essa pessoa que foi tão importante na minha vida.
Vocês conhecem uma mulher moderna, apaixonada, completamente à frente do seu tempo? Não conhecem não. Porque não a conheceram. E quando leio no livrinho que a vó da protagonista ajuda as meninas com os respectivos namorados, me lembro dela, Maria Antonieta, me buscando na rodoviária na sexta-feira às onze e meia da noite, botando uma música alta no toca fitas do carro (vermelho e com teto solar) e me levando primeiro prá dar um rolê na cidade e ver o movimento (os garotos, of course) e depois prá casa prá tomar banho, secar cabelos, trocar de roupa, acompanhando toda a produção e palpitando o tempo todo. "Põe uma saia mais curta que o que é bonito a gente tem que mostrar", ela dizia.
E muitas, muitas madrugadas conversando, fumando, cantando e dançando na varanda, vestidas de babydoll.
Ah, minha vó! Como eu queria que você estivesse aqui hoje! Que você tivesse conhecido o Mateus, que eu pudesse escutar a sua voz rouca e a sua gargalhada. Quanta saudade.
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E não, não são cinco horas da manhã, mas o reloginho do Blogger sumiu e eu não consigo acertar a hora dos posts. São sete horas. Que eu acordo cedo, mas nem tanto.

28.11.05

Maria Antonieta


No meu estado normal, os dois dias do fim de semana são completamente suficientes. No domingo à noite, normalmente já estou de saco cheio de ficar em casa e não fazer nada. Não tem sido assim. Tenho a sensação de que os fins de semana tem ficado cada vez mais curtos. Como diz minha sobrinha: deu. Já deu mesmo. Agora que os dias que faltam para as férias podem ser contados nos dedos das mãos e dos pés, tá difícil de segurar. O escritório tá parecendo uma padaria, pão quentinho de hora em hora. Não sei o que deu no povo que desatou a comprar, comprar, comprar. Isso reflete na nossa venda de março/abril do ano que vem. Isso significa que temos que botar os pãezinhos no forno agora, antes de sair de férias. Tudo isso é muito bom, claro. Não dá prá reclamar de estarmos vendidas até abril. Mas vou te contar. Dá vontade de dizer: Que comam brioches!

25.11.05

A Fera e a Bela

Nesse domingo é o batizado do meu sobrinho, filho do meu irmão. Eu sou a madrinha devocional. Nem me pergunte o que é isso que eu não sei. Sei que a madrinha de verdade é a irmã da minha cunhada, mas lá na igreja eles pediram prá trazer mais uma madrinha. A tal da devocional. Acho que é uma estratégia prá poder enfiar mais gente no negócio. Mas eu amo esse bebê gordinho, então vou de madrinha estepe com o maior orgulho. Essa semana está desesperadoramente atrapalhada, com muito, muito trabalho. E a madrinha que vos fala, necessita de umas duas horas no salão de beleza, prá poder ficar gravada para o infinito e além nas fotinhos e filminhos do batizado. E uma sandália nova para poder estrear o vestido que eu comprei pro Zé.

24.11.05

Anjos mudos

Marcia diz que a gente recebe sinais e que devia prestar mais atenção neles. Dia desses, ela disse, entrou uma borboletona daquelas pretas, durante a madrugada no quarto dela e ela acordou assustada. Pensou: mau agouro, mau agouro. No dia seguinte um conhecido nosso entrou numa fria lascada. Preciso dizer que ele construiu esse iglu, bloquinho de gelo por bloquinho de gelo. Então. Hoje ela disse que deveria ter prestado mais atenção na borboleta e que temos que aprender a ler esses sinais. E que ela poderia tê-lo avisado se fosse atenta e sábia o suficiente. Sei não. Acho que a vida dá sinais, sim. Pros seus protagonistas. Fulano já se f*deu uma vez, quase se f*deu diversas outras e não aprendeu?
Pode ser que os anjos falem com alguns eleitos. Só sei que os meus se recusam a abrir a boca.

Esqueci de subir a foto. O escritório estava o caos hoje. Tudo acontecendo ao mesmo tempo, simultaneamente, agora, já. Isso é prá vocês que acham que ser estilista é só poesia e luxo.

As três cajazeiras

Continuaram na terça-feira as descobertas. E como eu não me canso de dizer, nada substitui o olho no olho. Nos encontramos. Ju, Suzana, Kellen e eu. A Kellen, infelizmente foi embora logo. E ficamos as três, conversando, bebendo, rindo até sei lá que horas.
Aproveito para desfazer o mito de que as pessoas escondidas atrás da tela são todas nerdzinhos, feinhas, de óculos. Lindas, essas meninas. Dos dentes perfeitos da Suzana, deviam fazer um molde para usar no Extreme Makeover. Os reformados iam ficar bem melhores do que com aqueles dentes horríveis que eles fabricam. Que sorriso tem essa menina! E os olhos da Kellen?
A Ju? Essa deve beber uma dose diária de formol, além de transformar em borboletas bêbadas, todos, sem exceção, que passam perto dela. Homem, mulher, criança, bicho. Ninguém resiste. E ela ainda tem a coragem de dizer que ... Deixa prá lá. Só nós sabemos onde aperta o nosso calo e às vezes, a aprovação de uma única pessoa é mais importante que qualquer coisa.
Eu, como a tia velha de todas elas, encho meu peito de orgulho. São minhas amigas. Essas mulheres tão inteligentes, tão divertidas, tão verdadeiras.
Noite cheia de confissões, a nossa.
E vamos repetir, né? Agora que a Ju foi embora, vai ficar mais complicado. Porque ela catalisa. E nós, por aqui, somos mais tímidos, reservados ou idiotas.
Assim que chegar no escritório, subo a foto para vocês verem.

22.11.05

Faltam adjetivos

Quanto ao encontro de sábado, ainda não consegui reunir os adjetivos suficientes para descrevê-lo. Por enquanto, deixo um gostinho do Blog de Papel:

"21 de janeiro
Neguinho acha que a gente tem que ser feito aqueles calendários da seicho-nô-iê: só alegria, mensagens de alto-astral, jogo-do-contente e quejandos. Senhores, o acesso à putidão e ao mau-humor é direito garantido pela Constituição."

Fal Azevedo, claro.
Vai ser meu mantra.

Livros

Saí da Primavera dos livros na Oca carregando uma sacola cheia.
Minha mesa de cabeceira virou uma pilha e a mesinha que fica ao pé da cama está lotada.
Tenho que parar de comprar livros, já que ultimamente não tenho tido concentração suficiente nem prá outdoors.
Mas não resisto.

Ao meu lado repousam:

Ninguém me verá chorar - Cristina Rivera Garza - untouched
Blog de Papel - dos meus, seus, nossos ídolos - esse eu li, no domingo à noite
Crônicas de Quase Amor - Fal - esse eu também li*
Os Malvados - André Dahmer - autografado, tá?
O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini - a Ju me emprestou
Contos de Amor Rasgados - Marina Colasanti - já li, reli e treli
Contos - Machado de Assis - está lá prá eu reler, há séculos

Aos meus pés dormem:

Da coleção Penguim de aniversário:
A taste of the unexpected - Roald Dahl - li
On Shopping - India Knight - li
The dressmaker's child - William Trevor - começado
The Mirror Ink - Borges - Presente da Ju, não li ainda
The diamond as big as the Ritz - Scott Fitzgerald - outro presente da Ju que eu também não li
e...
Time's Eye - Arthur C. Clarke - comecei
Um lugar chamado Brick Lane - Monica Ali - ainda não
O mal, o bem e o mais além - Flávio Gikovate - li, mas preciso reler
Mulheres que correm com os lobos - Clarissa Pinkola Estés - nunca paro de ler
E ainda...
Sexo Anal - Biajoni - ganhei de presente dele, na feira**
Atonement - Ian McEwan - também começado

Portanto amarrem as minhas mãos, quebrem meu cartão de crédito, e por favor, vendem meus olhos quando eu passar pela Avenida Paulista. Porque eu preciso tomar vergonha nessa minha cara!

* E sobre o livro da Fal, só posso repetir o que eu disse a ela:
Que é preciso um cantinho quieto para saborear cada pedacinho, drops por drops, dessa delícia de delicadeza que é esse livro. E derramar uma ou duas lágrimas pelos nossos quase amores.

** Obrigada, Bia. Sou sua fã. Juro que vou ler, logo.

21.11.05

Blog de Papel

Bom. Fui lá. No lançamento do livro. Foi muito bom. Um primeiro encontro ao vivo com essas pessoas merece mais do que duas ou três linhas. Por hora, digo apenas que fiquei encantada com eles e que já devorei o livro todinho, com capa e tudo.

Cynthia, nós abraçamos e beijamos o Nelson. São abraços e beijos para serem transmitidos a você. Já chegaram aí?
A Juliana tirou foto. Assim que ela me passar, te mando.

Suzana, senti a sua falta.

19.11.05

É hoje!

Eu devia ter deitado cedo. Feito um ritual de beleza. Botado umas rodelas de pepino em cima dos olhos. Ido fazer uma escova. Porque hoje é o dia de conhecer as meninas dos blogs e eu queria estar linda. Então. Fui no aniversário doMarcelo, bebi feito um gambá, fui dormir às sete da manhã, acordei às dez e meia, estou um lixo. Fazer o quê? Um lixo ansioso, e animado, e feliz.
Até daqui a pouco, meninas!

18.11.05

Lição de Casa

Filho na escola = lição de casa.
Vou dizer, é o maior tormento dessa profissão de mãe. E apesar de ter sido uma ce-de-efe de primeiríssima (até uns dezesseis anos, pelo menos - ou até as diversões começarem), esqueci tudo. Ai, jisuis! Vou ter que substituir meus livros de cabeceira pela Nova Gramática da Língua Portuguesa. Já. Justo eu. A melhor aluna de Português da classe. Porque dei uma olhadinha no livro dele e a análise sintática está chegando a galope. Gente, é adjunto adnominal ou predicativo do sujeito? Sei lá. Não tenho a menor idéia. Ontem, já tive dificuldades com os plurais dos coletivos. F*deu.

17.11.05

Lady in a Dress

O Zé é um homem de bom gosto no que se refere à mulheres e roupas de mulher. Sei que parece auto-elogio mas não é não. Ele tem mesmo um gosto refinado nesse departamento. Estávamos, dia desses assistindo um DVD, filme passado no sul da Itália, década de 30 ou 40, balneário de ricos. Sabe? Aquele povo cheeeeio de dinheiro que fugia do frio e ia veranear com seus iates e serviçais? Então. Lá pelo meio do filme ele diz: "Não sei porque as mulheres não se vestem mais desse jeito, era tão mais bonito." E era mesmo. Chapéus maravilhosos, vestidos femininos e delicados, cabelos presos e batons escuros durante à noite. Lindo mesmo. Pena que não é prático e só combina com a vida de quem não faz nada e tem muuuuuitos serviçais.
Ele é um dos únicos homens que conheço que prefere (de verdade) ver uma mulher num belo vestido do que de mini saia e micro top. Destesta as boazudas, popozudas e etceteras da hora. E, melhor de tudo, não cai babando pela primeira loira peituda que aparece. O Zé gosta de mulher elegante. Eu também.
É claro, que de vez em quando, também curto uma roupinha sexy. E também tenho um lado meio punk. Não gosto de tudo muito certinho não. Acho que a uniformidade é muito chata e um ruído sempre é bom. Sabe? Uma belíssima saia com uma camiseta branca meio desbeiçada e podrona. Eu gosto desse contraste. O Zé não. Ele gosta mesmo é de um traje perfeito. Por isso comprei um vestido novo. Lindo, feminino, floral. Pro Zé.

16.11.05

Comprei, at last

Comprei uma bolsa nova. Nem sei se é o que eu queria mesmo mas o meu antigo baú já estava desmanchando.
Eu tenho uma relação especial com as minhas bolsas, já contei essa história. Mas é bonitinha e tem um texto da Marina Colasanti muito bom. Então vou colar aí em baixo, porque ninguém entra nos links, mesmo. Se você já leu, pula.

Em busca da bolsa perfeita - 27.07.05


Faz tempo que venho procurando uma bolsa nova, meses...
Não sei vocês, mas desenvolvo casos de amor com as minhas bolsas, que duram mais ou menos um ano. Quando encontro alguma que eu gosto e que se encaixa perfeitamente comigo e aquele meu momento, eu me apaixono. E me acho o máximo com aquela bolsa nova. Engraçado isso, logo no começo eu não preciso de mais nada - basta a minha bolsa nova e eu posso até sair pelada na rua que eu me sinto perfeita.
Depois de um tempo, o efeito bolsa-nova passa, eu me acostumo com ela e somos apenas isso: eu e a minha bolsa legal. Mais um tempo e preciso desesperadamente de uma bolsa nova.
Como andei pensando neste assunto, me lembrei de um micro-conto da Marina Colasanti que eu adoro:

Tentando se segurar numa alça lilás

Entrou no elevador.
A um canto, outra mulher segurava firme debaixo do braço uma enorme bolsa de couro lilás.
"Que ousadia, uma bolsa lilás - sorriu ela.
"Acabei de dizer a um homem que o amo - respondeu a outra. "Então entrei numa loja e, entre todas, escolhi essa bolsa. Eu precisava sentir nas mãos a minha audácia.
Não sorriu. Agarrou-se náufraga na alça.

Me pergunto então, se talvez eu tivesse guardado minhas antigas bolsas, eu poderia, através delas, recontar toda a minha história (em um momento, ousada, noutro refinada, querendo desaparecer na multidão ou ser o centro das atenções).
E também que tendo procurado por algum tempo, sem encontrar, a minha nova paixão, se sei, ao certo, o que ando com vontade de declarar para o mundo.

Garbo e elegância

Oi só:

Entre os dias 16/11 (hoje) às 23:23h e 27/11 às 20:57h, o planeta Vênus no céu estará formando um aspecto harmônico à Lua do seu mapa de nascimento, Daniela. Este ciclo está associado a uma idéia de popularidade, charme social, boas situações envolvendo lazer, festas, encontros e reuniões. É um excelente momento para conhecer as pessoas certas, que poderão lhe beneficiar de alguma forma no seu trabalho ou em sua vida afetiva, ou até na vida espiritual. A qualidade natural deste momento envolve um bem-estar que está associado a uma busca por tudo aquilo que é bom e belo na sua concepção das coisas. É um período conveniente para interagir, fazer-se ver, conhecer gente nova. Suas emoções estarão fluindo a contento, e as pessoas em geral estarão lhe percebendo como alguém simpático. E é justamente por esta qualidade maior de simpatia neste momento que você tenderá a conseguir as coisas sem muito esforço, valendo-se mais do sorriso e da elegância. Num sentido geral, esta tende a ser uma excelente fase para comprar roupas novas, embelezar-se ou ao seu ambiente doméstico, estrear um novo penteado, ou mesmo um novo estilo de visual.

Em se sendo, que eu normalmente, não sou considerada NADA simpática, vem a calhar. Porque essa semana tem festas de aniversário e encontro com as meninas. Então, valei-me, sorriso e elegância, que eu vou precisar. E toca a comprar roupa nova que o horóscopo tá mandando e a gente sempre precisa de uma boa desculpa.

PS. E as pessoas certas são vocês, claro, meninas.

15.11.05

Paciência

Tem dias que contar até dez é pouco. Muito pouco. E nem a minha máxima de sabedoria: Mantenha Distância, resolve.

E mudando completamente de assunto: a crônica do Castelo no Blônicas (de 12/11) está uma delícia. Vou já colocar uma gota de Chanel prá poder dormir linda e loura.

E ainda: nunca aparece nada prá fazer, quando aparece vem tudo de uma vez.

14.11.05

Sextas-feiras

Amanhã é feriado. Vou dar uma trabalhadinha hoje, mas só de leve, prá não estragar o clima. O dia da semana que eu mais gosto é sexta-feira. Porque o fim de semana ainda está por vir e são só expectativas. E quando tem feriado, a semana vira uma sucessão de sextas-feiras. É uma delícia. Estava/estou num enjôo absoluto das minhas coisas. Me dá isso de tempos em tempos. Então nesse fim de semana resolvi trocar uns enfeites, mudar as coisas de lugar, pintar uns troços. Há tempos não pintava. Resolvi mudar a cor do fundo de um quadro que estava atrás do armário da área de serviço há tempos. Gostei. Pendurei vários quadros na cozinha. Está uma cozinha muito "artística" (rsrsrsrs). Comprei uma orquídea enorme (baixou a minha mãe) e uma fruteirinha francesa de louça branca cheia de limõezinhos (não tenho um puto e sei que vou surtar quando a proxima fatura do cartão chegar mas foda-se). Ainda bem que não deu tempo de ir na Benedito Calixto e que eu não achei nada na lojinha de coisinhas da Formatex (Garimpo - vcs. conhecem? É de matar alguém do coração - eu pelo menos) - senão eu ia ter que passar o mês que vem a pão e água. E essa semana ainda tem a Ju chegando, e uma expectativa de primeiro encontro com as queridas dos blogs. Êita, semana boa!

11.11.05

Já começou!

Eli, as mudanças sobre as formas de distribuição cultural sobre as quais conversamos tanto, já começaram por aqui também e estão acontecendo cada vez mais rápido. Vai lá no OVERMUNDO e dá uma olhada.
Já tem uma música do Gil prá baixar, ele foi o primeiro a contribuir. Legal essa atitude. Quem sabe he comes back to his senses, larga de ministrar e continua fazendo o que ele sabe fazer bem. Música.
Descobri na Fal, que é sabida que só ela! Ah! E o livro dela vai sair! Corram lá antes que a cousa acabe!

Ele veio!

Ele não aparecia há dias. E eu, já puta da cara. Onde já se viu? Sumir assim, desse jeito?
Ainda tá frio. Mas ele, o astro-rei, resolver dar o ar da graça.
O sol brilha em SP hoje. Enfim.

Amigos


Hoje estou pensando em amigos. Li meu trânsito astrológico e falava de amigos. Estava fazendo uma busca na internet e sem querer, topei com um e-mail que acho, pode ser de uma grande amiga francesa que eu não vejo há quase vinte anos. Não sei se já contei prá vocês que quando tinha dezoito anos passei um tempo estudando na Inglaterra. Pois então. Essa garota estudou comigo e nós nos tornamos muito amigas. Passamos nove meses juntas, indo prá cima e prá baixo e conversamos, tomamos porres, dançamos e viajamos juntas por vários países. Queria tanto que fosse ela! Já mandei um e-mail, veremos.
E ontem foi aniversário do Eli, que foi meu melhor amigo durante alguns anos. Nos separamos. Ficamos uns dez anos sem nos ver. Tivemos nossos filhos, que tem a mesma idade e o mesmo nome. Nos encontramos no Orkut. E estamos aqui hoje, grandes amigos, de novo. Parabéns, querido amigo!
E também os amigos do blog. Porque no começo desse negócio aqui, quem aparecia eram os meus amigos do mundo real. Hoje, são outros. Juliana, Suzana, Cynthia, Helena. Adoro ler todas e sou fã mesmo. Mulheres maravilhosas, vocês são.
Eu que era tão descrente dessas relações virtuais, cuspi prá cima e caiu bem no meio da testa. Bem feito!
Porque é muito importante encontrarmos a nossa turma. Ser patinho feio sucks. Bom mesmo é viver assim, no meio de cisnes.

10.11.05

Magras


Somos magras. Eu e minha irmã. Sempre fomos. Até demais em alguns anos da tenra juventude. Herdamos da minha mãe. Ela também, sempre foi magra. Não temos nenhum mérito nessa questão. Olha, eu vou falar uma coisa e ao mesmo tempo já sei que estarão me jogando pedras virtuais. Prometi prá minha irmã que um dia ia falar disso, então vamos lá.
Não podemos reclamar de nada. Nada mesmo. Somos obrigadas a estar satisfeitas conosco e com tudo o tempo todo.
Se eu falo que engordei um pouco, preciso voltar para a musculação ou dar uma maneirada nos pães e doces, pronto. É o que basta. É uma chuva de protestos. Ah, cala boca! Você é magra!
Quando experimentamos uma roupa e dizemos: essa não, marca a barriga... Lá vem o "larga de ser idiota, que barriga?"
Na festinha de aniversário, quando você recusa a segunda fatia de bolo:
"Não gostou?"
"Tá uma delícia, mas sabe, engorda..."
A pessoa olha prá você com uma cara de ódio, juro! E faz algum comentário insuportável.
É um saco absoluto! Total, completo e irrestrito.
Não interessa se o meu cabelo está um horror, se estou com uma espinha no meio da cara que parece o Vesúvio, se estou mesmo acima do meu peso de costume. Magro não tem direitos. Magro não pode reclamar. Nunca.
Olha, vou falar um negócio procêis: é de f*der!
E para mim é ainda pior... Porque além de cometer o supremo sacrilégio de ser magra, ainda tenho que ser responsável pelo maior dos pecados capitais - ser alta.
Pronto, f*deu de vez. Alta e magra. Pode calar a boca e se encolher no seu cantinho - o mundo te odeia! Você foi abençoado pelos Deuses e não pode querer mais nada desta vida.
Ai meu deus, já tô sentindo os olhares malévolos de vocês enquanto lêem isso aqui... Não tem jeito, é sempre a mesma coisa.
Dá licença de eu reclamar, pô! Somos seres humanos normais - com todas as carências e inseguranças de quaisquer outros. E satisfação absoluta ou seu dinheiro de volta não existe!
Porque tem dias, pasmem, que mesmo sendo alta e magra, você está uó. E pronto.
E noutros dias, não. Como TODO MUNDO.
Além disso, bunda de magra também fica mole, fiquem vocês sabendo.

E a Blogolândia?


Vi lá no Afonso. Então fiz. Apesar de eu odiar pesquisas. É rápido. Participem vocês também.


9.11.05

Sem tempo

Estou postando do Rio de Janeiro. Vim trabalhar. Ocupada. Atarefada. Enrolada.

8.11.05

Sorry, mas não deu

Até que eu tentei. Botei lá no Roda Viva, que do Roda Viva ótimo de sempre não tinha nada e tentei. Mas não deu mesmo. Insuportavelmente chato. Virou discurso e não teve graça nenhuma. Lula lá e eu aqui. Bem longe um do outro.

Qual foi o caminhão que me atropelou?

Dingou béus, dingou béus, dingou óu de uei...
Já é Natal lá na Denise e no jornal da manhã na TV também. Que medo. Voou esse ano de 2005.

Parabéns a vocês!!!

Estou rodeada de escorpiões. Adoro. Sou canceriana, somos brothers in arms. Grandes e queridos amigos fazem aniversário este mês. Meu amado filho Mateus (primeiro e único), minha querida amiga Sheila (que está longe mas está perto), meu grande amigo Eli (quase vinte anos, hein? Tamu véio mêmo!), e meu amigo Marcelo (quem mandou namorar a sócia? Entrou prá família, não tem mais jeito, não).
Parabéns a vocês todos. Meu coração fica cheio de amor quando penso em vocês. Todos vocês fazem a minha vida mais feliz.

Boneca lésbica causa polêmica nos EUA?????

Ó, o link da notícia tá aqui. Mas não entendi muito bem não. Como diabos eles determinam a preferência sequiçual das bonecas? Qual a diferença entre uma boneca heterossexual e uma lésbica? Sei não. Achei que as diferenças fossem só de preferências e fôssemos todas mulheres. Vai ver me enganei.

Belíssima?

Olha, não sou a Fal, mas tenho que dizer uma coisa sobre essa novela nova.
A Glorinha Beuttenmuller escorregou feio dessa vez. Que sotaques são aqueles? O do Gianechini nem se fala - precisava ser tão caricato?
E o do Lima Duarte? E o do Toni Ramos? (esse meu filho disse que parece com o pai de um amigo dele - que é judeu alemão!).
O que é aquilo, meu deus?
De belíssimas nesse primeiro capítulo só a Fernandona e a Grécia, que nessas não dá prá botar reparo.
Mas vamos dar mais um tempinho, que eu não sou tão má assim não... E adoro uma novelinha boa!

7.11.05

Verão?


Ninguém merece. 13 graus? Em Novembro? Com chuva, prá completar? Quando é mesmo que começa o verão? Ê semana simpática, essa!

Domingo

Passei o dia com a Tia Enxaqueca, ontem. Fazia tempo que ela não vinha me visitar. Resultado? Um domingo meio embaralhado pelos efeitos de quilos de analgésico. Acordei e ela já tinha ido embora. Amém.

5.11.05

Faltam 42 dias

Começa hoje, oficialmente, a contagem regressiva para as férias coletivas, amplas, gerais e irrestritas, do internacionalmente famoso e renomado escritório de design e desenvolvimento de produto - tã nã - L'atelier.
Passagens compradas, pousadas reservadas e partiremos todos, sócias, respectivos parceiros, fillhos, cachorros e papagaios para as praias do sul. Por extremamente longos VINTE dias.
Se os clientes quiserem morrer, que morram. A gente trata da ressurreição na volta.
Queria dormir hoje e acordar no dia 16 de Dezembro. E encontrar as malas já feitas, claro.

4.11.05

Aniversário de Casamento

Não sei porque fui me lembrar hoje, que no dia 28 de Outubro, fizemos 16 anos de casados. Passou em branco, como costuma passar sempre. Na verdade, eu sei o porquê. Porque eu e o Zé nunca nos casamos de fato, então esse dia foi inventado. Nosso casamento foi acontecendo gradualmente, conforme eu fui passando cada vez mais noites na "casa" dele e menos na casa da minha mãe. E dias inventados não dão muito certo, acho.
Só sei que não conseguíamos mais ficar separados e resolvemos morar juntos. Não teve enxoval, nem lua-de-mel, nem vestido de noiva. Também não tinha geladeira, nem fogão, nem sofá. Só um colchão, uma TV e dois jogos de lençóis. E claro, duas crianças apaixonadas e prepotentes a não mais poder. Como deu certo? Não sei. Tinha amor, certamente. E muita paixão. Mas também caras viradas, portas batidas, copos e cinzeiros quebrados. Nem de longe vivíamos na paz que vivemos hoje. Porque não desistimos? Também não sei. Talvez porque a vontade de ficar junto fosse maior que a raiva, o ciúme, a insegurança. Talvez porque de prepotentes que éramos, quiséssemos provar para o mundo que tínhamos razão (ninguém acreditava, disso eu tenho certeza).
Estamos aqui até hoje. Desde domingo eu não vejo o Zé, ele está viajando. Ligou agora há pouco dizendo que chega hoje. Eu disse que depois da meia-noite já é amanhã. Ele respondeu que chega hoje. Que bom! Estou morrendo de saudades!

3.11.05

Boazinha, eu???

Estávamos na casa da minha mãe a conversar sobre as mulheres desta família, que tem uma tendência a serem "boazinhas" e ocuparem a posição de mártires carregadoras da cruz.
Me incluo nessa categoria, mas tenho que dar o devido valor à mudança que tenho provocado na minha vida de uns quatro anos prá cá.
Porque essa posição de mártir é um suicídio lento e se achar vítima da vida não leva ninguém a lugar nenhum. Acho que escolhemos onde queremos estar e somos responsáveis pela vida que levamos. Botar a culpa no outro ou no mundo é uma posição extremamente confortável e covarde.
Ser generoso é uma coisa. Agradar o tempo todo para ser admirado, amado e considerado como pessoa exepcional é outra totalmente diferente. Não é generosidade, é baixa auto-estima.
Ai, coitada! Tão boazinha!
Que boazinha, que nada!
Ser boazinha o tempo todo é se transformar num papel cata-moscas de elogios. E gente, não tem fim. Porque não há elogio que chegue quando a carência é grande e a percepção de si mesmo é equivocada. E usar o sacrifício pessoal, seja ele de que natureza for, como moeda de troca, com certeza só pode resultar em sofrimento.
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O Mateus está melhor, já comeu um pouco ontem e está mais alegrinho. Obrigada a todos que estavam torcendo.

2.11.05

Livro Novo da Fal

Roubei a imagem da sempre deliciosa Pão na Chapa. Façam a sua reserva. Mandem um e-mail para livronovodafal arroba gmail ponto com. Vou já mandar o meu.

Frases do Mateus

Eu sei que só dá Mateus por aqui, mas e daí?
Quero dividir com vocês algumas das coisas que ele me disse, durante esses dias de doença.

"Mãe, te amo." (muitas, muitas vezes)
"Mãe, eu não quero ir para o hospital, você é o melhor médico que existe"
"Mãe, me desculpa" (ai, meu deus, não, filho, não precisa se desculpar por nada)
"Mãe, que bom que você não vai na reunião e pode ficar aqui comigo"
"Mãe, te amo." (mais vezes ainda)

Por isso, se você ainda não tem filhos, não vai entender. Não vai entender o meu deslumbramento com esse ser humano tão corajoso, amoroso e delicado que, meu deus, é meu filho!

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Passamos a tarde de ontem no hospital. Ele tomou soro e está um pouco melhor, mas ainda continua com muita dor e sem comer praticamente nada.

1.11.05

Sem motivação

Estou aqui em casa de novo porque o Mateus não melhorou nada, nada. E eu também fico assim, sem vontade de nada, quando meu filho está sofrendo. Só para vocês que gostam de mim saberem, é o tal do rotavírus que ele tem. E não há muito a fazer, além de medicar os sintomas e ter paciência. Agora, ele dorme. E eu aproveito esses minutinhos para vir até aqui. Obrigada Ju e Suzana pelos recadinhos nos comentários.