30.5.08

Só prá constar

Ontem fui jantar com a mulherada poderosa. Um lugar muito gostoso, comida boa. Um pouquinho expensivozinho, mas vale a pena - Sal Gastronomia.
Menos mulheres presentes, então deu para conversar melhor. E, conto, por cima, a história do rato/sedução e tem gente que não acredita. Acha que é coincidência. Que o cara não estava usando técnica nenhuma, não. Tem pai que é cego. The devil does not exist. Evil does.

E o ex está aqui de novo. Portanto é uma semana complicada. De novo.
Acho que preciso voltar para a terapia, hein. Que eu abandonei no final do ano passado.
Que saber das coisas não resolve nada, não. Preciso é mudar padrões de comportamento. Hipnose, talvez? Seria mais simples.

E eu não tenho falado sobre nenhum assunto sério há séculos. Minha vida não tem me permitido seriedade, por ora. Desculpem-me.

24.5.08

Sorry, prometo. Nunca mais um post tão longo.

Então, a história é longa. Eu (retardada, como sempre) não estava percebendo o padrão ou então não há padrão, vai saber, sei lá.
O pobrema é a gestalt. Que resolveu se instalar na minha vida assim, de uma forma, digamos, muitíssimo estridente.

Começou com o tal do DVD que meu amigo me emprestou. Um café filosófico. Tema: A paixão nos tempos modernos. Mas na verdade falava de Don Juan e Casanova e os estilos de seduzir, eteceteras e tal. Prestei muita atenção, não. Até dormi num bom pedaço. Mas.

Depois foi o rato. Que eu sinceramente desconfiava que fosse um DJ clássico (Don Juan, né, não aquela pessoa que coloca musiquinhas).

E conheci outro cara na internet, que ficou deveras meu amiguinho e está fazendo doutorado em filosofia e virou meu conselheiro-mor para assuntos aleatórios-paquerísticos-virtuais. E ele me contou que conviveu por um ano com um DJ típico. Não um natural. Um construído mesmo. Com as mais perfeitas e maquiavélicas técnicas de como fazer amigos e claro, influenciar muitas pessoas e comer muitas mulheres. Todas. E dominar-lhes a alma (o que segundo o meu amigo é o objetivo dessas pessoas, só sexo não basta, não, qualé a graça?). Ele foi confidente do cara, que contou a vida para ele. Acho que estava em crise. Segundo ele, o cara é um gênio. Mestrado, doutorado, Phd (de verdade) em história, ciências políticas, filosofia. E é uma figura pública que há muito, seduz as massas. E quem será, hein? Tenho meus palpites.

Aí viagem. Minas. Livraria. Preciso de livrinho leve e divertido para a viagem. Exposto lá na livraria: O Jogo - A Bíblia da Sedução e a Sociedade Secreta dos Mestres da Conquista. Uia. Coincidência? Sei lá. Comprei. Bem mal escritinho ou mal traduzidinho; conta a história de um jornalista do NYT, nerd total, fracasso sociar e sexuar, que conheceu um desses mestres, que foi com a cara dele e resolveu ensinar. E o cara começou um ano sabático (rá) , andando atrás dos mestres da sedução e aprendendo tudo o que havia para aprender e mais um pouco. Ele cita alguma literatura no livro. Então.

Trigésimo nono capítulo (me desculpem pelo tamanho deste post-livro mas isso está acontecendo há algum tempo, eu é que não tinha juntado as pecinhas): Vou almoçar na casa de um amigo. Que é um especialista na arte mas eu nunca tinha observado direito para notar que ele usa as famigeradas técnicas. E em cima da mesa, um livro. Não era novo. Bem lidinho até. E, pasmem. Era um dos livros indicados pelo nerd lá do NYT. A Arte da Sedução do Robert Greene. Emprestei, né? Lógico; o Universo conspira e etcetera, porque ne c'est pas possible.

Bom, gentes. Impressive. Really. Ri muito lendo o tal do livro. Porque o rato usou todas as técnicas que estão descritas lá, à perfeição. Só que eu não respondi a contento. Inclusive, sem querer, eu mesma usei várias e acho que f*di com tudo. Pobre da pessoa. Porque o nosso xadrez foi de mestre, posso agora notar. E, só para concluir de vez a experiência, ele era ao mesmo tempo um DJ clássico e está, classicamente, apavorado. Fiz um último teste, com a ajuda inestimável do meu amiguinho e o rato pulou certinho com o choquinho ( na verdade, foi um queijinho e ele não pulou). Assustador viu, crianças? Esse negócio não é para pessoas de estômago fraco, não.

Coisa é o seguinte: deuses querem que eu aprenda alguma coisa sobre esse negócio. Só pode ser. E eu, quando resolvo aprender alguma coisa, sai da frente. Amazon Books, pode se preparar, darling.

Mas o resumo da ópera (enfim, podem pular de alegria) é o seguinte: como diz o cara da bíblia: I see the Matrix. Completely. O que será de mim agora? Vou usar essas tequiniques, não, hein, medo. Fiz uns testinhos ridículos que resultaram em cinco números de telefone de seres humanos do sexo masculino, só nesta semana. Vejam vocês.

Minha amiga Sheila diz que eu tenho que escrever um livro e contar a experiência do rato e decodificar as minhas leituras e etecetera e tal, mas livro? Sei não. Talvez um outro blog. Pensarei no assunto. Pena, pena, pena que eu não salvei as conversas/lab reports porque daria uma bela edição comentada.

19.5.08

O fim de semana todo

de cama com gripe. Que, com certeza, neste inverno, deve ter o nome do travesti do Fenômelo, que graças a deus eu não sei qual é. E todas as piadas subseqüentes, do tipo: te derruba, você acha que é uma coisa e é outra muito pior, etcetera etcetera etcetera. Se o povo brasileiro dependesse de mim para inventar piadas, estava perdido.

Hoje à noite vou prá Minas trabalhar. Fico dois dias. Vejo vocês na quinta.

16.5.08

Pideits

Nas duas últimas noites, dormi, dormi, dormi. O sono dos justos ou dos que inventaram que terça e quinta são os melhores dias para sair nesta cidade cinza.
Hoje, juro, só vou ao teatro. Nem sei o nome da peça, porque vou com uma amiga que ganhou os convites. Mesma amiga que providencia convites para as festas da Adidas, etc and all. É como eu sempre digo, bom mes é ser amigo do rei.
Amanhã, no entanto, é outro dia e veremos.

Quanto ao Don Juan, missing. Chamei duas vezes, ele não me respondeu. Não é a primeira vez que ele faz isso mas p*rra, cansei. Das alternativas possíveis para esta atitude, nenhuma me interessa.

A) Jogo
B) Medo
C) Desinteresse
D) F*da-se

Fiz um X na D.

Tem outros ratos no experimento ainda mas, nada tão interessante ou divertido. Que era o objetivo desta experiência, em primeiro lugar. Esticar os músculos e me divertir.
Andei "adicionando" mais espécimes mas acabo me perdendo. Preciso caprichar mais nas minhas anotações e lab reports. Ou desistir do experimento por completo. Depois eu conto.

14.5.08

Esse negócio

de sair durante a semana, está me deixando destruída. Tenho mais idade prá isso, não, amigos.
E ontem, mais uma festa da Adidas, dessa vez com a temática "Blue Note". Jazz, com a banda do Bocato e a Ana Cañas. Open Bar. Façam seus cálculos.

Bom, dessa vez vocês erraram. Porque eu bebi pouco e voltei cedo. Assim que acabou o show.
Depois desse último fim de semana, em que eu saí na quinta, sexta e sábado, juro, preciso aprender a priorizar. Guento mesmo não. Essa solteirice vai acabar me matando.

7.5.08

Eu sei que vocês querem novidades

Mas eu não tenho. Not really. Continuo conversando com o ser humano do sexo masculino pelo eme-ésse-ene. Não, ainda não nos conhecemos. Sim, já estou de saco cheio. E ainda não pude de fato concluir se ele é um Don Juan clássico ou se está "apenas" morto de medo. O que também não deixaria de ser clássico. Diz ele que vem depois do dia 10, quando começam as férias (dele, claro). Mas não sei não, caros amigos, não acreditem piamente, porque eu mesma, não acredito. Quanto à mim, acho que perdemos o momentum, realmente.
Há umas três semanas atrás, teríamos tido um fim de semana bem divertido, isso eu posso garantir. Agora, já não sei mais.

E, amigas do sexo feminino, tem um livro que vocês tem que ler. Eu sei que eu vivo indicando os livros do Flávio Gikovate e que tem gente que não o suporta, mas esse, esse vocês precisam ler. Para mim, foi uma revelação (momento Peggy Sue aqui, ai se eu soubesse disso tudo). Homem: o Sexo Frágil? Leiam. Leiam. E me escrevam, please, relatando suas impressões. Deveras importantérrimo que troquemos informações sobre o tema.

Uma frasezinha aqui que me desanimou por completo mas fazer o que né? Realidade acima de tudo. E a gente já sabe mas finge que é lenda urbana.

..." algumas palavras a mais acerca da dificílima posição na qual ficam as mulheres muito ricas em qualidades. Mulheres inteligentes, capazes de ganhar decentemente a vida através de uma atividade profissional destacada, bonitas e joviais e ainda atraentes e desinibidas sexualmente, se vêem numa situação extremamente delicada, pois no mais das vezes os homens, em virtude de suas inseguranças, fogem delas como o diabo da cruz." F.G.

E isso não é por causa do trabalho, não. Ele diz, na verdade, que o trabalho veio a desequilibrar mais ainda uma balança que já estava desequilibrada. Porque eles já se sentiam inseguros antes.

F*deu, né, people?

6.5.08

Meio e Mensagem


Dia desses escrevi essa estorinha para uma pessoa específica. Como ele me deu autorização, aqui está. Eu sei que não sou escritora e que o estilo é um plágio descarado da Marina Colasanti mas serviu bem ao propósito. Ele entendeu perfeitamente.

Asas

Durante muitos anos, eu me sentei naquele banquinho.
De quinze em quinze dias, cuidadoso e delicado, ele me aparava as asas.
Nos olhos dele eu via apenas o amor e não o medo.
No início, doía um pouco, mas ele limpava o sangue do chão frio de azulejos e secava minhas lágrimas com beijos.
Com o tempo, e as cicatrizes, foi ficando mais fácil. Rotineiro, até. Fazer as unhas dos pés, cortar as asas.


Claro, veja, era para o meu bem, onde já se viu? Uma mulher com asas?
Cordata e obediente, eu deixava que ele me transformasse em uma mulher perfeita.
E levasse o meu riso com ele, bem guardado, em um porta-jóias dourado.
Para ser usado em ocasiões especiais, feito anel de brilhantes em cofre de banco, só saindo em dias de festa.
Com o passar do tempo, às vezes, ele se esquecia, e uma pena ou outra teimava em aparecer.
Rapidamente arrancada por ele ou por mim mesma.


Hoje elas crescem de novo.
Desordenadas, confusas, espalhafatosas, algo difíceis de manejar.
Então, por favor, não me peça para dizer palavras que eu não posso dizer.
Nem fazer promessas que eu não posso fazer.
Porque o que eu preciso mesmo, é que você me alimente.
Ambrosia aos montes, da sua mão para a minha boca.
E depois,depois que eu conseguir voar, depois você pode pedir tudo.

3.5.08

My Blueberry Nights


Just loved it.

Loas

Meu tipo de trabalho envolve uma boa dose de vaidade. Na verdade, acho que todos envolvem, mas trabalhar com criação, mexe com o ego, às vezes de maneira insuportável. E com inseguranças.
Dia desses assisti à entrevista da Maria Adelaide Amaral na Marília Gabriela. E ela disse que quando estava empacada no final da última minissérie, não conseguia escrever mesmo, bloqueio total, dizia para si mesma: Maria Adelaide, você não sabe escrever. Você é uma fraude e agora todo mundo vai descobrir.
Bom, é só botar Daniela no lugar. Eu sempre me senti desse jeito. Não o tempo todo, é claro, porque quando você faz um trabalho bom, quando você pega no lápis e a idéia vem, é o extremo oposto. Você se acha um deus.
De uns tempos pra cá, tenho mudado essa minha relação com o trabalho, tenho me importado bem menos com os elogios e tentado diminuir a minha dose de perfeccionismo.
Eu não preciso mais escutar que eu sou inteligente, talentosa, competente. Trabalho há vinte anos, isso eu já sei.

Daqui prá frente, só quero escutar uma coisa: Daniela, você é linda! :)

2.5.08

Fal, Fal, Fal

Ela diz tudo. Lindamente. Tudo que a gente sente e queria saber dizer e não sabe. Melhor nem tentar.
Vou colocar um pedacinho aqui, mas você vai lá, prá ler inteirinho.


..." O que gostamos de chamar de nosso ato de bravura e rebeldia, mas que não é, é puro medo, medo do novo, do desconhecido, do que pode revelar algo sobre nós e que nós - ah, definitivamente - não queremos conhecer. O que não assegura nossos passos, o que não nos dá garantias por escrito, o que não lavra a escritura, o que não checa documentos, o que não segura nossa mão."

" O que nos desafia, o que nos revela, o que pode ou não pode vir a nos machucar, o que ameaça nosso comodismo, o que perturba o status quo, o que tem sotaque, o que usa roupas esquisitas, o que tem um corte de cabelo estranho, o que cheira a curry, o que come coisas diferentes do que comemos, o que cheira dum jeito diferente, o que é apenas, o que não é da nossa vila, do nosso bairro, da nossa lista de e-mails, do nosso pequeno mundo, do nosso quintal, da nossa família, de dentro de nós, de dentro de nós, de dentro de nós."

Quer mais? Vai .

Once


Pequeno, delicado, encantador.
Adorei.

E recomendo também, (quem não tem paciência pode pular os primeiros capítulos), o livro novo do Flávio Gikovate - Uma História do Amor, com Final Feliz.
Ah... e A Praia (On Chesil Beach), do Ian McEwan.

1.5.08

Atualização do sono

Passei três dias em Blumenau. Visitei seis fábricas. Cheguei ontem à noite e pretendo usar este dia-feriado para uma atualização completa do sono. Porque amanhã eu trabalho. Gostaria de saber cumequié qui eu vou dinamizar a tal da libido desse jeito. Hein, Personare?