26.9.06

Oh, shit.



Post Secret

"A opinião pública é uma tirana débil, se comparada à opinião que temos de nós mesmos"
Thoreau

20.9.06

18.9.06

Ignorance, dear, IS bliss.

Cheguei a uma conclusão. Vixe, que perigo!

O contentamento da pessoa é inversamente proporcional à quantidade de livros lidos e filmes vistos pela própria.

Li livros demais.Vi filmes demais.
Se eu não tivesse todas essas imagens e diálogos impressos no meu córtex cerebral, ou seja lá onde for que essas coisas ficam impressas, eu seria muito mais feliz.

16.9.06

Acho que passou

Prá quem ficou preocupado, acho que as coisas já estão entrando no ritmo.
Dizem que o universo conspira. Segundo a Marcia, não estão querendo que tiremos férias, não. O que estão querendo é que a gente mude logo para um escritório maior e melhor e compre um carro novo. Eu espero que sim, sinceramente. Não estaríamos fazendo tudo isso, nesse momento sem faturamento nenhum, se não tivessem nos dado vários ponta-pés. Não costumo acreditar nessas coisas, mas tem momentos na vida que são muito esquisitos. Como esse. No creo em brujas, etc e tal.
Então o piso está sendo colocado nesse exato momento. Já deve estar adiantado. O cara passou a noite lá. A mudança chega às dez. Vamos ficar no meio de uma zona absoluta. Porque a parte do eletricista ainda está por fazer e do pintor também e vejam bem, o banheiro não está pronto.
Mas, segunda estaremos lá. Sem banheiro, sem telefone e sem internet, mas lá.

Então, Mr. Universe, tá escutando? Como nós fomos persistentes e enfrentamos tudo que vocês jogaram aí no nosso caminho? Fosso com jacarés, lava incandescente, orcs hidrófobos, passamos todas as fases. Tá na hora de resgatarmos a princesa e o nosso prêmio.

14.9.06

Um, dois, três

As coisas ruins vem de três, né? Então, tá. Chega. Enough. Não dá mais, não.
Acho bom o responsável pelas distribuição da má-sorte me tirar da listinha.
Que ninguém merece. Ninguém.

Primeiro o assalto do escritório (sei que eu disse que tivemos sorte porque não levaram nada mas tenho que incluir esse acontecido na lista porque a outra hipótese é concluir que ainda falta uma cousa ruim e não posso acreditar nisso, não).
Segundo: piso. Até hoje nada de piso. Até hoje nada de escritório novo. Dizem que vão lá hoje mas não acredito em duendes.
Last but not least, ontem à noite roubaram nosso carro. Quando digo nosso, quero dizer o carro da firrrrma, que eu e a Marcia possuimos em conjunto e usamos para trabalhar.

Já sei. Alguém aí não quer que a gente trabalhe. Só pode ser isso. Porque depois do assalto encaixotamos tudo - sem material de trabalho. Sem piso - sem local de trabalho. Sem carro - sem meio de locomoção para visitar os clientes.

Será que querem que eu tire férias? Eu sei que nós estamos precisando mas podiam ter achado um jeitinho mais delicado de nos avisar.

13.9.06

Murilo!

Bom, então tem o Artur. Que é o dono da fábrica no Rio com a qual trabalhamos. Muito fino, o Artur. Muitas posses, etcetera e tal. Vai muito a Portugal. E à outras paragens européias, by the way. Então ele foi a Portugal com a excelentíssima espousa e mais um casal de amigos. A outra, uma perua. Segundo ele, consumisshhhta demaissshhh.
Pois bem. A outra tinha um bordão, que vou adotar de pronto.
Cada vez que ela via uma coisa que queria, ela dava um gritinho e dizia:

"Muriloooo, não posso viver sem isso!"

E o Murilo concordava, claro.
Adotado está. Só falta arranjar o Murilo.

10.9.06

Então tá

Estávamos assistindo "Mrs. Henderson presents" no DVD e eu dizendo que adoraria ser uma velha muito rica que pudesse gastar todo aquele dinheiro para financiar as minhas loucuras.
O Mateus diz que dá tempo ainda. Eu digo:

"Você não entendeu, filho. Ela casou com um homem rico e nunca trabalhou na vida"

"Então, mãe. Você ainda pode dar duro e eu vou ficar sem fazer nada e aproveitar a boa vida"

9.9.06

Ódio!

É o que eu estou sentido agora. Ódio. Ódio. Ódio.
Compramos um piso de 60 paus o metro quadrado pro escritório novo. Incluída a colocação. TUDO incluído. A empresa de colocação, que não é a mesma que vendeu o piso manda um fulaninho fazer a vistoria antes da colocação propriamente dita que está marcada para segunda e eu preciso, necessito, dependo disso para fazer TODO O RESTO. E mudar no próximo sábado. E eles sabem disso.
O fulaninho me diz que o piso da sala maior não está PERFEITAMENTE nivelado (é um piso de tacos com sinteko e gente, dá prá patinar nele) e que o ideal seria nivelar com cola e pó de serra para o piso ficar PERFEITAMENTE instalado. Pergunto quanto custa. Doze reais o metro, ele diz.

"O quê? Doze reais? Tá louco? Paguei sessenta no piso colocado e vou pagar doze de pó de serra?"

Pergunto se dá para colocar assim mesmo e ele diz que dá, o risco que se corre é que dentro de uns anos dependendo do uso podem abrir algumas mínimas frestas. Não sei nem se eu vou estar viva dentro de uns anos. Toca o piso. Ele diz que a instaladora vai mandar eu assinar um papel dizendo que eu estava ciente de que o piso seria instalado sobre um contra-piso que não estava PERFEITAMENTE nivelado. Tá, eu assino qualquer coisa. Diz que eu vou perder a garantia. Tá, eu perco.
Hoje uma serumana grossa, gritenta, sem um pingo de educação, me liga dizendo que está "desagendando" o piso porque NÃO vai instalar sobre um contra-piso que não está PERFEITAMENTE nivelado. Digo que assino qualquer coisa. Ela diz que NÃO. Digo que vou mandar nivelar eu mesma, ela diz que NÃO.
O que ela quer é me esfolar em 400 paus. E acha que eu não tenho escolha.

O assunto já está sendo resolvido em escalas superiores (loja que vendeu + fabricante do piso) e ainda não sei o final dessa história, mas me deixa tão emputecida, isso. Muito mesmo. E como é comum nesse país este tipo de atitude.
Das pessoas tentarem se aproveitar ou da sua urgência, ou da sua ignorância (vide mecânicos e assistência técnica de eletrodomésticos), ou da sua boa-fé.
Ódio. Muito ódio.

7.9.06

O gato subiu no telhado

Então eu acordo às seis e vintisete da manhã nesse dia de setesetembro. Feriado.
Sequelada a pessoa ou o quê?
E sento aqui e leio blogs.
Mateus acorda e sai da cama quentinho a passear pela casa sem casaco e sem meias. Neste puta frio de meu deus. E chega aqui na sala e eu digo: vai botar uma meia, menino.
"Mãe, faz favor? Pega um casaco prá mim?"
e continua
"Acho que tem um controle remoto lá no quarto."
E eu:
"Dá prá parar de falar em código? Você quer que eu pegue o controle remoto? Fala tudo que você quer que eu pegue que eu vou pegar de uma vez só."
"Tá bom, mãe, tá bom, deixa que eu vou."

Eu devo estar descontrolada mesmo ultimamente. Se a pessoa precisa falar comigo assim, aos poucos e delicadamente para eu não surtar, é porque a coisa é grave.

6.9.06

Passadinha básica por Manhattan


Então está frio. A Paulista ontem parecia a Sétima (Não ficou chique, isso? - e eu sei lá onde é a 7th Av? - mas que ficou lindo, ficou).
Isso tudo é porque uma amiga nossa que mora nos Estados Unidos (e já virou totalmente americana - workaholic, networking person, etc e all) disse que conhece uma pessoa very important lá na Victoria Secret. Em Nova Iorque. E disse bem assim,very casually: "Quando vocês estiverem dando uma passada em New York, me avisem. Eu ligo prá ela e marco para voces se conhecerem."
Yes, baby. Sure. Brief business trip to New York.
Só se for naquela rua Nova Iorque. Acho que fica no Brooklin. Em São Paulo.

Vixe, seis coisas...

A Suzana me passou, então vamos lá:

1. Não sou uma pessoa simpática. Não mesmo. Sou muito tímida prá isso. As pessoas naturalmente ficam intimidadas comigo (acho que é um misto da minha altura, com a voz grave e a postura talvez, sei lá), então invisto mais ainda nisso e uso saltos muuuito altos e óculos escuros enormes para afastar as pessoas. Tenho medo delas.

2. Em compensação adoro cidade grande, cheia de gente. Acho que é o anonimato que me agrada, na verdade.

3. Eu tomo banho no escuro. Isso. Não acendo a luz. Mesmo se for de noite. Melhor ainda se for de noite. Para mim, relaxar implica em não ver. Em descansar o olhar. Sou uma pessoa visual demais, acho.

4. Sou muito preguiçosa. Trabalho muito, não tenho medo de trabalho. Mas mesmo assim sou preguiçosa. Deu prá entender?

5. Tenho uma necessidade imensa de solidão. De ficar sozinha. Aqui em casa eles chamam de "A Toca". É o meu quarto. "A mãe já tá na toca?", eles falam. É, tô. Preciso, senão eu morro.

6. Sou uma pessoa ansiosa, a milhão mesmo. Mas por dentro. Por fora costumo passar uma imagem de calma e segurança que absolutamente não reflete o que se passa na minha cabeça. DDA total. O que acarreta vantagens e desvantagens. Profissionalmente, funciona. Pessoalmente, me obriga a carregar a cruz sozinha, já que todo mundo acha que está tudo sob controle quando não está. De modo algum. E eu detesto pedir ajuda. Mas aí já são sete, né?

5.9.06

Vento de fissura, porta de la sepultura!*


Gente, não é ótimo esse frio? Vou te contar uma coisa, puta q o pariu! São Pedro devia estar presente quando eu joguei paralelepípedo na cruz. Não é possível! Isso porque essa semana estivemos nos clientes e eles disseram que a venda estava melhorando muito com as roupas de verão. V - E - R - Ã - O !!!!

Eu gosto de frio. Gosto mesmo. Mas aqui, nos trópicos, gente, não dá, não. As nossas casas não estão preparadas. Tem fresta prá todo lado, não tem uma janela que feche direito na minha casa!

Lá nas partes civilizadas do mundo faz frio. Muito frio. Mas tem aquecimento central. Em TODOS os lugares. Só faz frio na rua. E aí você põe um casaco daqueles lindos que tem lá, cachecol, luvas e o caral*o e sai. E quando chega onde quer que seja que você estivesse indo, está quentinho. Você tira tudo. Fica loura e linda. Infinitamente diferente dessa cebola que eu pareço, com uma roupa sobre a outra até não conseguir movimentar mais os braços. Ou qualquer outra parte do corpo.

São Pedro, please. Colabora, vai... Pessoas precisam vender roupinhas. Muitas roupinhas. As contas se acumulam.

E para quem estava acompanhando A SAGA, ontem assinamos o contrato de uma sala comercial, num prédio antigão mas charmoso, com janelões do teto ao chão, a QUATRO quadras da minha casa! Uh hu!

* by Mama Gabriela, uma sábia mama, legitimamente italiana, que pariu meu querido amigo Marcelo.