Sumi, né. Estava trabalhando no Rio. Na verdade, é claro que lá tem computador e internet e eu podia sentar e escrever qualquer coisa. Mas nem.
Está acontecendo na minha vida uma coisa monumental. Essa é a única palavra que mais ou menos descreve. O tamanho d'O ASSUNTO. Que é como eu e a Marcia estamos chamando. Já tem até apelido: "O". A gente faz um O e as aspas com as mãos e não precisa falar mais nada. O que é bom porque só conseguimos falar sobre isso desde que a bomba caiu, na quinta-feira.
Dormir então, virou uma mission impossible.
É trabalho. É grande. É arriscado. Pode mudar a nossa vida. Em todos os sentidos. Não decidimos nada ainda porque não dá para decidir assim, sem pensar muuuuuito. O post classe média cai como uma luva. Medo medo medo medo medo medo, muito medo mesmo.
E tem sido muito duro tocar o dia a dia depois "d'O".
E o mais importante é decidir se eu quero.
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E toma mais um chá de aeroporto ontem. Calculando o tempo que levamos para vir do Rio a SP, dava quase para percorrer o trajeto de charrete.
Air Jegue, o transporte do momento. Totalmente in.
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Querida,
Muito mais gentil que o meu presente foi o que você escreveu sobre mim.
E você é meu ídolo, você sabe. Primeira e Única.
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Quanto à onde achar as coisinhas da BABYDOLL é o seguinte: a marca é nova, estamos começando. Aqui, em São Paulo, por enquanto, só tem em uma loja em Alphaville (justo lá, o lugar mais chato do mundo, na minha opinião) Ainda não temos representante para a cidade de São Paulo (alguém se habilita?). Temos um saldo da coleção de verão e estamos pensando em fazer um bazar - se rolar, ponho um recadinho aqui.
A coleção de inverno está saindo e se tudo der certo, estará em mais lojas.
Eu estava de olho em um ponto super especial. Bem pequenininho mas em um lugar espetacular. Tinha uma loja de bijouteria lá. E eu, botando olho gordo - Sai, fulana, que esse ponto é meu!
Pois é. Fulana se fue (dá até nome de bolero). O valor do ponto eu demoraria três vidas para juntar. O aluguel... bem, acho que teriam que ser pijaminhas de oiro para poder pagar aquele aluguel.
E já que tocamos nesse assunto, preciso muito de uma pessoa incrivelmente talentosa e barateira para fazer o site prá nós. Espalhem, por favor.
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E, por último, passei na seleção da f*dona. O resultado só saiu ontem. Fiquei feliz, claro. Mas no meio de tanta coisa, perdeu metade da graça. Todo mundo diz que tinha certeza de que eu ia passar. Menos eu. Belezura de auto-estima, a pessoa possui.
28.2.07
23.2.07
Bom dia amiguinhos, já estou aqui
E eu devia estar dormindo. Acordei cedo, como sempre, para despachar o Mateus prá escola, mas eu devia voltar para a cama, já que dormi aproximadamente duas horas e tomei algumas-várias doses de whisky ontem, hoje, sei lá.
E tinha um negão maravilhoso cantando lá, onde fomos.
Inveja pura. Inveja avassaladora. Inveja que eu tenho de quem pode cantar assim.
Meu tio usa uma expressão: cavalo paraguaio. Nunca ouvi de mais ninguém, não sei de onde ele tirou. Designa tipos que só tem força no arranque: Aquele é que nem cavalo paraguaio, só tem partida.
De quando em quando, sou a própria.
Égua.
E tinha um negão maravilhoso cantando lá, onde fomos.
Inveja pura. Inveja avassaladora. Inveja que eu tenho de quem pode cantar assim.
Meu tio usa uma expressão: cavalo paraguaio. Nunca ouvi de mais ninguém, não sei de onde ele tirou. Designa tipos que só tem força no arranque: Aquele é que nem cavalo paraguaio, só tem partida.
De quando em quando, sou a própria.
Égua.
22.2.07
Em nome d'Ele, o Trabalho
Estava assistindo uma reprise do Saia Justa e a Mônica Wald*vogel mencionou o "pacote" da classe média. Os valores classe média que são passados de geração para geração e que influenciam o nosso comportamento, a nossa forma de viver. Impossível evitar. Eu sou classe média. Fui criada em uma família de classe média, estudei em colégios de classe média, etc, ad nauseaum.
É uma preocupação com segurança e dinheiro, com a manutenção do status quo que gera medo e uma aversão ao risco monumentais. Porque quem não tem nada a perder não tem medo e quem tem muito, pode se dar ao luxo.
Risco não é para a classe média, definitivamente. É isso que aprendemos. É assim que me ensinaram. Uma valorização do trabalho enquanto sacrifício. Um menosprezo ao hedonismo. Culpa, culpa, culpa.
E quase que imediatamente me lembro de uma outra reprise, desta vez da Op*rah, de um programa onde falavam sobre a dificuldade cada vez maior da classe média em manter sua posição social. De como, cada vez é necessário mais dinheiro, mais investimento na educação dos filhos para que se consiga, ao menos, manter o padrão econômico que herdamos dos nossos pais.
E de como essa escada tem se tornado cada vez mais longa e do esforço necessário para se manter num mesmo degrau.
Gente, estamos nos agarrando ao degrau com uma mão só. Suada.
E cada vez temos que trabalhar mais, mais, mais.
Minha mãe conseguiu educar três filhos. Bem. Curso superior em boas faculdades, inglês, clube, etc.
Eu tenho um filho só. Mateus estuda na mesma escola em que estudei.
Moramos na mesma rua onde eu morei praticamente toda a minha infância e juventude.
Inglês na Inglaterra? rá
Clube? rá rá
Mais um filho? De maneira nenhuma.
Somos espécie em extinção.
No último carro alegórico: a velha guarda pequeno-burguesa.
E bom seria, se eu conseguisse me libertar desse medo.
É uma preocupação com segurança e dinheiro, com a manutenção do status quo que gera medo e uma aversão ao risco monumentais. Porque quem não tem nada a perder não tem medo e quem tem muito, pode se dar ao luxo.
Risco não é para a classe média, definitivamente. É isso que aprendemos. É assim que me ensinaram. Uma valorização do trabalho enquanto sacrifício. Um menosprezo ao hedonismo. Culpa, culpa, culpa.
E quase que imediatamente me lembro de uma outra reprise, desta vez da Op*rah, de um programa onde falavam sobre a dificuldade cada vez maior da classe média em manter sua posição social. De como, cada vez é necessário mais dinheiro, mais investimento na educação dos filhos para que se consiga, ao menos, manter o padrão econômico que herdamos dos nossos pais.
E de como essa escada tem se tornado cada vez mais longa e do esforço necessário para se manter num mesmo degrau.
Gente, estamos nos agarrando ao degrau com uma mão só. Suada.
E cada vez temos que trabalhar mais, mais, mais.
Minha mãe conseguiu educar três filhos. Bem. Curso superior em boas faculdades, inglês, clube, etc.
Eu tenho um filho só. Mateus estuda na mesma escola em que estudei.
Moramos na mesma rua onde eu morei praticamente toda a minha infância e juventude.
Inglês na Inglaterra? rá
Clube? rá rá
Mais um filho? De maneira nenhuma.
Somos espécie em extinção.
No último carro alegórico: a velha guarda pequeno-burguesa.
E bom seria, se eu conseguisse me libertar desse medo.
19.2.07
E é por isso que eu fiquei por aqui mesmo
Do sempre genial, Ricardo Freire.
Ô, meu rei
O paulistano normalmente leva uma vida tranqüila, sem sobressaltos. Estamos perfeitamente adaptados ao nosso habitat. Sabemos como proceder em todas as situações, desenvolvemos métodos e temos soluções à mão para praticamente todo tipo de imprevisto. Na boa: ser paulistano é conseguir ficar relax mesmo morando numa cidade desse tamanho.
Por isso, quando o paulistano quer realmente se estressar, o que ele faz? Quando o paulistano quer realmente se estressar, o paulistano tira férias.
O fato é que o paulistano não está preparado para o estilo de vida de outros povos – principalmente se esses outros povos falam português e vivem dentro do Brasil. Não é um problema apenas de ritmo ou de qualidade de serviço. Qualquer diferença cultural – do jeito de falar à preferência musical ao tempero da comida – é motivo para o paulistano se estressar.
O pessoal dos outros lugares acha graça, pensando que paulistano é um estressado de nascença. Não é. A verdade é que o paulistado ficou estressado foi naquele momento. De São Paulo ele saiu calmo, que eu vi.
Quer ver o paulistano ficar muito, muito, muito estressado? Basta usar o pronome de tratamento “meu rei” numa situação em que algo deu errado. Quando alguém começa a dar uma explicação ou pedir desculpas com um “Ô, meu rei…”, sai de baixo. Do outro lado da linha tem um paulistano à beira de um ataque de nervos.
Mas por que diabos o paulistano tira férias, se fora de casa tudo para ele é motivo de stress? Porque o paulistano é um idealista e um abnegado. O paulistano tem uma missão nessa vida, que é a de levar a eficiência a todos os cantos do país – aproveitando a mesma viagem para, se possível, varrer o coentro da face da Terra.
Isso que o paulistano fala – “eu vou descansar” – é pura desculpa de missionário. Paulistano não sabe descansar. Não está no seu DNA. O paulistano só se propõe a descansar porque dessa maneira ele vai poder ficar mais estessado – o que facilita a tarefa de mostrar a essa gente como é que as coisas devem ser feitas de um jeito profissional. É assim que tem que ser. E um paulistano, por definição, jamais fugirá das suas responsabilidades, nem que para isso tenha que abdicar por uns dias do seu dia-a-dia resolvido e relaxado.
Ei! Você aí! Quer parar de chiar o “s”? Não vê que eu tô me estressando?
Ô, meu rei
O paulistano normalmente leva uma vida tranqüila, sem sobressaltos. Estamos perfeitamente adaptados ao nosso habitat. Sabemos como proceder em todas as situações, desenvolvemos métodos e temos soluções à mão para praticamente todo tipo de imprevisto. Na boa: ser paulistano é conseguir ficar relax mesmo morando numa cidade desse tamanho.
Por isso, quando o paulistano quer realmente se estressar, o que ele faz? Quando o paulistano quer realmente se estressar, o paulistano tira férias.
O fato é que o paulistano não está preparado para o estilo de vida de outros povos – principalmente se esses outros povos falam português e vivem dentro do Brasil. Não é um problema apenas de ritmo ou de qualidade de serviço. Qualquer diferença cultural – do jeito de falar à preferência musical ao tempero da comida – é motivo para o paulistano se estressar.
O pessoal dos outros lugares acha graça, pensando que paulistano é um estressado de nascença. Não é. A verdade é que o paulistado ficou estressado foi naquele momento. De São Paulo ele saiu calmo, que eu vi.
Quer ver o paulistano ficar muito, muito, muito estressado? Basta usar o pronome de tratamento “meu rei” numa situação em que algo deu errado. Quando alguém começa a dar uma explicação ou pedir desculpas com um “Ô, meu rei…”, sai de baixo. Do outro lado da linha tem um paulistano à beira de um ataque de nervos.
Mas por que diabos o paulistano tira férias, se fora de casa tudo para ele é motivo de stress? Porque o paulistano é um idealista e um abnegado. O paulistano tem uma missão nessa vida, que é a de levar a eficiência a todos os cantos do país – aproveitando a mesma viagem para, se possível, varrer o coentro da face da Terra.
Isso que o paulistano fala – “eu vou descansar” – é pura desculpa de missionário. Paulistano não sabe descansar. Não está no seu DNA. O paulistano só se propõe a descansar porque dessa maneira ele vai poder ficar mais estessado – o que facilita a tarefa de mostrar a essa gente como é que as coisas devem ser feitas de um jeito profissional. É assim que tem que ser. E um paulistano, por definição, jamais fugirá das suas responsabilidades, nem que para isso tenha que abdicar por uns dias do seu dia-a-dia resolvido e relaxado.
Ei! Você aí! Quer parar de chiar o “s”? Não vê que eu tô me estressando?
14.2.07
Código Morse
Eu tenho uma dessas lousinhas de cozinha. Tipo aquelas lousas de restaurante. Como eu não encontro com a Carmelita, minha empregada, esse é o nosso meio de comunicação. Ontem quando eu cheguei em casa, encontrei:
Dani
Desculpa
Acidente
Vestido
Desse jeitinho.
F*ck.
Dani
Desculpa
Acidente
Vestido
Desse jeitinho.
F*ck.
13.2.07
Ele chegou!
Meu iPod chegou hoje. Lindo lindo lindíssimo. No momento, estou fazendo o download do iTunes.
Sorry, periferia.
Sorry, periferia.
12.2.07
Estive em Manaus e lembrei de você
Adorei Manaus e gostei mais ainda das pessoas de Manaus. A vida às vezes dá uns presentes inusitados e esse foi um.
Trabalhamos bastante mas, claro, eles nos levaram para dar uma volta no Rio Negro, atravessar o rio, na verdade. E fomos almoçar num hotelzinho de floresta que eu já havia visto em alguma reportagem de televisão. É um onde o cara recicla tudo e os chalés ficam em cima de uma plataforma flutuante feita de PETs, já viram? Uma delícia de almoço, peixe fresco e um feijãozinho maravilhoso.
Nunca vi tanto peixe junto. E infelizmente não nadei no rio (água de banho de tão morna), vai ter que ficar pra próxima. Que já está marcada para meados de março.
Estou muito cansada mas é mais o chá de aeroporto e atrasos e tal do que qualquer outra coisa.
E peguei a van do Di*ners para voltar de Guarulhos. Muito boa mesmo. E de graça.
E agora, corro, porque tenho que fazer uns exames de sangue e esse negócio de acordar e não poder tomar café, prejudica sobremaneira o raciocínio desta que vos escreve.
Trabalhamos bastante mas, claro, eles nos levaram para dar uma volta no Rio Negro, atravessar o rio, na verdade. E fomos almoçar num hotelzinho de floresta que eu já havia visto em alguma reportagem de televisão. É um onde o cara recicla tudo e os chalés ficam em cima de uma plataforma flutuante feita de PETs, já viram? Uma delícia de almoço, peixe fresco e um feijãozinho maravilhoso.
Nunca vi tanto peixe junto. E infelizmente não nadei no rio (água de banho de tão morna), vai ter que ficar pra próxima. Que já está marcada para meados de março.
Estou muito cansada mas é mais o chá de aeroporto e atrasos e tal do que qualquer outra coisa.
E peguei a van do Di*ners para voltar de Guarulhos. Muito boa mesmo. E de graça.
E agora, corro, porque tenho que fazer uns exames de sangue e esse negócio de acordar e não poder tomar café, prejudica sobremaneira o raciocínio desta que vos escreve.
8.2.07
A volta das que não foram
A pessoa que deveria se encontrar em Manaus, se encontra aqui em SP. Em casa, para ser mais precisa. Porque como nós somos deveras originais, eu e minha sócia, fomos passear ontem no aeroporto de Guarulhos (aventura somente recomendada para quem aprecia fortes emoções) debaixo da chuva mais torrencial dos últimos tempos e trânsito parado, parado, parado.
Chegamos ao soar do gongo e a mocinha do check-in garante que o avião, claro, está no horário. Oquei, como não? Esbaforidas, suadas, destemperadas, correm para o embarque.
Não mais que de repente (após pagar pelo segundo café com leite mais caro do universo - cinco reais!), a voz no alto-falante anuncia que, em função da chuva, TODOS os aviões estão atrasados e sem previsão de embarque.
Mas nem, nem que me matassem eu ia ficar naquela salinha 17, lotada de pessoas. Bora desembarcar e esperar lá fora. E perguntar, lá no balcão, se e quando esse avião vai sair. E fumar, claro, o que é que eles estão pensando?
Mocinho do balcão diz que não, não podemos ficar lá fora, não. Porque ele não garante que vão chamar o vôo nos alto-falantes de fora e que o vôo pode sair a qualquer momento. Diz ele que a Infrahellus só anuncia alguns, assim aleatoriamente. Ah.... então tá bom então.
Bora de volta pro embarque. Na salinha 15, que é maior e dá prá escutar o raio da pessoa anunciar a chegada do avião.
Mas nem com o benefício da presença de uns seres do sexo masculino de boa aparência se pode contar nessa vida, nem isso para divertir a pessoa tinha não.
Fome. De fome padecem as sócias proprietárias do L'atelier.
Bora comer, então, ali no único café do corredor de embarque.
Misto quente sola de sapato - dez reau
Suco de laranja - num tem, não (mas como ué, tô vendo aí a máquina com as laranjas! A máquina se encontra parada para limpeza- Ah... se encontra, né? Então, tá. Café com leite. Olha, pessoas, um misto rachado e dois cafés com leite - vinte e cinco reaus e vinte centavos - no café do corredor é mais caro).
Avião no horário - realmente, não tem preço.
Embarco, desembarco, fumo embarco, desembarco, fumo. O povo que tava lá esperando as pessoas queridas amigas amantes conhecidas que estavam nos aviões atrasados deve ter achado que, realmente, eu sou uma pessoa que viaja muito rápido. Por teletransporte, deve ser. Que raio essa mulher tá desembarcando de novo?
Well, após umas três horas e meia dessa edificante atividade, vamos pela enésima vez até o check-in. Escolho um mocinho novinho com cara de ingênuo intocado pela crise aeroviária e furo a ondulante fila dos pobres que ainda nem check-in fizeram e acreditam, coitados, que vão viajar.
"Moço, falaverdade, esse avião sai hoje ou não sai, porque, sabe, eu vou prá casa e volto amanhã."
"Olha, o avião está no Galeão, sem previsão de sair de lá". (O Galeão, para quem não sabe fica no Rio de Janeiro).
"Tá, moço, então deu. Vamos remarcar essa joça prá amanhã."
Tec, tec, tec tec, tec tec, tec, tec. Passagem remarcada para amanhã às 19:00.
Acabou? Nananinanão, caros telespecadores.
E as malas? Ah... as malas.... peraí que nós vamos localizar as malas, esperem aqui um segundinho, por favor.
Foram aproximadamente 60X60 segundinhos e cinco pessoas para estarem tentando localizar as malas.
Acabou, agora, então?
Não, pessoas, cabô inda não.
Tinha o táxi.
Fila de umas cinquenta pessoas para pagar com cartão.
Fila de umas trezentas pessoas (não é uma figura de linguagem usada para reforçar a narrativa neste ponto, não) para os táxis, propriamente ditos.
Agora acabou. Depois de uma emocionante aventura de seis horas, chegamos em casa às 2:30 de la matin. Podres. Famélicas.
Mas não desligue ainda, hoje à noite tem mais.
Porque, vejam, neste exato momento, chove. E, (tá lá no Terra) já são vinte e cinco aviões atrasados em Congonhas que estão sendo redirecionados para adivinhem? Guarulhos.
Chegamos ao soar do gongo e a mocinha do check-in garante que o avião, claro, está no horário. Oquei, como não? Esbaforidas, suadas, destemperadas, correm para o embarque.
Não mais que de repente (após pagar pelo segundo café com leite mais caro do universo - cinco reais!), a voz no alto-falante anuncia que, em função da chuva, TODOS os aviões estão atrasados e sem previsão de embarque.
Mas nem, nem que me matassem eu ia ficar naquela salinha 17, lotada de pessoas. Bora desembarcar e esperar lá fora. E perguntar, lá no balcão, se e quando esse avião vai sair. E fumar, claro, o que é que eles estão pensando?
Mocinho do balcão diz que não, não podemos ficar lá fora, não. Porque ele não garante que vão chamar o vôo nos alto-falantes de fora e que o vôo pode sair a qualquer momento. Diz ele que a Infrahellus só anuncia alguns, assim aleatoriamente. Ah.... então tá bom então.
Bora de volta pro embarque. Na salinha 15, que é maior e dá prá escutar o raio da pessoa anunciar a chegada do avião.
Mas nem com o benefício da presença de uns seres do sexo masculino de boa aparência se pode contar nessa vida, nem isso para divertir a pessoa tinha não.
Fome. De fome padecem as sócias proprietárias do L'atelier.
Bora comer, então, ali no único café do corredor de embarque.
Misto quente sola de sapato - dez reau
Suco de laranja - num tem, não (mas como ué, tô vendo aí a máquina com as laranjas! A máquina se encontra parada para limpeza- Ah... se encontra, né? Então, tá. Café com leite. Olha, pessoas, um misto rachado e dois cafés com leite - vinte e cinco reaus e vinte centavos - no café do corredor é mais caro).
Avião no horário - realmente, não tem preço.
Embarco, desembarco, fumo embarco, desembarco, fumo. O povo que tava lá esperando as pessoas queridas amigas amantes conhecidas que estavam nos aviões atrasados deve ter achado que, realmente, eu sou uma pessoa que viaja muito rápido. Por teletransporte, deve ser. Que raio essa mulher tá desembarcando de novo?
Well, após umas três horas e meia dessa edificante atividade, vamos pela enésima vez até o check-in. Escolho um mocinho novinho com cara de ingênuo intocado pela crise aeroviária e furo a ondulante fila dos pobres que ainda nem check-in fizeram e acreditam, coitados, que vão viajar.
"Moço, falaverdade, esse avião sai hoje ou não sai, porque, sabe, eu vou prá casa e volto amanhã."
"Olha, o avião está no Galeão, sem previsão de sair de lá". (O Galeão, para quem não sabe fica no Rio de Janeiro).
"Tá, moço, então deu. Vamos remarcar essa joça prá amanhã."
Tec, tec, tec tec, tec tec, tec, tec. Passagem remarcada para amanhã às 19:00.
Acabou? Nananinanão, caros telespecadores.
E as malas? Ah... as malas.... peraí que nós vamos localizar as malas, esperem aqui um segundinho, por favor.
Foram aproximadamente 60X60 segundinhos e cinco pessoas para estarem tentando localizar as malas.
Acabou, agora, então?
Não, pessoas, cabô inda não.
Tinha o táxi.
Fila de umas cinquenta pessoas para pagar com cartão.
Fila de umas trezentas pessoas (não é uma figura de linguagem usada para reforçar a narrativa neste ponto, não) para os táxis, propriamente ditos.
Agora acabou. Depois de uma emocionante aventura de seis horas, chegamos em casa às 2:30 de la matin. Podres. Famélicas.
Mas não desligue ainda, hoje à noite tem mais.
Porque, vejam, neste exato momento, chove. E, (tá lá no Terra) já são vinte e cinco aviões atrasados em Congonhas que estão sendo redirecionados para adivinhem? Guarulhos.
6.2.07
Muié Cobra. Soon on a movie theater near you.
Então eu resolvi fazer um peeling. Fui ontem na primeira sessão. Não, não tô a muié-cobra. Ainda. O rosto tá vermelho, dolorido e sensível.Acho que a transformação vai começar quando eu estiver em Manaus (de quinta a sábado). Jisuis, que excelente primeira impressão para o cliente novo, não acham?
E ainda bem que amanheceu chovendo em sumpaulo, hoje. Ou a pessoa de chapéu ia realmente chamar a atenção a caminho da farmácia para comprar o mega-filtro-solar que a dermato mandou.
E essa do prefeito, hein? Ridículo. Destemperado, descontrolado e grosso. E pouquíssimo político. Onjáseviu?
Estapear o eleitor e ainda por cima chamá-lo de vagabundo na frente das câmeras? Senhor Kassabs, acho melhor inventar um cursinho de anger management control para nós, paulistanos, feito tem lá nos States.
Alunos, não vão faltar, é só passear no trânsito e recolher.
E ainda bem que amanheceu chovendo em sumpaulo, hoje. Ou a pessoa de chapéu ia realmente chamar a atenção a caminho da farmácia para comprar o mega-filtro-solar que a dermato mandou.
E essa do prefeito, hein? Ridículo. Destemperado, descontrolado e grosso. E pouquíssimo político. Onjáseviu?
Estapear o eleitor e ainda por cima chamá-lo de vagabundo na frente das câmeras? Senhor Kassabs, acho melhor inventar um cursinho de anger management control para nós, paulistanos, feito tem lá nos States.
Alunos, não vão faltar, é só passear no trânsito e recolher.
5.2.07
"O Bobo"
Há tempos estava entediada com o meu trabalho. Tinha se tornado, na maior parte, uma coisa mecânica, sem desafios, pé nas costas. Era só ligar o piloto automático. Agora, com esse trabalho novo em Manaus, estou super entusiasmada. Eufórica, mesmo. É uma coisa que nunca fizemos. E, sincronicidade ou não, é justamente esse assunto específico que tem me interessado nos últimos dois anos.
Sinto uma mistura de medo e excitação.
Tenho estudado, lido, pesquisado.
Sinapses a mil.
Recomeçar é bom.
2.2.07
Duas cousas
1. Alguém mudou o blog pro Google? Aconteceu alguma coisa? Socorro! Mudo ou não mudo?
2. Leiam, leiam, leiam. Ela quase me matou.
2. Leiam, leiam, leiam. Ela quase me matou.
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