29.8.07
26.8.07
Vaidade é uma merda! ou Lição número 1 para freelas carentes
No curso que eu fiz, semestre passado, teve uma aula com um mega empresário nordestino. A aula era sobre logística e distribuição, um assunto que não me interessa em absolutamente nada, mas o cara era fenomenal. Lá pelas tantas, ele contou que tinha montado um outro negócio por um tempo e até fez sucesso mas só fazia "comer" dinheiro e no frigir dos ovos, atrapalhava o negócio principal. Depois de insistir por cinco anos, por pura vaidade, resolveu desistir.
Ele disse: Negócio é prá ganhar dinheiro. Para alimentar a vaidade a gente faz outras coisas.
Essa frase não me saiu mais da cabeça. Porque o meu trabalho é a fogueira das vaidades, né? Difícil evitar.
Então o cliente chama, diz que admira muito seu trabalho (nosso; meu e de Marcia, a sócia), que só confia em você para esse projeto (crucial essa frase, hein? Manipulação total) e patati patatá e te propõe uma coisa nova e desafiadora e você gosta de coisas novas e desafiadoras (eita que mexe com o ego, isso) mas você examina, examina, e não vê de onde vai sair dinheiro suficiente para pagar a puta trabalheira que isso vai dar e o tempo que vai consumir. E além do mais, nosso nome não vai aparecer, como sempre, então, nem prestígio profissional a coisa vai trazer (só para a meia dúzia de pessoas que saberão que o trabalho é nosso).
Em outros tempos, eu aceitaria. Pelo desafio, por orgulho profissional, pela vontade de agradar (e, claro, continuar sendo admirada e querida), pela remota possibilidade de vir a dar dinheiro no futuro, quando, se, etecetera e tals.
Pois então. Não declinamos de todo, não. Apenas dissemos que não vamos fazer o trabalho no risco, que os volumes (de produção) são muito pequenos para conseguirmos ganhar o suficiente apenas com comissão sobre as vendas (formato proposto) e que se ela quer tanto assim o trabalho, ela vai ter que PAGAR. O que ele vale. AGORA.
Eles que corram o risco, ué! Que nós podemos fazer o treco, levantar a bola da marca e ser sumariamente chutadas quando o negócio começar a dar dinheiro, como já aconteceu conosco váaaarias vezes.
Olha, que orgulho, viu? De conseguir ser assertiva assim. A gente cai, cai, cai de novo, mas uma hora tem que aprender. A largar de ser insegura, a praise-sucker being, que elogios são bons mas a forma correta do cliente te recompensar pelo trabalho é pa-gan-do. Porque a relação é essa: fornecedor - cliente. Capitalismo. Ponto.
E sabe que o cliente não desistiu? Temos mais uma reunião na terça, vamos apresentar o projeto e os custos. E se der certo, vamos nos divertir trabalhando, vai ser um desafio e um prazer, e (natural way of business life), seremos pagas por ele.
E senão der, sinceramente, ao invés de trabalhar quase de graça, prefiro ir ao cinema.
Ele disse: Negócio é prá ganhar dinheiro. Para alimentar a vaidade a gente faz outras coisas.
Essa frase não me saiu mais da cabeça. Porque o meu trabalho é a fogueira das vaidades, né? Difícil evitar.
Então o cliente chama, diz que admira muito seu trabalho (nosso; meu e de Marcia, a sócia), que só confia em você para esse projeto (crucial essa frase, hein? Manipulação total) e patati patatá e te propõe uma coisa nova e desafiadora e você gosta de coisas novas e desafiadoras (eita que mexe com o ego, isso) mas você examina, examina, e não vê de onde vai sair dinheiro suficiente para pagar a puta trabalheira que isso vai dar e o tempo que vai consumir. E além do mais, nosso nome não vai aparecer, como sempre, então, nem prestígio profissional a coisa vai trazer (só para a meia dúzia de pessoas que saberão que o trabalho é nosso).
Em outros tempos, eu aceitaria. Pelo desafio, por orgulho profissional, pela vontade de agradar (e, claro, continuar sendo admirada e querida), pela remota possibilidade de vir a dar dinheiro no futuro, quando, se, etecetera e tals.
Pois então. Não declinamos de todo, não. Apenas dissemos que não vamos fazer o trabalho no risco, que os volumes (de produção) são muito pequenos para conseguirmos ganhar o suficiente apenas com comissão sobre as vendas (formato proposto) e que se ela quer tanto assim o trabalho, ela vai ter que PAGAR. O que ele vale. AGORA.
Eles que corram o risco, ué! Que nós podemos fazer o treco, levantar a bola da marca e ser sumariamente chutadas quando o negócio começar a dar dinheiro, como já aconteceu conosco váaaarias vezes.
Olha, que orgulho, viu? De conseguir ser assertiva assim. A gente cai, cai, cai de novo, mas uma hora tem que aprender. A largar de ser insegura, a praise-sucker being, que elogios são bons mas a forma correta do cliente te recompensar pelo trabalho é pa-gan-do. Porque a relação é essa: fornecedor - cliente. Capitalismo. Ponto.
E sabe que o cliente não desistiu? Temos mais uma reunião na terça, vamos apresentar o projeto e os custos. E se der certo, vamos nos divertir trabalhando, vai ser um desafio e um prazer, e (natural way of business life), seremos pagas por ele.
E senão der, sinceramente, ao invés de trabalhar quase de graça, prefiro ir ao cinema.
24.8.07
Hoje cliquei
22.8.07
21.8.07
Tem hora que bate o desânimo
Gente, desculpa.
Já comecei uns mil posts e apaguei todos. Não comecei muito bem essa semana, não.
Já comecei uns mil posts e apaguei todos. Não comecei muito bem essa semana, não.
18.8.07
HUAHUAHUAHUA!!!!!!!!!!!!!!
Eu lia nos tempos do Big Bosta Brasil mas não sabia do "Te dou um dado?"
Vocês tem que ir lá.
Vocês tem que ir lá.
17.8.07
15.8.07
Futilidades
Essa semana tem sido de compras. Para as lojas de Manaus, claro. Se bem que eu andei comprando umas cousas nas liquidações. Ou melhor, na ponta de estoque, onde as cousas vão, depois das liquidações das lojas. Eu sempre tive esse hábito. Que estava meio adormecido. De "marcar" algumas coisas nas lojas muito boas e ficar esperando o preço cair para comprar. Todo fim de inverno eu compro um bom casaco e alguma outra coisa que eu encontrar que seja bem básica ou excepcionalmente linda.
Esse inverno comprei um casaco italiano de lã, vermelho. Um paletó preto acetinado, com cara de smoking e uma blusa de crepe de seda. Casaco com 50%, blusa e paletó com 70%. Nada mal, hein?
Está me esperando lá, na loja do paletó, um scarpin preto de couro de cobra (excepcionalmente divino) que eu não tive coragem (e dinheiro) para comprar. Porque mesmo com 50% (sapatos não tem 70% de desconto, nhé), o raio do sapato custa quinhentos e noventa e oito reaus. Portanto, espero que ele fique lá, porque para adquiri-lo terei que fazer uma poupança-sapato-phyton.
E vocês, lindas, obrigada, obrigada, obrigada. Meu ego está nas alturas com os elogios à Babydoll (links aí, na coluna do lado) e continuam me perguntando onde, em São Paulo, tem nossas coisinhas para vender. Ainda não tem, a representante daqui começou agora. Estamos doidas para abrir "um lochinha" . Precisamos de porcos capitalistas que queiram investir em duas estilistas muito trabalhadeiras.
Estamos vendendo a ponta de estoque no blog mas ainda não conseguimos dar conta de fotografar tudo. Logo, logo, mais novidades. Aviso vocês. E é muito melhor comprar lá, porque é preço de fábrica. Nas lojas vai custar bem mais caro.
E, baixou o Salim de novo, credo. Nem estou me reconhecendo mais. Vocês estão alimentando um monstro!
Esse inverno comprei um casaco italiano de lã, vermelho. Um paletó preto acetinado, com cara de smoking e uma blusa de crepe de seda. Casaco com 50%, blusa e paletó com 70%. Nada mal, hein?
Está me esperando lá, na loja do paletó, um scarpin preto de couro de cobra (excepcionalmente divino) que eu não tive coragem (e dinheiro) para comprar. Porque mesmo com 50% (sapatos não tem 70% de desconto, nhé), o raio do sapato custa quinhentos e noventa e oito reaus. Portanto, espero que ele fique lá, porque para adquiri-lo terei que fazer uma poupança-sapato-phyton.
E vocês, lindas, obrigada, obrigada, obrigada. Meu ego está nas alturas com os elogios à Babydoll (links aí, na coluna do lado) e continuam me perguntando onde, em São Paulo, tem nossas coisinhas para vender. Ainda não tem, a representante daqui começou agora. Estamos doidas para abrir "um lochinha" . Precisamos de porcos capitalistas que queiram investir em duas estilistas muito trabalhadeiras.
Estamos vendendo a ponta de estoque no blog mas ainda não conseguimos dar conta de fotografar tudo. Logo, logo, mais novidades. Aviso vocês. E é muito melhor comprar lá, porque é preço de fábrica. Nas lojas vai custar bem mais caro.
E, baixou o Salim de novo, credo. Nem estou me reconhecendo mais. Vocês estão alimentando um monstro!
11.8.07
Hoje é sábado
A feira acabou na terça e estou morta ainda. Essa foi a primeira noite que eu consegui dormir direito. Eu sei, vocês querem notícias. Para falar a verdade, não foi grandes coisas em termos de venda, não. Esse negócio dos aviões atrapalhou muito. O pessoal de longe (norte, nordeste, etc.) não veio e são esses que compram em feira. O povo de São Paulo interior, Rio, etc, estava lá, mas esses querem que o representante vá visitar depois, com calma, ou então, eles vão ao show-room.
Não foi ruim mas temos que correr atrás dessa gente agora, para poder vender.
Aconteceu uma coisa engraçada: um dos nossos concorrentes diretos (ele tem 28 lojas e vende o tipo de produto que nós fazemos - pijamas para o dia a dia, em algodão) esteve lá. Lógico que ele é muito muito muito maior que a gente mas é concorrente anyway.
Bom, o fulano entrou no stand (que ficou lindo, assim que as fotos ficarem prontas, ponho uma aqui), olhou tudo e me disse que nós precisávamos vender para ele. Eu disse que podíamos vender mas que não pretendíamos vender nada SEM a nossa marca. Ele disse que queria com a marca dele. Eu disse que então, não era possível, tínhamos decidido não fazer e que se ele quisesse (e pagasse, claro) o nosso escritório poderia dar consultoria para a empresa dele e desenvolver uma linha específica (mas não igual à nossa).
"São dois trabalhos, ele disse. Você não vende para mim, eu copio tudo"
Juro, gente. Ele falou exatamente assim. E na hora, claro, fiquei muda.
O cara saiu pisando duro e eu lá, feito uma estátua.
Fiquei puta mas pensando com calma depois, fiquei orgulhosa. Porque se estamos incomodando tanto assim, devemos estar no caminho certo.
Não foi ruim mas temos que correr atrás dessa gente agora, para poder vender.
Aconteceu uma coisa engraçada: um dos nossos concorrentes diretos (ele tem 28 lojas e vende o tipo de produto que nós fazemos - pijamas para o dia a dia, em algodão) esteve lá. Lógico que ele é muito muito muito maior que a gente mas é concorrente anyway.
Bom, o fulano entrou no stand (que ficou lindo, assim que as fotos ficarem prontas, ponho uma aqui), olhou tudo e me disse que nós precisávamos vender para ele. Eu disse que podíamos vender mas que não pretendíamos vender nada SEM a nossa marca. Ele disse que queria com a marca dele. Eu disse que então, não era possível, tínhamos decidido não fazer e que se ele quisesse (e pagasse, claro) o nosso escritório poderia dar consultoria para a empresa dele e desenvolver uma linha específica (mas não igual à nossa).
"São dois trabalhos, ele disse. Você não vende para mim, eu copio tudo"
Juro, gente. Ele falou exatamente assim. E na hora, claro, fiquei muda.
O cara saiu pisando duro e eu lá, feito uma estátua.
Fiquei puta mas pensando com calma depois, fiquei orgulhosa. Porque se estamos incomodando tanto assim, devemos estar no caminho certo.
4.8.07
O dia todo
correndo atrás dos últimos detalhes para a feira que começa amanhã à tarde. Claro que várias coisas deram errado mas já estão sendo corrigidas. Para amanhã cedo mais uma série de coisinhas de última hora, of course.
O site, inclusive, acabou de entrar no ar, neste instante.
Rezem por mim, precisamos vender muuuuuuito.
O site, inclusive, acabou de entrar no ar, neste instante.
Rezem por mim, precisamos vender muuuuuuito.
2.8.07
Acordei às cinco e meia
de um sonho-pesadelo. Eu meio que sabia que esses sonhos (ou pensamentos) viriam. Achava que seria mais fácil. Não é. Ver o Zé com outra, mesmo em sonho, me transformou num monstro. Ódio.
1.8.07
Eccola qua!
Bate e volta Brusque/Blumenau de novo, ontem. Correu tudo bem.
Estamos "tirando", como sempre, a coleção de Babydoll no último minuto. O lançamento é no próximo domingo, no Salão Lingerie Brasil, aqui em SP. Esses eventos são normais para a maioria da concorrência mas para nós ainda são complicados, burocráticos e (main point) caríssimos. Até consideramos não participar desta vez mas fica difícil divulgar a marca, vender e crescer sem estar nesses lugares.
Então, bora lá. Trabalhar mais um bom tempo no vermelho. Não é fácil, não, pessoal. A gente trabalha feito umas doidas para sustentar a Babydoll. Porque a gente acredita. Muito. O povo do "Segredo" (não li, não assisti mas escuto as rabeiras por aí) diz que tem que acreditar para materializar, né? Então tá, então.
E eu sei que estou fazendo mil propagandas aqui e peço desculpas, isso aqui virou uma subsidiária da Babydoll.
Quanto a moi, tenho tocado o barco.
Devo dizer que meu ego problemático recebeu uma bela alisada anteontem, quando eu voltava a pé do dentista para o escritório às nove da manhã. Um ser humano de procedência italiana (tinha que ser, né?), se aproximou, me deu bom dia e caminhou quatro quadras comigo, batendo papo furado e me fazendo toda a sorte de elogios. Não dei meu telefone, não, mas quando ele disse que tinha que me ver de novo, pedi o cartão dele. Quem sabe, na próxima encarnação, eu ligo.
Estamos "tirando", como sempre, a coleção de Babydoll no último minuto. O lançamento é no próximo domingo, no Salão Lingerie Brasil, aqui em SP. Esses eventos são normais para a maioria da concorrência mas para nós ainda são complicados, burocráticos e (main point) caríssimos. Até consideramos não participar desta vez mas fica difícil divulgar a marca, vender e crescer sem estar nesses lugares.
Então, bora lá. Trabalhar mais um bom tempo no vermelho. Não é fácil, não, pessoal. A gente trabalha feito umas doidas para sustentar a Babydoll. Porque a gente acredita. Muito. O povo do "Segredo" (não li, não assisti mas escuto as rabeiras por aí) diz que tem que acreditar para materializar, né? Então tá, então.
E eu sei que estou fazendo mil propagandas aqui e peço desculpas, isso aqui virou uma subsidiária da Babydoll.
Quanto a moi, tenho tocado o barco.
Devo dizer que meu ego problemático recebeu uma bela alisada anteontem, quando eu voltava a pé do dentista para o escritório às nove da manhã. Um ser humano de procedência italiana (tinha que ser, né?), se aproximou, me deu bom dia e caminhou quatro quadras comigo, batendo papo furado e me fazendo toda a sorte de elogios. Não dei meu telefone, não, mas quando ele disse que tinha que me ver de novo, pedi o cartão dele. Quem sabe, na próxima encarnação, eu ligo.
Assinar:
Postagens (Atom)