31.10.10

Exausta

desse embate diário com o Mateus. Exausta mesmo. Ser mãe, por vezes, é a tarefa mais difícil de todas. E sem o outro para fazer o good cop/bad cop... juro... não me resta muita trégua.
Paz é coisa rara por aqui.

28.10.10

Será que vai?

Uma vontade de escrever um postizinho sobre um assunto aí... mas antes de sair metendo a boca, vou dar mais uma chance prá pessoa se redimir. E redimir metade da humanidade junto.

PS. Parece que foi só um mal-entendido. Então... acreditemos por mais uns instantes que existe esperança para a maturidade nesse mundo.

27.10.10

Triste, mas é verdade...

"É como se não se tivesse passado tempo algum em mais de meio século – as modas mudaram, mas a igualdade das mulheres ainda não passa de uma ilusão – talvez mais agora do que naquela época."

Em um novo mundo, os dois sexos desempenham os mesmos antigos papéis

Matéria do Herald Tribune/UOL, sobre o filme "The Social Network". Vocês deviam ler, meninas.

Quando voltei da viagem de HK, comentava com um amigo que tinha achado um dos caras que trabalhava na Trading que está desenvolvendo os nossos produtos, muito interessante. Escocês. Conheci em um jantar, logo quando cheguei. Rolou um xavequinho light, uns olhares, cigarro na varanda do restaurante e tal. Só isso. Meu amigo me perguntou porque nada mais. Eu disse que quando cheguei no dia seguinte para trabalhar... surprise... ele era o gerente da nossa conta e que várias coisas haviam sido feitas de forma inadequada e que eu tinha que trabalhar para o cliente, O que significava ter que ser bem firme com o cara.
Meu amigo perguntou: E daí?
Eu respondi: Eu sou mulher, não posso fazer isso. Perderia totalmente o respeito e a autoridade naquela situação. Você sabe que é verdade. Se fosse o contrário, um cliente homem, um gerente de conta mulher... a situação seria inversa. Sair com ela, provavelmente traria uma vantagem competitiva. Colocaria o cara em uma posição de "superioridade".
Ele acabou por dizer que eu tinha razão. Claro.

Só uma historinha boba para ilustrar o que ainda vivemos, infelizmente.
Eles "mandam", nós somos os objetos de desejo... mesmo quando em situações que não estão dentro desse contexto.
Nem sempre. Generalizei. Mas quando as generalizações são possíveis... e parecem procedentes, geralmente a realidade corresponde. Soooo sad.

E continuamos aguardando as raras exceções.

26.10.10

Revista Próxima Viagem


Porque tá assim. Praticamente.
Quase que me enfiam em um avião de volta para Hong Kong no sábado passado (outro cliente) mas mesmo com toda minha paixão, não queria ir, não. Acabei de chegar e tenho um filho e uma casa. E minha mãe já está com o bilhete vermelho metade para fora do bolso... ser a responsável exclusiva pelo Mateus, mesmo que por 9 dias plus Rio de Janeiro... meio que exaure as pessoas.
Agora... Reveillon em Cancun. Sei que é completamente cê-vê-cê e meio breguinha mas a turma que vai... putz... sensacional.
Além disso já estou totalmente passada da idade dessas viagens de galera, u-hu, no Caribe mas... pensei e cheguei à conclusão que a minha sala de jantar nova para o apartamento novo... (essa eu não tinha contado, né?) pode esperar. Porque essas coisas são agora ou nunca, a vida é curta, passa rápido, a oportunidade tem cabelos na frente e bla-bla-bla. Todos esse clichês carpe diem, seize the moment, etc and all.
Portanto... vou. E a mesa virá quando puder vir.
Vivemos sem mesa Saarinen. Não vivemos sem memórias, amigos e histórias para contar. Ou vivemos... mas é um raio de uma vida chata e sem graça.

PS. Só para constar e devidamente anotado que a pessoa resolveu entrar na história depois de mim, o cutucador oficial de dragões, agora oficialmente livre, vai nessa viagem. Ainda estou para decidir se isso é bom ou ruim.

22.10.10

United Nations ou meus amigos internacionais...

Meu amigo Márcio morou dois anos e meio na Europa e voltou há alguns meses. Lá, ele morou em algumas casas coletivas. Pessoas morando juntas e dividindo espaço e despesas... meio que como uma república, só que com gente que há muito saiu da faculdade.
Chegando aqui, ele resolveu fazer o mesmo... já que não queria morar sozinho e chegou à conclusão que moraria muito melhor se dividisse despesas.
Alugou uma casa enorme, quatro quartos, em uma vilinha nos jardins e botou anúncio nos sites estrangeiros, já que, segundo ele, brasileiros tem preconceito contra esse tipo de esquema.
Hoje, a casa dele é praticamente a ONU. No momento, um espanhol, um alemão e um canadense.
Tem fila para morar lá.

Tudo isso prá dizer que domingo passado fui almoçar lá, já que a empregada dos moços faz uma feijoada sensacional que ela deixa pronta todo sábado.
E aproveitei para perguntar uma coisa que há muito me intriga...

Nós sabemos, mulheres brasileiras, que fazemos parte do imaginário dos homens de praticamente todas as nacionalidades. Nessa última viagem, encontrei profissionalmente com diversos e era só dizer que era brasileira para ver as estrelinhas nos olhos deles. "O" estereótipo.

Com os caras lá da casa do Márcio, tenho mais intimidade, então perguntei:

"Escuta, que tipo de fantasia vocês tem sobre as brasileiras, que basta falar que nasceu nesse país para vocês fazerem essa cara de peixe morto? Que nós somos vagabundas?" (desculpem pelo termo, não acho aque isso realmente exista mas era para ficar claro para seres do sexo
masculino, entendam...)

"Não, não." Eles disseram. "A gente acha que vocês dançam, são sensuais... (boas de cama implicito nessa observação).

Bom, isso é o que eles imaginavam. Perguntei então, o que realmente encontraram... já que os três estão namorando brasileiras, claro...

Carinhosas (boas de cama implícito nessa observação e também uma certa dose de subserviência), bem-cuidadas (a tal da manicure semanal e, principalmente, a depilação - precisavam ver a cara de nojinho do espanhol quando falou da quantidade de pelos por lá...), ciumentas (isso, segundo eles, em função do hábito compulsivo do brasileiro de trair (homens e mulheres)), nunca transam no primeiro encontro (segundo ou terceiro, normalmente (disseram que as mulheres por lá são muito mais seguras de sua sexualidade, no sentido de expressarem o desejo e de tomarem a iniciativa)).

Acho que é isso. Nenhum julgamento de valor, nada disso. Só para constar mesmo. Informação nunca é demais. E saber como somos vistos por aí... ajuda a pensar em como realmente somos.

Ahhh... a quem interessar possa: alemães são absolutamente fiéis.

20.10.10

EU PRECISO

DE UM BLOG ANÔNIMO!

16.10.10

Amigos

A internet é incrível. Ainda vão teorizar, no futuro, como foi que ela mudou as formas de nos relacionarmos e tal. Mas nós, que estamos aqui, no olho do furacão, na geração do meio... só vivemos e pronto.
Isso porque a gente conhece as pessoas dos blogs, lê sobre a vida delas, vê o afeto crescer, o carinho, a amizade. Acompanha as alegrias, os tropeços, o dia a dia entendiante, os problemas com os filhos, o saco cheio do trabalho. Enfim... se identifica. Sofre junto, ri junto. Conhecemos melhor essas pessoas, às vezes, do que os amigos de carne e osso que frequentam a nossa casa.

Nira, querida, boa sorte. Espero que tudo corra bem para todos vocês. Fico aqui torcendo.

14.10.10

De volta...

Sigam a flecha para encontrar a felicidade.

Dezesseis dias e dezesseis noite e não sou a Sherazade. Dos quais, apenas 4 noites dormidas na minha cama e apenas uma... a de ontem, com mais de seis horas de sono.

O mais engraçado é que o cansaço absoluto só bateu hoje mesmo. Cheguei quinta passada da maratona Hong Kong e Frankfurt (Londres miou devido à minha completa idiotice, uma corrida de obstáculos para obter um passaporte de urgência*) e no sábado de manhã fui para o Rio passar o feriado com os meus queridos e melhores amigos (e saí TODAS as noites).

Olha gente... o que é que eu posso dizer...

Total e completamente apaixonada por Hong Kong. Se alguém souber de um empreguinho lá... tô topando. E falo sério.
Foi uma viagem de 9 dias, 6 aeroportos, três dias e meio em HK e dois em Frankfurt mas valeu a pena. Quando cheguei no hotel, faziam exatamente 49 horas do momento em que eu saí da minha cama mas juro que deixei a mala no hotel e fui andar.

É uma metrópole (SP, NY e tals) mas é chinesa e é praia. Imagine, portanto, uma cidade saída do Blade Runner, misturada à uma baía linda, o mar, o sol, muito calor. Gente do mundo todo. E é a China. Lanternas, incensos, templos, andaimes de bambu. Não dá para explicar direito. Tem que estar lá para sentir.

Tudo que existe nesse mundo de meu deus tem lá. TUDO. Prepare o seu coração, a sua carteira, os seus cartões de crédito. Tudo por menos da metade do preço, muitas vezes, um terço. É para matar a pessoa. Principalmente de ódio desse país em que vivemos onde tanto imposto deixa tudo tão mais caro (Europa incluída nessa observação). Acabei me rendendo mesmo aos eletrônicos e aproveitando a nova política de podemos-trazer-celulares-e-computadores-para-uso-pessoal-amém (Blackberry e Vaio lindinhos, lindinhos). Mas tem coisas fabulosas de design (um tapete para o banheiro do Mateus por (atentem!) 30 reais, que é, simplesmente, bárbaro). E 6 metros de seda pura porque... né? Como não? (Aguardem os vestidos novos para o verão). E outras tantas coisas mais... Morrerei quando a fatura do cartão chegar e ainda me arrependo do que o bom senso (e a falta de numerário) me impediu de comprar. O nosso hotel ficava na rua dos antiquários e galerias de arte... dá para imaginar o que é isso?

Mas chega de compras. Enjoei. Não quero mais. Tem mais alguma coisa para fazer em HK?
Well, mocinhas solteiras, separadas, corações solitários... Um lindo a cada 5 segundos tá de bom tamanho? De todas as nacionalidades possíveis? Todos aglomerados e reunidos no bairro ocidental onde tem um bar ao lado do outro e a festa corre solta sete dias da semana?

Ahhh, meninos, não fiquem tristes, não... o mesmo se aplica às mocinhas, com a vantagem das chinesas serem espetacularmente lindas (que pele é aquela meu deus! Parecem todas saídas de um filme) o que lhes dá um caminhão de vantagem, já que a delicada beleza chinesa funciona muito melhor para mulheres que para homens (o contrário ocorre em Frankfurt, onde a beleza é mais dura e funciona à perfeição para os homens).

Cansou de novo? Pertinho da Tailândia, da Índia, de Bali, do Japão. Phuket, mais barato que ir para Salvador. Que tal um fim de semana relaxando nas praias exóticas?

Mas o que me encantou mesmo foi o caos. Gente do mundo todo fazendo de tudo, tudo acontecendo ao mesmo tempo agora. Profissionalmente, milhares de oportunidades. Muita, muita informação.
Gente, sério mesmo... adoraria passar um ou dois anos lá. Aprenderia horrores e me divertiria outro tanto.

* a anta que atende por Daniela não olhou seu passaporte. Chega toda linda e loura no aeroporto, pronta para embarcar para os 4 dias em Londres que seriam o início e o passeio dessa viagem. Tã-nã!! Passaporte vencido há 20 dias. Sócia embarca, Daniela fica. Era sexta-feira. Polícia Federal? Só segunda. Daniela passa o fim de semana roendo as unhas e se remoendo de ódio. Segunda... PF sem sistema. Nada acontece. Terça, Daniela acorda às 5:30 da manhã e 6:30 já está na porta da PF. SEM SISTEMA. Após 12 horas de chá de cadeira e alguma humilhação (vou te contar, hein?), resolvem me dar um passaporte verdinho (porque é bem assim: resolvem. Apesar de estar no site que essa situação existe e que devidamente justificada pela empresa demanda que você receba um passaporte em, no máximo, 24 horas), praticamente colado com cuspe, que saiu em duas horas (ou seja, poderia ter saído na segunda-feira de manhã), custa o dobro do normal e é válido por uma só viagem*. Saio da PF às 7, vôo marcado para às 10 (em Guarulhos). Passo em casa, jogo uma água no corpo, pego a mala e corro para o aeroporto, direto para Frankfurt para encontrar minha sócia. E de lá, para HK. Com cinco horas de chá de aeroporto no meio.

* eu sei que eu devia contar essa história direito, com todos os detalhes sórdidos mas esse post já está muito maior que deveria. Além disso, ainda tenho que passar no cartório eleitoral porque eu estava fora no dia de eleição e pegar o devido papelzinho, pagar a devida multa, terei que voltar na PF para fazer outro passaporte, com os devidos documentos tudinovo e pagar novamente, oficórsi.