28.12.05

Ao sabor do vento

Preciso escrever alguma coisa. Sei disso. As poucas pessoas que ainda passam por aqui devem estar achando que eu morri. Afogada no Natal Let it be. Morri não. O Natal acabou sendo na casa da minha irmã mesmo, muito petit comitê, muito bom.
Não tenho estado por aqui porque, sinceramente, não tenho pensado. Desliguei esse botão. Não me pergunte como, porque eu não tenho a menor idéia, mas tá desligado. Por hora. Sobrevivo somente com o sistema límbico*. Necessidade e satisfação. Fome - comida, sono - dormir, tesão - sexo, preguiça - rede. E assim por diante.
Não costumo fazer balanços de fim de ano e menos ainda promessas de Ano Novo nessa época. Não tenho saco, nem vontade. Então fico lendo as de vocês, tão lindas, profundas, pensadas. E me admiro. Porque a determinação me falta.
Porque eu penso o ano inteiro. Sem parar. Porque eu meço e remeço à mim mesma, minha vida, meu trabalho, meus amores. O sacro santo tempo todo.
Então quando as férias chegam, me dou folga, sabe? Prá não enlouquecer de vez. Porque esse negócio de auto-análise pode ser de uma chatice sem fim. Sem contar a prepotência. Sei que ainda preciso mexer nuns baús e que nunca temos os porões completamente desimpedidos mas, por enquanto, deixa lá. Que desembrulhar, nessa época, só presente.
A única certeza que eu tenho é que preciso voltar para a musculação. Que essa certeza você adquire aqui. Muito rapidamente. Morar numa cidade onde se passa a maior parte do tempo seminua não deve ser fácil. Ou não. Sei lá. O tal sistema não permite elaborações muito complexas. Ele é uma mistura de Caetano Veloso com Zeca Pagodinho.
Deixa a vida me levar.
Ou não.

* sei lá se esse é o nome certo, foi o que me ocorreu. Pesquisas no Google são impossíveis neste estado de espírito.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ê, vida dura... mas Zeca Pagodinho tá certo, deixa a vida te levar. Pelo menos nas férias. ;o)