Depois de ler o post dela sobre o Chico, fiquei pensando na minha paixão por ele e claro, na paixão de quase todas as mulheres por ele. Eu vivo chamando o Chico de Príncipe das Madas, porque, gente, concordemos, o cara é um problema ambulante, beberrão, mulherengo mas aqueles olhos azuis, aquela cara de bonzinhomepõenocoloplease, ninguém resiste. Mas claro, o principal são as letras. Porque a gente acha que se ele entende tanto de mulheres assim, putz, tem que ser o cara. E imagina? Uma música com o meu nome? Nossinhora, a glória.
A minha história com ele vem desde a infância. Das fitas K7 ouvidas durante as longas viagens para o interior, de carro, família toda, férias. Eu e a minha irmã, cantando em coro: Mulheres de Atenas e O Meu Amor e a minha avó paterna dizendo que isso não era música prá crianças, não era não, de jeito nenhum e vamos colocar a fita da Vila Sésamo, já, imediatamente.
Quando tinha uns quinze anos, fui ao Rio com a minha mãe e o Adalberto, meu amado pai-padrasto. Ela tinha qualquer coisa de trabalho para fazer por lá, então fomos a tiracolo, passar o feriado.
E, compramos ingressos para o show do Tom Jobim no Canecão. Estávamos na fila, lá fora, e a minha mãe diz: olha, é a Marieta Severo! Bom crianças, olhei prá trás e meu coração parou. Porque atrás de mim, na fila, colado em mim, a meio metro, os malditos olhos azuis.
Pronto, daí em diante, o que era paixonite virou amor eterno. Forever and beyond.
O show foi maravilhoso e o Tom pediu que ele subisse ao palco para cantar Anos Dourados. Ele esqueceu a letra, claro. E fez aquela carinha de coitadinhomeadotamepeganocoloagora. E o sorriso tímido, o sorriso tímido não podia faltar. Derreteu todas as mulheres e homens presentes.
Chico, eu também te amo.
E como para todas as épocas da vida, existe a música do Chico perfeita: Samba do Grande Amor. Eu e o meu coração de fiador.
PS- upideite - o cara (aquele mesmo que eu nunca vi, nunca comi, só ouço falar) me deu um banho de filosofia, depois disse (crianças presentes fechem os olhos aqui e coloquem a fita da Vila Sésamo) que quer me comer de todos os jeitos possíveis e depois, (claro, né Mary?) deu uma bela mijada demarcatória me pedindo para "esperar" ele vir me ver. Não sei se era para eu achar bonitinho essa história de ciuminho mas eu não achei, não.
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Um comentário:
homens inteligentes...caídos pro intelectual...também sempre me desencaminharam. ainda bem que foram bem poucos...infelizmente.
maraih
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