Olha, gente,
tenho que ser sincera com vocês. Porque eu sempre fui. A minha brincadeira com o rato número 2 já aumentou muito de proporções. Cuspi prá cima e caiu na testa. Não sei aonde isso vai dar porque continua sendo uma relação virtual mas estou que nem a propaganda do Estadão, tendo que rever os meus conceitos. (Eli, amigo querido, não sei se você tem passado por aqui mas, se tem, deve estar às gargalhadas e dizendo: sincronicidade, sincronicidade).
Aliás, rever conceitos tem sido a frase de ordem, ultimamente.
Eu que sempre disse que era uma pessoa da vida real, admito. A internet também é vida real** apesar de ter uma textura completamente diferente.
Não, ninguém vai me encontrar morta diante do computador, após dias sem comer e beber mas o meu nível de interesse e envolvimento com o objeto, já contaminou a experiência há tempos.
É uma paixão inventada, claro. E construída mutuamente. Portanto, provavelmente, muito mais bem adaptada aos nossos desejos, fantasias, expectativas. Só que o que se pretendia que fosse apenas isso e que se mantivesse nessa realidade paralela, começa a projetar sombras sobre as realidades individuais que existem fora deste espaço*.
* Mary, você realmente tem razão quanto à demarcação de território. Engraçado que isso também ocorra virtualmente. Muito me espanta. Ou não. Porque as nossas naturezas se manifestam em qualquer realidade. Apesar da evidente "vantagem" do anonimato e da construção de personas aperfeiçoadas que a internet permite.
** "A proximidade virtual e a não virtual trocaram de lugar: agora a variedade virtual é que se tornou a "realidade" (...). A proximidade não-virtual termina desprovida dos rígidos padrões de comedimento e dos rigorosos paradigmas de flexibilidade que a proximidade virtual estabeleceu. Se não puder imitar aquilo que se transformou em norma, a proximidade topográfica vai se tornar um "ato de transgressão" que certamente enfrentará resistência. E assim se permite que a proximidade virtual desempenhe o papel da genuína e inalterada realidade real pela qual todos os outros pretendentes ao status de realidade devem se avaliar e ser julgados".
Zygmunt Bauman em Amor Líquido.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Dani,
obrigado pelo carinho...sim, tô sofrendo de uma forma que eu nunca achei que seria possivel..infelizmente...mas ao contrario de voce ela nao ta sofrendo, na verdade nao esta nem ai, pois quando terminamos, eu continuei ao lado dela, como melhor amigo dela, e esse foi um erro, deveriamos ter nos afastado...ai quando ela deixou de gostar de mim, o que eram virtudes aos olhos dela se tornaram defeitos...com ela se foi tudo o que eu tinha de melhor na vida e sobrou apenas uma magoa doída demais...e o pior, ela não ta nem ai, nem pra mim como homem ou como amigo dela, e isso me mata cada dia mais...por mais que eu esteja fazendo um trilhão de outrs coisas pra não pensar nela, ainda assim, nada disso adianta..e a vida segue minha amiga virtual, mais vazia e amarga do que de costume...
Não estou a gargalhar não, nobre e querida amiga, hihihi... mas lavemos a roupa suja aqui e agora mesmo. E num gesto de boa vontade começarei pelas minhas calças hihihi... fiz pipi... e você em contrapartida poderia colocar a testa, não? Brincadeirinha....
Sério agora, ihihiihi... pardon... mas agora estou achando essa coisa virtual meio parecido com dinheiro que segundo o filósofo Quino, argumentava do alto de toda a sua sabedoria: dinheiro não traz felicidade mas tem uma incrível capacidade de imitá-la.
E agora não estou dizendo sincronicidade mas multiplicidade, multiplicidade...
Beijão
>>>ELi>>>
me disseram uma vez que o amor acontece quando alguem topa entrar na sua fantasia. que a gente fantasia sempre, sozinha. quando alguem topa fantasiar junto. pá. é o amor.
não entendi muito coisa do post. aliás, não entendi quase nada.
já alimentei um relacionamento que começou virtual...hoje é uma amizade verdadeira. não tenho mais preconceitos. é um meio sem preconceitos...contra a aparência, somente contra a ignorância.
mariah
Postar um comentário