Mas.
As pessoas dizem que eu sou uma mulher bonita. Sei lá. Não pensava muito nisso, não. O Zé não era dado à muitos elogios. O desejo estava nos olhos dele e me bastava. E não vamos aqui conversar de auto-estima porque, né? Assuntinho longo e muitíssimo explorado.
Não quero desiludir vocês, crianças mas, olha, homem é um negócio complicadinho.
Estamos falando de fidelidade aqui. Difícil, hein?
Porque estando do lado de cá da cerca e não tendo mais um
E, se por um lado parece engraçado e lisonjeiro, por outro, desânimo profundo e arrasador. Porque, amigos, por mais moderna que seja a relação que eu pretenda estabelecer, duas casas, um pouco mais de indepêndencia, amigos em comum e amigos em separado, venho aqui e vos digo: Ô bicho inquieto, esse bicho homem!
E aí eu fico pensando em como administrar esse conhecimento. Porque tapar os olhos é uma coisa que eu não faço mais, seja qual for a realidade que eu precise encarar.
Tem aquele texto que rodou a net, dizendo que não há mesmo, fidelidade masculina. Ou melhor, há. Mas que se estabelece sobre outros padrões. Que uma coisa não tem nada a ver com outra, aquele papo que a gente também escuta desde a tenra infância. E tudo isso porque ontem, recebi um e-mail de um cara casado, lá no negocinho da internétis. Não é o primeiro. Nem o segundo. Nem o terceiro. Nunca respondo. Mas ontem, eu mostrei para a minha sócia, melhor amiga, praticamente irmã. E vi a indignação nos olhos dela. A dor, mesmo. Porque ela está casada, né? E diante dela, eu virei " a outra". A outra encarnada, personalizada em mim, a outra mitológica. A amante, a que está lá, sempre disposta e cheirosa e risonha (será que existe, hein? essa mulher?)
E, olha, devo admitir que é verdade. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Não tinha tido muito tempo, na minha vida pregressa, de testar essas possibilidades. Sexo amigável, livre de expectativas, sem ser usado como moeda de troca, sem pretensões românticas. E é absolutamente possível. E pode ser muito agradável. Mas mesmo assim, ainda acho que estamos em estações diferentes, homens e mulheres.
Ou como disse meu amigo (aquele do post da Virada Cultural), ontem no eme-esse-ene: homem é pornográfico. E terminou dizendo que vai procurar um psicólogo e acabar com essa vida de putaria. Mas antes (palavras dele), bem que a gente podia sair mais uma vez, né?
Crianças, desisto.
Um comentário:
Os últimos três caras que se interessaram por mim eram casados. O primeiro eu resisti, o segundo não consegui, eu confesso. O terceiro está tentando, mas na boa, vou cair fora. E também vou cair fora porque ele é segurança de uma loja de R$ 1,99 e se chama Adalto (risos). O resto da história está no blog.
bj
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