Eu sei que parece que eu só faço isso na minha vida. Travar contato com seres humanos do sexo masculino. Mas não é, não. É o que eu conto aqui porque é o que é divertido, né? Um pouco, pelo menos. De qualquer forma, apesar de parecer, não tive nenhuma interação verdadeiramente interativa com esses seres em dois meses. A caminho da beatificação.
Mas essa eu tenho tenho tenho que contar, porque né? De novo, só comigo.
Pessoa me manda e-mail (negocinho da internétis, claro). Conversamos muito pelo eme-esse-ene. Toda uma identificação. Crescemos a quatro quadras um do outro, frequentamos todos os mesmos lugares na infância e na adolescência. Rimos, rimos, rimos (huahuahuahua, claro). Nada ao vivo. Não sei como nunca nos encontramos naquela época. Deve ser a diferença de quatro anos na nossa idade, que significam décadas quando temos 13 ou 14 anos. Pessoa é judia. Ok, nenhum problema. Sempre tive muitos amigos judeus, muitos mesmo. Duas melhores amigas, inclusive.
E a pessoa não quer me encontrar para um café nunca. Diz que está apaixonado e que tem medo da rejeição (certo, a loucura começa aqui). Além de pedir para eu dizer (escrever) que o amo, todo santo dia. Diz ele que a palavra escrita tem poder e que se eu escrever suficientes vezes, se torna verdade. Ã-hã. Mas não é isso que eu vim contar, não. Na sexta, shabat, ele diz que vai à sinagoga (como sempre, aliás). E que vai perguntar para o rabino.
O que é que você vai perguntar para o rabino, pelamor?
Vou dizer que eu gosto de você e que você não é judia.
Ai, ai. Só comigo, só comigo, sóoooo comigo. Dizem que tá na novela, né? Não sei. Não assisto. Esta é a minha vida. Roteiro de novela. Blah.
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2 comentários:
De repente, né?, tá surgindo uma oportunidade pra você usar uma peruquinha.
Olha só... Corra dese que tem cara de ser congelada, se ele vai perguntar ao rabino, imagine como não deve ser a "mama ídiche"?
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