Tá bom... tá bom... admito.
Que me tornei craque nesse negócio de conhecer pessoas pela internet. E que cuspi prá cima e caiu no meio da minha testa. Porque é uma forma legítima mesmo. E funciona surpreendemente bem. Incluo na minha experiência os sites dedicados e os chats. Sendo que o tipo de interação é um pouco diferente, mas nem tanto. Falam por aí que o Twitter funciona as well as... mas sobre isso eu não posso opinar, ainda não testei.
De qualquer forma, o que mais me surpreende é a efetividade da minha conversa escrita. Não que eu esteja negando que seja inteligente, não cometa erros crassos de português, tenha um senso de humor razoável e coloque o ponto exato de pimenta nas conversas (que, aliás, é variável). Mas acho que a principal arma é mesmo, (pasmem nesse ponto) a educação. Pelo que tenho notado é um hábito em desuso. Infelizmente. Me dizem sempre que sou doce e encantadora e eu, sinceramente, acho que o que eu pratico são as regras da boa educação, somente.
Claro que eu sei que oitenta e sete vígula dezoito por cento é xaveco barato mais que básico (nada contra, hein... tudo depende dos objetivos de cada interação mesmo e é absolutamente perceptível para qualquer um com mais de dois neurônios e um pouco de maturidade) mas sobra aí um percentual de pessoas. E, há umas três semanas, recebi até flores*. O que eu estou querendo dizer é que: querendo e tendo-se um pouco de paciência, acha-se o que quiser. Para todas as intenções, estilos, preferências.
Tenho um amigo que diz que virou uma roda viva, que as pessoas tendem a achar que sempre vão encontrar alguma coisa melhor, que não param, que vicia, coisa e tal. Tudo verdade. Mas não para todo mundo, não o tempo todo.
Outro que diz que é cheio de gente doida. Desse, eu discordo. Mesma proporção de doidos que em qualquer outro lugar. Eles apenas se expõe mais, o que, eu acredito, é uma vantagem.
Rogério, um outro amigo, que... aliás, conheci há tempos na internet e virou, primeiro, um muito breve casinho (isso porque ele é um vagabundo (no bom sentido) sem tamanho), depois, o melhor dos amigos, diz que a conversa boa é importante mas uma carinha bonita ajuda muito... e que ele, muito frequentemente escolhe as burrinhas, de propósito. Está sendo, claro, Rogério ele mesmo, com o cinismo, o humor impagável e tudo que o transforma no melhor dos amigos para falar sobre qualquer assunto, de preferência sentado em uma mesa de bar com uma dose de whisky. E ouvindo música boa, claro.
Concordo e discordo.
Estou aqui hoje para fazer apologia mesmo. Abriu portas para uma série de pessoas com características específicas e que não funcionam muito bem em ambientes com música eletrônica e vodka com energético. Estando eu, aí incluída. Sendo que adoro sair mas sou o fracasso da balada no sentido pegação clássica, já que... um pouco tímida, alta demais, bem além da idade média dos locais e segundo, novamente Rogério, com cara de mulher séria (não sei realmente que cara é essa). Além disso, saio com meus amigos para me divertir, dançar, dar risada, ouvir boa música e conhecer alguém, sinceramente, está bem lá embaixo da minha lista de prioridades nessas ocasiões.
Facilitou muito também para os homens. Segundo a maioria, não temos idéia do quanto é difícil atravessar um bar lotado e dizer oi para aquela mulher que ele acha (não, nunca tem certeza) estava sorrindo prá ele de um jeito especial.
Minhas amigas dizem que eu tenho que escrever um livro, normatizar técnicas, ajudar as pessoas. Já fiz isso com várias. Funcionando em graus diferentes, dependendo da aplicação dos pupilos e de suas capacidades pseudo-literárias. Podia, talvez, oferecer meus serviços de Cyrano de Bergerac internética. Cobrar por lauda, talvez? rs
O negócio hoje aqui é agradecer a existência do veículo. Para quem sabe usar, uma ferramenta muitíssimo útil. Proporciona grandes amizades, alisamento de egos, satisfação das necessidades físicas básicas, o que quer que você queira, necessite, deseje. Dizem que até amor... mas na minha humilde opinião, dependemos aí, da nossa senhora da boa fortuna mesmo. Seja na fila do supermercado, na livraria ou eletronicamente.
Temos historinhas... sempre temos historinhas... mas fica prá outro dia. Isso aqui já passou da extensão regulamentar faz tempo.
* Impulse total, se um homem que você nunca viu antes etcetera e tal... e palmas para a engenhosidade da pessoa, hein. Já que eu não tinha dado meu endereço (não, não sou doida, né), somente disse que morava nas proximidades de... e ele tinha meu celular. Passou na floricultura, comprou e pediu que eles me ligassem. Virou um jantar, porque, né... a educação de novo... e foi só isso.
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7 comentários:
Querida Dani:
A internet veio para facilitar e ao mesmo tempo para complicar a vida dos complicados...rs
Muito normal vermos uma quantidade absurda de gente que só se relaciona via internet e esquece de ter vida própria. Ao mesmo tempo que ela une, ela separa as pessoas. Eu gosto de trocar idéias, experiências e impressões com os amigos da blogesfera, mas não abro mão do contato olho no olho. Espero tua visita ao meu blog hein...rs
Beijoooo
www.lua2gatos.blogpsot.com
concordo plenamente com o q vc disse sem tirar nem por e por conta disso comento o comentario a cima fazendo a seguinte pergunta," oq é q nao é complicado nessa vida?", se fosse soh a internet a gente dava um jeito....adoro oq vc escreve!!!
Otimo texto,é a verdade mesmo.
Faz um blog para explicar as tecnicas q vc usa.
Faz um blog para explicar as tecnicas q vc usa.
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Olá Dani, desculpe o off topic em relacao ao seu post, mas vi nos comentarios do gustavo gitti que voce tava traduzindo o Deida, poderia por favor me mandar ou dar o link do pdf original? luciok(arroba)gmail.com
Agradeço muito!
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