A Mary escreveu um post sobre o que aconteceu com a sobrinha dela na escola. Me deixou puta da vida. Escola é um assunto que sempre me interessou. Aprender e tal. Eu sempre fui uma boa aluna. Aplicada, adorava aprender, notas sempre altissimas. Lia feito uma desesperada na adolescência. Modelo baleia mesmo. Quanto mais água melhor... prá ver se no final sobravam alguns peixinhos.
Me lembrei de uma história que aconteceu comigo e que acabou com a minha fé na escola, de uma vez por todas. Porque juro, eu acreditava mesmo. Inocente, judiação.
Segundo colegial, começa o curso de química orgânica. O professor explica a estrutura da molécula de carbono. Eu levanto a mão e digo: professor, não entendi. Ele explica de novo. Eu digo que não entendi de novo. Ele explica de novo. E eu, pela terceira vez, digo que não entendi. Vejam, eu queria entender de verdade, não só anotar o que ele estava dizendo e repetir na prova feito um papagaio amestrado.
Ele ficou puto, me disse que esse conteúdo era de nível superior e que se eu fizesse faculdade de química, eu, então, aprenderia. Claro que eu perguntei qual a razão de estarmos tendo aquela matéria, já que com o nosso nível de conhecimento éramos incapazes de entender. E que aquilo que ele estava dizendo era absolutamente ilógico. Já viu, né? Arrumei uma confusão sem tamanho.
Mas o que eu mais me lembro é de como fiquei triste. Decepcionada mesmo. E fui conversar com um amigo, que já estava na faculdade e trabalhava na escola meio período.
Ele me disse que era assim mesmo. Que éramos ratos em um labirinto pavloviano e que só tínhamos que apertar o botão certo para receber a comidinha. Faz isso, ele disse. Faz o que te pedem, pega sua nota e vai para casa aprender sozinha.
Pena. Uma pena mesmo, que a escola massacre a verdadeira vontade de aprender. Acabe com os talentos, acabe com o prazer.
Isso sem falar na chatice desse modelo que é absolutamente inadequado para essa geração de crianças. Mas aí... já é outro assunto. Fica prá depois...
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