12.4.11

...

Some things hurt so much that all you are left to do is put on a brave face. Because if you dare to voice it, or even to look at it more closely, you may fail to survive.
So you pretend. And by pretending, you start to believe.

11.4.11

thankyoumoreplease

Assisti a um filme com esse título, há umas semanas. Em uma das cenas do filme, uma das protagonistas pega um taxi com um motorista indiano. Ele diz que ela está destinada a grandes coisas mas que precisa agradecer mais. Agradecer o universo. Dizer: Thank you. More, please, sempre que algo bom estiver acontecendo. Porque além de agradecer, deve-se pedir mais do negócio bom.
Pois então.
Fim de semana na casa nova do amigo mais querido, em Holambra, comemorando o aniversário dele, rodeada de gente boa, talentosa, alegre.

THANK YOU!! MUCH MORE, PLEASE!!!!

Em letras garrafais que é para não haver dúvidas.

6.4.11

Let's hope

Depois de um mês de uma maratona de exames médicos com o Mateus, hoje, finalmente, é a consulta da neurologista. Ele concordou em tomar o remédio para o TDAH, que já devia estar tomando há séculos. Toda uma esperança envolvida nesse processo. Torçam por mim. Preciso realmente de uma folga nesse departamento.

3.4.11

Mantra

Pelo que pude constatar na internet, é uma música de 1979. Ou seja, eu tinha 11 anos. E me pego cantando essa música na cabeça, assim, de uma hora para outra. Os versos todos errados, claro, faltando uma boa parte mas estava lá, martelando os meus neurônios. Eu me lembrava que era um poema musicado de alguma atriz bonita da época (maldita memória que me faz lembrar de uma coisa dessas e esquecer o horário do dentista). Pensei em Maitê, que é uma bonita que de vez em quando publica livros mas não era. Goo*gle - Bruna Lombardi.

Pensando em imprimir em um papelzinho e transformar em uma oração diária... quem sabe o universo escuta?


Que me venha esse homem
Depois de alguma chuva
Que me prenda de tarde
Em sua teia de veludo
Que me fira com os olhos
E me penetre em tudo

Que me venha esse homem
De músculos exatos
Com um desejo agreste
Com um cheiro de mato
Que me prenda de noite
Em sua rede de braços

Que me venha com força
Com gosto de desbravar
Que me faça de mata
Pra percorrer devagar
Que me faça de rio
Pra se deixar naufragar

Que me salve esse homem
Com sua febre de fogo
Que me prenda no espaço
De seu passo mais louco

Que me venha esse homem
Que me arranque do sono
Que me venha esse homem
Que me machuque um pouco.

1.4.11

Desculpe, estou ocupada, podemos falar depois?

Leio no Alex, o texto e os comentários sobre a questão da boa educação.

Engraçado. Porque estive pensando nisso esses dias...
Vocês sabem que eu sou praticamente a rainha do date na internet. Técnica apurada, método quase irretocável, toda uma expertise. Já ensinei várias pessoas... todas me dizem que eu devia escrever um livro prá ajudar (exagero da torcida uniformizada que são os meus amigos). Mas o que eu sempre digo que é o grande diferencial ... é ser educada.
Claro, ser espirituoso conta, escrever direito também, sensibilidade é fundamental, mas o que realmente espanta e encanta as pessoas é simplesmente um bocado de educação básica.

Amazing. O que deveria ser condição pré-existente para qualquer ser humano de qualidade vira opcional de luxo. E em terra de cego....

28.3.11

Cega e grisalha... oh god!

Prá tudo nessa vida tem um episódio do sex*and*the*city. Incrível. Estava me faltando esse... aquele em que a Samantha descobre um monte de cabelos brancos lá mesmo, naquele lugar, nas partes íntimas. Ai ai. Que saco. Mais essa. Se alguém tiver alguma dica, estou aceitando...
Porque vou te contar, essa ladeira depois dos 40 é íngreme. E a gente desce de rolemã. Em meses, não enxergo mais nem um cardápio... bora usar oclinhos de leitura, dear. E voltar, urgente para a academia porque senão... o meu sex*and*the*city particular estará deveras compremetido very very soon. Life sucks.

1.3.11

Daniela, o retorno....


Queridos...
Sorry, sorry, sorry.

Vida corrida, como sempre. Prometo não sumir mais por tanto tempo.
Voltei para divulgar o nosso novo blog, com a linha de lingerie noite mais linda desse mundo.

Babydoll Boudoir... vão lá conhecer.

15.1.11

Olá

Só para dizer que estou viva.
Cheguei de vaigem e mudei de casa. Ainda estou sem internet. A Donanet tem que resolver dar o ar da graça... já deu o cano uma vez, promete a ilustre visita para a próxima segunda.
Prometo que volto.

22.12.10

Quickies

Trabalhando, trabalhando.
Indo ao apartamento novo todo santo dia, só para constatar que não vai ficar pronto mesmo, esse ano.
Vivendo entre caixas, sem cama e sem sofá.
Contando os minutos para o dia 25. Uma semana em Cancun com os amigos.
E essas serão as férias. Se é que dá prá chamar de férias... Uma semana? Não dá, né?
Na volta me esperam a mudança e uma montanha de trabalho.
2011 promete.

17.12.10

Só um desabafo de quem não é CLT

Eu nunca falo de política ou qualquer assunto desse tipo mas tem dias que... sinceramente... não dá.
Eu estou começando um projeto com uma fábrica que produz confecção para marcas de terceiros.
Estou desenvolvendo produtos para uma marca e vou receber da fábrica, uma comissão sobre o que for vendido.
Olha... a gente aperta daqui, aperta dali, faz o preço, coloca as margens da fábrica e as nossas (que são menores do que a gente pretendia e deveria receber) e quando colocamos os impostos... bem... os impostos são maiores do que o lucro da fábrica e a nossa remuneração somados. E o preço vai lá em cima e fica realmente difícil de negociar.

Então, sorry pelos idealistas, mas ser empresário nesse país, com essas leis trabalhistas e com essa carga tributária é ser um herói.
E apoiar um governo estatizante, que infla a máquina e aumenta cada vez mais os impostos para sustentá-la... sinto muito, não dá.
No meu segmento, o que acontece é que cada vez mais a produção sai do Brasil e se desloca para outros países. E é um segmento que poderia dar muitos empregos. Confecção é o segundo empregador depois da construção civil.

Conversei ontem com um amigo, empresário, para quem trabalhei durante dois anos. Uma das pessoas mais corretas e honestas que eu conheço. Tinha uma fábrica com 250 funcionários. Pagava todos os impostos, todo mundo registrado, funcionários respeitados. Uma beleza, mesmo. Há três anos ele fechou a fábrica e botou o dinheiro dele todo no banco. Diz que não se arrepende nem por um minuto porque esse é um país onde não dá para trabalhar. Não dá para produzir. E essa era um pessoa que acordava todo dias 5 da manhã e ia para a fábrica feliz.

Um outro, meu melhor amigo, que continua lutando, me disse que nos últimos 4 anos, a carga tributária dele aumentou 43%. As margens? Só rindo, né... Ele não consegue recuperar nem um quarto disso. Porque tem concorrentes de fundo de quintal que não pagam impostos, não registram funcionários e vendem mais barato. Está no banco, pagando juros altíssimos para conseguir girar o negócio e manter uma fábrica com 120 funcionários. A fábrica que era do pai e que ele ama. Mesmo. Portanto, chega de onerar quem paga, tem que fiscalizar melhor quem não paga.

Eu mesma. Há dois meses atrás, paguei mais imposto no mês do que a minha retirada. Uma empresa de duas sócias e uma funcionária. 20% do que a gente fatura é imposto. Isso, sem contar o imposto de renda de 27,5% que é aplicado depois, sobre as nossas retiradas pessoais. Gente... simplesmente não dá.

É óbvio que eu concordo com a distribuição da riqueza mais equitativamente, com condições justas e dignas de sobrevivência para todos, educação de qualidade, saúde, segurança, transporte. E que a forma de fazer isso é tributando. Mas tributando lucros, não onerando os produtos. Produtos e serviços, no Brasil, hoje, são mais caros que em qualquer lugar do mundo. Europa social democrática incluída.
Se não formos capazes de produzir riqueza, o que é que vamos dividir?
A nossa carga tributária e o nosso paternalismo inviabilizam a iniciativa privada.

Desculpe pela chatice, queridos. Só puta da vida mesmo.

9.12.10

Why god, why?

Só prá divertir vocês... porque não tenho saído, tenho evitado contatos de segundo e terceiro grau com seres do gênero masculino. Tenho somente trabalhado e encaixotado. Very fun, as you can see.

Mas tem essa pessoa com a qual eu saí... sei lá... um ano atrás? Se não for mais...
Nada de fundamentalmente errado com ele. É quase uma década mais novo que eu mas já cresceu o suficiente para ser homem. Se bem que já disse várias vezes prá ele que devia tratar de arrumar uma namorada e casar. Criatura totalmente família. Ama os sobrinhos. fala todo dia com ele. Tem cachorro e tal. Family man mesmo. Devia casar e procriar. E eu, no departamento procriação, digamos que já cumpri a minha missão nessa terra.

Anyway, a gente conversa de vez em quando e ele nunca deixou de jogar o xaveco básico, toda santa vez. A questão é que... problemas de compatibilidade mesmo. Exato. Lá. Naquele quesito onde as fantasias e os recalques se revelam.

Só sei que faz uma semana que a criatura não sai de mim, não sai. Mensagens, telefonemas, conversas. E eu já deixei bem claro que outra mulher poderia fazê-lo bem mais feliz que eu. Pessoa não desiste. Uma pena mesmo. Sendo que estou mais sozinha que cobrador de pedágio e a companhia da pessoa é muito agradável. Outside the bedroom.
E ele descreve o tipo de mulher que ele aprecia e sou eu. Sem tirar, nem por (tem circunflexo nesse por/pôr? Não sei mais escrever depois da reforma, sorry).
Só vim aqui escrever essa bobagem porque meu celular acabou de apitar e nele se lê: Bom dia. Beijos. Quite cute.

Enquanto que outro deles, que deveria ligar, is totally missing. Não, não. Nada apaixonada. Apenas dividiria um espaço plano com ele anytime, anywhere.
At your service, 24 hours a day. Home deliveries. Just a phone call away. Bla bla bla.

Why god, why?

6.12.10

Dr Freud, please, give me a break

Semana passada, Mateus me perguntou se eu voltaria com o pai dele. Oh God... Esse é o tipo de pergunta que acaba com a gente, né? Porque você acha que já está tudo entendido e sedimentado. Já se passaram três anos. E não. Eles sempre querem ver os pais juntos. No matter what. E o maldito Freud continua tendo razão diariamente nessa casa. Responsável por todo o tipo de sequelas emocionais dessa pessoa no futuro, eu serei. A Mãe. Arquetípica. Que abandonou O Pai.
Shit.

4.12.10

Trecho de In Treatment, Gabriel Byrne

Having a tennager at home is like going to the dark side of the moon. The person that you've known, that you've loved, just disappears. You just have to trust that, eventually, they will come back. Maybe different. But they will.

1.12.10

Update

Trabalhando bastante para entregar tudo que precisamos até o dia 17.
Embalando minha casa para mudar na semana do dia 20.
Remoendo meus pensamentos e me sentindo impotente em relação ao papel que realmente temos na educação dos nossos filhos.
Sendo e me sentindo sozinha.

14.11.10

Feeling miserable

Eu passei metade da minha vida me dedicando quase que exclusivamente à família. Eu trabalhava, claro. Mas a minha prioridade sempre foi meu marido, meu filho. O meu dinheiro sempre foi para sustentar a casa e um monte de sonhos malucos que meu ex-marido tinha. Tudo que eu pude fazer pelos dois, eu fiz. Inclusive em se tratando de presentes, festas, pequenos luxos. Eles sempre vieram primeiro. Quatro últimos modelos de video-game comprados antes do meu primeiro notebook, que é esse aqui, em que eu escrevo agora.
Não estou reclamado. Era apenas meu jeito de ser. Hoje, depois de muito esforço e amadurecimento, eu aprendi que a generosidade absoluta não é saudável. E que ser necessária e querida a qualquer preço não é bom. E que não faz mal dizer não, de vez em quando.

Eu estou dura. Em parte porque estou faturando muito pouco no escritório mesmo, em parte porque comprei computador e celular novos para mim, além de ter pago uma parcela da viagem do reveillon com a turma. Além disso, pretendo comprar duas televisões, parceladas a perder de vista para os nossos quartos no apartamento novo.
Tudo certo, né? Não estou cometendo nenhum crime. Eu sei disso. E esse egoísmo saudável era uma coisa que eu tinha que aprender mesmo. Pelo meu bem. E pelo bem de todas as pessoas que convivem comigo.

Agora me diz porque eu quero morrer quando Mateus vem me dizer que não vai ganhar nenhum presente amanhã? E ainda me joga na cara o que eu comprei para mim? (sim, já sabe como me manipular, a criatura). Porque esse é o mal do generoso, né? Só a simples suspeita de que está fazendo alguém sofrer, mesmo que seja inconscientemente, basta para me deixar arrasada. Acaba comigo mesmo, ser chamada de egoísta.

E não adianta vir me dizer que ele vai ganhar um quarto novo, com cama nova (presente da avó), criado mudo pop novo, tv nova, banheiro só para ele com tapetinho especialmente trazido de Hong Kong... etcetera, etcetera, etcetera. Para o meu quarto ainda não comprei absolutamente nada e ainda assim me sinto culpada, culpada, culpada.

Culpada por estar vivendo. Shoot me. Quando é que eu vou aprender?

11.11.10

Meia noite e vinte e um

e estou meio bêbada. Acabei de chegar de um jantar com música excelente, vinho melhor ainda e a companhia mais querida do mundo. Meu melhor amigo... que, certamente, é um ornitorrinco de primeiríssima linhagem. Já falei dele aqui. E não gente..., não adianta insistir... irmãos mesmo.
Mas depois de muitas risadas, chegamos à seguinte conclusão:

Inteligente demais? Uma lobotomia parcial resolve.
Alta? Sempre podemos cortar um pedaço das pernas.
Bem vestida? O mais simples de resolver... bora pro Brás.
Rica? Faz-me rir... Quer cobrir o meu cheque especial?

Amigos. A solução para todos os problemas. Melhor que diclofenaco de potássio.

10.11.10

Continuação da pesquisa para aprimoramento estratégico

Vocês acham que eu estava exagerando, né? Acham sim, eu sei.
Segue-se um diálogo no eme-esse-ene entre mim e um ex-PA, agora convertido em um bom amigo.

Daniela diz:
Vc me acha assustadora?
não... vc me conhece bem, sabe que eu não sou

Ex-PA, bom amigo diz:
não
intimidadora, sim

Daniela diz:
aimeudeus
pq? posso saber?

Ex-PA, bom amigo diz:
bonita
alta
bem vestida
inteligente
e rica*
mais?

Daniela diz:
rs

Ex-PA, bom amigo diz:
so me daria mais medo se tivesse o pau maior que o meu
rs



I rest my case.


* E não sou rica p*rra nenhuma. Sou designer(confundida com profissão fina e cool mas quando eu escolhi fazer artes plásticas em 1912, todo mundo achou que eu ia morrer de fome) e moro num bairro que hoje é chique mas praticamente nasci aqui e era um bairro de classe média e é o meu bairro. Onde me sinto em casa. Trabalho feito uma moura, isso sim.

9.11.10

Pela estrada afora eu vou BEM sozinha...ou por onde andam os Lobos, pelo amor de Dadá?


Cansada. Cansada de ser desejada e temida. Eu sei que fui eu mesma quem disse que o desejo masculino não é ofensa, o contrário disso. Não mudei de opinião. Só cansada de assustar os homens, mesmo.
Peço para uma criatura que me conheceu biblicamente, para sugerir uma fantasia que ele ache que combine comigo (fantasia mesmo... roupa. Tenho uma festa daqui alguns dias). As sugestões se seguem: Mulher-gato, Mulher Maravilha, Cleópatra, Ísis e mais alguma coisa do gênero. See a pattern here?
OK, eu sei que foi um elogio. Mas, né? Esse é o problema, na verdade.
Too powerfull, these women. Deusas, rainhas, heroínas? Ai ai.
Um outro me diz que eu sou a Carla Bruni (gente, nem de longe tão bonita, tenho vários espelhos aqui em casa), ele quis dizer poderosa também. Agora me diz, quantos presidentes da república existem? Ahhh, tá. Então tá, então. Tantos candidatos me restam... ó que legal...
Ser humano acha que eu não vou permanecer com ele. Então não permanece comigo, in the first place. Para evitar o constrangimento.
Melhor começar a meditação, a sublimação, a busca do nirvana. Porque sobram somente os que se acham a última bolacha do pacote e esses... ninguém merece. Ou os loucos e as crianças, que não tem medo de nada. E aí, acho que também não dá, né?
Eu sei que ando monotemática mas... p*rra... carente, acho. Viram, pessoas? Ca ren te. Normal, comum, feito, igual, que nem ocêis tudim.

Ainda tentei dizer que estava pensando em algo com mais humor. Chapeuzinho Vermelho, talvez... ele disse que de jeito nenhum. Não combina.

Dá para vocês me darem licença de ser a Chapeuzinho, please? Passeando desavisada pelo bosque, e deixando o trabalho todo pro lobo? Thank you.

3.11.10

Procura-se um Ornitorrinco


Acho que é isso. Define bem. Porque o que eu quero mesmo... é quase uma impossibilidade. Um bicho raro. Devem existir por aí, uma meia dúzia de espécimes mas, na realidade, não são exatamente animais em extinção, seriam, praticamente, acidentes genéticos.

Tem que ser macho, o que não deveria implicar necessariamente em cuspir no chão, coçar o saco e usar um tacape. O Deida já colocou em palavras para mim, essa necessidade que eu tenho de um homem macho. Ele escreve bem mais bonitinho... energia masculina para contrapor a minha exagerada energia feminina mas no fundo é isso. Tem que ter verniz. Mas a testosterona por baixo tem que aparecer um pouco ou não me atrai. Em absoluto.

Tem que ter maturidade. E por maturidade, não quero dizer idade. Conheço homens de 30 e moleques de 50. Tem que, ao menos, já ter chegado à algumas conclusões sobre si próprio. Ter tido a coragem de olhar prá si mesmo sem dó. Tem que ter vivido.
E, por outro lado, tem que ser jovem. Jovem no sentido de não ter perdido o encantamento com a vida. A capacidade de se divertir, de rir de si mesmo, de aprender.

Tem que ser independente. Independente a ponto de não precisar de mulher nenhuma para sobreviver. Para fazer o supermercado, pagar as contas, dobrar a roupa da mala, para ser feliz. Mas querer muito uma para usufruir o bom da vida. Alguém capaz de construir uma relação baseada na fruição ao invés da dependência. Uma diferença muito importante: precisar e querer. Eu quero... não preciso de nada. Ou como diz, Flávio Gikovate, uma troca do amor de necessidade pelo amor de desejo. Dois inteiros, não duas metades. Não preciso mais viver 24 horas por dia grudada com ninguém. Been there, done that. Sou uma pessoa ocupada, trabalho muito, tenho um filho adolescente. Tem que ter sua própria vida, seus amigos, seus interesses. Eu tenho os meus.

Tem que ser inteligente. Não... não fazemos questão de mestrados ou doutorados. Mas um pouco de cultura, interesse e curiosidade... indispensável. Aprender, para mim, é um dos maiores prazeres, gostaria que também fosse para ele.

Tem que ter senso de humor. Não precisa (nem deve) ser palhaço. Mas, por favor, ter que explicar a piada, o trocadilho, não dá, né? Risadas são importantes. Gargalhadas são um dos maiores prazeres da vida. Tem que se permitir gargalhar, falar bobagem, ser ridículo (eu deveria colocar um aparte aqui.... tem que ser sério... e seriedade não quer dizer chatice). Bom humor, nem se fala, né? Sine qua non.

Tem que ser seguro. Sem ser arrogante. Prepotência é broxante. Segurança é um tesão. Porque eu sou mesmo inteligente (e não vou me fingir de burra), sou mesmo independente (e não vou me fingir de mulherzinha (mas claro que você pode e deve abrir o pote de azeitonas prá mim)), tenho mesmo pernas bonitas (e não vou deixar de usar saias... como me pediram uma vez). Ciúme é chato. Ofensivo. Estúpido. Olha nos meus olhos e vai ver que estou com você.
E, p*rra, se caminhou o suficiente, deve saber que nada nessa vida é definitivo. Garantias não existem.
Saco bem cheio de homens que tem medo de Mulher (notem o M maiúsculo) #prontofalei.

Tem que ter vocação para o prazer. Sem tesão, como diria Roberto Freire, não há mesmo solução. Tesão por tudo (eu, incluída nesse tudo, claro). Não me venha com "blasezísses"... não tenho saco prá isso, não. Que seja capaz de ter prazer. Com as coisas simples. Que saiba apreciar as pequenas coisas. Uma comida gostosa, um banho quente, a pele encostando em lençóis limpos, tanta coisa boa nessa vida, meudeus. E, claro... as coisas ditas finas e sofisticadas, também. Mas entre gostar e (novamente) precisar... há um rio de diferença. Gente recalcada que precisa de aval de grife... isso é cool, isso não é cool... ahhh, me poupem. Estão perdendo um monte de "porcaria" extremamente divertida.

E com vocação para o prazer, quero dizer "aquilo" que todo mundo pensou quando leu a expressão no início do parágrafo anterior, também. Importante. Importantíssimo. Importantérrimo.
S E X O. Ser conectado com o seu próprio prazer. Ter aprendido que sexo é bom, saudável e necessário. Que segure metaforicamente a minha mão e diga: vem comigo. Prometo que eu respiro fundo e pulo.
Tem que ter caminhado o suficiente para não separar mais as mulheres em gavetinhas. Please. Ninguém merece. Nem vou me estender muito sobre esse assunto, já cansei de falar disso...
A lady, a puta. Somos mulheres. Ponto final.
Tem que saber variar a levada, o groove, o ritmo. A gente gosta de delicadeza, a gente gosta de carinho mas, por favor, refira-se ao segundo parágrafo nesse ponto... a gente gosta de macho.
Eu costumo usar a seguinte analogia: quem já foi à Disney, já andou naquela montanha russa no escuro... Space Mountain. Não é uma montanha russa grande, não é a maior do mundo, nada disso. O segredo? No escuro. Por favor, me surpreenda. Quando eu estiver esperando uma curva suave, me ofereça uma queda vertiginosa.... e vice-versa. Um homem que saiba fazer isso... UAU.

Tem mais? Claro que tem...Tem o óbvio: caráter, honestidade, generosidade e tal. Isso... nem se discute, né? Implícito em seres humanos de qualidade.
Podia gostar de ler, podia saber dançar, podia apreciar cinema e música de qualidade. Mas nada disso é tão importante assim. Da mesma forma que eu não serei aquela que você construiu em pensamentos (a bunda da Ellen R*oche, só a Ellen R*che tem), você também ficará devendo à minha fantasia. Porque é isso que elas são. Fantasias. A realidade é melhor. Tem cor, tem cheiro, tem som, tem toque. E surpreende. E não é o que a gente esperava. Que graça teria se fosse? Se o roteiro da vida pudesse ser escrito assim?

Bom... já me estendi demais... torrei a paciência dos três leitores. Chega, né?

E, enquanto Seu Ornitorrinco não vem?
Enquanto Seu Ornitorrinco não vem continuamos passeando pelo bosque, cantando e colhendo frutinhas silvestres. Life is fun.