Não sou eu, não. Pelo menos, não especificamente. Acho que somos todos. Mas aí é filosofia, Nietzsche e tal. Não é disso que eu quero falar.
Eu tenho várias amigas. Mulheres muito especiais. Bonitas, independentes, divertidas, inteligentes. Estão sozinhas. Todas na casa dos trinta e uns. E quando conversamos, é sempre a mesma história. Todas, sem exceção adorariam se apaixonar, namorar alguém legal (e nem, estou falando de casamento aqui, hein? Porque a maioria nem quer isso). Querem (queremos) é um relacionamento legal mesmo.
Alguém interessante, inteligente, bem-humorado, independente (e hábil, claro...). Difícil. Muito. E acredito ser difícil para eles também, porque ouço a mesma coisa de alguns amigos homens.
Acredito que foi para o bem, mas esse novo hábito de casar mais tarde, de tratar da independência primeiro e, (em alguns casos) de amadurecer e aprender quem somos, tornou a possibilidade do encontro mais difícil.
Exigentes, somos. E acho que devemos mesmo ser. Um tanto egoístas também. Temos nossa casa, nossos hábitos e manias, a solidão pode ser muito prazerosa. E dividir esse espaço com alguém a quem temos de fazer várias concessões, fica bem menos tentador. A troca parece não valer a pena, na maior parte das vezes.
Não sei. Não sei. Acredito mesmo que estando cada vez mais confortáveis e felizes com a nossa solidão é que nos tornamos capazes de nos relacionar melhor. Sem dependência, sem posse, sem insegurança.
Tudo isso porque conversei com uma delas ontem, que me contou dois recentes casos. Eram impossibilidades de saída. Pessoas indisponíveis. Por variados motivos. Ela já sabia. Porque a tristeza, então? O desânimo? Se tem coisa que eu não consigo fazer é isso: idealizar pessoas, fantasiar situações.
E digo a ela que precisa relaxar. Se divertir. Ser feliz. Essas coisas são assim mesmo. Não se procura. Aparecem quando tem que aparecer.
Acho que estou dizendo a mim mesma.
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Um comentário:
quer tomar um chope?
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