Eu conheço uma menina que é veterinária de cavalos de corrida. Na verdade, ela é especialista em acupuntura em cavalos, para tratamento da dor. Certa vez, estávamos conversando e ela me disse que pior que tratar a dor, é lidar com o trauma da memória da dor. Disse que se você sofre de uma dor muito profunda, depois que ela passa, fica a memória dessa dor. E que essa memória e o medo de sofrer novamente, paralisam. E muitas vezes, doem mais que a dor, propriamente dita.
Só posso dizer que entendo. Profundamente.
28.3.06
27.3.06
Fal, aos pedacinhos
Sabe aquela barra de chocolate importado que você compra prá comer sozinha, escondida no seu quarto, devagarzinho? Aquela vontade de comer misturada ao medo de que acabe logo?
Assim é o livro da Fal. Que eu comi inteirinho esse fim de semana, entre lágrimas, suspiros e sorrisos. Quebrando em pequenos pedacinhos prá durar mais. E quando, finalmente acabou, deixou um gosto doce amargo na boca e um desejo de quero mais.
Assim é o livro da Fal. Que eu comi inteirinho esse fim de semana, entre lágrimas, suspiros e sorrisos. Quebrando em pequenos pedacinhos prá durar mais. E quando, finalmente acabou, deixou um gosto doce amargo na boca e um desejo de quero mais.
24.3.06
Filhos do Silêncio
Queridos amigos, voltei. Cheguei ontem de manhã e dormi praticamente o dia todo. Que tinha um bebê no avião que eu vou te contar. A viagem valeu por muitas razões mas, principalmente, pela razão que a motivou, o próximo verão. Tá tudo aqui na cachola, devidamente anotado e arquivado. Ficamos na casa do irmão da Marcia, que mora nos Estados Unidos há vinte anos. Ele mora num daqueles condomínios de subúrbio, totally Desperate Housewives . As casas, as ruas, os jardins, as pessoas. Pessoas? Que pessoas? Juro, gente, você não vê, nem ouve ninguém. Diz a lenda que moram pessoas naquelas casas. Inclusive crianças e cachorros. Mas a gente só vê os carros e escuta o silêncio. Total. Absoluto. Completo. Miami é uma cidade com um clima maravilhoso nessa época. Céu azul de Brigadeiro, sol todo dia, não muito quente. Ninguém sai no jardim. Ficam todos trancados em casa com o ar condicionado central ligado e as cortinas fechadas. O tempo TODO. Ninguém abre uma sacrossanta janela para o dia entrar. Nunca. É muito, muito estranho. Acabo de descobrir que sou uma filha do caos. Que aquele silêncio me deu nos nervos. A perfeição. Irritante.
Mas tem coisas boas, tem sim. Uma inveja total e absoluta daqueles eletrodomésticos que não sai de mim, não sai de mim, não sai. E cousas, cousas, muitas cousas para comprar. Tudo de tudo em todos os tamanhos, modelos e cores. Que a diversão lá, é sair para consumir. A deles, bem entendido. Que ganham em dólares. Muitos e verdes.
Tá, tá bom. Fiz umas comprinhas. Passei QUATRO horas no Wall Mart e enchi o carrinho de bugigangas. E trouxe uma bicicleta pro Mateus megastrônica, super hiper blaster de 79,99 doletas. E umas 501 pro Zé. E um telefone sem fio com DOIS aparelhos. E mais umas coisitas. E é bom, bom, muito bom, ter um amigo que trabalha na companhia aérea e despacha tudo, passa a gente para a frente da fila e não cobra excesso de peso.
Ah! E o carro! Alugamos um veículo. Que era para ser um carro mas parecia mais assim, uma nave espacial. Vamos sentir muitas saudades dele.
E é mais ou menos isso. Somado com bolhas nos pés, um resfriado americano (o que é aquele ar condicionado, minha gente!) e a consciência que sou pobre, pobre, pobre de marré, mas muito feliz.
Mas tem coisas boas, tem sim. Uma inveja total e absoluta daqueles eletrodomésticos que não sai de mim, não sai de mim, não sai. E cousas, cousas, muitas cousas para comprar. Tudo de tudo em todos os tamanhos, modelos e cores. Que a diversão lá, é sair para consumir. A deles, bem entendido. Que ganham em dólares. Muitos e verdes.
Tá, tá bom. Fiz umas comprinhas. Passei QUATRO horas no Wall Mart e enchi o carrinho de bugigangas. E trouxe uma bicicleta pro Mateus megastrônica, super hiper blaster de 79,99 doletas. E umas 501 pro Zé. E um telefone sem fio com DOIS aparelhos. E mais umas coisitas. E é bom, bom, muito bom, ter um amigo que trabalha na companhia aérea e despacha tudo, passa a gente para a frente da fila e não cobra excesso de peso.
Ah! E o carro! Alugamos um veículo. Que era para ser um carro mas parecia mais assim, uma nave espacial. Vamos sentir muitas saudades dele.
E é mais ou menos isso. Somado com bolhas nos pés, um resfriado americano (o que é aquele ar condicionado, minha gente!) e a consciência que sou pobre, pobre, pobre de marré, mas muito feliz.
15.3.06
Complexo de Cinderela
Enquanto a Marcia não chega para irmos pro aeroporto, aproveito para dar uma passadinha por aqui. Viajar é bom. É muito bom. É ótimo. Mas arrumar a mala, vou te contar. É um saco. Sou craque, sabe. Em malas para viagens curtas. Com dois ou três jeans, uma boa jaqueta, uma saia legal, três camisetas brancas e duas pretas e um monte de bijous, vou prá qualquer lugar. Até jantar com a Queen Elisabeth. Mas tem o problema dos sapatos. Sou uma maníaca por proporção e na hora da dupla mala-sapatos é que essa mania se revela mais. Porque cada roupa pede um sapato. Mesmo sendo a mesma camiseta branca com a mesma calça jeans, mudando o sapato, muda tudo. Então, vira um parto. Porque sapato pesa e ocupa muito espaço. E eu não consigo decidir quais levar. Demoro séeeculos. A roupa toda pronta, lá separadinha e dobradinha com perfeição e chega a hora fatídica: sapatos. Passo uma semana pensando e não adianta nada. Na hora da mala, a dor que eu sinto é atroz. Cada sapato deixado prá trás, uma pontada no coração.
Mas se orgulhem de mim, crianças. Porque eu consegui enfiar tudo numa mala minúscula (mesmo, até dá para levar dentro do avião) e ainda colocar uma mala vazia dentro. Pros leves e baratos da galera.
Mas se orgulhem de mim, crianças. Porque eu consegui enfiar tudo numa mala minúscula (mesmo, até dá para levar dentro do avião) e ainda colocar uma mala vazia dentro. Pros leves e baratos da galera.
14.3.06
Leve, barato e fácil de achar
Bom, amanhã cedo, eu viajo. Estou ligando prá família próxima e amigos íntimos prá saber se eles querem que eu traga alguma coisa. É a praxe. Quando eu era adolescente, minha mãe costumava viajar com frequência para a Europa, a trabalho, e ligava prá família toda. Ela sempre dizia que haviam três condições: que fosse leve, barato e fácil de achar. Não sei se vocês lembram do meu Tio Wilsinho. Já falei dele no post "A boina do Che".
Minha mãe liga prá ele e pergunta:
"Wilsinho, estou ligando prá saber se você quer que eu traga alguma coisa da viagem prá você. Só que é o seguinte: tem que ser leve, barato e fácil de achar."
"Bom, fácil de achar é, porque eu vou te dar o endereço, já vai estar tudo acertado. O dinheiro também não tem problema, que eu te dou. Leve? Não é muito leve não, mas também não é muuuito pesado. Eles embalam direito. Tem até uma alça prá segurar."
"Fala logo, Wilsinho, o que é que você quer?"
"Um bode."
"Bode? Como assim, bode?"
"Bode. Um bode. Béeeee. Bode.
Aliás, não é bem um bode. É um filhotinho de bode. Pequenininho, um cabritinho."
"Mas, Wilsin..."
"Você vai prá Alemanha, não vai? Então. É lá que ficam as melhores criações de cabras. Eu preciso de uma matriz alemã. Um bode alemão. É fácil, ele vem numa caixa, tipo uma gaiolinha, com alça e tudo. É só você dar comida prá ele e pronto."
"Ah, tá. E eu vou viajar a Europa inteira, de hotel em hotel, carregando um bode. Não. Um bode, não, um cabritinho."
"É. É fácil."
Bom, não preciso dizer que a minha mãe não trouxe bode nenhum e que o cabril do meu Tio Wilsinho ficou sem seu bode alemão por um tempo. Não muito, claro. Que ele acabou importando um. Que aquele não se dava por vencido. Um bode enorme, todo branco que ele botou o nome de Ringo Starr.
E vocês aí, amigos da rede globo, que ainda não me passaram seus e-mails com as encomendas: atenção!
Tem que ser leve, barato e fácil de achar! E eu ando incluindo uma outra condição: nada que me faça correr o risco de ser presa no aeroporto. Prá não dar bode, né? (sorry, impossível resistir!)
Minha mãe liga prá ele e pergunta:
"Wilsinho, estou ligando prá saber se você quer que eu traga alguma coisa da viagem prá você. Só que é o seguinte: tem que ser leve, barato e fácil de achar."
"Bom, fácil de achar é, porque eu vou te dar o endereço, já vai estar tudo acertado. O dinheiro também não tem problema, que eu te dou. Leve? Não é muito leve não, mas também não é muuuito pesado. Eles embalam direito. Tem até uma alça prá segurar."
"Fala logo, Wilsinho, o que é que você quer?"
"Um bode."
"Bode? Como assim, bode?"
"Bode. Um bode. Béeeee. Bode.
Aliás, não é bem um bode. É um filhotinho de bode. Pequenininho, um cabritinho."
"Mas, Wilsin..."
"Você vai prá Alemanha, não vai? Então. É lá que ficam as melhores criações de cabras. Eu preciso de uma matriz alemã. Um bode alemão. É fácil, ele vem numa caixa, tipo uma gaiolinha, com alça e tudo. É só você dar comida prá ele e pronto."
"Ah, tá. E eu vou viajar a Europa inteira, de hotel em hotel, carregando um bode. Não. Um bode, não, um cabritinho."
"É. É fácil."
Bom, não preciso dizer que a minha mãe não trouxe bode nenhum e que o cabril do meu Tio Wilsinho ficou sem seu bode alemão por um tempo. Não muito, claro. Que ele acabou importando um. Que aquele não se dava por vencido. Um bode enorme, todo branco que ele botou o nome de Ringo Starr.
E vocês aí, amigos da rede globo, que ainda não me passaram seus e-mails com as encomendas: atenção!
Tem que ser leve, barato e fácil de achar! E eu ando incluindo uma outra condição: nada que me faça correr o risco de ser presa no aeroporto. Prá não dar bode, né? (sorry, impossível resistir!)
13.3.06
Baygon
Eu não ando muito bem, não. Deve ser o retorno de Saturno ou qualquer coisa parecida. Ou então aquele Personare de janeiro estava certo e eu preciso analisar tudo que me incomoda nesta minha vida. Quase tudo me incomoda nesse momento específico. Profissionalmente. Acho que deu. Tenho, quero, preciso mudar "de um tudo" e não sei por onde começar nem prá onde ir. Eu perdi meu entusiasmo n'algum canto por aí e não há São Longuinho que resolva.
Todo mundo passa por isso, acho. É como se você estivesse lá, quieta no seu canto, fazendo o que tem que fazer e tivesse um bichinho te picando. Você passa a mão ali, dá um peteleco nele, e continua, minding your own bloody business. Ele volta. Você dá um tapa e acha que o maldito mór-reu dessa vez e bóra lá, vamos retomar as tarefas. Não, não, não. Ele volta. No fim, quando você vai prestar atenção de verdade, já tá toda picada e coceirenta e não tem mais denial que dê jeito. Há que se lidar com o incômodo instalado e matar o bicho de uma vez por todas.
Todo mundo passa por isso, acho. É como se você estivesse lá, quieta no seu canto, fazendo o que tem que fazer e tivesse um bichinho te picando. Você passa a mão ali, dá um peteleco nele, e continua, minding your own bloody business. Ele volta. Você dá um tapa e acha que o maldito mór-reu dessa vez e bóra lá, vamos retomar as tarefas. Não, não, não. Ele volta. No fim, quando você vai prestar atenção de verdade, já tá toda picada e coceirenta e não tem mais denial que dê jeito. Há que se lidar com o incômodo instalado e matar o bicho de uma vez por todas.
9.3.06
Havaianas
Sou fã das famosas que não tem cheiro e não soltam as tiras. Sempre fui. Muito antes delas virarem moda (ai, jisuis, como detesto muito tudo isso). Aliás, meu sonho de consumo, prá quando eu for muito rica, é ter um closet enooooorme com um pedaço cheio de prateleiras quadradinhas brancas, iluminadas com dicróicas, feito uma galeria, para expor a minha coleção.
Pois bem. Compramos várias revistas importadas (ossos do ofício) e nun é qui eu topo com umas havaianas lindérrimas AMERICANAS! Não, eles ainda não estão roubando a nossa amada marca. Ainda, não. São havaianas mesmo. Só a venda nos Estados Unidos. Fiquei puta. Muito nervosa. Revoltada. Descontrolada. Dava prá comprar pelo site. Hum hum. Dezoito dólares. Assalto. E tinha que mandar entregar nos Estados Unidos, na casa de alguém. E depois, correio. Deixei prá lá. E não é que ontem, não mais que de repente, adiam uma reunião em hora e meia e eu e a Marcia vamos matar tempo lá no Jorge Alex. Tã-Dã! A minha havaiana tá lá. Lindona. Vinte e nove pilas. Mei cara, né. Mas eu sou viciada. Admito. Comprei.
Ela voltou!
A Ju voltou e amém jisuis, está ótima. Diz que tem muitas histórias prá contar, vamos aguardar, Dona Ju! Quanto à mim, continuo cansada, de saco muito cheio e com miles pepinos prá descascar no trabalho. Semana que vem, viajo e boto meu novo visto prá funcionar. Ueba! É só uma semaninha mas, uma semaninha sem salada de pepino, já tá de bom tamanho. Duro é viajar pros Estados Unidos sem meia pataca. Que lá, de bom mesmo, só compras, muitas compras. Aliás, é prá isso mesmo que, nóis, profissionais deste glamouroso segmento, vamos prá lá. Prá dar uma passada dóios nas lôjinias. Que isso, os americanos sabem fazer, estimular o monstro consumista que mora em cada um de nós até o limite. A gente passa o tempo todo taquicárdica, com as mãos suadas, tremendo e babando. Colorido.
8.3.06
Não sei o de vocês
mas o meu ano começou mesmo. Estou exausta. Quarta-feira de manhã e eu já tô com cara de sexta desde ontem. Estou moída. Preciso falar sobre como eu ando me sentindo em relação ao trabalho. Muitas coisas andam acontecendo. Mas hoje não dá. Tenho que correr. De novo. Ó lá, Su! Vou pruma apresentação sobre o verão 2007. Depois te conto. E boa sorte, viu?
6.3.06
3.3.06
De volta à programação normal
Pronto. Voltei ao normal. Aquele ser que toma conta de mim durante o carnaval já se foi.
E alguém aí sabe por onde anda a Ju?
E alguém aí sabe por onde anda a Ju?
2.3.06
Considerações Finais
Asssisti ao desfile do Rio pela TV. Não todo, mas quase. Estava torcendo pela Mangueira e pela Unidos da Tijuca (que, esse ano, não fez um desfile tão bom como nos dois anteriores mas o carnavalesco Paulo Barros, merece um título. Genial, esse cara!). Deu Vila. E não há como não se ter simpatia pela Vila Isabel. Que aliás, como eu disse prá Helê, dia desses, num comentário, ganhou a última vez com Kizomba, um dos desfiles mais lindos e emocionantes de todos os tempos.
Ano que vem tem mais.
Ano que vem tem mais.
Carnaval - 3º e úrtemo
Sábado.
Acordei razoavelmente bem, portanto meu mais novo conhecido, uísque oito anos importado (não lembro o nome dele, meu deus) não era tão paraguaio assim.
Almoçamos e claro, depois de procurar o compacto dos desfiles na TV e só achar futebol, vou dormir de novo. Juro que nessa hora, minha vontade de ir ao Carnaval de novo não era muita, não. Acordo às sete, nova em folha. Café, cigarro e banho. Nessa ordem.
Começa a arrumação de novo. O Zé saiu. A pessoa marca a mudança do escritório no sábado de carnaval. Combinamos de sair um pouco mais cedo para evitar o perrengue da van e resolvo jantar lá no camarote mesmo, já que agora eu sei que tem comida a granel.
Chegamos no estacionamento e está um sossego. Chegamos no sambódromo e está bem vazio. Camarotes particulares fechados, mesas vazias, arquibancada meia boca. Efeito Gaviões.
Dessa vez, decidimos assistir "de cima" e como chegamos cedo, nos instalamos num ponto estratégico da "varandinha" do camarote. Bom. O único problema é que não podemos sair de lá. Os dois juntos, bem entendido. Foi prá Portugal, perdeu o lugar. Resolvemos, sem consultar um ao outro, que não vamos beber muito hoje. O desfile, visto lá de cima, é do jeito que o carnavalesco planejou. Você vê tudo direitinho mas perde muito da emoção. Prá falar a verdade, prá ver bem mesmo, melhor ficar em casa e assistir na Globo. Lá é outra coisa.
Assistimos, de novo, cinco desfiles and I give up. Derrotada pelos pés, mais que pelo sono. Que prá manter a posição estratégica, não dava prá sentar, não. Tentamos levar um banquinho lá prá varandinha e o segurança não deixou. Então, tá. Se tivessem me dito que eu não ia poder sentar NUNCA, tinha feito um treinamento com um reco de quartel.
Então, foi isso. Se eu gostei? Que pergunta! E as conclusões? Camarote, só de for de graça, que a mesa de pista tá de ótimo tamanho (e dá prá sentar sem perder o maldito lugar). E a comida? A gente se vira, ué! Tem uns fulaninhos lá, que passam vendendo espetinho, batata chips, amendoim e chocolate. Bebida? Chopp. Ou levar uma garrafinha de casa, mas não sei se passa pela segurança. Acho que uma garrafinha de Gatorade cheia de destilado, passa. Banheiro? Fila. Muita fila. Que o banheiro das mesas é o mesmo das cadeiras, arquibancadas, todo mundo junto agora. Muita, muita fila.
Ano que vem tem mais? Sure.
Quem sabe uma dobradinha São Paulo/Rio com fantasia incluída?
Acordei razoavelmente bem, portanto meu mais novo conhecido, uísque oito anos importado (não lembro o nome dele, meu deus) não era tão paraguaio assim.
Almoçamos e claro, depois de procurar o compacto dos desfiles na TV e só achar futebol, vou dormir de novo. Juro que nessa hora, minha vontade de ir ao Carnaval de novo não era muita, não. Acordo às sete, nova em folha. Café, cigarro e banho. Nessa ordem.
Começa a arrumação de novo. O Zé saiu. A pessoa marca a mudança do escritório no sábado de carnaval. Combinamos de sair um pouco mais cedo para evitar o perrengue da van e resolvo jantar lá no camarote mesmo, já que agora eu sei que tem comida a granel.
Chegamos no estacionamento e está um sossego. Chegamos no sambódromo e está bem vazio. Camarotes particulares fechados, mesas vazias, arquibancada meia boca. Efeito Gaviões.
Dessa vez, decidimos assistir "de cima" e como chegamos cedo, nos instalamos num ponto estratégico da "varandinha" do camarote. Bom. O único problema é que não podemos sair de lá. Os dois juntos, bem entendido. Foi prá Portugal, perdeu o lugar. Resolvemos, sem consultar um ao outro, que não vamos beber muito hoje. O desfile, visto lá de cima, é do jeito que o carnavalesco planejou. Você vê tudo direitinho mas perde muito da emoção. Prá falar a verdade, prá ver bem mesmo, melhor ficar em casa e assistir na Globo. Lá é outra coisa.
Assistimos, de novo, cinco desfiles and I give up. Derrotada pelos pés, mais que pelo sono. Que prá manter a posição estratégica, não dava prá sentar, não. Tentamos levar um banquinho lá prá varandinha e o segurança não deixou. Então, tá. Se tivessem me dito que eu não ia poder sentar NUNCA, tinha feito um treinamento com um reco de quartel.
Então, foi isso. Se eu gostei? Que pergunta! E as conclusões? Camarote, só de for de graça, que a mesa de pista tá de ótimo tamanho (e dá prá sentar sem perder o maldito lugar). E a comida? A gente se vira, ué! Tem uns fulaninhos lá, que passam vendendo espetinho, batata chips, amendoim e chocolate. Bebida? Chopp. Ou levar uma garrafinha de casa, mas não sei se passa pela segurança. Acho que uma garrafinha de Gatorade cheia de destilado, passa. Banheiro? Fila. Muita fila. Que o banheiro das mesas é o mesmo das cadeiras, arquibancadas, todo mundo junto agora. Muita, muita fila.
Ano que vem tem mais? Sure.
Quem sabe uma dobradinha São Paulo/Rio com fantasia incluída?
1.3.06
Carnaval - 2º Capítulo
Mais percalços no caminho. O motorista não sabe onde é o nosso camarote. Pergunta daqui, pergunta dali, chegamos. Setor F. Já mais pro final da avenida. Prá vocês que não sabem, os camarotes mais feeenos ficam ao lado ou em frente ao recuo da bateria, bem lá no meio. Pego o raio da camiseta e me dão uma tesoura. Tem lá umas cabininhas feitas de tecido com um espelhão pendurado - prá você cortar a camiseta e poder se olhar. Tá. Minha mão treme tanto que quase não dou conta de cortar. Justo eu. A Rainha Suprema e Absoluta Majestade da Camiseta Cortada. Ah! Esclarecimento aqui. Camiseta é um elogio muito, muito grande. Porque o treco é feito de 100% poliéster legítimo e gente, esse camarote vai feder! E é verde limão.
Corto lá, de qualquer jeito, e subo a escada pro camarote.
Espaçoso, dois bares, um buffet cheio de comida, até shiatsu tem! Não olho muito não, que eu tô com pressa. Capturo um uísque (que dizem, é oito anos importado mas nunca tínhamos sido apresentados, não, senhor) e uma água e corro lá prá parte inferior do camarote que fica no nível da avenida, colada no alambrado. Vejo o Luiz Carlos e a Magé lá na mesinha (que fica assim, a uns três metros do alambrado. Lindo. Perfeito. Sento um pouco e tento respirar. Percebo que estava sem respirar desde casa, acho.
Nem dez minutos e começa. Gaviões. Um samba gostoso mas nem de longe tão bom como o do ano passado e eu lá, grudada no alambrado, pulando e cantando como se eu estivesse no meio da escola. Delícia.
A Gaviões passa e tenho um tempo prá olhar melhor as coisas. De estrelas nesse camarote, só se forem anãs brancas ou gigantes vermelhas. Dessas, várias. Um povo feio de doer. Mas eu não tô nem ligando. Não foi prá isso que eu vim, graças a deus.
A comida é muito, muito boa. E tem comida mesmo. Pizza, diversos tipos de massa e uma sopinha just in time lá pelas quatro. Se vale por alguma coisa, o camarote, é por isso. Porque a comidinha ajuda mesmo a segurar as forças e o mé. Bebida de graça, também é bom, claro.
E os banheiros. Quesito importantíssimo. Eram só quatro: dois muié, dois hómi. Containers. Suficientes para os homens, poucos para as mulheres, principalmente depois que lacraram um. Relativamente limpos no primeiro dia, limpíssimos no segundo.
Gente, e como tem camarote! Muitos, de várias empresas. Alguns bem vazios. Preciso mesmo melhorar meu sofrível networking, que tem boca livre à rodo, lá no Anhembi.
Não vou ficar aqui comentando as escolas que prá isso vocês tem a Lecy Brandão.
Só dizer que o desfile da Gaviões não foi dos melhores mas também não acho que tenha merecido aquelas notas e que a escola que mais me emocionou foi a Nenê de Vila Matide, que do mesmo jeito que a Mangueira, lá no Rio, tinha um samba muito bom e os componentes da escola eram pura felicidade!
Não fiquei até o fim, não. Assisti cinco, faltaram três. Nos dois dias. Olha, isso a gente precisa mudar por aqui. Em São Paulo são oito escolas por noite (ano que vem vão ser sete) e o desfile começa muito mais tarde que no Rio. Às onze e meia, quando estamos começando e ainda faltam SETE escolas prá passar, o Rio já tá na terceira, faltando apenas quatro. Não dá não, gente. É muito cansativo! E depois, com aquela quantidade de uísque, vou te contar.
Na sexta, enchemos a cara.
O sábado, fica pro terceiro capítulo.
Corto lá, de qualquer jeito, e subo a escada pro camarote.
Espaçoso, dois bares, um buffet cheio de comida, até shiatsu tem! Não olho muito não, que eu tô com pressa. Capturo um uísque (que dizem, é oito anos importado mas nunca tínhamos sido apresentados, não, senhor) e uma água e corro lá prá parte inferior do camarote que fica no nível da avenida, colada no alambrado. Vejo o Luiz Carlos e a Magé lá na mesinha (que fica assim, a uns três metros do alambrado. Lindo. Perfeito. Sento um pouco e tento respirar. Percebo que estava sem respirar desde casa, acho.
Nem dez minutos e começa. Gaviões. Um samba gostoso mas nem de longe tão bom como o do ano passado e eu lá, grudada no alambrado, pulando e cantando como se eu estivesse no meio da escola. Delícia.
A Gaviões passa e tenho um tempo prá olhar melhor as coisas. De estrelas nesse camarote, só se forem anãs brancas ou gigantes vermelhas. Dessas, várias. Um povo feio de doer. Mas eu não tô nem ligando. Não foi prá isso que eu vim, graças a deus.
A comida é muito, muito boa. E tem comida mesmo. Pizza, diversos tipos de massa e uma sopinha just in time lá pelas quatro. Se vale por alguma coisa, o camarote, é por isso. Porque a comidinha ajuda mesmo a segurar as forças e o mé. Bebida de graça, também é bom, claro.
E os banheiros. Quesito importantíssimo. Eram só quatro: dois muié, dois hómi. Containers. Suficientes para os homens, poucos para as mulheres, principalmente depois que lacraram um. Relativamente limpos no primeiro dia, limpíssimos no segundo.
Gente, e como tem camarote! Muitos, de várias empresas. Alguns bem vazios. Preciso mesmo melhorar meu sofrível networking, que tem boca livre à rodo, lá no Anhembi.
Não vou ficar aqui comentando as escolas que prá isso vocês tem a Lecy Brandão.
Só dizer que o desfile da Gaviões não foi dos melhores mas também não acho que tenha merecido aquelas notas e que a escola que mais me emocionou foi a Nenê de Vila Matide, que do mesmo jeito que a Mangueira, lá no Rio, tinha um samba muito bom e os componentes da escola eram pura felicidade!
Não fiquei até o fim, não. Assisti cinco, faltaram três. Nos dois dias. Olha, isso a gente precisa mudar por aqui. Em São Paulo são oito escolas por noite (ano que vem vão ser sete) e o desfile começa muito mais tarde que no Rio. Às onze e meia, quando estamos começando e ainda faltam SETE escolas prá passar, o Rio já tá na terceira, faltando apenas quatro. Não dá não, gente. É muito cansativo! E depois, com aquela quantidade de uísque, vou te contar.
Na sexta, enchemos a cara.
O sábado, fica pro terceiro capítulo.
Carnaval - 1º capítulo
Tá bom. Vou contar tudo. Tim-tim por tim-tim.
Sexta-feira. Acordo cedo, Mateus tem aula.
Faço café, assisto o jornal (carnaval, carnaval, carnaval), enrolo um pouco e vou pra manicure. Marquei nove e meia mas resolvo chegar mais cedo e fazer um bronzeamento. Tá bom. Confesso. Fui lá, destruir o epitélio. Bronzeado e unhas nos trinques, saio às compras. Lista: pancake ou uma base nova bem boa, sombra preta que a minha tá toda despedaçada, quem sabe encontro a sandália e uma regatinha verde? (disseram que a camiseta do camarote é verdona - essas foram as palavras, assumo que vou assistir à Gaviões vestida de palmeirense mas é carnaval e vale tudo).
Acho tudo e mais um pouco numa loja de artigos de beleza que as meninas do cabeleireiro me indicaram e ainda saio de lá com um baby-liss profissa (coisa que eu já queria há muito tempo, para quando os meus cachos se rebelam e se recusam a dar o ar da graça).
Vou caçar a camiseta e acabo comprando outras duas na liquidação e que absolutamente não servem para o carnaval. Então, tá.
Pelo menos, encontro a sandália. Plataforma na frente, salto alto e fino, pero no mucho - tudo de cortiça (leve, leve, leve) e numa corzinha assim meio couro cru com uns melecadinhos leves de dourado fosco. Perfeita!
Volto prá casa. Almoço. Jornal de novo (carnaval, carnaval, carnaval).
Vou deitar e tentar dormir. Demora, mas consigo sonhar por duas horas. Acordo às quinze prás seis. Café, cigarro e banho, nessa ordem.
Comprei também um ativador de cachos, então toca a passar o treco e amassa daqui, amassa dali.
Vou até a padaria. Red Bull e lanche pro Mateus que pela primeira vez na história vai ficar sozinho em casa à noite. Ai ai.
Mais spray e mais amassos e já são quase sete. Os cachos vão bem, obrigada e toca a fazer a maquiagem.
Até essa hora não sei o que vou vestir. Tinha separado uma pilha de possíveis blusas e uma minissaia jeans. Visto todas e claro, que dúvida, não gosto de nenhuma. Pego uma hering preta e passo a tesoura nela. Pronto. Amarro um colar que tem uma pena no braço. Perfeito. Minissaia. Check. Saltão. Check. Cabelão cacheado. Check. Make-up. Check.
Agora é esperar o Zé. Que tá no bar do português, tomando uma cerveja com o pessoal do escritório. Combinamos de sair às nove. Tá. Falta meia hora. Não é muito prá esperar.
Nove horas, nada. Nove e cinco, nada. Nove e sete, nada. Ligo no celular dele e ouço tocar aqui em casa. Puto! Nove e dez, nove e doze, nove e quinze... Quando eu acho que eu vou surtar de vez, ele aparece e vai tomar banho. Na maior c a l m a do m u n d o.
Bom, estamos a caminho. Trânsito zero até as proximidades do sambódromo. Fico de olho no relógio (a Gaviões é a primeira, né?) mas estou tranquila, temos tempo.
De acordo com as instruções que eu recebi, temos que ir até o Campo de Marte. Lá podemos estacionar o carro (pagando vinte pilas), pegar o ingresso e sermos levados de van, até o camarote. Mordomias e tal e coisa.
Bão. Um certo trânsito paulistano, absolutamente parado, para chegar no tal do estacionamento. Chegamos.
Lá tem umas barraquinhas, com o pessoal receptivo (termos deles) de vários camarotes. Nessa hora, o Luiz Carlos, amigo que descolou esses convites, já me ligou três vezes e já tá lá sentado numa mesinha no nível da avenida, guardando lugares, amém.
Então. Nossa barraquinha. Nome na lista. Documentos. Pulseirinha no pulso e um cartão magnético na mão, vamos para a fila da van. Isso mesmo, amigos da Rede Globo. A fila da van parece mais um ponto de lotação, trocentos seres humanos. Na nossa fila, bem entendido. Que na fila do camarote das Casas Bahia tem muito menos gente.
Ai, que bom! Lá vem um micro-ônibus! E para na fila das Casas Bahia! E outro! E toca a levar o povo das Casas Bahia! E o tempo passa e os micro-ônibus vem e vão e viva as Casas Bahia!
Começo a conversar na fila (incrível como é fácil fazer "amigos" em filas! Quem sofre unido, permanece unido) e descubro que as "nossas" vans tiveram problemas com a licença e não estão podendo passar por dentro do Campo de Marte e através de uma rua interditada para chegar ao sambódromo (fiquem sabendo aqui e agora que "os povos dos camarotes" não tem que passar pelo trânsito dos pobres mortais). Sei. E as vans demoram séculos, eras geológicas, galácticas, para voltar. Ai, meu deus, porque é que eu não conheço viv'alma das Casas Bahia?
O Zé se mexe. Vocês não conhecem o Zé. Tem cinco microônibus das CB lá parados e nenhuma van. Conversa com o moço organizador do nosso barraco e insiste prá que ele converse com o povo lá, que detém o controle dos micros. Nessa hora, estamos muito próximos de uma rebelião. Cê já viu povo fino na fila da van? Pois então. Revolta instalada. Aproveito esse momento para deixar bem claro que ninguém que estava nesta fila pagou, absolutamente nenhum centavo, para estar lá, eram todos convidados, tudo "de grátis". Motivo mais que suficiente para eles reclamarem mais ainda, claro. Eu, por mim, já tinha atravessado o Campo de Marte inteirinho a pé, em cima do salto, que a Gaviões eu não perco!
Bom, deu certo. Não sei se foi a conversa do Zé mas lá fomos nós, confortavelmente instalados, no micro-ônibus das Casas Bahia.
Sexta-feira. Acordo cedo, Mateus tem aula.
Faço café, assisto o jornal (carnaval, carnaval, carnaval), enrolo um pouco e vou pra manicure. Marquei nove e meia mas resolvo chegar mais cedo e fazer um bronzeamento. Tá bom. Confesso. Fui lá, destruir o epitélio. Bronzeado e unhas nos trinques, saio às compras. Lista: pancake ou uma base nova bem boa, sombra preta que a minha tá toda despedaçada, quem sabe encontro a sandália e uma regatinha verde? (disseram que a camiseta do camarote é verdona - essas foram as palavras, assumo que vou assistir à Gaviões vestida de palmeirense mas é carnaval e vale tudo).
Acho tudo e mais um pouco numa loja de artigos de beleza que as meninas do cabeleireiro me indicaram e ainda saio de lá com um baby-liss profissa (coisa que eu já queria há muito tempo, para quando os meus cachos se rebelam e se recusam a dar o ar da graça).
Vou caçar a camiseta e acabo comprando outras duas na liquidação e que absolutamente não servem para o carnaval. Então, tá.
Pelo menos, encontro a sandália. Plataforma na frente, salto alto e fino, pero no mucho - tudo de cortiça (leve, leve, leve) e numa corzinha assim meio couro cru com uns melecadinhos leves de dourado fosco. Perfeita!
Volto prá casa. Almoço. Jornal de novo (carnaval, carnaval, carnaval).
Vou deitar e tentar dormir. Demora, mas consigo sonhar por duas horas. Acordo às quinze prás seis. Café, cigarro e banho, nessa ordem.
Comprei também um ativador de cachos, então toca a passar o treco e amassa daqui, amassa dali.
Vou até a padaria. Red Bull e lanche pro Mateus que pela primeira vez na história vai ficar sozinho em casa à noite. Ai ai.
Mais spray e mais amassos e já são quase sete. Os cachos vão bem, obrigada e toca a fazer a maquiagem.
Até essa hora não sei o que vou vestir. Tinha separado uma pilha de possíveis blusas e uma minissaia jeans. Visto todas e claro, que dúvida, não gosto de nenhuma. Pego uma hering preta e passo a tesoura nela. Pronto. Amarro um colar que tem uma pena no braço. Perfeito. Minissaia. Check. Saltão. Check. Cabelão cacheado. Check. Make-up. Check.
Agora é esperar o Zé. Que tá no bar do português, tomando uma cerveja com o pessoal do escritório. Combinamos de sair às nove. Tá. Falta meia hora. Não é muito prá esperar.
Nove horas, nada. Nove e cinco, nada. Nove e sete, nada. Ligo no celular dele e ouço tocar aqui em casa. Puto! Nove e dez, nove e doze, nove e quinze... Quando eu acho que eu vou surtar de vez, ele aparece e vai tomar banho. Na maior c a l m a do m u n d o.
Bom, estamos a caminho. Trânsito zero até as proximidades do sambódromo. Fico de olho no relógio (a Gaviões é a primeira, né?) mas estou tranquila, temos tempo.
De acordo com as instruções que eu recebi, temos que ir até o Campo de Marte. Lá podemos estacionar o carro (pagando vinte pilas), pegar o ingresso e sermos levados de van, até o camarote. Mordomias e tal e coisa.
Bão. Um certo trânsito paulistano, absolutamente parado, para chegar no tal do estacionamento. Chegamos.
Lá tem umas barraquinhas, com o pessoal receptivo (termos deles) de vários camarotes. Nessa hora, o Luiz Carlos, amigo que descolou esses convites, já me ligou três vezes e já tá lá sentado numa mesinha no nível da avenida, guardando lugares, amém.
Então. Nossa barraquinha. Nome na lista. Documentos. Pulseirinha no pulso e um cartão magnético na mão, vamos para a fila da van. Isso mesmo, amigos da Rede Globo. A fila da van parece mais um ponto de lotação, trocentos seres humanos. Na nossa fila, bem entendido. Que na fila do camarote das Casas Bahia tem muito menos gente.
Ai, que bom! Lá vem um micro-ônibus! E para na fila das Casas Bahia! E outro! E toca a levar o povo das Casas Bahia! E o tempo passa e os micro-ônibus vem e vão e viva as Casas Bahia!
Começo a conversar na fila (incrível como é fácil fazer "amigos" em filas! Quem sofre unido, permanece unido) e descubro que as "nossas" vans tiveram problemas com a licença e não estão podendo passar por dentro do Campo de Marte e através de uma rua interditada para chegar ao sambódromo (fiquem sabendo aqui e agora que "os povos dos camarotes" não tem que passar pelo trânsito dos pobres mortais). Sei. E as vans demoram séculos, eras geológicas, galácticas, para voltar. Ai, meu deus, porque é que eu não conheço viv'alma das Casas Bahia?
O Zé se mexe. Vocês não conhecem o Zé. Tem cinco microônibus das CB lá parados e nenhuma van. Conversa com o moço organizador do nosso barraco e insiste prá que ele converse com o povo lá, que detém o controle dos micros. Nessa hora, estamos muito próximos de uma rebelião. Cê já viu povo fino na fila da van? Pois então. Revolta instalada. Aproveito esse momento para deixar bem claro que ninguém que estava nesta fila pagou, absolutamente nenhum centavo, para estar lá, eram todos convidados, tudo "de grátis". Motivo mais que suficiente para eles reclamarem mais ainda, claro. Eu, por mim, já tinha atravessado o Campo de Marte inteirinho a pé, em cima do salto, que a Gaviões eu não perco!
Bom, deu certo. Não sei se foi a conversa do Zé mas lá fomos nós, confortavelmente instalados, no micro-ônibus das Casas Bahia.
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